quarta-feira, 30 de junho de 2010

Governo sanciona lei que combate bullying em escolas gaúchas

Política antibullying tentará reduzir a violência dentro e fora das instituições e melhorar o desempenho escolar

governadora Yeda Crusius sancionou hoje a lei 13.474, aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa, que prevê políticas públicas contra o bullying nas escolas de ensino básico e de educação infantil, privadas ou do Estado, em todo o Rio Grande do Sul.

Com isso, as instituições de ensino desenvolverão a política antibullying. A lei foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), na terça-feira.

— Com esta lei estamos agindo fortemente no sentido de dar um basta a este problema social, que tem provocado distúrbios psicossomáticos em crianças vítimas — disse Yeda.

O bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.

Pela nova lei, considera-se bullying qualquer prática de violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, entre pares, que ocorra sem motivação evidente, praticada por um indivíduo ou grupo de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir fisicamente, isolar, humilhar, ou ambos, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

Confira abaixo gráfico sobre o cyberbullying:




Política antibullying

O texto da proposta lista como práticas de bullying as ações repetidas de ameaças e agressões físicas como bater, socar, chutar, agarrar, empurrar, submissão do outro, pela força, à condição humilhante, furto, roubo, vandalismo e destruição proposital de bens alheios, extorsão e obtenção forçada de favores sexuais, insultos ou atribuição de apelidos vergonhosos ou humilhantes, comentários racistas, homofóbicos ou intolerantes quanto às diferenças econômico-sociais, físicas, culturais, políticas, morais, religiosas, entre outras, exclusão ou isolamento proposital do outro, pela intriga e disseminação de boatos ou de informações que deponham contra a honra e a boa imagem das pessoas, e envio de mensagens, fotos ou vídeos por meio de computador, celular ou assemelhado, bem como sua postagem em blogs ou sites, cujo conteúdo resulte em sofrimento psicológico a outrem.

Segundo o governo, a política antibullying terá como principal objetivo reduzir a prática de violência dentro e fora das instituições e melhorar o desempenho escolar, promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito aos demais.

Da mesma forma, servirá para orientar as vítimas e seus familiares, oferecendo-lhes apoio técnico e psicológico, de modo a garantir a recuperação da autoestima e a minimização dos eventuais prejuízos em seu desenvolvimento escolar.

Além disso, disseminar conhecimento sobre o fenômeno bullying nos meios de comunicação e nas instituições, entre os responsáveis legais pelas crianças e adolescentes nelas matriculados.

Fonte: site do governo do RS.

Bullying online causa desgaste em escolas americanas

Escolas se deparam com questões complexas sobre como lidar com o cyberbullying

Os pais da menina, com indignação e medo, mostraram ao diretor algumas mensagens de texto: uma dúzia de ameaças chocantes e sexualmente explícitas enviadas a sua filha na noite do sábado do telefone celular de um menino de 12 anos de idade. Ambas as crianças estudam na sexta série da Escola de Ensino Fundamental Benjamin Franklin em Ridgewood, Nova Jersey.

"Ele tem de ser punido", insistiam os pais.

Foto: The New York Times

Diretor Tony Orsini

"Eu disse: 'Isso aconteceu fora da escola, em um fim de semana'", lembrou o diretor Tony Orsini. "Nós não podemos discipliná-lo."

Ele perguntou se os pais do menino haviam sido contatados.

"Isso seria estranho demais", responderam. Os pais ensinam esportes juntos.

"E a polícia?", perguntou Orsini.

Os pais haviam decidido que uma investigação criminal seria prolongada e seu resultado era incerto. Eles queriam uma ação imediata.

Atualmente as escolas se deparam com questões complexas sobre se e como lidar com o cyberbullying, um rótulo impreciso para atividades online que variam de mensagens de textos a websites de assédio em grupo. É difícil quantificar a extensão do fenômeno.

Mas um estudo de 2010 do Centro de Pesquisas de Cyberbullying, um grupo think tank fundado por dois criminalistas que definiram este tipo de bullying como o "dano intencional e repetido" feito por meio de telefones e computadores, determinou que um em cada cinco estudantes do ensino médio é afetado.

Afrontados pela escalada da agressividade dos adolescentes no ciberespaço, muitos pais estão procurando nas escolas justiça, proteção e até mesmo vingança. Mas muitos educadores não se sentem preparados ou não querem agir como promotores e juízes.

Se a resolução de conflitos deve ser da responsabilidade da família, da polícia ou das escolas continua a ser uma questão em aberto, evoluindo junto com as definições do próprio cyberbullying.

No entanto, os administradores que decidem que devem ajudar os seus alunos muitas vezes enfrentam dificuldades pragmáticas e jurídicas.

De acordo com a Liga Anti-Difamação, embora 44 Estados tenham estatutos contra a prática de bullying, menos da metade oferece orientação sobre como as escolas podem intervir em questões envolvendo assédio moral "por meio de comunicações eletrônicas", que ocorre quase sempre fora da escola e mais gravemente nos finais de semana, quando as crianças têm mais tempo livre para socializar online.

Os cyber-detetives

Em abril, o fardo da resolução de tais problemas na Benjamin Franklin se tornou tão pesado que Orsini enviou um email exasperado aos pais que se tornou notícia nacional:

"Não há absolutamente NENHUMA razão para qualquer estudante do ensino médio fazer parte de um site de redes sociais", ele escreveu. Se as crianças foram atacadas por meio de sites ou mensagens de texto, ele acrescentou, "VÁ IMEDIATAMENTE À POLÍCIA!"

Essa não era a resposta que os pais da menina que tinha recebido a mensagem queriam ouvir.

Orsini cedeu. Afinal, os textos eram irritados e obscenos, os pais estavam horrorizados, a menina muito nervosa. "Nós podemos certamente falar com o menino", disse o diretor.

Investigar uma queixa pode ser difícil. O diretor-assistente Greg Wu, Orsini, um orientador, um agente social e um diretor de escola primária se depararam com isso: os alunos haviam "saído juntos" por uma semana, antes da menina romper o relacionamento. Os textos que ela recebeu na noite de sábado eram cada vez mais sarcásticos, gráficos e intimidantes.

Mas as trocas mostradas a Orsini estavam incompletas. Antes de entregar o telefone para seus pais, a menina apagou suas respostas.

O rapaz alegou que ser inocente, dizendo a Wu que havia perdido seu telefone celular no sábado.

O rapaz insistiu que o aparelho caiu quando ele andava de bicicleta à tarde com seu irmão e um amigo, ambos alunos da quinta série.

Além disso, o menino é um fraco aluno em gramática e linguagem, mas as mensagens de texto eram razoavelmente perfeitas. Wu ditou uma sentença básica para o menino escrever. Ela resultou cheia de erros.

Em seguida, um diretor de escola primária falou com os meninos da quinta série separadamente.

Na quinta-feira, Orsini telefonou para os pais da menina com sua conclusão inquietante: o menino nunca enviou as mensagens de texto, o telefone perdido foi encontrado por outra pessoa e usado para enviar as mensagens. Quem as escreveu?

A identidade provavelmente permanecerá desconhecida.

Foto: The New York Times

Escolas se deparam com questões complexas sobre como lidar com o cyberbullying

Desespero do ensino fundamental

Meredith Wearley, orientadora da sétima série da escola Benjamin Franklin, ficou chocada durante a primavera com os dramas criados na web: mensagens de texto que zombavam de "novas melhores" amizades, segredos contados com confiança e, em seguida, publicados no Facebook, meninas e meninos intimidados fazendo retaliações via online.

As meninas entram no seu escritório, deprimidas, chorando, surpresas, traídas. "Uma menina fica brava porque sua amiga é amiga de uma outra menina", disse Wearley.

Estudos mostram que o assédio online pode começar na quarta série. Até o ensino médio, os alunos pré-dispostos à crueldade no ciberespaço se tornam tecnologicamente mais sofisticados, mais capazes de esconder as suas impressões. Mas também é nesse período que os alunos mais velhos podem ser mais resistentes.

"No colegial, os jovens desenvolvem mais autoconfiança, entram para atividades extracurriculares e se concentram no futuro", disse Sameer Hinduja, professor da Universidade Florida Atlantic e autor do livro "Bullying Beyond the Schoolyard" (Bullying para Além do Pátio Escolar, em tradução livre).

Durante o ensino médio, ele disse: "A percepção dos colegas determina em grande parte a sua autoestima. Com a pele em erupção e corpos em mudança, muitos estudantes da sétima série têm dificuldade até mesmo em entrar na escola pela manhã".

As batalhas legais

Decisões em alguns casos de cyberbullying em todo o país dão sinais contrários. Algumas famílias conseguiram processar escolas por não protegerem seus filhos de agressores. Mas quando a Escola Beverly Vista de Beverly Hills, na Califórnia, disciplinou a filha de Evan S. Cohen da oitava série por cyberbullying ele levou a questão ao distrito escolar.

Depois da aula em um dia em maio de 2008, a filha de Cohen, conhecida nos documentos judiciais como JC, gravou as amigas em um café, falando mal e rindo de uma outra menina da oitava série, CC, chamando ela de "feia", "mimada" e "vagabunda".

J.C. postou o vídeo no YouTube. No dia seguinte, a escola a suspendeu por dois dias.

''O que me irritou ", disse Cohen, advogado da indústria sonora em Los Angeles, "é que essas pessoas suspenderam a minha filha por algo que aconteceu fora da escola". Em nome de sua filha, ele processou.

Em novembro passado, o juiz Stephen V. Wilson da Corte Distrital analisou se o vídeo tinha ligação com a escola. Em sua decisão legal, ele determinou que a punição poderia valer se o vídeo feito por JC tivesse causado grandes transtornos na escola. Mas o juiz Wilson decidiu em favor da jovem cinegrafista porque os problemas foram mínimos: os administradores lidaram com o assunto em silêncio e antes do recreio.

O distrito teve de pagar os custos de JC e honorários de seus advogados.

A Suprema Corte ainda não abordou o discurso dos estudantes online. Juízes de primeira instância em alguns distritos têm ficado do lado das escolas que têm disciplinado alunos por publicar vídeos ameaçadores sobre os educadores de seus computadores de casa.

Cuber-sábios

Que diferença alguns anos podem fazer na vida de um adolescente? No início deste mês, um grupo de meninas orgulhosas da oitava série da escola Benjamin Franklin entrou nas salas da sexta série. Centímetros mais altas do que os alunos de 12 anos de idade, elas irradiavam exuberância quando mexiam em seus longos cabelos. Elas queriam oferecer conselhos sobre os sites de redes sociais e o cyberbullying.

''Quantos de vocês discutiram a carta Orsini com seus pais", perguntou Annie Thurston, uma das estudantes da oitava série, referindo-se às advertências feitas sobre a atividade online. Pelo menos uma dúzia de alunos ergueu as mãos.

Em abril, uma mãe alertou Orsini sobre o FormSpring, um site em que os comentários podem ser enviados anonimamente para caixas de entrada de email e publicados a critério do recipiente. Muitos adultos parecem confundir o motivo pelo qual as meninas, em particular, optam por publicar perguntas atravessadas - algumas adolescentes dizem que fazem isso para retrucar contra meninas mais duras.

O diretor encontrou os nomes de alguns alunos da Benjamin Franklin no FormSpring. Orsini relatou depois que não conseguiria pronunciar nem mesmo uma versão higienizada das obscenidades que leu. Sua face ficou vermelha, lágrimas encheram seus olhos.

Aquilo o levou a escrever o email aos pais, no qual ele disse que nenhum estudante do ensino médio precisa estar em sites de redes sociais. Muitos pais concordaram. Mas outros disseram que as escolas e as famílias devem se esforçar mais para ensinar os alunos a responsabilidade digital.

As meninas da oitava série acham que Orsini tem razão: os alunos mais novos não devem estar no Facebook. Elas fizeram perguntas aos alunos da sexta série, quase todos eles disseram que têm telefones celulares. "Os seu pais leem suas mensagens de textos", perguntaram.

Apenas algumas mãos foram levantadas.

''Minha mãe continua ameaçando comprar um software para que possa monitorá-los", disse um rapaz, dando os ombros. "Mas ela nunca chega a isso."

Que impacto teve carta Orsini?

''Eu menti para meus pais", disse outro garoto. "Eu lhes disse que desativei minha página do Facebook. Mas, em dois dias, comecei de novo."

* Por Jan Hoffman

Fonte: IG



terça-feira, 29 de junho de 2010

Bullying: violência que nasce da dificuldade de conviver com a diferença

Foto: Portal Gaz/Thiago Barbosa
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Susana Terezinha Más ministrou palestra

Após discussões em torno das pulseiras do sexo usadas por adolescentes, agora, o tema em foco é o bullying (comportamentos agressivos e anti-sociais, praticados por crianças e adolescentes). Com a intenção de abrir uma discussão sobre a temática, visando a conscientização e combate, foi realizada uma palestra na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) na tarde desta terça-feira, 29. O evento foi promovido pelo Departamento de Educação, Curso de Psicologia, Núcleo de Educação Básica e GT Ética e Educação.

Susana Terezinha Más, professora do Departamento de Educação da Unisc, ministrou a palestra que contou com a presença de alunos, professores e da comunidade acadêmica. Ao longo de sua explanação, Susana salientou a maneira como o bullying deve ser enfrentado por quem sofre esse tipo de violência, pais, e professores. "É importante que sejam feitas denúncias da parte de quem sofre o bullying. Não se deve ficar calado. Os jovens devem buscar ajuda com os pais e na escola."

Projeto

É desenvolvido pelo Departamento de Educação, há mais de 10 anos, o programa "Escola para a Paz", que tem como objetivo levar às escolas e professores, cursos, palestras e oficinas que cercam assuntos cujo foco seja a violência praticada dentro das instituições de ensino. Em Santa Cruz, conforme Susana, existem casos de bullying nas escolas. " Não há escola que esteja livre da violência. Essa problemática é tão antiga quanto a escola, ela nasce da dificuldade de conviver", comenta a professora.

Entenda

Bullying é uma palavra de origem inglesa adotada em muitos países para definir o desejo consciente e deliberado de maltratar uma pessoa e colocá-la sob tensão. É um termo utilizado para designar atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotada por um ou mais estudante, causando dor e angústia no outro, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. O praticante de bullying visa obter força e poder; conquistar popularidade na escola e esconder o próprio medo.

Indicadores

Os jovens que estão sendo alvos desta forma de violência podem demonstrar falta de vontade de ir à escola; sentir-se mal perto da hora de sair de casa; pedir para trocar de escola; revelar medo de ir ou voltar da escola; apresentar baixo rendimento escolar; chegar em casa com machucados inexplicáveis.

O que fazer?

À escola cabe a responsabiliadde maior de envolver todos seus membros na não aceitação do bullying privilegiando a prevenção. As vítimas, devem evitar a companhia de quem pratica o bullying, não falar com o agressor sozinho, não responder às provocações e principalmente não manter as agressões em segredo.

Saiba mais em www.bullying.com.br

Bullying chega à escola dos insetos

Cindy é esperta e uma mãe atenta. Um belo dia viu seu filhote chegar triste da escola. Desconfiada perguntou:

– O que houve?

– Nada, nada, nada...

– Quem nada é peixe! Isso não vai ficar assim, ah, não vai..

No outro dia, camuflada, foi até à escola e ficou furiosa quando viu colegas rindo das pernas dele e alguns querendo agredir.

O sempre amigo José decidiu espiar uma escola de humanos, e lá descobriu que isso é uma violência atual chamada bullying. Assustados pediram a Maria Borboleta para fazer uma reportagem, que a Jaque editou na edição seguinte do J.I. Rique e sua gangue distribuíram os jornais a todos os insetos do parque. A informação fez com que espantassem esse tal de bullying para sempre.

Fonte: VICTOR AUGUSTO SEBBEN | 9 anos, Farroupilha

domingo, 27 de junho de 2010

Campo Grande sai na frente e já possui Lei Anti-Bullying

Pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) neste mês de junho aponta que Campo Grande ocupa o 8º lugar no ranking das capitais brasileiras com maior freqüência de estudantes que declararam ter sofrido bullying alguma vez, apresentando um índice de 31,4%.

O resultado da pesquisa coincide com a sanção da Lei Municipal nº 4.854/10, publicada no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) no dia 17 junho. A referida lei, proposta pelos vereadores Paulo Siufi (PMDB) e Professora Rose (PSDB) e aprovada em Plenário, dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao Bullying escolar, no projeto pedagógico elaborado pelas unidades municipais de ensino.

O objetivo do projeto é reduzir os casos de bullying, que fazem cada vez mais vítimas nas escolas da Capital, por meio da orientação dos estudantes, alertando sobre os riscos desta prática tão nociva as crianças e adolescentes.

De acordo com o IBGE, a população-alvo da pesquisa foi formada por estudantes do 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série) de escolas públicas ou privadas das capitais dos estados e do Distrito Federal.O cadastro de seleção de amostra foi constituído por 6.780 escolas.

Conforme o autor do projeto, “Temos de acabar com esse preconceito hediondo que ronda nossas crianças dentro das escolas. É uma prática comum em todas as escolas. O bullyng não feito só com pessoas da cor negra, com o obeso, baixinho e assim por diante. Isso é uma falta de respeito com o direito de ir e vir que é constitucional. Todos somos filhos do mesmo pai, temos os mesmos direitos, independente da cor, altura, deficiências, renda salarial”, defendeu Paulo Siufi.

Segundo a vereadora Profª. Rose, a prática do bullying é um problema mundial. “Tive várias crianças que sofriam aversões, que sofriam discriminação, ficaram depressivos, não queriam mais freqüentar a escola”, disse a parlamentar.

Pela proposta, as escolas municipais deverão incluir em seu projeto pedagógico medidas de conscientização, prevenção e combate ao Bullying escolar, além disso haverá também, conforme o referido projeto a capacitação de docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema, orientação às vítimas de Bullying, visando à recuperação de sua auto-estima para que não sofram prejuízos em seu desenvolvimento escolar; orientação aos agressores, por meio de pesquisa dos fatores desencadeadores de seu comportamento, sobre as conseqüências de seus atos, objetivando torná-los aptos ao convívio em uma sociedade pautada pelo respeito, igualdade, liberdade, justiça e solidariedade.

Em tempo - Entende-se por Bullying a prática de atos violência física ou psicológica, de modo intencional e repetitivo, exercida por indivíduo ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir, causar dor, angústia ou humilhação à vítima.

Fonte: MS Notícias

Bullying Virtual

O mundo virtual pode ser interessante. Ou não. Você adquire conhecimento, novos amigos e muita experiência diferenciada. Mas, quando a diversão virtual se transforma em ameaças do outro lado, o que era doce se torna amargo.

O Bullying virtual ou o cyberbullying significa a humilhação através de meios eletrônicos. Seja por e-mail, por redes sociais ou por bate-papos instantâneos, o bullying é uma realidade.

Psicólogos afirmam que para definir um caso de bullying, a depreciação deve ocorrer por um período considerável de tempo, quando a vítima acredita que o seu redor tem a mesma opinião que seu agressor.

O Bullying, na maioria das vezes, acontece nas escolas, entre colegas. E aí ele se estende para o mundo virtual.

Geralmente, os depreciadores buscam vítimas para atacar com os seus mesmos defeitos,e para camuflá-los, procuram indefesos para criticar e esconder o que os aflige.

O Bullying é um crime e deve ser levado a sério!

Fonte: opiniao ponto com ponto br

Bullying: "Não se pode negar o lado agressivo das pessoas", diz psicóloga

Especialista comenta que a reflexão sobre o assunto deve ser mais frequente

O termo “bullying” tem sua origem no termo inglês que significa intimidar. Hoje é usado para descrever a vitimização de uma pessoa por outra, com o intuito de demonstrar seu poder, através de agressões físicas ou verbais. De acordo com a psicóloga Ana Cássia Maturano, esse “é um fenômeno antigo, que está presente em todas as relações sociais”. Mas é nas escolas que o Bullying fica mais evidente.

Apelidos maldosos são o exemplo mais emblemático do problema, que atinge crianças e jovens com características mais frágeis como ser tímido ou apresentar algum aspecto físico marcante, explica Ana Cássia.

O fato é que pais e professores muitas vezes não sabem como lidar com o problema ou simplesmente ignoram-no, perdendo a oportunidade de resolvê-lo. Boa parte das vezes, atitudes consideradas inadequadas são reprimidas duramente, sem que haja uma reflexão sobre o que motivou a agressão.

– O ser humano tem um lado agressivo e negá-lo ou colocá-lo no fundo de um poço não impedirá sua manifestação – afirma a especialista.

Aqueles que estudam o assunto defendem iniciativas de prevenção dentro do ambiente escolar. Ou seja, discutir abertamente o assunto para que os alunos entendam a dimensão de suas atitudes em relação a si próprios e aos colegas. É preciso promover a reflexão sobre o outro, considerando-o parte de um mesmo universo e dotado de sentimentos. Isso faz parte do processo de formação crítica e social dos alunos e é um papel tanto da instituição de ensino quanto dos familiares.

– As duas partes (escola e família) devem ajudar os jovens a se construir como pessoas, não só no que aprendem, mas como agem – defende Ana Cássia..

Fonte: Ana Cássia Maturano, psicóloga clínica em São Paulo


sexta-feira, 25 de junho de 2010

Bullying: Alunos se agridem dentro da sala de aula em Vicentina

Washington Lima / Fátima News

Na tarde ontem, em Vila Rica , distrito de Vicentina, alunos da Escola Estadual Emanuel Pinheiro, se agrediram dentro da sala de aula e um deles acabou levando a pior saindo da briga com o supercílio cortado.


Imediatamente a Diretora da Escola, Maria Divaldete, solicitou os Policiais Militares que se deslocaram até a escola juntamente com a conselheira de plantão Marcia, onde encontramos os adolescentes na sala da diretoria.


Segundo professor João Paulo, que estava na sala de aula, o menor M. G. N. esta sempre andando na sala e mexendo com um e outro aluno e que ao dar dois tapinhas de brincadeira na cabeça do L. S. P. o mesmo levantou e deu um soco acertando e cortando o supercílio direito de M. G. N. .

Os pais dos mesmos foram avisados, e os dois foram conduzidos juntamente com a conselheira ate o hospital local, onde a vitima foi atendida pelo doutor Edison, levando um ponto no supercílio e liberado, sendo ambos entregues no 1° DP.

Fonte: Fátima do Sul News

Bullying acaba em agressão e caso vai parar na delegacia

Fato aconteceu na segunda-feira e anteontem dois foram expulsos
RAFAEL ROCHA

Ao deixar a sala de aula, na última segunda-feira, após um dia normal de estudos em uma escola particular de ensino médio no bairro São Luiz, na região da Pampulha, um aluno de 15 anos, da 9ª série, não imaginava que seria alvo de uma surra dada por colegas de classe. O caso, agora alvo de um inquérito policial, culminou com a expulsão, anteontem de dois adolescentes, também de 15 anos, acusados pelo espancamento.

A agressão, cometida dentro dos domínios da escola, uma instituição de alto padrão que funciona há 25 anos na região, foi a consequência extrema de uma ação de bullying liderada por um dos alunos expulsos. Recém-chegado na classe, o estudante seria oriundo de outro colégio particular, de onde também teria saído por determinação da diretoria.

No caso do colégio da Pampulha, ele teria contado com a participação de pelo menos mais seis colegas, conforme denuncia a família do menino agredido.

Armados com um soco inglês de madeira e dominados pelo ódio contra o colega de sala, os estudantes submeteram a vítima a todo tipo de agressão. O adolescente foi espancado com pontapés e socos na cabeça, no ouvido e nas costas. Salvo pelo porteiro da escola, que viu a agressão e interveio, o menino precisou ser levado a um hospital e agora está tomando remédios.
Ontem, ainda sob efeito do trauma da surra que levou dos colegas, o estudante falou à reportagem de O TEMPO. "Fiquei sabendo que iriam bater no meu amigo, então contei para ele. O menino que prometeu a surra não gostou e acabou batendo em mim", disse.

Mesmo com a medida adotada pela escola, que cancelou a matrícula de dois dos envolvidos, a polícia continua no caso. "Iremos investigar o fato. Escola, pais e agressores serão convocados", disse o delegado Aloísio Daniel Fagundes. As investigações já mostraram que toda ação foi combinada por celular e que um dos estudantes envolvidos, aluno do turno da manhã, teria ido à escola à tarde com o intuito de participar da agressão, apesar de nem conhecer a vítima. "Ele tinha ido pegar o boletim e se envolveu nisso de maneira acidental", justifica a mãe.

O pai do aluno agredido, Valter Freitas, um delegado da Polícia Civil, contou que, além do filho dele, outros estudantes vinham sendo alvo de bullying na escola. Ele conta que chegou a falar com os pais de alunos sobre o assunto. Ontem, a mãe de um outro aluno também alvo do grupo confirmou o assédio. "Meu filho já tinha reclamado que esse menino (o líder) sempre o provocava".

Tímido, o jovem que sofreu a agressão conta como eram as intimidações. "Ele me chamava de olho caído e de medroso. Sempre arrumava apelido sobre a aparência das pessoas. Chamava outro aluno de Nhonho (personagem gordo do ‘Chaves’).

"Estamos decepcionados", disse a mãe do líder. "Estou muito chateada", afirmou a mãe do outro adolescente expulso. A direção da escola foi insistentemente procurada, ontem, mas não quis comentar o assunto.

Minas tem decisão inédita

Em maio deste ano, numa decisão inédita, a Justiça de Minas condenou em primeira instância os pais de um aluno de uma escola particular da zona Sul de Belo Horizonte, a pagar uma indenização de R$ 8.000 pela prática de bullying cometida pelo filho dentro da escola. A vítima que receberá a indenização é uma menina de 15 anos que, na época das agressões (2008), era colega de sala do agressor e foi apelidada de "tábua", prostituta "sem peito" e "sem bunda".

Também em maio, estudantes de uma escola pública de Contagem foram acusadas de bullying. (RRo)




Agressões são reflexo de crise na família

Atitudes como a ocorrida no colégio da Pampulha estão cada dia mais frequentes nas escolas brasileiras, de acordo com o psicólogo e pedagogo Dirceu Moreira, consultor de relacionamento educacional. Para ele, o problema não está no agressor, mas sim no contexto em que ele vive, onde a família não tem uma estrutura ideal para educá-lo.

“Os pais estão carentes de informação, de orientação. Eles estão assustados com o que está acontecendo com seus filhos e não sabem como lidar com os problemas. Expulsar esse menino da escola não resolve nada, só agrava. É muito provável que ele repita os erros.”

Moreira afirma que, de uns anos para cá, a família se afastou muito da escola. “A principal fonte de educação é a família. Depois a escola.” (Carolina Coutinho)




Minientrevista com Valter Freitas
Pai do aluno agredido

Por que seu filho foi alvo de agressão na escola? Isso é bullying. Meu filho já foi vítima disso várias vezes.

Mas a escola sabia? Sim, eu até já fui lá e levei reportagem que saiu numa revista. Queria conversar sobre isso. A escola chamou alunos e deu uma prensa.

Como é o relacionamento dele com colegas de classe? Ele é tímido e é retraído. Juntavam cinco, seis alunos e ficavam zombando dele. Até já chamaram a mãe dele de prostituta. Na outra escola em que ele estudava, também foi massacrado com o bullying.

Como esses meninos combinaram a surra no seu filho? Foi tudo pelo celular, que inclusive foi apreendido. E tenho certeza de que foi premeditado, pois fabricaram uma arma (soco inglês) antes.

E por que esse aluno do turno da manhã, que nem conhecia seu filho, participou disso? Chamaram o menino porque ele faz musculação. Nem entrar na escola nesse horário ele deveria. O outro que bateu faz tae kwon do (arte marcial) há 4 anos.

Parece que a agressão foi intensa, então? Foi. Se eles tivessem com faca ou revólver teriam matado meu filho. Alguns dizem que violência é coisa de pobre, mas na classe média tem muita também.

Como seu filho está agora? Levamos ao hospital. Ele agora está tomando remédio, mas está bem.

Fonte: O Tempo On LIne

Projeto de Combate ao "bullying" nas escolas será votado na Assembleia

A violência nas escolas tem sido tema de debates e dor de cabeça para educadores e pais de alunos, principalmente com o surgimento do bullying (termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo). No Estado do Amapá a preocupação chegou ao parlamento estadual, um projeto de Lei de autoria do deputado Leury Farias (PP), institui o Programa de Combate ao "bullying" nas escolas públicas e privadas do Estado.

De acordo com o projeto a prática dos atos discriminatórios a que se refere esta lei será apurada em processo administrativo, que terá inicio mediante: reclamação do ofendido ou de seu representante legal, ou ainda de qualquer pessoa que tenha ciência do ato discriminatório; ato ou ofício de autoridade escolar competente. “Aquele que for vítima da discriminação, seu representante legal, ou quem tenha presenciado os atos a que se refere a lei, poderá relatá-los à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania”, explica o parlamentar.

No parágrafo único da lei, diz que: recebida â denúncia, competirá à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania: promover a instauração do processo administrativo devido para apuração e imposição das sanções cabíveis; transmitir notícia à autoridade policial competente, para a elucidação dos fatos, quando o descrito caracterizar infração penal.

Segundo o artigo quinto do projeto, caberá à unidade escolar, a criação de uma equipe multidisciplinar, com a participação de docentes, alunos, pais e voluntários, para a promoção de atividades informativas, de orientação, prevenção e sanção interna.

De acordo com pesquisa do IBGE, Brasília registra o maior índice de casos, sendo classificada como a capital do bulliyng. Segundo o estudo, 35,6% dos estudantes entrevistados disseram ser vitimas. Belo Horizonte vem em segundo lugar, com 35,3%; e Curitiba em terceiro lugar com 35,2 %. Campo Grande é a oitava capital brasileira que mais registra casos de bullying. De acordo com pesquisa do IBGE, 31,4% dos estudantes da Capital afirmaram ser vítimas da agressão.

Considera-se ato de "bullying''- termo em inglês – que descreve a agressão intencional e repetida por meio de violência física e psicológica, de índole cruel, cunho intimidador e vexatório praticado por pessoa em detrimento ao bem-estar do indivíduo mais fraco, menor ou pouco sociável.

Fonte: Antonio Correa Neto

Lei cria programa de combate ao bullying

Araçatuba - O prefeito Cido Sério (PT) sancionou ontem lei municipal que cria o Programa de Combate ao Bullying nas escolas municipais de educação básica de Araçatuba. A ação atenderá mais de 13 mil estudantes da cidade matriculados em 60 unidades de ensino.

Bullying é um termo em inglês que descreve atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidas, praticados por um indivíduo ou grupo, com o objetivo de intimidar ou agredir alguém incapaz de se defender.

Conforme a lei municipal 7.285, o programa deverá promover ampla reflexão sobre o tema junto aos profissionais da educação municipal, pais e alunos, além de fomentar o planejamento de ações contínuas que possam combater o problema.

Fonte: Folha da Região

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Aprovada a Lei de combate ao "Bullying", nas escolas do Estado do ES

O Projeto de Lei nº 544/09, que define e regulamenta ações voltadas para o combate ao bullying nas escolas públicas e particulares do Espírito Santo, foi aprovado pelos deputados na sessão desta terça-feira (22), no plenário da Assembleia Legislativa.

O projeto de lei é de autoria do deputado César Colnago. Após a aprovação em plenário, o projeto será encaminhado ao Palácio Anchieta, onde aguardará pela sanção do governador Paulo Hartung.

Projeto O Projeto de Lei nº 544/09, define e regulamenta ações voltadas para o combate ao bullying.

Para debater o tema, foi realizada audiência pública, no último dia 09. Foram convidados: a promotora da Vara da Infância e da Juventude de João Pessoa, Paraíba, Soraya Scorel, instituições educacionais do estado, professores, pais e estudantes.

Bullying O termo bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, executadas dentro de uma relação desigual de poder, que ocorrem sem motivação aparente.

São praticadas por um ou mais estudantes contra outro (ou outros), causando dor e angústia. As consequências podem ser desastrosas.

A vítima pode desenvolver baixa autoestima e, caso a situação não seja resolvida, pode até desenvolver fobias. Consequentemente, perde o interesse pela escola e há baixo rendimento escolar.

Conscientização

O projeto de “Combate ao Bullying” não se limita a proibir a prática do mesmo. Procura esclarecer a comunidade escolar sobre a abrangência do termo e conscientizar sobre medidas de prevenção, diagnose e combate.

Para tanto, prevê a capacitação do corpo docente, equipe pedagógica e funcionários da escola, visando à promoção de discussões, ações de orientação, prevenção e solução do problema.

Também prevê a orientação dos envolvidos em situação de bullying– os que praticam e as vítimas – “visando à recuperação da autoestima, do desenvolvimento psicossocial e da convivência harmônica no ambiente escolar e social”.

A idéia é envolver as famílias nesse processo. Ao poder público caberá a elaboração de políticas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying, respeitando as medidas protetoras estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Fonte: www.cesarcolnago.com.br

SITE: Fui incansável na divulgação e informação acerca do tema "Bullying". Escrevi artigos, que foram publicados em diversos sites .

O Twitter foi a mídia social que utilizei para a alcançar o meu objetivo que era a aprovação de uma Lei contra o Bullying no meu Estado.

O "Bullying" hoje já não é um nome desconhecido. Lembro que quando entrei no Twitter quase ninguém sabia o que era "Bullying" e hoje o tema é amplamente conhecido. Tenho na figura do Promotor de Minas Gerais, Lélio Calhau, um grande exemplo de como perseguir um ideal e ser vitorioso. A vitória nas causas sociais, dependem de idealistas, que são os grandes sonhadores e idealizadores de um mundo melhor, mesmo quando as adversidades dizem Não!.

A Promotora do Paraíba, Soraya Scorel, que tive a honra de conhecer na "Audiência Pública" realizada, onde foi palestrante e na qual fiz parte da mesa, é outro exemplo de perseverância. A primeira Lei Antibullying Estadual é do Estado do Paraíba. Ela faz um trabalho belíssimo naquele Estado.

O Ministério Público tem sido atuante e combatente contra a prática do "Bullying" nesses Estados.

Sonho em ver o Ministério Público do meu Estado(ES) fortemente atuante nessa grande batalha das "Palavras boas contra as palavras más" - Bullying

Rendo minha honra a esses dois guerreiros: Lelio Calhau e Soraya Escorel.

Continuemos sonhando... Estamos dando os primeiros passos para combater esse mal que tem feito muitas vítimas. Vamos continuar, pois a nossa meta é erradicar do nosso meio essa prática covarde.

AVANTE !!!

Fonte: Katya Mattos Advogada

segunda-feira, 21 de junho de 2010

As crianças devem ter um melhor amigo?

A ligação clássica entre melhores amigos é agora um sinal de problemas

Desde o jardim infantil até aos 15 anos, Robin Shreeves e a sua amiga Penny foram inseparáveis. Andavam de bicicleta, jogavam na rua, nadavam todo o Verão e ouviam Andy Gibb, os Bay City Rollers e Shaun Cassidy. Quando eram pequenas, gostavam de Barbies; mais crescidas, faziam parte do grupo que se reunia no rinque de patinagem às sextas-feiras à noite. Contavam segredos uma à outra, como por exemplo quais os rapazes que achavam mais giros, tal como as melhores amigas fazem sempre.

Actualmente, Shreeves, residente nos arrabaldes de Filadélfia, é mãe de dois rapazes, de dez e oito anos. O mais velho tem um melhor amigo, o qual, aliás, é filho da amiga de Shreeves, Penny, mas o mais novo não tem. O seu companheiro de brincadeiras preferido é um rapaz que esteve com ele no jardim infantil, mas Shreeves diz que os dois não se encontram muitas vezes porque a logística é complicada; geralmente, é preciso combinar os encontros com pelo menos uma semana de antecedência.

"Ele diz às vezes, 'Gostava de ter alguém a quem pudesse sempre ligar"', conta Shreeves.

Podemos sentir-nos tentados a ter pena do filho mais novo. Afinal, de Tom Sawyer e Huck Finn a Harry Potter e Ron Weasley, o "melhor amigo" na infância tem sido louvado na literatura e na cultura pop, para não falar das memórias sentimentais de inúmeros adultos.

Mas, cada vez mais, os educadores e outros profissionais que trabalham com crianças têm vindo a fazer uma pergunta que poderá surpreender os pais: será bom uma criança ter um melhor amigo?

A maioria das crianças procura naturalmente um amigo especial. Num estudo realizado no ano passado pela Harris Interactive junto de quase 3 mil crianças e jovens dos EUA com idades entre os oito e os 24,94% dos inquiridos disse ter pelo menos um amigo especial. Mas a ligação clássica entre melhores amigos, dois compinchas especiais que partilham segredos e façanhas, que gravitam um para o outro no recreio e que, no fim do dia de escola, saem juntos portão fora, é sinal de problemas potenciais para os responsáveis escolares apostados em desencorajar qualquer laivo de exclusividade, devido às preocupações com situações de bullying.

"Acho que a preferência das crianças vai para se emparelharem e terem um melhor amigo. Enquanto adultos - professores e conselheiros escolares - tentamos encorajá-los a não o fazerem", diz Christine Laycob, directora de aconselhamento do Mary Institute and St. Louis Country Day School, em S. Luís (Missouri). "Tentamos falar com as crianças e trabalhar com elas para as levar a terem grandes grupos de amigos e não serem tão possessivas em relação aos amigos."

"Os pais por vezes dizem que o Joãozinho precisa daquele amigo especial", continua. "Nós dizemos que isso não é assim."

Essa atitude é uma crua manifestação da postura mental que tem levado os adultos, nos últimos anos, a tornarem-se cada vez mais intervenientes na vida social das crianças. O tempo em que as crianças andavam à solta pela vizinhança e brincavam com quem quisessem até que as luzes se acedessem nas ruas já passou há muito tempo; agora tudo passa por encontros marcados. Enquanto antigamente um bota-abaixo no recreio só muito raramente era notado pelos professores no dia seguinte, actualmente, uma mensagem de texto perturbadora enviada por um aluno da primária a outro é muitas vezes reencaminhada para os administradores escolares, que se sentem frequentemente impelidos a intervir na relação. (Laycob disse isto numa entrevista, depois de ter passado grande parte do dia anterior a tratar de um texto ''francamente horrível" que uma rapariga tinha enviado a outra.) Com efeito, muito do esforço para levar as crianças a serem amigas de toda a gente tem por objectivo impedir o bullying e outras consequências extremas de exclusão social.

Para muitos peritos em educação infantil, a situação ideal pode bem ser a de Matthew e Margaret Guest, gémeos de 12 anos residentes nos arrabaldes de Atlanta, cuja socialização se faz muitas vezes em bando. Numa típica tarde de sexta-feira, cerca de dez rapazes e raparigas enchiam o jardim da família Guest. As crianças saltavam no trampolim, treinavam-se a encestar e jogavam à caça ao homem, uma variante do jogo das escondidas.

Margaret e Matthew nunca tiveram um melhor amigo.

''Não tenho mesmo um amigo de que goste mais do que outro", diz Margaret. "A maioria das pessoas tem muitos amigos." Matthew diz que considera 12 rapazes como seus bons amigos e que vê a maioria deles "praticamente todos os fins-de-semana".

A mãe, Laura Guest, diz que a escola tenta evitar o bullying por meio de workshops e cartazes. E a existência de actividades extracurriculares mantém os filhos orientados para grupos - a Margaret está na equipa de natação e faz ginástica; o Matthew joga futebol americano e basebol.

Com o aproximar do Verão, os esforços para gerir as amizades não acabam com o fecho da escola. Nos últimos anos, o campo Timber Lake, um local de acampamento misto em Phoenicia (Nova Iorque), começou a contratar "monitores de amizade" para trabalharem com os campistas e ajudarem cada miúdo a tornar-se amigo de todos os outros. Se duas crianças parecerem estar demasiado centradas uma na outra, o campo põe-nas em duas equipas desportivas diferentes, senta-as em extremos opostos da mesa de jantar ou, eventualmente, um conselheiro convida uma delas a participar numa actividade com outra criança que ainda não conhece bem.

''Não acho particularmente saudável uma criança depender de um único amigo", diz Jay Jacobs, director do campo. "Se alguma coisa correr mal, pode ser demolidor. E também limita a capacidade de a criança explorar outras opções no mundo."

Contudo, esta postura preocupa alguns psicólogos, que temem que as crianças fiquem privadas do forte apoio e segurança emocional associados a uma amizade íntima.

''Será que queremos mesmo encorajar as crianças a terem todo o tipo de relações superficiais? É assim que queremos educar os nossos filhos?", pergunta Brett Laursen, professor de Psicologia da Florida Atlantic University cuja especialidade são as relações entre pares. "Imaginem-se as implicações nas relações românticas. Queremos que as crianças ganhem experiência em relações próximas, e não nas superficiais."

Muitos psicólogos são de opinião que as amizades íntimas na infância não só aumentam a auto-confiança das crianças como as ajudam a desenvolver competências necessárias nas relações adultas saudáveis: da empatia à capacidade de ouvir e consolar, do processo de discutir ao de fazer as pazes. Se as amizades da criança forem coreografadas e "desinfectadas" pelos adultos, dizem, como é que ela se pode preparar emocionalmente tanto para os afectos como para a rejeição com que provavelmente se defrontará mais tarde?

''Ninguém nos pode ensinar o que é um grande amigo, o que é um amigo para os tempos risonhos, ou o que é um amigo traiçoeiro", diz Michael Thompson, psicólogo e autor do livro "Best Friends, Worst Enemies: Understanding the Social Lives of Children".

'Sempre que um professor tenta minimizar uma cultura de melhores amigos, gosto de saber porquê", diz Thompson. "Será porque prejudica a turma? Ou há uma rapariga que tem amigas mas não suporta a ideia de não ter uma melhor amiga tão íntima como outra aluna tem? Isso, para mim, é uma reacção normal. Não nos devemos imiscuir demasiado nas vidas das crianças que estão a passar pela experiência social normal".

As escolas insistem que não pretendem destruir as amizades íntimas, mas sim promover a cortesia, o respeito e a amabilidade para com todos. ''Não vejo as escolas a tentarem evitar amizades, mas sim a tentarem dar aos alunos a oportunidade de interagirem socialmente com outros de várias maneiras", diz Patti Kinney, que foi professora e presidente do Conselho Directivo de uma escola secundária do Oregon durante 33 anos e agora é membro da Associação Nacional de Reitores de Escolas Secundárias.

Ainda assim, os responsáveis escolares reconhecem que vigiam as amizades íntimas cuidadosamente, para despistarem efeitos nocivos. 'Quando duas crianças descobrem uma ligação especial entre elas, respeitamos essa ligação desde que nenhuma delas exclua ou rejeite outras explícita ou implicitamente", diz Jan Mooney, psicóloga da Town School, uma escola do Upper East Side de Manhattan que vai da pré-primária ao 8.o ano. "Contudo, se constatarmos que um par de melhores amigos é destrutivo para qualquer dos seus elementos ou para outras crianças da turma, não hesitamos em separar as crianças e trabalharmos com elas e com os pais para garantir futuras relações mais saudáveis."

Fonte: The New York Times

domingo, 20 de junho de 2010

Bullying: presidente da Confap defende «tolerância zero» nas escolas

Confederação apela a uma maior participação dos alunos na denúncia destes casos

O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) defendeu esta quinta-feira que para combater o bullying se devia «criar nas escolas uma política de tolerância zero à violência entre pares», noticia a Lusa.

O ideal é criar em todas as escolas uma política de tolerância zero entre pares, com apelo a que ninguém tenha medo de denunciar este tipo de situações salientou Albino Almeida, citado pelo agência Lusa, durante o Congresso Internacional de Violência entre Pares Bullying, que decorre entre hoje e sexta feira em Matosinhos.

O presidente da Confap sugere ainda a criação de um «regulamento interno», feito pelas escolas com a participação dos alunos, e divulgado a encarregados de educação, em que sejam enumeradas as penalizações pela prática de ilícitos como o dano, roubo e injúria.

É preciso acabar com a impunidade. Sempre houve delinquência nas escolas e sempre houve possibilidade de serem cometidos ilícitos que não podem ficar impunes [porque] agressão e roubo são sempre crimes, frisou.

O presidente da Confap defendeu ser também «indispensável promover junto de pais, professores e encarregados de educação [o princípio de] que qualquer suspeita em matéria de violência deve ser denunciada, considerando que «os juízes dos tribunais de menores não podem continuar a fazer de conta que o problema não existe.

Para Albino Almeida, mais do que escrever leis, é preciso cumpri-las e só investindo mais na educação será possível gastar menos com a educação.

João Grancho, da Associação Nacional de Professores, também presente na sessão, defendeu em declarações à Lusa que os professores têm de saber que, no momento em que denunciam [situações de bullying] e actuam, têm a sua retaguarda protegida, o que nem sempre acontece».

Muitas vezes, os professores denunciam as situações e viram-se contra eles. Falta conferir-lhes autoridade. A palavra do professor hoje deve voltar a valer, mas o que acontece não é isso e a palavra do aluno pesa mais, lamentou.

Para Grancho, não é suficiente escrever na lei que o professor tem autoridade: É preciso que a tutela, os pais, as comunidades, o estado central e local o afirmem sem medo e sem receios.

O professor disse ainda que «as escolas têm feito um papel de atendimento social com a parte de aprendizagem e ensino a assumir menor relevância.

Temos de equilibrar tudo isto e separar responsabilidades, mas integrando-as. Aos professores caberá ensinar e a outros interlocutores, também com eles, ajudá-los no processo de acompanhamento social, sublinhou.

O congresso prossegue durante a manhã de sexta feira no salão nobre da Câmara Municipal de Matosinhos, estando a sessão de encerramento agendada para as 12:15 com a presença do secretário de Estado Adjunto e da Educação.

Fonte: TVI 24

sábado, 19 de junho de 2010

Apresentação do espetáculo BULLYING no Colégio Sarah Dawsey no Rio de Janeiro



Estivemos no dia 18 de junho apresentando o espetáculo BULLYING no Colégio Sarah Dawsey no Leblon, aqui no Rio de Janeiro. Uma receptividade maravilhosa.


Os alunos, professores e coordenadores fizeram uma campanha DIGA NÃO AO BULLYING com muitos cartazes, palestras e debates. Para nós da Cia Atores de Mar´ foi um trabalho extremamente recompensador.

Em nosso perfil no orkut você encontra muito mais fotos.

Leve o espetáculo BULLYING para a sua instituição de ensino.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Lei inclui medidas de combate ao bullying nas escolas de CG



Foi publicada nesta quinta-feira (17/06), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), a lei n° 4.854 que dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao bulliyng escolar no projeto pedagógico elaborado pelas escolas municipais de Campo Grande.

De acordo com a lei sancionada pelo prefeito Nelson Trad Filho, entende-se por bulliyng a prática de atos de violência física ou psicológica, de modo intencional e repetitivo, exercida por indivíduo ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir, causar dor, angustia ou humilhação a vitima.

São exemplos de bulliyng acarretar a exclusão social, subtrair coisa alheia para humilhar, perseguir, discriminar, amedrontar, destroçar pertences, instigar atos violentos, inclusive utilizando-se de meios tecnológicos.

Objetivos – Com esta lei, pretende-se prevenir e combater a prática de bulliyng nas escolas, capacitar docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussões, prevenção, orientação e solução do problema. Incluir regras contra o bulliyng no regimento interno da escola, orientar as vitimas de bulliyng visando à recuperação de sua autoestima para que não sofram prejuízos em seu desenvolvimento escolar.

Tem como objetivo ainda orientar os agressores, por meio da pesquisa dos fatores desencadeantes de seu comportamento, sobre as conseqüências de seus atos, visando torná-los aptos ao convívio em uma sociedade pautada pelo respeito, igualdade, liberdade, justiça e solidariedade. E, ainda, envolver a família no processo de percepção, acompanhamento e crescimento da solução conjunta.

Por meio de decreto regulamentador, a Prefeitura vai estabelecer as ações a serem desenvolvidas como palestras, debates, distribuição de cartilhas de orientação aos pais, alunos e professores. As escolas devem manter o histórico das ocorrências de bulliyng em suas dependências, devidamente atualizado, e enviar relatório via sistema de monitoramento.

Fonte: MS Notícias

Juízes acusados de não tratar casos de "bullying"


A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) acusa os juízes dos tribunais de menores de não tratar os casos de bullying e reclama "tolerância zero" nas escolas. Também a Associação Nacional dos Professores exige maior celeridade dos tribunais.

“O que estão a fazer os juízes de tribunais de menores para não tratar com urgência as situações de crime dentro das escolas?”, questionou, ontem, quinta-feira, em Matosinhos, o presidente da Confap, Albino Almeida, num congresso onde todos defenderam medidas contra o bullying (actos repetidos de violência física ou psicológica), mas ninguém apoiou a iniciativa da Procuradoria-Geral da República para tipificá-lo como crime público.

Albino Almeida alertou que, uma vez comunicados, os processos devem ser tratados de imediato, caso contrário “o aluno diz que é mais um a juntar aos outros”. E aqueles juízes “não podem fazer de conta que não chegam lá”. Quanto à criminalização do bullying no Código Penal, diz ser contra. E exige, sim, que sejam dadas condições às escolas “para que imponham tolerância zero à violência entre pares”.

Para João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores, o problema “tem mais a ver com a falta de celeridade dos tribunais”. “A criminalização não é solução. Já temos um quadro jurídico que suporta todos os crimes” que cabem na designação de bullying. A questão é saber se a idade em que os jovens podem ser responsabilizados criminalmente (a partir dos 16) “deve ou não ser alterada”, dedendeu. Mas, antes, há que “esgotar todos os outros instrumentos”. Uma das críticas que faz é ao facto de os processos de suspensão não terem acompanhamento ou efeito.

Guilherme Pinto, anfitrião que preside ao Fórum Europeu da Segurança Urbana, lançou dados desta organização que indicam “40% de alunos vítimas de bullying em Portugal” (crianças e adolescentes). A estatística, admite, incluirá actos de violência pontuais, por ser ainda um conceito incerto. Também este autarca diz não ser necessário um novo quadro legal.

“A Lei Tutelar Educativa não pode transformar-se num direito penal dos pequeninos”, alertou, por sua vez, Judite Babo, procuradora da República. E “criar um tipo específico de crime” para o bullying “não seria útil”, alertou.

Já Paulo Edson Cunha, vereador da Protecção Civil do Seixal e advogado, que expôs o caso de uma cliente (a Beatriz, do Montijo), não apoia uma alteração ao nível do Código Penal mas defende a criação de “uma nova lei” agrupando a legislação que já se aplica ao bullying.

O Instituto de Apoio à Criança, lembrou a técnica Melanie Tavares ao JN, é favorável à definição do bullying enquanto crime público, mas escusou-se a dar a sua opinião. Paulo Machado, director-geral da Administração Interna, preferiu defender “o aumento do poder das escolas” em matéria de bullying, bem como a formação de professores e auxiliares para serem capazes de responder ao fenómeno.

Fonte: Jornal de Notícias


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Alunos de escola da cidade promovem conscientização sobre o problema


A violência em ambiente escolar sempre existiu, mas nunca esteve tão reportado no Brasil nos últimos anos.

Por conta disso, o chamado bullying (termo sem tradução para o português, mas que é definido como o conjunto de atitudes agressivas de todas as formas, praticadas intencional e repetidamente, que ocorrem sem motivação evidente e que são adotadas por
um ou mais estudantes contra outro), problema comum em escolas de todo o mundo, virou tema de um projeto de conscientização de um grupo de alunos da Escola Estadual Aggeo Pereira do Amaral, no bairro Árvore Grande, zona leste de Sorocaba.

Criar uma política de combate e prevenção ao bullying, primeiramente na própria na escola, é uma das propostas que integra o projeto Ágora, desenvolvido pelo Aggeo desde 2008.

O projeto envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, estes responsáveis pela coordenação das atividades. Dentre as ações, os estudantes criaram um blog (www.projetoagora.com) para promover o debate sobre o bullying e outros assuntos.

“Alimentamos o blog com textos que pesquisamos na internet ou escritos por nós mesmos. Com isso queremos estimular o debate e dar espaço para que todos deem sua opinião”, diz Júlio César Fortunato Filho, 15 anos, aluno da escola e responsável pelo blog.

Além da internet, os alunos também estão realizando palestras e exibindo slides sobre o tema em algumas salas da unidade escolar.

“É interessante como os alunos estão se mobilizando para conscientizar colegas, professores e até a comunidade”, comenta Célia Cristina Gonzales, professora de história da unidade e coordenadora do Ágora.

O projeto foi vencedor do Prêmio Construindo a Nação, do Instituto de Cidadania Brasil, em 2009. Célia Cristina Gonzales, professora de história da unidade e coordenadora do Ágora diz que a iniciativa tem como objetivo conscientizar e politizar os alunos para o exercício da cidadania, transformando o espaço escolar em um centro de discussão e debate sobre problemas do cotidiano.

“O objetivo é transformar os jovens em multiplicadores da informação sobre vários temas e também politizá-los”, explica Célia.

Meninos são as vítimas e os agressores
Uma pesquisa divulgada em abril pela ONG Plan Brasil aponta que os meninos são as maiores vítimas do bullying (hostilidade física ou verbal por parte de colegas) e também os maiores agressores no país.

O levantamento, realizado no segundo semestre de 2009, mostra que 34,5% dos meninos já sofreram maus-tratos na escola, sendo 12,5% vítimas de bullying, contra 7,6% das meninas que se declararam vítimas.

Quando estão no papel de agressor, os meninos aparecem com 12,5% de autoria, e as meninas com 8%.

Dos alunos ouvidos pela pesquisa, 70% dizem que já presenciaram cenas de agressões entre estudantes, enquanto 30% vivenciaram situações violentas. Deste total, o bullying já foi praticado ou sofrido por 17% dos alunos.

A maior incidência ocorre entre adolescentes com faixa etária entre 11 e 15 anos e que frequentam a 6º ano do ensino fundamental.

O estudo colheu dados de 5.168 estudantes das cinco regiões do país. Em cada região, foi analisado o comportamento de alunos de cinco escolas, sendo quatro públicas e uma particular.

Em todo o Brasil, a pesquisa foi realizada em 20 escolas públicas e cinco particulares localizadas nas capitais e interior dos Estados verificados, como São Paulo, Pará e Rio Grande do Sul.

Fonte: Bom Dia Sorocaba

Bullying debatido em Matosinhos

A Câmara Municipal de Matosinhos e o Fórum Europeu da Segurança Urbana vão debater a problemática do bullying quinta e sexta feira, com o objetivo de apresentar soluções e eventuais alterações legislativas.

“O objetivo é refletir sobre este fenómeno, trocar experiências, mas também apresentar soluções. Nos Estados Unidos e no Brasil, promoveram-se alterações legislativas que deram à violência entre pares dignidade jurídica”, afirmou Guilherme Pinto, presidente da Câmara de Matosinhos.

O autarca, que preside ao Fórum Europeu de Segurança Urbana (FESU), é o responsável pela organização do Congresso Internacional Violência entre Pares que nos próximos dois dias em Matosinhos e pretende desenvolver estudos e parcerias com vista à implementação de planos de prevenção antibullying, em particular nas escolas.

“Estudos feitos no nosso país revelam que cerca de 40 por cento das crianças em Portugal são alvo de bullying. Todavia, os números poderão estar longe da realidade, tendo em conta as muitas situações que são encobertas no meio familiar”, salienta.

Fonte: Diário Digital