segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Bullying vira caso de polícia no Grande ABC

Rafael Ribeiro

Divulgação
 A gerente de produção, 37 anos, pensa, coça o rosto e, só depois de muita hesitação, aceita falar com o Diário. O anonimato é uma exigência. Precaução, alega. A mãe quer esquecer o que passara no início deste mês. Sua filha caçula, 16, cansou-se das ofensas na escola, em Rio Grande da Serra. E, para tentar intimidar o agressor, foi ao local armada. Escondia uma faca de cozinha em seu calçado.
O alvo era um companheiro de sala, de 18. A mãe explica que o bullying acontecia há três anos. Desde que a menina ingressou na Escola Estadual Alziro Barbosa do Nascimento para cursar o Ensino Médio. “Eu nunca esperaria algo assim”, disse. “Tinha ido ao médico naquele dia. E quando saía do hospital me ligaram pedindo para comparecer urgentemente à escola. Fiquei chocada.”
A inspiração, acredita ela, pode ter vindo de outro caso de repercussão na região. Em 30 de abril, outra estudante, 17, cansada de ser ofendida por conta de seu sotaque pernambucano, esfaqueou um colega de sala, 16, na altura do coração, em escola de Ribeirão Pires. O menino sobreviveu. E a menina acabou apreendida pelas autoridades por tentativa de homicídio.
A própria mãe acredita que a menina usou o caso da cidade vizinha como inspiração para cometer o fato. E concorda que a filha errou. Principalmente porque o assunto já tinha sido resolvido, mesmo que temporariamente, antes. No fim de 2012, ela procurou a direção e repassou as reclamações da caçula. Uma reunião foi marcada entre os pais da vítima e do agressor, que prometeu parar. “Para chegar a esse ponto, as coisas devem ter passado do limite”, disse.
O crime só não aconteceu porque funcionários da escolas flagraram a menina exibindo a faca para amigas e resolveram chamar a Ronda Escolar da Polícia Militar.
“A conversa é fundamental para que esses incidentes não cheguem a um ponto como esse”, disse a dirigente regional de Ensino de Mauá, responsável pela escola, Marilene Pinto Ceccon. “O trabalho preventivo deve ser feito e é fundamental.”
Marilene refere-se a adoção de agente mediador na rede estadual de ensino. São 142 atualmente nas escolas do Grande ABC. Em 2010 eram 87. Sua função é avaliar queda de desempenho, problemas de disciplina, casos de bullying entre os alunos e acionar os pais para conversar sobre o que acontece. Segundo Marilene, é parte dos programas e projetos movidos pela Pasta para combater essa prática nas unidades de ensino públicas. “Temos de avançar ainda mais. Ensinar aos alunos o respeito às diferenças”, disse.
Para a psicoterapeuta Vivien Bonafer Ponzoni, Coordenadora do Núcleo de Psicodrama de Família e Casal da Associação Brasileira de Psicodrama e Sociodrama, a questão é mais complexa e mostra precariedade tanto do apoio institucional do Estado às escolas quanto das famílias em repassar valores a seus filhos.
“Temos crianças inseguras e reproduzindo comportamentos que expressam muito mais seus instintos do que sua capacidade lógica e de abstração. O corpo fala e responde intensamente sem nenhuma análise e reconhecimento da existência do outro”, analisou. “(As agressões, verbais e com uso de ameaças com arma) são frutos de um meio violento, da insegurança, da vingança e da raiva.”
Psicoterapeuta e dirigente de ensino concordam, no entanto, que um ponto é primordial para resolver o problema: aumentar o diálogo entre as famílias. “A criança e o jovem é carente de modelos para seguir, imitar e se orientar”, disse Vivien. “Jovens que crescem sem espaço para falar de suas dores (emocionais), aprendem a sentirem-se desamparadas e inseguras. Tendem a resolver sozinhas suas questões e encontram dificuldades em colocar-se no lugar do outro”, concluiu.
Fonte: DG ABC

domingo, 20 de outubro de 2013

Jornal A Gazeta de Macapá


Alunos ganham CD BULLYING autografado depois de assistirem ao espetáculo BULLYING da Cia Atores de Mar'





Todos os alunos que assistem BULLYING e participam do DEBATE, ganham autografado pelo atores Patrick Moraes, Junior Beéfierri e Adriana Raquel; e do diretor, roteirista Mar'Junior, o CD BULLYING com as músicas e letras do espetáculo. - informe-se com o nosso escritório no Rio de Janeiro (21) 24246254 (Tim) 69107833 (Vivo) 98135413 (nextel) 78167987 ID 24*72586

‘Amigos se afastaram’, diz vítima de bullying por problema na coluna

Tatiane viveu uma infância tranquila até os oito anos, mas um problema na coluna obrigou a jovem a enfrentar uma mudança com sabedoria de adulto.


Fonte: Globo Repórter


Osório, Rio Grande do Sul. Terra onde o vento sopra sem dó. Até os 8 anos, Tati viveu aqui uma infância tranquila. Mas um problema na coluna transformou seu corpo. E a criança teve que enfrentar a mudança com sabedoria de adulto.
"Eu ía continuar sendo a mesma pessoa, com um ossinho a mais nas costas, somente", diz Tatiane.
Jundiaí, interior de São Paulo. É farra na hora do recreio. Paulinho e Carol são novatos nesta escola. Acolhidos pela turma com muito carinho.
Carol: Eu não queria ser outra pessoa, queria ser do jeito que eu sou.
Globo Repórter: Tá bom assim?
Carol: Tá bom assim.
Globo Repórter: Você se acha gordinho?
Paulinho: Não, não acho!
Tati, Carol e Paulinho provaram cedo o gosto amargo do preconceito.
"Muito preconceito! Muitos amigos se afastaram, porque, ‘ah, ela é a corcundinha! Corcundinha de notre-dame!, tartaruga’", diz Tatiane Picinatto, monitora de educação especial.
Paulinho, 8 anos: Na minha escola, me chamavam de gordinho.
Globo Repórter: E você fazia o quê?
Paulinho, 8 anos: Chamava a professora, a diretora, mas elas não faziam nada!
Globo Repórter: Mas eu sei também que você pegava a sua mochila e...
Paulinho, 8 anos: ...atacava na bunda deles!
Globo Repórter: e eles paravam quando você fazia isso? E aí você ficava triste o tempo inteiro na escola?
Paulinho, 8 anos: Ficava, eu era um menino chateado, todos os dias.
"Ninguém gostava de mim, eu chegava perto de alguém, saíam correndo", conta Carol, 10 anos.
Gozações e isolamento são coisas do passado. Nesta escola, bullying é assunto sério, coibido com firmeza.
"A tolerância é imprescindível, é saber exatamente até onde posso ir, até onde também o outro pode, conhecer o que o outro sente, e saber os limites também. Tolerar naquilo que é possível. Eu sou diferente de você, e você é diferente, né? E saber que não existe duas pessoas iguais”, conta Elaine Cardoso, diretora pedagógica.
"Eu nunca fiquei constrangida com nada. Eu sempre falei ‘se eu tenho, eu tenho que mostrar’. Não tenho que esconder. Se alguém perguntar, eu vou explicar; se alguém ficar olhando, eu vou perguntar se ela quer saber, vou procurar explicar", diz Tatiane.

Tati hoje é professora. Auxilia alunos com necessidades especiais a superarem os desafios.
"Como eu venci os meus, eu quero que eles também vençam os deles. Porque eles também são uma crianças normais. Com as limitações deles, mas especiais tanto quanto os outros", conta Tatiane.
Globo Repórter: E no começo, você sabia fazer as atividades da sala?
Hosana Cristina, 9 anos: Não.
Globo Repórter: E agora?
Hosana Cristina: Agora, eu sei.
Globo Repórter: E quem te ensinou?
Hosana Cristina: A professora Tati.
Globo Repórter: Faz tempo que vc conhece a Tati?
Hosana Cristina: Sim.
Globo Repórter: E você gostou dela logo de cara, porquê?
Hosana Cristina: Porque ela é muito bonita."
Outra criança, foi ainda mais inspirada.
"Quando eu fazia magistério, uma menina de apenas 6 anos chegou em mim e relatou o seguinte: ‘Tia! Eu sei que essa coisa que tu tem nas costas não é um problema, é as asas que você esconde pra ninguém saber que você é um anjo”, conta Tatiane.
O professor Jonathan é amigo de Tati desde sempre. Cresceram juntos. Ele lembra bem dos dias difíceis.
Jonathan: Sempre alvo de piadas, de risos, deboche, na escola, o professor tinha que estar intervindo, sempre essa situação de confronto.
Globo Repórter: Mas você defendia ela das...
Jonathan: Claro! Sempre! Sempre! Arrumei até muita briga na escola por causa disso.
Na casa da Tati, ganhamos um churrasco dos bons e entendemos um pouco mais essa história de superação.
Globo Repórter: O que vocês fizeram pra que ela ficasse tão forte? Tão resistente às críticas?
Fátima de Ávila, doméstica: Olha, tanto da parte de mim e do pai dela, tanto dos avós, sempre lutamos junto com ela pra enfrentar, tudo que a gente pode fazer por ela, fez! E a gente nunca disse assim, ‘não’. Quando falassem alguma coisa pra ela que eu não tivesse por perto, era pra dizer isso aí, ‘ó, eu não pedi pra ser assim, e eu tou bem, e eu não posso fazer nada, Deus me fez assim.’"
Globo Repórter: O olhinho do pai parece que até enche de água, né?
Anésio Picinatto, vigilante: É, não é fácil, né? Ver ela desse jeito?! Quem é que não gostaria de ter ela perfeita?
Globo Repórter: Mas o senhor tem uma filha muito forte, muito alegre, muito vibrante, um exemplo.
Anésio Picinatto: Ah não, isso não posso me queixar, é muito especial mesmo! É que nem diz, ‘é um anjo que caiu ali e ficou pra nós’.
Globo Repórter: Se você tivesse que dar um adjetivo pra você, você daria o quê: normal ou anormal?
Tatiane: Normal!
Globo Repórter: Bonita ou feia?
Tatiane: Bonita!
Globo Repórter: Feliz ou triste?
Tatiane: Feliz!
Globo Repórter: A vida é boa ou ruim?
Tatiane: Maravilhosa!"

Vítimas de bullying podem ter problemas por toda a vida

Pessoas que sofrem bullying podem ter baixa autoestima e tristeza profunda. 

Quanto mais tempo duram as agressões, mais grave ficam os problemas.


Fonte: Jornal Hoje 


Roberta SalinetPorto Alegre
Tristeza, ansiedade, falta de vontade de fazer planos. Pesquisa da PUC do Rio Grande do Sul descobriu que esses são alguns dos sintomas que afetam a vida de quem é vítima do bullying. Quanto mais tempo duram as agressões, mais grave ficam os problemas.
Aos 13 anos, Nathalia Miguel Silveira tenta se recuperar do bullying que sofria porque era sempre a maior da turma. “Ela sempre se destacou muito na altura. Eu sempre fui maior que a minha professora”, conta a mãe da jovem, Luciana Maria Miguel.
A adolescente, que trocou o Ceará pelo Rio Grande do Sul há quatro anos, precisou mudar duas vezes de escola em Porto Alegre, até encontrar um colégio onde se sente protegida. Mas as lembranças são fortes. “A menina ficava me incomodando, puxava o meu cabelo, ficava gozando do meu sotaque e me cutucando. Eles começaram a colocar coisas no meu armário, mensagens sobre a minha aparência, que eu era gorda, sobre o meu cabelo. No final, eles diziam que era para me ajudar, para eu ficar mais bonita. Só que não precisa ser assim”, relata Nathalia.
As consequências do bullying podem afetar a pessoa pelo resto da vida, com sintomas graves, como baixa autoestima e tristeza profunda. Este são alguns dos resultados de uma pesquisa que ouviu 28 mil pessoas de todo o país pela internet (CLIQUE AQUI PARA PARTICIPAR DA PESQUISA).
Durante a pesquisa, os entrevistados foram separados em grupos. Quem nunca sofreu bullying, quem sofreu até um ano, de um a três anos, de três a sete anos e mais de sete anos. “Quanto mais tempo de bullying essa pessoa sofreu, mais repercussões negativas ela tem nas suas emoções e na parte de pensamento e atenção”, explica o psiquiatra Diogo Lara.
As vítimas têm dificuldade de fazer planos, concluir tarefas e resolver problemas. Elas ficam mais pessimistas, ansiosas e desconfiadas. “Eu acabei esquecendo como se fazia amizade e não sei iniciar uma conversa, fica difícil iniciar uma conversa”, diz Nathalia.
Com a pesquisa, Diogo Lara descobriu também que homens e mulheres são agredidos de formas diferentes. “Meninas sofrem mais bullying verbal, elas são chamadas de alguma coisa, ou apelidos, ofensas. Já os meninos passam mais por bullying físico, são empurrados, têm uma coisa de disputa física, mais de subordinação física”, afirma o psiquiatra.
Diogo ressalta outro dado surpreendente descoberto com o estudo: “Nesse estudo a gente viu um pequeno sinal também de que os homens são mais sensíveis ao bullying do que as mulheres. Isso parece afetar o homem um pouco mais do que as mulheres”.
A prevenção contra o bullying é uma preocupação do colégio onde Nathalia estuda agora. “Nós precisamos trabalhar em parceria com a família, junto com os professores, porque nós aqui somos os cuidadores desses alunos”, afirma a professora Marícia Ferri, diretora pedagógica do colégio.

“Se eu tenho uma família bem estruturada, que me dá apoio, se tenho algum amigo que eu posso também contar, esse bullying vai ser muito atenuado”, alerta o psiquiatra.

Escola cria reuniões de convivência para resolver problemas de bullying


Alunos se reúnem com professor de “Convivência e Sociedade” e procuram rever atitudes consideradas agressivas por colegas de classe.


Fonte: Globo Repórter

Na nova escola da Carol e do Paulinho, uma ideia simples vem dando bons resultados. Foram criadas assembleias de classe para resolver os problemas que afetam a todos, principalmente o bullying. Hoje, quem se queixa é o Leonardo. Ele não aguenta mais ser chamado de baixinho. Mas ele também não é propriamente um santinho.
"Às vezes, você dá uma pirada, começa a chamar os outros de mendigo, baleia, porco, por quê?”, diz Felipe, 11 anos.
"Às vezes, as pessoas levam na brincadeira, entendem que ou você não sabe o que tá falando, que você tá brincando com as pessoas, só que às vezes elas podem ficar magoadas", conta Helena, 11 anos.
"Às vezes eu me pergunto: Por que eu tô xingando eles?", admite Leonardo, 11 anos.
"Talvez, essa situação já esteja virando um hábito, um hábito do Léo falar qualquer besteira para vocês e aí, alguém se ofende e retribui e fica essa bagunça, numa situação desconfortável. Então, talvez, é uma coisa que tem que partir dos dois lados. O que vcs acham?”, pergunta o professor de Convivência e Sociedade Victor Augusto Silva.
"Minha mãe fala assim pra mim: às vezes a gente quer que o outro mude pra ficar mais confortável pra gente pra daí a gente não ter que  mudar, então, eu acho que se cada um fazer a sua parte, ele parando de xingar, e as outras também parando de xingar, assim pode resolver o problema", diz Ana Raquel, 10 anos.
"Eu acho melhor a gente parar primeiro e depois ele parar, pra ele perceber que a gente tá evoluindo e que ele também terá que evoluir", sugere Júlia, 11 anos.
"Eu acho que tá resolvido, professor: Porque ele não xinga a gente, uma coisa da parte dele, e a gente não retribui; a gente fica quieto e que isso poderia dar certo, tipo, pra qualquer outro caso", diz Caroline, 10 anos.
Globo Repórter: E agora, como é que fica a questão?
Leonardo: Eu vou parar. Vou parar, então, quero que eles também parem de me chamar de baixinho, gorducho e dentuço, por favor!
Globo Repórter: Então, tá decretado que todo mundo vai viver em paz aqui?
Leonardo: Tratado de paz!
É nesse ambiente que Carol e Paulinho encontraram a confiança e a segurança que tanto precisavam.
Globo Repórter: Por que você se sente melhor aqui?
Paulinho: Porque agora eu tenho amigos, amigas.
Globo Repórter: Você deixou de ter medo, então?
Carol: Deixei!
Globo Repórter: Tá mais tranquila a tua vidinha agora?
Carol: Muito mais! Porque eu chego em casa feliz, porque todo dia tem novidade!
Globo Repórter: Aqui você se sente protegido?
Paulinho: Protegido muito, muito, muito! Muito protegido!

‘O agressor tem medo’, diz médico sobre praticantes de bullying

Especialista explica que agressor destrói o outro para poder ser aceito. E meninas, vítimas de bullying, relatam experiências de trauma e superação.


Fonte: Globo Repórter 



Rica, famosa, Gisele Bundchen tem uma carreira brilhante! Mas no início, alguém chegou a dizer que com o nariz dela, ela não iria fazer sucesso.
Rafaela nem queria ser modelo, mas acreditou que o nariz seria um problema na vida dela.
"Comecei a achar que ele era grande. E aquilo foi mudando a percepção que eu tinha de mim mesma. Eu não conseguia me ver mais da mesma maneira”, conta Rafaela Silva Santos, assistente administrativa.
Tudo começou com os meninos da escola.
Globo Repórter: O que eles faziam com você?
Rafaela: Ah, eles faziam gestos, como se eu tivesse o nariz muito grande, falavam, ‘nossa, você está roubando o meu ar, não tô conseguindo respirar. Nossa, tá me fazendo mal. Nossa, esse teu nariz!’"
Resultado: Rafaela passou a adolescência tentando esconder o nariz.
"Rabo de cavalo, aquele que você puxa todo o cabelo, era muito difícil! Na verdade, eu sempre tentava deixar um pouco de cabelo perto do nariz, ou uma franja, alguma coisa que cobrisse, assim”, explica Rafaela.
Rafaela: A gota d’água foi quando atearam fogo no meu cabelo.
Globo Repórter: Dentro da escola?
Rafaela: Dentro da escola.
Globo Repórter: Quem que fez isso?
Rafaela: Uma menina, que na verdade eu nem conhecia, não sabia nem o nome.
Globo Repórter: E pegou fogo?
Rafaela: Pegou fogo no meu cabelo, tive que cortar um bom pedaço dele, mas acima de tudo, eu tive muito medo.
 
Rafaela mudou de escola, mas a fama do nariz chegou lá antes dela. E o bullying continuou. Foi só com o tempo, a ajuda de bons amigos, que ela se libertou.

Globo Repórter: Hoje você gosta do seu nariz?
Rafaela: Hoje eu gosto do meu nariz.
Globo Repórter: Você não mudaria?
Rafaela: Não. Nem que me pagassem a cirurgia eu mudava o meu nariz.
De bem com o próprio perfil, ela descobriu que era mais forte do que pensava.
"As pessoas que praticam o bullying, são as pessoas que mais precisam de ajuda. Quem é a vítima do bullying, na verdade é vítima de uma pessoa que tá insegura. Então, ela faz o outro menor pra se sentir grande. E aí, eu percebi que não adiantava guardar nenhum ressentimento, nenhuma mágoa das pessoas. Eu precisava entender que elas precisavam mais de ajuda do que eu.", diz Rafaela.
Dr. Maurício Souza Lima, hebiatra: O agressor tem muitas fragilidades.
Globo Repórter: Que ele esconde?
Dr. Maurício Souza Lima: Ele esconde dessa forma. No fundo, o agressor tem medo de não ser aceito. Então, pra ele poder ser aceito, ele destrói o outro. E com isso, ele passa a ser aceito de uma maneira que, se a gente for ver sobre a dinâmica de um relacionamento saudável, é completamente doente.
Uma risada gostosa! Marca registrada de Reginalda. Ela esbanja confiança e simpatia. Mas as lembranças da infância não são muito alegres. Aprendeu cedo como é difícil ser diferente.
Globo Repórter: Você era a maior de todas?
Reginalda: Era, na altura e na largura.
Na escola, era a vítima preferida dos meninos.
"Além de baleia assassina, tubarão, rolha de poço, falavam que se eu caísse não levantava mais, que ía ser rolando. E além de ter o problema da obesidade, e mais a afrodescendência, o cabelo curtinho, bem afro, eu ainda na época tinha uma alergia pelo corpo todo e, aí, pronto! Era o triplo da maldade porque eles me zoavam por tudo! Eles vinham, empurravam, chamavam, ‘Ah, baleia!’ Tentavam me derrubar, eram malvados mesmo", conta Reginalda Nunes, assistente de eventos.

E era isso, dia após dia.
"Eu enfrentava aquilo. Eu era forte na frente das pessoas, eu era fraca só pra mim. Eu chegava em casa e chorava escondido", revela Reginalda.

A mudança de escola trouxe mais do que alívio, surpresa.
"E eu cheguei a  ficar assutada no outro colégio que eu fui porque as pessoas me tratavam bem. E aquilo pra mim foi chocante. Nossa!  Como assim? Porque no colégio anterior tinha uma roda de meninas e eu táva lá no meio, os meninos chegavam e cumprimentavam todas as meninas com beijinho e comigo eles pegavam na minha mão, como se eu não fosse uma menina, entendeu?", conta Reginalda.
Depois, a vida trouxe novos e bons impresvistos. Jorge e Reginalda se conheceram pela internet. Ele se apaxionou antes de saber como ela era.
Globo Repórter: Você não tinha nenhuma foto dela, ali na conversa, nada?
Jorge: Não.
Globo Repórter: E quando você viu?
Jorge: Ah, quando eu vi achei ela bonita.
Ele também viveu a angústia do bullying.
Globo Repórter: Você partiu pra cima do garoto?
Jorge: Na verdade, ele partiu pra cima de mim e aí eu mostrei pra ele como as coisas funcionavam.
Globo Repórter: E aí, ele parou?
Jorge: Parou. Nunca mais mexeu comigo. E nem ninguém.
Para Reginalda, as dificuldades não terminaram. Agora, são na vida profissional. Na disputa por um emprego, perdeu a vaga para outra candidata. Loira e magra.
 
"Era visível a atitude da entrevistadora com relação ao meu peso. Ela fazia perguntas inconvenientes em relação, por exemplo, à dieta, a coisas que não tinham nada a ver com aquele momento ali”, lembra Reginalda.
“Eu sabia que as minhas qualidades, meus cursos, eu sabia falar, tinha as qualidades pra aquela vaga, e ela foi aprovada e eu não fui. Naquele dia eu me senti muito ofendida", desabafa a assistente de eventos.

Adolescente mata homem com faca após sofrer bullying, diz polícia no AM

Menor de idade atingiu autônomo com facada no peito. Vítima era ex-presidiário e havia saído da prisão há dois meses.


Girlene MedeirosDo G1 AM
Um adolescente matou um autônomo, de 25 anos, na noite desta sexta-feira (19), em Nova Olinda do Norte, a 126 quilômetros de Manaus. De acordo com a polícia, o menor de idade sofreu bullying por ser portador de necessidade especial. O crime ocorreu em frente a um bar onde os envolvidos estavam.
Por volta de 19h desta sexta, após jogar futebol no Bairro Santa Luzia, a vítima se dirigiu a um bar. No local, o menor de idade chegou depois onde ambos permanceram por alguns momentos.
Segundo o sargento da Polícia Militar, Wellington Presley, do 47º DP, o adolescente não gostava dos apelidos proferidos pelo autônomo, que segundo o suspeito incluiam 'pé torto' e 'curupira', e que já aconteciam há algum tempo. Ao saírem do bar, o menor de idade atingiu o peito do homem com uma faca. A vítima morreu na hora. O homem era ex-presidiário acusado de homicídio e havia saído da prisão há dois meses.
O policial informou ao G1 que o adolescente se apresentou espontaneamente no 47º DP e confessou o crime. De acordo com o sargento Wellington, o suspeito assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi apreendido.

sábado, 19 de outubro de 2013

BULLYING - redação da aluna FERNANDA MOREIRA MONTEZ do CER Taquara

o diretor e autor do espetáculo BULLYING MAR'JUNIOR com a aluna FERNANDA MOREIRA MONTEZ do CER recebendo o KIT EU DIGO NÃO AO BULLYING

Um dos maiores problemas mundiais é o bullying. Ele provoca um enorme sofrimento na vida social, emocional e pessoal da vida da vítima. Está em todos os lugares: na escola, no trabalho e na rua.


A criança é a maior vítima do bullying, pois ela ainda não sabe se defender. Muitas têm medo de procurar ajuda, porque são ameaçadas, pelos seus perseguidores. Os responsáveis muitas vezes não sabem o que acontece, só reconhece que há algum tipo de problema quando ocorre alguma mudança no seu comportamento.

Quando a criança sofre o bullying, pode acabar virando uma doença, como: um problema mental, ou também pode se tornar um trauma em sua vida.

Aluna Fernanda Moreira Montez

Colégio CER Taquara, RJ
5º ano

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Dor de cabeça pode ser sinal de bullying, revela pesquisa

Estudo aponta que as crianças vítimas de agressão verbal, moral ou física têm o dobro do risco de manifestar o sintoma

Por Luiza Tenente 
Dor de cabeça (Foto: Thinkstock)
Você já deve ter ouvido do pediatra: é importante prestar atenção no comportamento do seu filho em casa. Isso porque são nas conversas do dia a dia que a criança pode dar sinais de que está passando por algum problema. Se ela estiver irritada, agitada ou agressiva, buscando ficar sempre sozinha, fique atento. Sintomas como medo ou pânico de ir para a escola e até enurese (xixi na cama) podem significar que ela está sofrendo bullying.
Uma nova pesquisa da Universidade de Pádua, na Itália, reforça que os sinais físicos estão associados ao problema. Os mais comuns, segundo os cientistas, são dores de cabeça e de estômago, dificuldades de respiração, enjoo e tontura. De acordo com o estudo, as crianças que sofrem bullying têm o dobro do risco de manifestarem esses sintomas. Para chegar a essa conclusão, avaliaram trinta outras pesquisas e observaram as informações de 220.000 crianças, de 14 países diferentes.

É claro que uma dor de cabeça não necessariamente significa que seu filho esteja sofrendo bullying. Encare os sintomas listados acima como alertas e passe a ficar mais atento caso sejam recorrentes. Também procure sinais físicos, como hematomas, feridas, dores ou marcas pelo corpo. Mais uma vez: um machucado não é motivo para desespero. Pode ser resultado de uma disputa por brinquedo ou de uma queda no parque.
O importante é que, diante dos sintomas listados, você converse abertamente com a criança. Pergunte a ela se está tudo bem na escola e como se relaciona com os amigos. Pode ser que ela tente omitir o bullying, então preste atenção se o comportamento atípico vai se repetir. Caso você descubra que o seu filho está sendo agredido na escola, converse com os educadores e cobre um trabalho de conscientização dos alunos. Cabe à equipe pedagógica acompanhar de perto o que está acontecendo com a criança no ambiente escolar. E, principalmente, mostre ao seu filho o quanto ele é amado: melhorar a autoestima da vítima é essencial.
Fonte: Revista Crescer

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Educação realiza workshop de prevenção em Andradina

LEONARDO MORENO 


projeto  APE (Ações Preventivas na Escola), da Secretaria da Educação do Estado, realiza no domingo (20), das 10h às 16h, o segundo "Workshop Prevenção ao Bullying e promoção de uma Cultura de Paz". O evento ocorrerá na escola estadual Doutor Álvaro Guião - rua Vitório Guaraciaba, 1.357, no Centro, em Andradina - e contará com a participação dos educadores do programa Escola da Família da diretoria de ensino da região do município. 

  As atividades vão começar com uma explanação sobre o conceito de bullying pelo psicólogo Damião Silva. Em seguida, haverá a exibição do documentário "Bullying Fatal" e, após o filme, serão realizadas oficinas retiradas do guia de metodologia "Cultura de Paz e Prevenção às Violências" referentes ao tema, pela equipe de monitores do projeto APE. 

  A proposta é capacitar os educadores universitários para trabalhar com esse tema nas unidades escolares a fim de eliminar qualquer tipo de violência por meio da conscientização. O intuito é contribuir com o diálogo sobre as questões envolvidas com o problema, assim como a reflexão dos efeitos nas vítimas que sofrem direta ou indiretamente sua influência. A ação visa também orientar quanto a identificação das diferentes expressões do bullying na escola.


Fonte: Folha da Região 

Estudante sofre bullying de professor por dizer que Bíblia é não-ficção, grupo cristão responde

Grupo jurídicos pede política anti-bullying em escolas para proteger alunos cristãos

PorLuciano Portela | Repórter do The Christian Post
  • Bíblia
    (Foto: Stock.xchng)
    Bíblia é o texto religioso de valor sagrado para o Cristianismo.

    Em um incidente recente, um estudante do estado da Califórnia (EUA) teve que lidar com o ato de bullying de seu professor, que o provocou quando ele ressaltou que a Bíblia não se trata de um livro de ficção.

    O professor, não identificado, pediu a seus alunos da escola Margarita Middle School, em Temecula, para lerem um livro de não-ficção à noite, durante trinta minutos. Como prova, todos teriam que fazer uma tarefa de casa, trazendo o livro no dia seguinte para conferência do professor.
    Já na sala de aula, quando o professor já verificava se os livros de cada um estavam adequados, se surpreendeu ao ver que um dos livros era a Bíblia e decidiu questioná-lo, por discordar de que a obra é uma não-ficção.
    Ao perguntar se a Bíblia narrava a realidade, o estudante respondeu: "Honestamente, eu acredito que seja", destacou. Em seguida, o professor teria caminhado até a frente da sala de aula e indagado aos alunos: "Quantos de vocês pensam que a Bíblia é não-ficção?", apontou o relato do aluno.
    Embora o professor não esperasse a reação de nenhuma outra pessoa, dois alunos levantaram a mão, em defesa do companheiro de sala.
    E para completar a reação, o grupo jurídico cristão Defensores de Fé e Liberdade (Advocates for Faith and Freedom, em inglês) apontou que está preparando uma carta para o distrito escolar, com a reinvindicação de uma política anti-bullying na escola, já que teria ficado evidente que o ato foi de provocação desmedida.
    Para Robert Tyler, presidente e conselheiro geral do Defensores de Fé e Liberdade, o comportamento do professor é inaceitável, pois violam as leis do Estado, e é necessário tomar uma medida para reduzir a agressividade em relação à fé cristã.
    "Este foi um exemplo da crescente hostilidade em relação ao cristianismo, que é visto nas salas de aula de escolas públicas, e assim acreditamos que devemos tomar uma posição. Acreditamos que as ações desse professor violam a Cláusula de Estabelecimento, que obriga o Estado a manter-se neutro em questões de religião", resume Tyler.
    Em seguida, ele ressalta que os cristãos devem receber a mesma proteção exigida a outros grupos que sofrem com segregação por parte da sociedade.
    "Hoje em dia, não há restrição ao bullying contra estudantes cristãos por parte dos professores. Se um professor agissse da mesma forma contra um estudante homossexual, com base na orientação sexual do aluno, o professor seria disciplinado de forma séria e significativa. Mas por alguma razão, esses professores sentem que têm a capacidade de se envolver em este tipo de hostilidade e tentativa de humilhar os alunos cristãos", afirma Tyler.
    O caso ocorrido na Califórnia acompanha outras situações recentes que violam a liberdade religiosa no sistema público de ensino dos EUA.
    Recentemente, uma escola no estado de Ohio, parte nordeste dos EUA, foi forçada a remover um retrato de Jesus e pagar uma alta multa, mesmo depois da escola argumentar que a figura fazia parte apenas de uma exposição histórica no local.
    Em outro caso, no início de setembro, uma criança de 10 anos de idade, da cidade de Nashville, sudeste dos EUA, foi forçada a corrigir seu trabalho escolar depois de descrever Deus como seu ídolo.

EUA: jovens são detidas por bullying após suicídio de colega

Duas menores, de 12 e de 14 anos, foram detidas pela polícia da Flórida sob acusação de "assédio agravado" contra Rebecca Sedwick, uma colega de turma de 12 anos, que cometeu suicídio em setembro - informaram as autoridades nesta terça-feira.
De acordo com os pais da vítima, Rebecca se matou depois de passar mais de um ano sofrendo bullying on-line, massacrada por uma série de agressões cometidas por outras alunas na escola e na rede social Facebook.
Segundo a declaração juramentada divulgada nesta terça pela Unidade de Investigação de Homicídios da polícia do condado de Polk, centro da Flórida, as jovens "assediaram (Rebecca) maliciosamente e repetidas vezes" no ano escolar de 2012/2013.
As acusadas e a vítima eram da mesma escola do Ensino Médio - a Crystal Lake Middle School -, onde vários estudantes confirmaram para os detetives as suspeitas de que as duas adolescentes perseguiam Rebecca Sedwick de diferentes maneiras.
O comunicado divulgado pela Polícia de Polk acrescenta que as duas meninas chamavam a vítima por apelidos, intimidando-a, além de ameaçá-la. Houve agressão física pelo menos uma vez. Uma das acusadas é a atual namorada de um ex-namorado de Rebecca e intimidou a vítima no Facebook em diferentes oportunidades.
As autoridades revelaram que Rebecca Sedwick foi "massacrada" por cerca de 15 meninas nas redes sociais, com mensagens como "você deve morrer" e "por que você não vai e se mata?". As jovens detidas foram fichadas pela polícia na segunda-feira à noite e devolvidas aos pais. Elas são mantidas detenção domiciliar, enquanto a investigação prossegue.
Em 10 de setembro, Rebecca Sedwick pulou da plataforma de uma fábrica de cimento abandonada perto de casa.
Fonte: Terra

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Menina com síndrome de Down sofre com bullying pela internet

A jovem Maísa, de 24 anos, teve que sair da escola em que estudava em Campo Grande (MS) por causa de uma brincadeira de muito mau gosto. Ela foi vítima de bullying pela internet. Colegas filmaram a garota dançando e postaram o vídeo na web com o título de "Maísa louca". As imagens representaram o fim da paz para ela e para a família, que agora luta por uma indenização.

ASSISTA AO VÍDEO CLIQUE AQUI

Fonte: R7

Onde acaba a indisciplina e começa a violência nas escolas?

LISBOA – Apesar da melhoria significativa registada na última década, certo é que mais de 20% da população portuguesa – entre os 18 e os 24 anos – ainda abandona a escola precocemente, segundo dados da Pordata relativos a final de 2012. Mas este é apenas um dos problemas com que a educação em Portugal se debate actualmente.

No âmbito do ciclo de conferências sobre questões-chave da Educação, a Fundação Francisco Manuel dos Santos convidou João A. Lopes, investigador da Universidade do Minho e Dorothy L. Espelage, professora da Universidade do Ilinóis para debater a “Indisciplina nas Escolas” com pais, professores e demais interessados no tema. Nos próximos dias 17 e 18 de Outubro, em Lisboa e Braga, respectivamente.
O nível de indisciplina nas salas de aula continua a aumentar, e notícias recentes dão conta de que esta é uma questão que começa agora a afectar também o Ensino Superior, e que a indisciplina rapidamente se transforma em violência. Mas onde termina uma e começa a outra? Qual o tipo de indisciplina que mais se salienta? Física? Psicológica? E de que forma afecta o desempenho escolar e a motivação dos alunos?
Durante as conferências, os especialistas vão tentar perceber que caminhos podem ser feitos para prevenir ou travar a indisciplina. “Continua a não ser fácil para os agentes educativos acreditarem que uma causa tão próxima e até tão óbvia como o insucesso académico possa ter alguma importância na configuração da indisciplina”, nota o psicólogo João A. Lopes.
Já Dorothy L. Espelage garante que “é imperativo que se desenvolvam programas/planos escolares que previnam e que reduzam a violência juvenil ao mesmo tempo que promovem a motivação dos alunos, levando-os a conseguir um maior sucesso escolar”.

A FFMS promove ainda, antes destas conferências, um debate online na sua página (www.ffms.pt), subordinado ao tema “Onde acaba a indisciplina e começa a violência?”, a partir de dia 14 de Outubro.
As conferências em Lisboa e em Braga já estão com lotação esgotada, mas não gostaríamos de deixar de o ter presente, e de lhe facultar toda a informação necessária ao tratamento de um tema que tem estado na agenda nos últimos anos.
Sobre a Fundação Francisco Manuel dos Santos:
Presidida por António Barreto, esta entidade sem fins lucrativos e de utilidade pública pretende promover a participação da sociedade civil na reflexão e no debate sobre todas as questões relevantes que digam respeito à comunidade nacional, o que deverá ser prosseguido com a preocupação de respeito pelos valores da democracia, da liberdade individual, da igualdade de oportunidades, do mérito e do pluralismo.
A adopção dos mais elevados padrões de rigor científico e académico na análise dos factos e na descrição das situações observadas é uma das exigências colocada aos autores dos estudos que a fundação promove, sendo também exigida, estatutariamente, a todas as actividades da fundação uma total independência em relação a “organizações e interesses políticos, partidários, económicos, religiosos e outros”.

Fonte: Local PT