sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

CAMINHOS DA ESCOLA - DESAFIO BULLYING

Reprise do Desafio Bullying em uma edição especial na íntegra, com as três fases do quadro em um único programa. O Desafio desse programa traz um tema muito atual e polêmico. Zoar os amigos pode não ser uma simples brincadeira.

Os alunos da Escola Estadual Itália em Porto Alegre - RS terão que criar uma campanha de conscientização sobre o bullying na escola.

Na primeira etapa os alunos deverão criar um blog na internet para iniciar a discussão. Na segunda etapa os alunos vão preparar diversas ações de conscientização sobre o bullying na escola. E no terceiro bloco o Desafio de combate ao bullying chega ao fim.

Os alunos da Escola Estadual Itália finalizam a campanha de conscientização sobre o bullying e mostram os resultados.

ASSISTA AO VÍDEO

http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=3665


quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

BULLYING - orelhas de abano

Alpha - AAC fecha convênio com o Orfanato Santa Rita de Cássia

Shalom!
A Alpha - AAC fechou convênio com o Orfanato Santa Rita de Cassia que fica na Praça Seca em Jacarepaguá no Rio de Janeiro.
Serão 80 meninas atendidas que terão aulas de teatro com os profissionais da Escola de Teatro da Cia Atores de Mar - tudo isso gratuitamente.
Também será implantando o Projeto do REFLORESTAMENTO, criado recentemente por nós.
Esta ação só está sendo possível graças aos nossos DOADORES CONTRIBUINTES que fazem esta diferença.
Grato e obrigado pela sua ajuda.

Mar´Junior - Vide-Presidente e Coordenador Geral de Projetos


--
Alpha - Associação das Artes e Cultura
CNPJ 012.482370/0001-91
E-mail: alpha.aac@gmail.com
blog: http:www.aplhaaac.blogspot.com
Tel.:(21) 24246254

ARTIGO 2º - A Alpha - AAC enquanto associação civil, tem como finalidades e objetivos principais:

I. Defender e proteger o meio ambiente e os recursos naturais, preservando áreas ecologicamente importantes, conservando a biodiversidade e estimulando a criação de unidades de conservação e de toda e qualquer atividade que vise preservar o meio ambiente, respeitada a legislação inerente;

II. Difundir atividades sociais, educativas, ecológicas, esportivas, culturais, científicas, lazer, saúde, afins e correlatos, realizando pesquisa; estudos; conferências; produções e promoções; seminários; cursos; palestras; treinamentos; editando e comercializando publicações escritas; de vídeo; de áudio; informatizadas ou qualquer outra que facilite a difusão da cultura e do conhecimento. Criar assessoria técnica nos campos social, educacional, ecológico, esportivo, cultural e científico, lazer, saúde, afins e correlatos, bem como comercialização de publicações escritas; de vídeo; de áudio; informatizadas ou qualquer outra que facilite a difusão das informações, além de camisetas, adesivos, materiais destinados a divulgação de referidas informações sobre os objetivos da Alpha - AAC, tudo respeitando os preceitos da lei brasileira e acordos internacionais;

III. Estimular a parceria, o diálogo local e solidariedade entre os diferentes segmentos sociais, participando junto a outras entidades de atividades que visem interesses comuns.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Espetáculo BULLYING - programe-se para 2011

Shalom!

A Cia Atores de Mar´ vem por meio desta esclarecer que:

O espetáculo BULLYING é um projeto que vem sendo desenvolvido desde 2004 nas instituições de ensino por todo o país. O seu maior objetivo é levar o esclarecimento aos alunos e mestres deste grande mal que é a violência escolar.

O que muitas instituições de ensino dizem não existir, existe sim, a
lgumas com pouca gravidade e outras com muita gravidade. E um dos motivos que leva alguém a praticar essa agressão está relacionado à falta de carinho, de diálogo e aos problemas presentes no lar. Isso pode gerar no agressor a necessidade de provar a todos que é superior e não teme a ninguém.

O título escolhido foi dado exatamente para tocarmos diretamente na ferida. Sabemos que é uma ótima ferramenta, que com a estrutura da Prefeitura e de suas Secretarias, podemos juntos desenvolver o papel que nós propomos - que é o de alertar, o de orientar e o de dar soluções plausíveis.

Após o espetáculo, fazemos um debate sobre o tema abordado.
Segue trecho do espetáculo http://www.youtube.com/watch?v=xKefjTHfQWo.

Segue depoimento da
Srª Telma Bustamante diretora da Escola Municipal Professora Ciléa Maria Barreto http://www.youtube.com/watch?v=ERxej4GGsUc

No mais, a agenda está aberta para 2011 e ficamos aguardando o seu contato,

Obrigado!

Mar´Junior - Diretor/Presidente da Cia Atores de Mar´

(21) 24246254 - 78167987 - ID 24*72586
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blog bullying www.bullying-ciaatoresdemar.blogspot.com
projeto bullying www.ciaatoresdemar.com


NOTA - "Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduo(s) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma".

sábado, 25 de dezembro de 2010

Bullying: mantenha seu filho à distância

Pais devem observar de perto se seus filhos praticam ou sofrem a intimidação frequente e encarar o problema


Embora os pais da geração de crianças de hoje provavelmente já tenham sofrido bullying em seus dias escolares, de acordo com a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, autora do livro "Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas" (Editora Fontanar), foi só a partir da década de 80 que o problema começou a ser propriamente analisado no mundo todo.

Recentemente, uma pesquisa realizada pela Universidade de Valência, na Espanha, constatou que este tipo de violência continua crescendo: o cyberbullying afeta aproximadamente 25% dos adolescentes daquela região espanhola.

A pesquisa entrevistou 2.101 adolescentes de 11 a 17 anos. Segundo Sofia Buelga, co-autora do estudo e pesquisadora da Universidade, 24,6% dos adolescentes sofrem bullying por meio do telefone celular e 29% pela internet. Mas existem também formas verbais e físicas de bullying. Durante o ano, o iG Delas abordou várias vezes o problema, ajudando os pais a descobrir se o filho é uma vítima ou pertence ao grupo daqueles que praticam o bullying. A partir daí é possível aprender a lidar com a situação.

A agressividade, a timidez e outros comportamentos antissociais, que podem terminar levando à prática do bullying, podem ser combatidos desde muito cedo. E também podem ser tratados de forma que você nem imagina: no simples convívio com bebês.Proteger a criançada desse tipo de comportamento é uma das principais preocupações dos pais atuais segundo enquete feita pelo iG Delas - depois de estabelecer limites e desenvolver nas crianças bons hábitos de alimentação.

Fonte: IG



domingo, 19 de dezembro de 2010

Pode levar à prisão se o agressor tiver mais de 16 anos

O Conselho de Ministros aprovou recentemente uma proposta de criminalização do bullying. A proposta será presente ao Parlamento com o objectivo de aprovação de uma lei sobre violência escolar e bullying. De acordo com a proposta, os alunos com idades entre os 12 e os 16 anos que pratiquem actos graves de violência na escola estão abrangidos pela nova tipologia e ficam sujeitos a medidas educativas tutelares. Se o agressor praticar agressões físicas e sexuais graves a moldura penal prevista oscila entre 1 a 5 anos. Se da acção do agressor junto da vítima resultar a morte desta última, a pena de prisão pode atingir os 10 anos. Nas situações em que se registe ou verifique ocorrer ofensas graves à integridade física, a pena de prisão pode ser agravada entre 2 a 8 anos.

Segundo o Ministério da Educação (ME), nas "situações menos graves" compete aos responsáveis escolares definir as sanções a aplicar ao agressor, que poderá passar pela sua suspensão. Se o crime for praticado por menores, jovens dos 12 aos 16 anos, a sanção prevista poderá passar pela implementação de medidas tutelares educativas. A criação da figura do novo crime de violência escolar tem como objectivo zelar pela manutenção necessária e promover a segurança do ambiente escolar. Neste âmbito vão ser realizados cursos de formação sobre violência e gestão de conflitos na escola.

Fonte: TVS Portugal

Bullying assume novos contornos através da internet

António Augusto, director da Escola Secundária de Lousada

Contactado pelo TVS, António Augusto, director da Escola Secundária de Lousada, evitou fazer comentários sobre situações concretas que tenha vivido ou acompanhado pelos órgãos de comunicação social, mas acedeu falar sobre o fenómeno do bullying. Para este dirigente escolar o termo é novo mas o problema tem atravessado pretéritas gerações; "Parece-nos que tem hoje maior visibilidade, porque é naturalmente amplificado por duas ordens de razões: os meios de comunicação social, mais atentos aos problemas correntes, devido à concorrência que a massificação do consumo informativo sofreu, e pelo facto de as sociedades e as famílias serem muito mais protectoras e os nossos filhos, criados nestes contextos, terem uma menor tolerância à frustração e às adversidades. Nos dias de hoje, o bullying assume novos contornos, devido a novos meios tecnológicos generalizados na população juvenil, telemóveis, internet (cyberbullying), o que por vezes torna difícil a tarefa de identificar e responsabilizar o agressor".

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Agressores

Para António Augusto, quando existem múltiplos agressores que desempenham intermitentemente esse papel, a situação pode ter um carácter mais difícil não tendo a agressão contornos físicos definidos. "Quando os agressores são bem identificados e a situação é explícita, isto é, os agressores têm alguma dificuldade em negar a agressão, principalmente quando assume também um carácter de violência mais física, exige de quem tem responsabilidades pelo governo da escola, e toma conhecimento do problema, uma reacção rápida e enérgica, no sentido de sanar a situação. Mas, muitas vezes, estes problemas têm um carácter mais difuso, com múltiplos agressores que desempenham intermitentemente esse papel, não tendo a agressão contornos físicos definidos, em que os próprios agressores não têm perfeita noção da extensão da maldade que estão a fazer à vítima. Esta situação é mais complexa e tem forçosamente um tratamento mais cuidado, que passa por consciencializar os agressores do mal que estão a fazer e cooptá-los. Nesta situação o trabalho é mais delicado, mais moroso, envolve mais actores, não tendo uma resolução de um dia para o outro, como vítimas e encarregados de educação legitimamente anseiam.

Obviamente que, quer numa quer noutra situação, o trabalho com a vítima no sentido de a capacitar para resistir, reagir e denunciar é determinante", acrescentou referindo: "Não me parece, também, que sejam fenómenos que estejam directamente relacionados com a escola, simplesmente ocorrem na escola com expressão mais significativa, porque é aqui que os jovens permanecem mais tempo e, para muitos deles, os seus contactos com pares resume-se ao contexto escolar".

Miguel Ângelo - diretamente de Portugal

Jovens contra o bullying

Fundação da Juventude e centro comunitário unem-se para dar formação nesta área
Jovens contra o bullying
A escolha da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco ficou a dever-se ao facto de ser o estabelecimento escolar onde estudam muitos dos alunos residentes em São Martinho, explicou Sara André.
A Delegação da Fundação da Juventude na Madeira realizou ontem uma campanha de sensibilização sobre o bullying, dirigida a alunos da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco.

A acção decorreu nas instalações do Centro Comunitário de São Martinho, no Centro de Segurança Social da Madeira, na Nazaré.
Sara André, directora regional da Fundação, disse que esta foi a primeira de uma série de iniciativas do género que a Fundação pretende desenvolver junto de escolas da Região. Intenção que está ainda dependente da candidatura ao Programa Juventude que a Fundação vai apresentar, visto que este ano já não havia verbas para este fim.

A iniciativa de ontem decorreu de uma parceria entre a Fundação e o Centro Comunitário, disse Sara André.

«A Fundação tem como objectivo trabalhar com jovens e a sua reinserção na vida activa, sendo a componente da formação muito importante», adiantou a directora regional da referida instituição.
Sará André acrescentou que, sendo o bullying uma questão actual, «é uma problemática que importa a todos combater».

A escolha da Escola Gonçalves Zarco ficou a dever-se ao facto de ser o estabelecimento escolar onde estudam muitos dos alunos residentes em São Martinho, explicou Sara André.
Conforme acrescentou, este é um projecto feito de jovens para jovens. Os que lá estavam ontem recebem formação nesta área e, depois, transmitem-na aos colegas.

Sara André esclareceu que estas acções não se devem ao facto de ter havido um aumento da violência escolar, mas da percepção de novas formas de bullying, como é o caso de alunos que filmam colegas e colocam esses vídeos na internet, para os humilhar. Situação que, como disse, não podemos permitir.

Incutir respeito e auto-estima são alguns dos objectivos desta formação, que inclui a família e a comunidade educativa.

Por seu turno, Rui Caetano, director da Escola Gonçalves Zarco, disse que este tipo de acção é importante e que se insere no plano da escola em combater a indisciplina e a violência.
Admitindo haver alguns casos pontuais de bullying, Rui Caetano disse que não é por isso que o fenómeno deve ser desvalorizado.

Outro dos projectos que a escola pensa desenvolver nesta área é envolver os pais dos alunos, docentes e funcionários da escola.

Fonte: Jornal Madeira de Portugal

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Espetáculo BULLYING é contemplado pela Lei de Incentivo a Cultura - ICMS/RJ


O espetáculo BULLYING foi aprovado pela Lei de Incentivo a Cultura - ICMS/RJ em 16 de dezembro de 2010. Você encontra o Certificado de Mérito Cultural no Diário Oficial na Página 24 item 02.

Este específico projeto abrangerá 28 cidades de até 20 mil habitantes. Faremos 2 apresentações, uma pela manhã e outra a tarde, na instituição escolida por nós, a começar na primeira semana de maio indo até o meados de dezembro de 2011.

As cidades contempladas são:

Aperibé
- 10215 habitantes
Areal - 11213 habitantes
Cambuci - 14580 habitantes
Cantagalo - 18664 habitantes
Carapebus - 13141 habitantes
Cardoso Moreira - 12405 habitantes
Carmo - 17384 habitantes
Comendador Levy Gasparian - 8169 habitantes
Duas Barras - 10904 habitantes
Engenheiro Paulo de Frontin - 13236 habitantes
Italva - 12536 habitantes
Muriaé - 7481 habitantes
Macuco - 5212 habitantes
Mendes - 17892 habitantes
Natividade - 15053 habitantes
Porciúncula - 17703 habitantes
Porto Real - 16480 habitantes
Quatis - 12066 habitantes
Quissamã - 19644 habitantes
Rio Claro - 17051 habitantes
Rio das Flores - 8183 habitantes
Santa Maria Madalena - 10249 habitantes
São José de Ubá - 7003 habitantes
São Sebastião do Alto - 8836 habitantes
Sapucaia - 17267 habitantes
Sumidouro - 14768 habitantes
Trajano de Moraes - 10252 habitantes
Varre-Sai - 9204 habitantes

Logo informaremos os patrocinadores do projeto.

A Cia Atores de Mar´ trabalha para que o bullying acabe de vez nas escolas.

Alunos igrejinhenses fazem campanha antibullying

No início da semana, os alunos da escola Anita Garibaldi visitaram o prefeito Jackson Schmidt para apresentar sua primeira campanha antibullying, que está sendo divulgada em toda a cidade. A campanha surgiu de projetos desenvolvidos pela orientadora educacional Vanessa Alessandra da Silva, com os alunos do primeiro ao nono ano, e nos quais o assunto mais discutido foi o bullying. Lançada em 4 de dezembro, a campanha antibullying da Anita Garibaldi tem por objetivo oportunizar, a toda a comunidade escolar, momentos de reflexão sobre o bullying e está sendo divulgada através de cartazes, confeccionados pelos alunos, que foram distribuídos em pontos comerciais de Igrejinha.

Fonte: Panorama

Crianças aprendem sobre bullying

Patrícia Oliveira acha que o cerne da questão é a fraca capacidade de gestão de conflito que os alunos têm

Contribuir para a melhoria do relacionamento interpessoal entre alunos e deste modo combater a possibilidade do bullying, foi o principal objectivo de um curso promovido pelo Gabinae no Colégio Rainha D. Leonor.

A violência escolar, fenómeno ao qual foi atribuído o nome bullying, é uma problemática que tem aumentado as suas manifestações e visibilidade, o que tem motivado uma crescente preocupação por parte de professores, pais, alunos e técnicos.

A responsável pelo curso, Patrícia Oliveira, mestre em Serviço Social com especialização em bullying, explicou que foram dinamizadas diversas estratégias de intervenção adequadas a este fenómeno e desenvolvidas estratégias de sensibilização, de motivação e de informação aos alunos, actuando ao nível da alteração de comportamentos.

Participaram nas aulas 21 alunos entre os 10 e os 14 anos, de várias turmas do colégio. “É fundamental que se englobem alunos de várias idades” para que se consiga intervir de forma mais prática.

Foram abordadas questões como o espírito de equipa, a assertividade, o auto-conceito e a gestão de conflito, através de actividades dinâmicas. “Fazemos simulações em que invertemos os papéis. Os alunos mais velhos, que possam ser o potencial agressor, são colocados no papel da vítima para que percebam o que este sente”, explicou a assistente social, cuja tese de mestrado se intitulou “Bullying – uma nova visão pelo serviço social”.

Através destas dramatizações, as crianças assumem também o papel do professor ou do encarregado de educação, percebendo as várias visões da problemática. “A técnica do teatro-debate é muito utilizada em relação à discussão do bullying”, disse.

O curso, com duração de 30 horas, decorreu às quarta-feiras à tarde, aproveitando o facto de não haver aulas durante esse período, e foi financiado pelo Programa Operacional Potencial Humano.

Patrícia Oliveira mantém um sítio na Internet sobre o bullying: www.intervencao bullying.pt.vu.
A investigadora elogiou o facto do Colégio Rainha D. Leonor ter a sensibilidade de receber um curso sobre bullying para crianças. “Cada vez há mais situações de violência escolar nas nossas escolas, mas muitas vezes tenta-se desvalorizar o tema”, comentou.

Patrícia Oliveira considera que a palavra bullying tem uma conotação muito negativa, mas acha que o cerne da questão é a fraca capacidade de gestão de conflito que os alunos têm entre eles e isso extravasa a escola. “O envolvimento com os pais e com a comunidade é fundamental”, defende.

Pedro Antunes
pantunes@gazetacaldas.com

Fonte: Gazeta das Caldas Portugal

Lei que combate bullying é aprovada na Assembléia Legislativa

Pelo levantamento feito por Zeca da Silva, em São Paulo (SP), faltam estatísticas oficiais sobre esse tipo de agressão


O projeto de lei de autoria do deputado estadual Zeca da Silva (PSC), que dispõe sobre o combate da prática de 'bullying' por instituições de ensino e de educação, públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, foi aprovado por unanimidade, essa semana, na Assembleia Legislativa. Zeca se mostrou preocupado com o aumento do número de agressões e atos de discriminação e humilhação em ambiente escolar.

A propositura de Zeca tem por base um estudo feito pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), em 2002, no Rio de Janeiro, com 5.875 estudantes de 5ª a 8ª séries, de 11 escolas fluminenses, revelou que 40,5% dos entrevistados confessaram o envolvimento direto em atos de bullying.

Pelo levantamento feito por Zeca da Silva, em São Paulo (SP), faltam estatísticas oficiais sobre esse tipo de agressão. Porém, diante da maior incidência de casos, algumas escolas paulistas desenvolvem, isoladamente, trabalho de orientação sobre o assunto.

“Como ocorrência do agravamento das ocorrências do bullying, pais de aluno ameaçam processar a escola, acusando professores e diretores de falta de supervisão. Principalmente em atos de violação dos direitos civis e de discriminação racial ou de assédio moral. Nas ações, os pais requerem indenizações por danos patrimoniais e morais. A responsabilidade da escola é objetiva, ou seja, não precisa provar a intenção, basta a comprovação da omissão”, justificou o deputado.

Para Zeca o bullying é uma forma de agressão que afeta a alma das pessoas, podendo provocar, nas vítimas, um sentimento de isolamento. Outros efeitos são a redução do rendimento escolar e atos de violência contra si e terceiros. “O modo como os adolescentes agem em sala de aula, com a colocação de apelidos nos seus colegas, pode contribuir para que pessoas agredidas não atinjam plenamente o seu desenvolvimento educacional. São atitudes comportamentais que provocam fissuras que podem durar para a vida toda”.

O deputado entende que criar um estigma ou um rótulo sobre as pessoas é como criar um preconceito. “Além de ser uma agressão moral é uma atitude de humilhação que pode deixar seqüelas emocionais à vítima. A instituição de programa de combate ao bullying nas escolas vai permitir o desenvolvimento de ações de solidariedade e de resgate de valores de cidadania, tolerância, respeito mútuo entre alunos e docentes. Nossa iniciativa é para potencializar as eventuais diferenças, canalizando-as para aspectos positivos que resultem na melhoria da auto-estima do estudante”.

Bullying

O bullying é qualquer prática de violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, entre pares, que ocorra sem motivação evidente, praticada por um indivíduo ou grupo de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir fisicamente, isolar, humilhar, ou ambos, causando dano emocional e/ou físico à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

Fonte: Assessoria de Imprensa

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Material educativo em cordel é lançado para combater o bullying

Livretos serão distribuídos em escolas públicas e particulares para conscientizar a comunidade escolar e as famílias sobre a importância de debater o problema

Da Redação do pe360graus.com

Reprodução/TV Globo

Foto: Reprodução/TV Globo

Um cordel educativo sobre bullying será lançado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nesta quinta-feira (16). "Bullying" é um termo em inglês usado para definir agressões físicas e psicológicas comuns nas escolas, entre os alunos. A publicação tem como objetivo conscientizar os alunos e a família, além de orientar os professores. Serão distribuídos 20 mil livretos.

O advogado da OAB Inácio Feitosa (foto 1), que auxiliou na criação da lei estadual que estimula combate ao bullying nas escolas, ajudou também na criação do material e destacou a escolha do cordel para a realização da campanha educativa: “ele pode ser levado a todos os lugares e é muito popular. E por isso pode ser trabalhado nas escolas, como mais um material didático”, explica o advogado.

A secretária de Desenvolvimento da Educação do Estado, Aída Monteiro, destacou que as atividades contra o bullying já estão presentes às salas de aula estaduais, mas alerta que a cultura de paz precisa ser ampliada: “a escola é um reflexo da sociedade, então é preciso que implantemos a cultura da paz em outras esferas da sociedade”, afirma.

O material didático em forma de cordel será lançado na noite de hoje, na faculdade Maurício de Nassau (Rua Guilherme Pinto, 114, Graças) e estará disponível para quem quiser um exemplar na faculdade e na sede da OAB (Rua do Imperador Pedro II, nº 235, Santo Antônio, Recife), além de ser distribuído em escolas particulares e públicas de Pernambuco.

A publicação tem inspiração numa pesquisa realizada no dia da aplicação do Enem que mostra um aumento na consciência dos alunos sobre o bullying. Segundo o advogado Inácio Feitosa, dos 1150 alunos dos municípios de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes: em 2009, 50 % dos alunos sabiam definir o problema; em 2010 foram 73% os jovens que responderam saber o que é o problema, as punições e direitos da vítima, o que, segundo o Advogado, é um avanço. “O bullying é a intolerância à diferença. E para ser enquadrado como bullying é preciso que o ato de violência seja praticado intencionalmente e em diversas vezes”, afirma.

NAS ESCOLAS
A secretária de Desenvolvimento, Aída Monteiro, explicou como o professor da rede estadual deve agir. “Criamos os comitês de conciliação de conflitos nas escolas públicas para que o problema da sala de aula seja resolvido entre a escola e a família, sem precisar passar por um processo de criminalização”, afirma. Ela diz que já foram capacitadas aproximadamente 15 mil pessoas, entre professores e estudantes, para fazer parte desse trabalho.

Segundo Aida, desde 2007 o currículo escolar tem como eixo norteador a formação da cidadania e o respeito integral aos direitos humanos. "Essas temáticas de discriminação, violência escolar, combate à homofobia e questões de gênero perpassam de forma interdisciplinar o currículo, ou até como disciplina, já que temos 1.410 professores que trabalham nessa perspectiva", detalha.

Aida Monteiro diz que a violência não é um problema isolado do ambiente escolar. "Está inserida nas diversas relações sociais, na família, na comunidade... A escola reproduz e traduz o que a sociedade está vivenciando".

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

agenda para 2011 do espetáculo BULLYING

É com alegria que vemos escolas de todo o Brasil fazendo seu planejamento para 2011 e incluindo o espetáculo BULLYING. Temos tido telefonemas de todo o Brasil e cidades que já aderiram ao nosso trabalho como Belo Horizonte, Taubaté, Cruzeiro, Resende, São José dos Campos, Macaé, Búzios, Florianópolis, Curitiba, São Paulo, Vitória, Guarapari, Salvador, Recife, Cabo Frio, Quatis, Maringá, Juiz de Fora, entre tantas outras nossos agradecimentos. Estaremos com muito amor e dando o nosso melhor por cada escola em que passarmos, para levarmos aos alunos e mestres soluções contra este mal que tenta destruir nossas crianças e adolescentes.

Aqui aproveito e desejo a todos um ÓTIMO natal e uma passagem de ano MARAVILHOSA.


o futuro é a resposta do presente ao modo de vida que escolhemos viver

Itaperuna realiza debate sobre violência nas escolas

Por Redação - Rádio Gospel FM

O debate sobre violência nas escolas aconteceu no auditório da SEMED

O debate sobre violência nas escolas aconteceu no auditório da SEMED

Preocupada com o aumento de casos de indisciplina, a Secretaria de Educação de Itaperuna (SEMED) promoveu um importante debate sobre violência nas escolas e o Bullying, termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo incapaz de se defender.

A secretária de Educação Maria Luíza Lacerda abriu o debate falando de sua preocupação quanto aos casos de violência que vem crescendo nas nossas escolas e sobre o Bullying. Ainda falou sobre as dúvidas quanto aos procedimentos mais corretos a serem adotados por diretores e professores, sem que seja desrespeitado o direito dos alunos. A secretária passou um vídeo contendo depoimentos de algumas diretoras que narram fatos de indisciplina e violência.

Em seguida, cada uma das autoridades presentes pôde opinar sobre o assunto e ainda responderam a uma série de questionamentos. “Outros debates com essa temática poderão acontecer em 2011. Esse assunto precisa ser muito bem discutido para que todos falemos a mesma língua e, que em nossas escolas, direitos e deveres sejam para todos”, diz a secretária.

Maria Luíza ainda pretende solicitar ao Conselho Municipal de Educação uma revisão no Regimento das Escolas Municipais. Participaram do debate o procurador Geral do Município José Demétrio Filho, representantes do Conselho Tutelar, CMDCA, Conselho Municipal de Segurança, 143ª DP de Itaperuna, 29º BPM, além de diretores, orientadores pedagógicos, supervisores e professores.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Consciência Cidadã :: Alunos da Escola Vasco Santos realizam passeata contra o Bullying

Evento fez parte do Projeto “Bullying na Escola, to fora”, e marcou o fim da luta neste ano letivo
Publicada em 14/12/2010
“Bullying” é um termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - valentão) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro incapaz de se de

A caminhada partiu da avenida Antônio Carlos e percorreu a rua Presidente Olegário Maciel até a praça Governador Valadares. O tema “Bullying na Escola, to fora!” foi desenvolvido durante todo o ano com alunos e professores e a passeata marcou o fim da discussão nesse ano letivo.

“Estamos preocupados com o crescimento desse mal e não tem outra maneira que não seja conscientizando as pessoas para acabar com este problema”, esclareceu a diretora Maria Cristina de Oliveira Barreto, uma das organizadoras e incentivadoras do projeto.


“Bullying” é um termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - valentão) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro incapaz de se defender. Geralmente acontece em ambiente escolar seja na escola ou na universidade, mas também há casos de registros em locais de trabalhos, e discriminação a estrangeiros.


Alunos e professores entregaram panfletos e falaram sobre o termo para todos os transeuntes que passavam pelo centro.


“O Bullying é coisa séria, está em todos os lugares e precisa ser combatido. Hoje tivemos a oportunidade de esclarecer para as pessoas o que é o Bullying e por em pratica tudo que aprendemos na sala de aula. A nossa idéia é acabar com este tipo de agressão, e os próprios alunos quando percebem algo de errado na escola já estão se posicionando e chamando a atenção dos outros. Foi muito válida essa idéia. Acho que valeu a pena”, disse o aluno do 3º ano do Ensino Médio, Weverton Santiago.


Quem recebeu o panfleto aprovou a idéia. É o caso da dona de casa Maria das Graças e do aposentado José Tadeu Magalhães. De acordo com ele, a conscientização é a melhor maneira de se evitar que casos dessa natureza aconteçam nas escolas de Araxá. “Na minha opinião é uma idéia formidável, afinal de contas, nada melhor do que a conscientização para evitar que casos dessa natureza aconteçam em nossa cidade”, arrematou o aposentado José Tadeu.


Fonte: Jornal Araxá

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Jovem da zona rural de Elesbão Veloso diz ter sido vítima de bullying .

Rapaz das iniciais R.M.D, morador da localidade Alto, zona rural de Elesbão Veloso enviou torpedo a produção do Programa Painel Popular(Fm Eldorado) para expor o caso ocorrido na última quinta-feira(9) em um carro que transportava de Elesbão para a zona rural alunos de uma escola vinculada á rede municipal.

Sem dá maiores detalhes, nem comentar o teor das provocações, conta ele na mensagem que foi vítima de constrangimento por parte dos adolescentes das iniciais J.G e R.D.G, também moradores da zona rural.

"Eu fui vítima de provocações e chantagens no carro que leva os alunos", descreveu R.M.D para completar em seguida. "Eu não reagi porque eu não gosto de briga; inclusive o motorista ouviu tudo e até reclamou".

A prática de bullying em Elesbão Veloso, sobretudo envolvendo alunos tem se tornado algo constante, tanto que muito recentemente um caso foi parar na Delegacia de Polícia, depois de uma enquete de puro mal gosto, envolvendo estudantes de uma escola pública estadual, haja vista que a sondagem apontou um deles como sendo a pessoa mais chata da cidade.

A enquete, conforme a polícia foi preparada por um restrito grupo de alunos. A vítima chegou a agredir um dos componentes do grupo, o qual teria sido o idealizador da tal enquete.

Fonte: Painel Popular - José Neto - Elesbão News

Jovem da zona rural de Elesbão Veloso diz ter sido vítima de bullying. Leia!

Jovem da zona rural de Elesbão Veloso diz ter sido vítima de bullying. Leia!


domingo, 12 de dezembro de 2010

Não quero ser cidadão

Hoje em dia, quando me aborda, ainda que amigavelmente, um sujeito bradando “ô, cidadão”, já fico nervoso, contrariado. Quase ofendido. É que o “cidadão” só tem problema atrás de problema. O cidadão pega fila, fica horas no transporte público (apertado com outros infelizes), é destratado nos órgãos públicos, respira ar poluído, leva desaforo pra casa, pena no trânsito caótico etc.

Fora os incômodos tradicionais, há os novos. Filho de cidadão é vítima de bullying na escola onde estuda, sob a supervisão de professores que pouco aparecem e ensinam! E até por essa omissão educacional, a situação tem desdobramentos complicados e os alunos têm que fazer algo para se “distrair”, dando catiripapos uns nos outros. Esses jovens tinham mesmo é que ir a um bom psicólogo ou estudar fora do país e não seguir o exemplo dos pais e acabar se transformando em cidadãos, para alimentar o ciclo perverso. A moçada tem que ter atitude.

Com relação à questão estética, o cidadão não tem melhor sorte. É provado que ele já nasce velho, mal ajambrado e com pigarro característico. A imagem que temos é a de um indivíduo brega, vestido com roupas do tempo da ditadura, calçando sapatos velhos (mas impecavelmente engraxados) e com uma lustrosa barriguinha de chope. Vá ao menos tomar um banho de loja, cara!

Porém há proezas admiráveis que só o cidadão consegue desempenhar. Façanhas sobre-humanas, diga-se. Ele frequentemente ignora postulados consagrados da física, por exemplo. Isso ocorre quando dois (ou mais) cidadãos, ao mesmo tempo, ocupam o mesmo lugar em ônibus ou metrô. O desafio à fisiologia humana também é de se notar: apenas o sistema digestivo do cidadão consegue digerir, processar, aquela “matéria” que é vendida sob o rótulo de alimento no centro das grandes cidades. Homens da Ciência, microscópios a postos!

E o pior é que há movimentos em prol da “cidadania” que estimulam essa loucura coletiva, provavelmente tapeados pelas quase vinte menções na Constituição Federal, pelos tratados internacionais e pelas diversas leis que se referem a ela. Rios de dinheiro e de tempo do Poder Público são vertidos nesse vão sentido e parcerias com a iniciativa privada são firmadas. Talvez esses ativistas pela “cidadania” estejam, secretamente, pagando algum tipo de penitência em vida, com medo de ir para o inferno, sei lá.

Bom mesmo é carregar outro título mais bacana, como “empresário”, ou “executivo” (artista ou político não, pois são muito assediados pelos odiosos “cidadãos”). Nunca vimos e nunca vamos ver manchetes como “Executivo aguarda oito horas para ser atendido” ou “Empresário tropeça em calçada do centro e pede providências”.

Esses não vemos por aí em fila de banco, atrás de remédio e invariavelmente se amontoando com outros em todo tipo de ocasião. Isso é coisa de cidadão! Que fique bem claro e que se me exclua dessa!

Carlos Eduardo Moreira Valentim é advogado, especialista em Direito Administrativo, mestrando em Direito do Estado pela PUC-SP – valentim@vbb.adv.br

Fonte: Diário de Marília

Campanha contra o bullying é lançada

por Vitor Oshiro

Uma piada de mau gosto com um colega. Uma “tiração de sarro” com um amiguinho devido ao modo como ele fala. Um grupo falando mal e excluindo uma garota devido ao seu peso. Tais ações existem há tempo, porém, agora passaram a ser vistas com mais atenção pelos órgãos públicos e, desse modo, a palavra “bullying” - que conceitua exatamente práticas como essas - entrou na moda. Exatamente por isso, ocorreu na tarde de ontem, o lançamento institucional do programa “Acolhimentos SIM, ‘bullying’ NÃO” no auditório da Prefeitura de Bauru.

O programa é uma parceria da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, com a organização Humaniza Brasil e ainda conta com o apoio institucional da subseção bauruense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Secretaria de Estado de Educação, da Diretoria de Ensino de Bauru e do Sindicatos dos Professores de Bauru e Região e o das Escolas Particulares.

Segundo a Secretária Municipal de Educação, Vera Caserio, o programa de redução do comportamento agressivo nas escolas tem um caráter muito importante exatamente na junção de forças. “Todas as instituições parceiras já tomavam medidas contra a prática do bullying. A rede municipal já tinha um trabalho grande nesse ponto. Com esse projeto, iremos articular todas essas ações e ter uma efetividade maior. É uma maneira de trabalhar de modo coletivo e mais forte”, explica.

O idealizador do programa e coordenador da organização Humaniza Brasil, o professor Reginaldo Tech, afirma que a intenção é agir de forma mais intensa nas medidas preventivas do bullying. “Queremos agir em um ponto anterior. Discute-se muito a parte corretiva e realmente isso é muito importante, porém, queremos pensar em prevenir e evitar que essa prática aconteça”.

Ele explica que, para isso, serão realizadas uma série de oficinas culturais focadas no acolhimento, relação saudável e cooperação com o próximo. “Esta fase inicial do programa é realizar um planejamento dessas ações. A segunda parte é realmente colocar essas medidas em prática em 2011. Queremos estudar tudo de forma correta para saber como motivar os gestores a trabalhar de forma efetiva com a questão”, completa.

Além de oficinas, serão promovidas rodas de conversas sobre filmes com a temática do bullying, grupos de redes de relacionamentos, montagens no cineclube, oficinas de criatividade, ações criativas, entre outras medidas.

Mais um ponto importante do programa são as diferentes visões que incidem sobre o problema, ao passo que congrega várias instituições. De acordo com o representante da OAB de Bauru Antônio Carlos da Silva Barros, “além da leitura legalista, estão sendo pensadas leituras do espaço educacional, dos próprios gestores, da família e até mesmo psicológicas, com os danos que o bullying causa nas pessoas afetadas”.

Por meio da assessoria de comunicação, o prefeito Rodrigo Agostinho afirmou que “este é um excelente momento para começar um movimento de ação contra o bullying, pois já vai começar a fase de planejamento para 2011 e a sociedade toda, inclusive pais e alunos, precisam participar ativamente”.

Ainda de acordo com a secretária de Educação, Vera Casdrio, apesar de já haver instituições de diferentes níveis envolvidas, o programa “Acolhimentos SIM, ‘bullying’ NÃO” ainda está aberto a quem queira ajudar.

“O bullying não ocorre somente na escola. A educação é uma área muito importante nessa questão, porém, não é a única. A sociedade e a comunidade devem participar também. Queremos que mais instituições se juntem nessa parceria. Quanto mais coletivo, mais forte é nosso poder de convencimento e conscientização”, conclui a secretária.

Combate

Há aproximadamente dois meses, a Câmara de Vereadores de Bauru aprovou um projeto de lei sobre conscientização, prevenção e combate ao bullying nas escolas. Segundo o projeto, de autoria do vereador e presidente da Câmara, Luiz Carlos Barbosa (PTB), qualquer caso da prática detectado nas unidades municipais de ensino devem ser reportados à Secretaria Municipal de Educação e aos pais dos alunos.

Na mesma época, o Colégio COC manteve um projeto de combate ao bullying em suas unidades. Inclusive, na ocasião, foi contratado o professor Gustavo Silva Baptista, pesquisador sobre o assunto, para atuar como consultor e condutor do programa.

O bullying é caracterizado por atitudes agressivas, intencionais e constantes proferidas por um ou mais estudantes contra o outro, resultando em dor, angústia, medo e vergonha na vítima.

Fonte: JCNET

Violência nas Escolas

Doutor Nazar

Já mudamos nosso filho de escola por três vezes, mas continuamos com o mesmo problema. Ele sofre nas mãos de coleguinhas. São agressões verbais, físicas, intimidações. Ele sempre acaba sendo excluído. Conversamos com professores, coordenadores, pais de amigos, de nada adiantou. As coisas mudam por uma ou duas semanas e logo depois retornam. Os meninos sempre o pegam para Cristo, curtem com a cara dele. Da última vez foi agredido fisicamente, carregando marcas no corpo.

Ele é filho único. Procuramos dar-lhe a melhor educação possível. Foi educado com respeito, carinho e muito amor. Ensinamos a ele a necessidade de respeitar o próximo, a não reagir aos insultos e provocações. Sempre foi muito estudioso, tira sempre as melhores notas na escola. Mas o grande problema é a sua quietude nos relacionamentos. O pai é muito rígido, religioso, não admite erros, é rigoroso ao extremo. Meu filho tornou-se um menino tímido, e chega a esconder as barbaridades que fazem com ele nas escolas. Hoje me vejo como uma mãe assustada, acuada, perdida entre o que o meu marido diz e o que falam os professores. Vejo-me frente a um filho que sofre em silêncio, como se não fosse com ele. Meu marido quer deixar com Deus, cedo ou tarde isso será resolvido. Não sei o que fazer para ajudá-lo. Eles dizem que com o tempo isso vai mudar. O senhor pode me orientar?

Violência nas escolas

Sim, é possível orientá-la. Mas você realmente está aberta a questionamentos e em condições de se deixar orientar por uma visada que não seja opaca ou inocente? Você mesma constatou que a coisa não é tão simples: não basta mudar seu filho de escola, seus problemas caminharão com ele. E o problema não reside somente nos grupos que encarnam em seu filho nas escolas que frequenta. Temos que implicá-lo nesta questão, pois é de se estranhar tamanha repetição de um mesmo fato. É muita coincidência, não é mesmo? O acontecimento em si não é sem a sua participação. Alguma coisa que ele provoca nos outros meninos. Diria mais: algo em seu filho convoca o comportamento agressivo do grupo sobre ele. Veja bem, o grupo, e sua necessidade de violência, já está lá, à espera, esperando por um alvo, um objeto adequado.


O primeiro passo a ser dado é que a família se questione. A família, digamos, está doente, ainda que o sintoma esteja presente no seu filho, na sua necessidade de se vitimar. É preciso, pois, que vocês possam se implicar nesta cena que se repete. Dizer que a culpa está no outro, nos grupos que agridem seu filho – embora isto seja uma verdade – não basta, cairíamos numa inocente interpretação que não leva a lugar algum.


Não devemos aceitar as coisas como simples fatos que acontecem, sem que haja um questionamento: por que justo com o meu filho? Por que sempre esta repetição? Será mesmo que ele provoca esta situação? É lógico, pois nada, mas nada mesmo justifica o agir cruel dos grupos contra alguém. Mas não é disso que se trata. Temos que avançar. O quê, deste menino, faz nascer esta violência para cima dele? Qual é o traço que ele repete e que leva o grupo a tomá-lo como objeto de seu gozo. Este menino atualiza, no social, uma posição de sacrifício, tal qual ele fora colocado no desejo de seus pais. Em todo caso, trata-se de alguma cois que emerge a despeito dele mesmo – é isso o inconsciente -, algo de uma infância em si mesma desencontrada, de um trauma que se estruturou na sua relação com seus pais, e que atualiza no social dos grupos.


Como devemos abordar os disparates que permeiam o dia a dia da vida escolar de crianças e de adolescentes? A convivência nas escolas é realmente sempre uma vida em constante turbulência, plena de comportamentos excessivos. Há algo que excede, escapa, extrapola. Como entender estes rompantes de violência que desde sempre habitam os meandros dos ambientes escolares, fundamentalmente no que diz respeito à formação de grupos que têm como objetivo maltratar alguém exterior a eles? O grupo sempre age sem pensar. Ele é regido por desejos inconscientes e, para se manter, necessita expiar em alguém algo de insuportável nele mesmo. Um gozo mau, vivido como insuportável, deve ser expiado, posto fora. E ele sempre encontra alguém que se encaixa sob medida para suportar o insuportável nele próprio. Porque seu filho se encaixa neste enquadre, eis a questão. O grupo é fraco, covarde, e não suporta diferenças. São, sim, violências gratuitas, insensatas.


Os matizes dos comportamentos agressivos que tramitam no mundo das relações de crianças e adolescentes, o que isso quer dizer? Eles são patológicos? Podemos supor que são transgressivos por ferirem de perto a lei que rege a convivência? Crianças são crianças! Adolescentes são adolescentes. Freud não cessou de afirmar que a criança porta uma agressividade fundamental. Ela traz em sua vida psíquica, originalmente, uma sexualidade polimorfa, perversa, aberrante, cruel. O mundo pulsional, que causa nossa vida de desejos, é uma floresta espinhosa, desconhecida, prenhe de raízes que sustentam comportamentos insensatos. Loucuras, nada mais!


As boas palavras, tanto em casa quanto numa escola, levam a criança e o jovem ao congraçamento de um respeito mútuo, de uma convivência civilizada. É no interior de um ambiente escolar que as violências, próprias à condição humana, encontram suas possibilidades de realização em formas de grupos. Atualizamos, numa vida escolar, todas as nossas fantasias, os nossos dilemas, daquilo que se processou nas relações com nossos pais e irmãos. Ela mostra o frescor de sua cara quando não conseguimos fazer um bom uso das palavras. Somos todos seres filhos e herdeiros de vidas amargas. Quando não falamos, violentamos nossos semelhantes e/ou a nós mesmos.


Os seres humanos, quando agem em grupo, são propensos a injúrias. Não importa a idade, em grupo a violência se torna mais viável em suas artimanhas e objetivos. As histórias se repetem: um grupo toma alguém diferente como objeto de escárnio, simples objeto de prazer, com um objetivo gratuito de humilhar. Uma das maneiras de gozar é gozar da humilhação do outro! Um gozo, arrisco dizer, semelhante àquele proporcionado pela droga cocaína, por exemplo. O gozo de humilhar e o desejo de se fazer humilhar. O grupo se afirma na fragilidade e no medo da vítima, com isso, encobre a sua. O grupo nega a diferença sob as vestes encobridora de uma homossexualidade. O grupo é sempre homo. A dinâmica deste processo cruel e hediondo, faz parte das estruturas que regem os laços sociais.


É simples demais dizer: é um caso clássico de buyilling, é culpa dos grupos que o tamam como pele, é a escola que deve cuidar, se responsabilizar. Vamos colocar leis, estabelecer sanções para coibir a violência nas escolas, ou seja, colocar mais e mais limites? É lógico, todos devem se mobilizar e não permitir a formação de grupos. Vou me explicar melhor, mas o passo inicial é que seu filho inicie um tratamento analítico, único caminho a seguir. Seu filho necessita de tratamento. Ele deve descobrir numa análise uma nova posição subjetiva frente ao outro – aqui, o pai doente que vige sob as insígnias de um bom pai, trabalhador, religioso, que não permitiu que este menino vivesse sua infância conturbada, ou seja, uma infância feliz. Este menino necessita de tratamento psicanalítico, entende isto? Bom, pelo menos ele.


O argumento de que são os outros que o maltratam, embora real, não justifica tamanha repetição. Por que este menino sofre tanto nas mãos de outros? Mesmo que não o saiba, ele gosta de sofrer? Aí reside o perigo!


Neste momento, há algo urgente: o que interessa é o futuro dele. É preciso ajudá-lo a restaurar a sua sobrevivência emocional, levá-lo a se desfazer dos nós psíquicos que o impedem de se relacionar de maneira mais saudável com outras crianças. Ele precisa aprender a se proteger, reclamar, lutar pelo seu direito de sujeito na vida social. Ele precisa aprender a fazer barulho. De outro modo, como tirá-lo desta prisão imaginária onde ele se encontra confortavelmente trancafiado? Qual a saída mais autêntica para esta situação patológica, pois esta dificuldade pode se tornar alguma coisa crônica, difícil de ser solucionada, entende?


O problema maior, o enorme perigo, é que seu filho possa vir a se acostumar a cair sempre para uma suposta posição de vítima, a sofrer passivamente, em silêncio, frente à vida. Isso é grave porque nada fica de graça, ele pode estruturar uma patologia difícil de ser tratada. Ele está tomando gosto nesta posição, nesta cena que se repete. Mesmo quando muda de escola, carrega algo que nem mesmo ele sabe e atualiza no grupo pedindo para ser agredido. Ele goza numa suposta posição de superioridade frente ao grupo. Trata-se, escancaradamente, de uma repetição: ah! O outro é mau e faz maldades comigo, o grupo é o algoz que me chicoteia! Mas qual é o meu gozo nesta cena que se repete? Por que razão não consigo reagir e dar outro rumo às minhas relações? Vejo-me sendo visto, reconhecido e amado pelos meus pais que me querem nesta situação de menino bonzinho, quieto, que tudo pode sofrer? Não, isto não está certo. Não é justo, você deve levar seu filho a se ajudar, sair desta comodidade doentia.


O seu relato descreve um caso clássico de buyilling: seu filho é vítima de comportamentos violentos na escola. Nada justifica a ação desrespeitosa, a agressividade, a violência dos grupos para cima de seu filho, nada mesmo! Mas se os grupos são insanos, cruéis, não pensam nem sabem o que fazem, por que este menino é pele, é tomado como objeto chacota de outras criancas, digo, dos grupos? Ele não estaria atualizando, nesta cena, uma posição tão passiva quanto odienta da sua relação com o pai? Veja, isto não se dá sem atua paticipação omissa enquanto mãe. Este menino certamente estruturou uma arrogância odienta frente a este pai doente, que não está aí senão como mero servidor das normas religiosas e institucionais. Por que digo isto se, aparentemente, bastaria que se eliminasse os efeitos de grupo que o agride e pronto, tudo estaria resolvido? Não é assim que estamos acostumados a ver as coisas? Mas não é desta maneira que analisamos as questões subjetivas. Temos que perguntar qual é a participação deste seu filho nesta cena de agressão. Qual a sua parte? Ora, mas ele é vítima, são os outros que o agridem, ele não tem nada a ver com isto! Será?


Vou realizar, por outra via, uma análise deste tipo de acontecimento com suas consequentes exclusões. Desculpe-me a insistência neste ponto. O problema não é somente os outros que encarnam nele. Decisivamente, trata-se do fato de ele se deixar, se fazer encarnar pelo grupo de meninos. Difícil de aceitar, mas ele se oferece numa posição de sacrifício.


Vamos pensar juntos o que você nos apresenta como questão. Qual é o problema de seu filho? Eu nem diria um sofrimento, pois parece que ele mesmo não sofre, ou ao menos não tem consciência do mesmo. Temos a cena em si: uma criança é molestada por grupos de outras crianças, algo que se passa na escola, fora de seu lar. Isto nos espanta, pois trata-se de um ponto por demais delicado e grave: este menino sofre em silêncio, age como se não fosse com ele, parece estar muito mais aprisionado à uma disciplina que lhe tem sido imposta arduamente ao longo de sua vida do que em relação aos fatos à sua volta. O que nos preocupa é a sua (a dele) arrogância diante da violência que lhe é dirigida, que parace gozar nesta posição diante do outro. Isso é patológico, deve ser tratado.


Por favor, entenda o que será dito, dê um crédito, porque esta questão não é simples como tem sido demonstrado pela mídia. O que você e seu marido têm que fazer é se perguntarem sobre as razões que levam seu filho a cair nesta posição. Partimos do seguinte: questão delicada, mas não existe lobo nem cordeiro, pelo menos separadamente. O grupo que pratica este ato selvagem com seu filho, ele mesmo não o faz com ele por acaso. Qual a razão? Esta metáfora ilustra o quanto gozamos, ao mesmo tempo, tanto como lobo quanto como cordeiro. Não há dentro nem fora, é assim a vida humana, nossa cabeça é uma loucura divina!


Sim, pode-se dizer que seu filho é vítima de uma ação agressiva e inconsequente de um grupo. Injustiçado, ele é tomado como objeto de desprezo pelos coleguinhas que se juntam para depreciá-lo. Mas o problema está na particularidade dos vínculos: ele sofre passivamente por ser portador de algum traço, uma marca, uma diferença em relação aos outros, e por isso é escolhido a dedo.


O bullying sempre existiu nas relações entre crianças e adolescentes, mas agora está na moda e tem se tornado motivo de preocupação por parte de pais, professores e autoridades. É isso aí!


Bullying
é um termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma (Wikipedia).

Fonte: Século Diário - Espírito Santo

Apesar de presente, bullying ainda é velado; defensoria não recebe denúncia da prática

Vítimas relatam ao BOM DIA as perseguições e humilhações sofridas em escolas

Taís Iatecola
Agência BOM DIA

Quantos filmes já assistimos com a cena clássica dos grandalhões da equipe de futebol que infernizam a vida do protagonista da trama, geralmente franzino e indefeso? É claro que a resposta é: muitos.

As perseguições, os xingamentos, o isolamento, as humilhações não param durante boa parte da história, até que o mocinho se rebela e se dá bem no final. O roteiro é o mesmo da ficção, contudo, na vida real, apesar das semelhanças (que não são poucas), o final feliz não é o mesmo para a grande maioria das vítimas de bullying.

Cúmplices em um pacto de silêncio, muitas crianças e adolescentes passam por essa dura experiência sozinhos.

É o caso da gerente de loja Maria Cecília (nome fictício), hoje com 26 anos. “Tudo começou quando na última série do ensino médio juntaram duas turmas diferentes na mesma classe. Eu me sentava nas primeiras carteiras e tirava boas notas, era referência para os professores, só que isso não agradou”, conta.

Foi o que bastou para começar a rejeição, o isolamento e as zombarias. “Contavam mentiras e fui perdendo as pessoas. Certa vez, terminei uma prova e saí da sala. Um deles foi até a minha carteira já com cola em mãos e fingiu que tirou esse papel de dentro do meu estojo.”

A maldade poderia ter parado por aí, mas não. Quase no final do ano um episódio marcou profundamente a gerente de loja. “Sentaram-se quase todos de um lado da sala, me deixando sozinha do outro e colocaram sobre as carteiras a espada de São Jorge e sal grosso.

Quando os professores perguntaram o porquê daquilo, disseram que era para afastar mau olhado. Nunca contei nada para minha mãe ou denunciei por vergonha, porque no fundo achava que a culpa era minha e tinha medo deles acharem o mesmo. A escola não se manifestou, simplesmente se omitiu. Quase perdi o ano.”

Hoje a gerente, que se formou em gestão de pessoas, diz ter superado essa fase difícil, fez terapia e passou a se conhecer melhor.

Casos como o de Maria Cecília são mais comuns do que se pode imaginar. Às vezes o desfecho não é parecido, chegando a agressões físicas e, em casos extremos, à morte. Apesar de esse tipo de ação existir e estar presente, principalmente no ambiente escolar, a sociedade ainda não tem a cultura da denúncia.

“É uma violência velada, mas sabemos que existe. Contudo, aqui na Defensoria, não atendemos nenhum caso ainda”, explica a defensora pública Cássia Zanguetin Michelão.

Ela comenta que é preciso que os pais e professores estejam atentos ao problema e que campanhas de respeito à diversidade sejam incluídas na aprendizagem dos jovens.

“É necessário que essas pessoas tenham acesso a essas informações, que aceitem a diversidade. Muitas vezes os jovens reproduzem ensinamentos de incivilidade e os pais devem estar atentos a isso. Eles precisam aprender que existem regras e elas têm que ser respeitadas No caso do bullying acredito que a palavra chave é prevenção.”

O BOM DIA procurou a Secretaria de Estado da Educação para saber sobre número de denúncias de bullying em escolas da região, entretanto a assessoria não respondeu aos questionamentos. Apenas informou que mantém 12 professores-mediadores atuando em 11 escolas através do Sistema de Proteção Escolar.

Vítimas que queiram denunciar a prática de bullying devem procurar a Defensoria Pública do Estado, que fica localizada na avenida Sampaio Vidal, 132.

Para especialista, bullying é um problema social
Segundo a psicóloga Lisete Horn, o bullying é um comportamento hostil, consciente e repetido, praticado por um ou mais indivíduos com a intenção de prejudicar ou ofender os outros. “Tem muitas formas e vai do mais grave, que se caracteriza pela violência física, aos ataques verbais.”

Para ela o bullying não é um problema de raiva ou revolta, mas uma questão grave de um sentimento de aversão e desprezo com relação a alguém. “É um problema social e acontece em qualquer lugar. É profundamente perturbador à saúde mental.”

Lisete comenta que os pais devem estar atentos aos sinais de que os filhos estão sofrendo bullying, como mudanças no comportamento - ficam mais quietos, irritados e tristes. “Deve-se acabar com o mito de que se intervir a violência vai aumentar. Pesquisas mostram que o bullying acaba quando uma autoridade entra em cena.”

A psicóloga trata pacientes vítimas de bullying com psicoterapia cognitivo- comportamental, juntamente com a família. “Pode chegar a transtornos maiores que requerem uso de medicação psiquiátrica”, concluiu.

Vítima transforma dor em superação e educa jovens
A estudante do último ano de psicologia, Karina Zanini Marques da Silva, 29 anos, foi vítima de bullying também no ambiente escolar. “Me mudei para Marília em 1995, morava em Rondônia. Meu pai tinha uma padaria, então eu era conhecida como patricinha. As pessoas me isolavam e zombavam de mim. Era um terrorismo psicológico. Cheguei a perder um ano. Apesar de reclamar, os professores e diretores nada fizeram.”

Ela conta que quando iniciou o curso de psicologia teve que fazer terapia. “A psicóloga me disse que eu enfrentei naquela época uma depressão sozinha. Só depois que me tornei adulta fui capaz de falar com alguém sobre isso. Hoje conto minha história para os alunos que assistem às minhas palestras de orientação e prevenção do bullying.”

Com alunos de uma escola de ensino fundamental, Karina pintou muros com mensagens de tolerância e respeito à diversidade. “Eles adoraram e entenderam que não são impotentes e podem mudar a realidade.” Além das palestras, Karina também exibiu vídeos sobre o bullying em outras escolas, inclusive uma particular.

Fonte: Rede Bom Dia. Diário de São Paulo