Garoto que diz ter sofrido bullying está internado com síndrome do pânico.
Mãe relata que professora torceu o dedo dele em uma das situações.
Um estudante de oito anos está internado desde terça-feira (22) em um hospital de Londrina com síndrome do pânico. O diagnóstico foi confirmado pelo hospital nesta terça-feira (29). Segundo a mãe, que preferiu não se identificar, o garoto está na terceira série e sofreu bullying no Colégio Estadual Professor Aloísio Aragão, em Londrina, por colegas de classe e por uma professora.
Ele contou que foi discriminado pela professora por várias vezes por ser ‘gordinho’ e foi ameaçado de morte por dois alunos do quinto ano”, disse a mãe.
O Núcleo Regional de Educação (NRE) informou que abriu uma sindicância
para apurar o caso e afirmou que a professora ficará afastada durante as
investigações. “Ela nega toda a situação. Por isso, estamos ouvindo os
alunos e outras testemunhas”, relatou a responsável pela ouvidoria
Ângelita Martins Siqueira.
O estudante tem 1,46 m de altura e pesa 62 quilos. "Ele sempre
reclamava da professora e chegava em casa muito nervoso. No início achei
normal porque ele comentava que ela passava a lição no quadro muito
rápido e não dava tempo de copiar. Até então, achei normal, já que os
outros alunos também reclamavam disso", conta a mãe.
"Pouco tempo depois, ele chegou em casa com crises de convulsão e
contou que a professora tinha o recriminado porque ele estava com o dedo
na boca. Ele disse que ela torceu o dedo dele e falou que era pra ele
tirar o dedo da boca porque já era 'gordinho e não precisava daquilo",
apontou.
A mãe disse ainda que o estudante reclama constantemente das ameaças e
que tem crises de desespero. “Quando ele tem essas crises (...), fica
falando o tempo todo que acha que vai morrer. É horrível. Ele não pode
ficar sozinho de jeito nenhum. Não tenho nem palavras para descrever o
quanto estamos revoltados com toda essa situação”.
A diretora do colégio, Adriana Regina de Jesus, disse que está
preocupada com a denúncia e que vai aguardar a conclusão da sindicância
aberta pelo NRE.
"Estamos muito tristes com todas essas acusações sobre a nossa escola.
Nós temos um trabalho a respeito do bullying e isso nunca havia
acontecido. A única coisa que poderíamos fazer por enquanto já fizemos,
que era afastar a professora. Também conversamos com os alunos que são
suspeitos de terem ameaçado de morte o estudante, mas ainda não temos
provas", explicou.
Como denunciarA Secretaria da Educação do Paraná disponibiliza os
contatos dos representantes dos núcleos de educação para possíveis
reclamações, solicitações, denúncias, sugestões ou elogios sobre a
prestação de serviços públicos referente à educação.
Fonte: G1
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