sexta-feira, 30 de junho de 2017
Jorge Carvalho preside V Encontro da Convivialidade Escolar
D NOTÍCIAS
O Secretário Regional de Educação, Jorge Carvalho, estará presente amanhã, pelas 9h15, na sessão de abertura do V Encontro da Convivialidade Escolar, que terá lugar na Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Dr. Horácio Bento de Gouveia.
O V Encontro da Convivialidade Escolar, agendado para amanhã e o dia 3 de Julho, em sessões a realizarem-se entre as 9 e as 13 horas, é promovido no âmbito do projecto ‘Carta da Convivialidade Escolar’, uma iniciativa da Secretaria Regional de Educação, através da Direcção Regional de Educação, no Auditório do estabelecimento de ensino supracitado.
Este encontro contará com um painel de oradores de diversas áreas profissionais, nomeadamente, da educação, psicologia, psicomotricidade e saúde, que abordarão temas relevantes em prol do desenvolvimento psicossocial do aluno, do seu sucesso educativo, da redução da incidência dos vários tipos de comportamentos antissociais que constituem um obstáculo ao adequado desenrolar do processo de ensino-aprendizagem, sendo de destacar os seguintes: aprendizagem socioemocional, relação pedagógica, aproveitamento escolar, bullying, dependências e família, entre outros.
ESPORTS NO FEMININO: LUTAR PARA QUEBRAR BARREIRAS
RECORD PT
Ainda há muita discriminação no universo gamer
Ao contrário do que se possa pensar, o universo dos videojogos é tudo menos um mar de rosas. De resto, alguns dos graves problemas da sociedade acabam, inevitavelmente, por chegar a este mundo. Do bullying à discriminação racial, passando pelo incitamento ao ódio religioso, há muito "lixo" por esses servidores fora. E um dos problemas que tem sido debatido é a descriminação de género. Apesar de estarmos em 2017, ser mulher e tentar entrar no cenário competitivo, nomeadamente nos eSports, é complicado...
Insultos, comentários despropositados e até assédio sexual são constantes quando do outro lado do monitor ou da televisão se apresenta uma mulher. Aliás, é por este motivo que se têm organizado cada vez mais competições de eSports apenas para mulheres. Apesar disto significar precisamente o persistir de um grave problema, tem ajudado a que um mundo eminentemente masculino, se comece a vergar à dura realidade - elas jogam a qualquer jogo tão bem como eles.
"É bom que estas provas existam, porque nos permite evoluir e mostrar o nosso talento. Contudo, fica provado que existe machismo e que ainda é cedo para que as mentes se abram e todos compitam no mesmo lote", diz Sherry "Sherryjenix" Nhan, jogadora profissional de Street Fighter, à Kotaku.
"Muitas de nós jogavam com perfil de homem, uma vez que se assumíssemos ser mulheres, rapidamente chegavam os insultos e aquelas frases feitas tão típicas dos homens", realça T.L. Taylor, professora no MIT.
As mentalidades vão evoluir, mas por agora enfrentamos este contra-senso: apesar de estarem munidos da mais recente tecnologia e viverem num universo de modernidade, grande parte dos integrantes deste meio ainda se comporta como um homem das cavernas.
Segue o Record Gaming no Facebook - https://www.facebook.com/RecordGamingPT
Envia as tuas questões para – joaoseixas@record.pt
Ainda há muita discriminação no universo gamer
Ao contrário do que se possa pensar, o universo dos videojogos é tudo menos um mar de rosas. De resto, alguns dos graves problemas da sociedade acabam, inevitavelmente, por chegar a este mundo. Do bullying à discriminação racial, passando pelo incitamento ao ódio religioso, há muito "lixo" por esses servidores fora. E um dos problemas que tem sido debatido é a descriminação de género. Apesar de estarmos em 2017, ser mulher e tentar entrar no cenário competitivo, nomeadamente nos eSports, é complicado...
Insultos, comentários despropositados e até assédio sexual são constantes quando do outro lado do monitor ou da televisão se apresenta uma mulher. Aliás, é por este motivo que se têm organizado cada vez mais competições de eSports apenas para mulheres. Apesar disto significar precisamente o persistir de um grave problema, tem ajudado a que um mundo eminentemente masculino, se comece a vergar à dura realidade - elas jogam a qualquer jogo tão bem como eles.
"É bom que estas provas existam, porque nos permite evoluir e mostrar o nosso talento. Contudo, fica provado que existe machismo e que ainda é cedo para que as mentes se abram e todos compitam no mesmo lote", diz Sherry "Sherryjenix" Nhan, jogadora profissional de Street Fighter, à Kotaku.
"Muitas de nós jogavam com perfil de homem, uma vez que se assumíssemos ser mulheres, rapidamente chegavam os insultos e aquelas frases feitas tão típicas dos homens", realça T.L. Taylor, professora no MIT.
As mentalidades vão evoluir, mas por agora enfrentamos este contra-senso: apesar de estarem munidos da mais recente tecnologia e viverem num universo de modernidade, grande parte dos integrantes deste meio ainda se comporta como um homem das cavernas.
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Após ataques no Reino Unido, crianças estão sendo tachadas de terroristas
O GLOBO
Pequenos com menos de 9 anos sofrem bullying por causa de religião e etnia
POR O GLOBO / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
"Não deixem os racistas nos dividirem" diz cartaz de jovem em uma vígilia em frente à mesquita de Finsbury Park, que sofreu um atentado no dia 19 de junho - TOLGA AKMEN / AFP
LONDRES — Crianças com menos de nove anos estão sendo tachadas de terroristas após os atentados recentes no Reino Unido, afirmou a Childline, organização que atende ligações de adolescentes até 19 anos e os aconselham sobre qualquer assunto. A linha de ajuda revelou um aumento de contato de crianças que sofrem bullying por causa de sua religião ou sua etnia nos últimos meses, com o número de reuniões sobre essas questões quase duplicando em relação ao mês anterior após os ataques de Westminster.
A organização relatou outro pico de procura na quinzena após o ataque na Manchester Arena em maio, quando a linha realizou levou quase 300 sessões de aconselhamento de crianças preocupadas com o terrorismo. Crianças muçulmanas disseram à Childline que foram xingadas, acusadas de estarem associados ao Estado Islâmico e ameaçados de violência. Meninas jovens têm sido frequentemente constrangidas ao usar hijab ou um lenço na cabeça, disse a linha de ajuda.
Os conselheiros ouviram crianças que disseram que o abuso constante e os estereótipos negativos eram tão cruéis que desejavam poder mudar quem são. Alguns se sentiam tão isolados e excluídos da sociedade que abandonaram a escola para escapar do bullying.
A presidente e fundadora da Childline, Dame Esther Rantzen, pediu uma maior conscientização entre os adultos do impacto que os atentados terroristas podem ter sobre as crianças e como elas se tratam, afirmando que é crucial que aqueles que podem ser alvo sejam protegidos.
— Quando esses eventos acontecem, nós, adultos, somos frequentemente agredidos pelo horror, às vezes nos esquecemos das crianças que estão assistindo também — disse ela.
Leia mais: https://oglobo.globo.com/mundo/apos-ataques-no-reino-unido-criancas-estao-sendo-tachadas-de-terroristas-21532664#ixzz4lVruaCDV
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Pequenos com menos de 9 anos sofrem bullying por causa de religião e etnia
POR O GLOBO / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
"Não deixem os racistas nos dividirem" diz cartaz de jovem em uma vígilia em frente à mesquita de Finsbury Park, que sofreu um atentado no dia 19 de junho - TOLGA AKMEN / AFP
LONDRES — Crianças com menos de nove anos estão sendo tachadas de terroristas após os atentados recentes no Reino Unido, afirmou a Childline, organização que atende ligações de adolescentes até 19 anos e os aconselham sobre qualquer assunto. A linha de ajuda revelou um aumento de contato de crianças que sofrem bullying por causa de sua religião ou sua etnia nos últimos meses, com o número de reuniões sobre essas questões quase duplicando em relação ao mês anterior após os ataques de Westminster.
A organização relatou outro pico de procura na quinzena após o ataque na Manchester Arena em maio, quando a linha realizou levou quase 300 sessões de aconselhamento de crianças preocupadas com o terrorismo. Crianças muçulmanas disseram à Childline que foram xingadas, acusadas de estarem associados ao Estado Islâmico e ameaçados de violência. Meninas jovens têm sido frequentemente constrangidas ao usar hijab ou um lenço na cabeça, disse a linha de ajuda.
Os conselheiros ouviram crianças que disseram que o abuso constante e os estereótipos negativos eram tão cruéis que desejavam poder mudar quem são. Alguns se sentiam tão isolados e excluídos da sociedade que abandonaram a escola para escapar do bullying.
A presidente e fundadora da Childline, Dame Esther Rantzen, pediu uma maior conscientização entre os adultos do impacto que os atentados terroristas podem ter sobre as crianças e como elas se tratam, afirmando que é crucial que aqueles que podem ser alvo sejam protegidos.
— Quando esses eventos acontecem, nós, adultos, somos frequentemente agredidos pelo horror, às vezes nos esquecemos das crianças que estão assistindo também — disse ela.
Leia mais: https://oglobo.globo.com/mundo/apos-ataques-no-reino-unido-criancas-estao-sendo-tachadas-de-terroristas-21532664#ixzz4lVruaCDV
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Vítima de bullying durante anos pode ser a próxima Miss Universo
SAPO
Colegas da escola diziam que parecia um monstro. Hoje é considerada uma das mulheres mais bonitas do seu país
Uma jovem malaia que sofreu anos de abusos psicológicos por ter o corpo coberto de sinais pode estar prestes a ser coroada Miss Universo.
Evita Delmundo tem 20 anos e toda a vida viveu com a cara e o corpo cobertos de grandes sinais. Depois de anos a ser chamada de “monstro” e a sofrer ataques de colegas e pessoas na rua, Evita aprendeu a ver a beleza nos seus sinais e recusou submeter-se a cirurgias para remover estas manchas.
“Na escola primária ninguém queria ser meu amigo. Era, basicamente, uma menina que vivia isolada”, disse à revista Elle Malásia.
A jovem foi ganhando confiança no seu corpo e hoje tem uma conta no Instagram onde exibe os seus sinais com orgulho. É uma forte concorrente à vitória no concurso Miss Malásia, passando automaticamente para a competição Miss Universo.
Estudantes protagonizam peça teatral para debater racismo e bullying
ABC DO ABC
Criada por alunos do 2º, 7º, e 8º ano do Ensino Fundamental e educadores do Colégio Central Casa Branca, de Santo André (SP), para debater racismo, bullying, autoestima e outras questões
Anna Jinga mora na periferia e faz amizades com quatro jovens que buscam ajudá-la a proteger a casa de cultura Reino Matamba, local onde vivem crianças e pode ser derrubado a qualquer momento. Este é o enredo da peça ‘Menina Jinga’, criada por alunos do 2º, 7º, e 8º ano do Ensino Fundamental e educadores do Colégio Central Casa Branca, de Santo André (SP), para debater racismo, bullying, autoestima e outras questões, entre os alunos. A iniciativa foi destaque na 2ª edição do Desafio Criativos da Escola.
A temática do espetáculo foi escolhida após uma aluna negra relatar o racismo sofrido em um intercâmbio cultural entre turmas de teatro. Foi quando surgiu a ideia de criar um grupo para tratar sobre o tema: ao longo de sete meses, a turma de atores amadores, formada por 11 alunos, participou de oficinas criativas, elaboração de personagens, textos e de muita pesquisa sobre a cultura afro brasileira, para criar a história, os personagens, montar a estrutura física da peça. Paralelamente, os alunos lançaram o livro ‘Confissões de Jinga’, que fala sobre a criação da personagem, escrito pela estudante que interpretou a protagonista.
A apresentação, que estreou em setembro de 2016 no teatro da escola e ficou em cartaz durante três meses, impactou os alunos e a comunidade ao trazer uma nova perspectiva para outros estudantes que passavam pelos mesmos dilemas enfrentados pelos personagens da peça. Mesmo com a temporada de apresentações já encerrada, a turma se mantém firme na elaboração de novas obras que contam com a participação e diálogo com o público.
As inscrições para a 3ª edição do Desafio Criativos da Escola já estão abertas e vão até o dia 1º de outubro. Realizada pelo programa Criativos da Escola, do Alana, a premiação irá reconhecer 11 iniciativas que mais se destacarem por seu protagonismo infanto-juvenil e impacto social, e levará três estudantes e um educador de cada grupo para uma viagem ao Rio de Janeiro (RJ). Pelo segundo ano consecutivo, o Desafio conta com o apoio do programa Parceria Votorantim pela Educação, do Instituto Votorantim, nos 53 municípios onde desenvolve suas atividades.
Amanda Ford, Miss Minas Gerais fala de bullying: "Temos que aceitar nosso corpo"
24 HORAS NEWS
A representante de Minas Gerais no Miss Universo sofreu bullying durante toda a sua infância por ser magra demais e deseja ajudar quem sofre com isso
Amanda Ford, de 19 anos, é modelo e Miss Minas Gerais Intercontinental . Em um ensaio fotográfico antes de subir ao palco para tentar conquistar o título, a jovem revela que está preparada para representar o Brasil nessa oportunidade única. "Sempre sonhei em representar nosso país, nossa cultura", conta ela.
Neto Fernandez | CO Assessoria
Amanda Ford é Miss Minas Gerais Intercontinental e sofreu bullying durante a infância
Missão! É assim que Amanda Ford vê a oportunidade de disputar o título mundial "Estou preparada para representar o Brasil em outros concursos, nacionais e internacionais, com certeza”, disse ela, que representa muito bem o nosso país.
Mas, como nem tudo são flores, Amanda também quer usar as passarelas e a fama para ajudar pessoas que sofrem bullying, assim como ela sofreu. Segundo a modelo, ela sempre foi muito magra e por isso sofreu durante toda a sua infância. "Sofri muito por toda minha infância. Quero mostrar que cada um é especial, com a sua individualidade", conta. "Temos que aceitar nosso corpo e não dar atenção para as críticas".
Cleo Pires?
Há quem diga que Amanda seja parecida com a atriz Cleo Pires e é nessa semelhança que a modelo aposta para levar o título para Minas Gerais. "Algumas pessoas me param na rua e pedem autógrafo. Eu acho engraçado", contou a candidata ao Miss Brasil 2017, referindo-se ao fato de que sua aparência é semelhante à da filha de Fábio Jr. e Glória Pires.
Miss Brasil 2017
Amanda Ford representa Minas Gerais no concurso, que ainda conta com outras 26 candidatas. O evento ainda terá a presença de Raissa Santana, vencedora da edição anterior, que irá coroar a sua sucessora do título de mulher mais bonita do Brasil. A premiação também garante uma vaga no Miss Universo, o concurso que elege a mulher mais bonita do mundo, com representantes de diversos países ao redor do globo. Vale lembrar que a premiação acontece no dia 19 de agosto e sua final será realizada em Ilhabela, litoral norte de São Paulo.
Fonte: IG Gente
Cinco crianças escrevem livro que trata de bullying e inaceitação
G SHOW
O Aprovado de sábado, 24, apresentou ao público o livro “O Diário de Melinda”, que tem como novidade o fato de ter sido escrito, à mão, por cinco crianças de 10 anos. A ideia veio de Daniela Gomes, que chamou quatro colegas da aula de arte. Todas toparam e se empolgaram tanto, que além de escrever nos recreios, começaram a escrever também em casa.
O tema foi escolhido a partir de pesquisas: “A gente viu em livros, filmes, séries e escolhemos falar sobre bullying por ser mais interessante para as pessoas da nossa idade”, conta Maria Clara Macedo. “A gente quis que a menina fosse muito muito muito nerd, com todas as características de nerd. E a gente logo pensou nos óculos. Botamos pintinhas para ficar engraçado, porque ela queria tentar ser popular”, emenda Clara Peixoto.
Aya Iseki explica que Melinda vem de São Paulo para Salvador e não é muito aceita na escola. “Foi difícil porque a gente não sabia do assunto e aí a gente foi discutindo e escrevendo”, conta Aya. “Quando a gente escreveu isso, pensou no que ia sentir se fizessem isso com a gente”, lembra Catarina Sena. Durante o bate-papo com o repórter Pablo Vasconcelos, elas concordam que o livro foi um grande aprendizado e já pensam na segunda obra. A ideia é fazer cinco diários.
O Aprovado de sábado, 24, apresentou ao público o livro “O Diário de Melinda”, que tem como novidade o fato de ter sido escrito, à mão, por cinco crianças de 10 anos. A ideia veio de Daniela Gomes, que chamou quatro colegas da aula de arte. Todas toparam e se empolgaram tanto, que além de escrever nos recreios, começaram a escrever também em casa.
O tema foi escolhido a partir de pesquisas: “A gente viu em livros, filmes, séries e escolhemos falar sobre bullying por ser mais interessante para as pessoas da nossa idade”, conta Maria Clara Macedo. “A gente quis que a menina fosse muito muito muito nerd, com todas as características de nerd. E a gente logo pensou nos óculos. Botamos pintinhas para ficar engraçado, porque ela queria tentar ser popular”, emenda Clara Peixoto.
Aya Iseki explica que Melinda vem de São Paulo para Salvador e não é muito aceita na escola. “Foi difícil porque a gente não sabia do assunto e aí a gente foi discutindo e escrevendo”, conta Aya. “Quando a gente escreveu isso, pensou no que ia sentir se fizessem isso com a gente”, lembra Catarina Sena. Durante o bate-papo com o repórter Pablo Vasconcelos, elas concordam que o livro foi um grande aprendizado e já pensam na segunda obra. A ideia é fazer cinco diários.
Estudo mostra relação entre 'bullying' e problemas de comportamento alimentar
SAPO 24
No final desta intervenção, “notou-se uma redução significativa de sintomas de ingestão alimentar compulsiva e de outros sintomas de comportamentos alimentares perturbados, de dificuldades relacionadas com a imagem corporal, autocriticismo e indicadores de depressão”.
Uma “relação conflituosa” com a alimentação e com a imagem corporal pode estar relacionada com a ocorrência de ‘bullying’ na adolescência e com “perceções de inferioridade”, conclui um estudo hoje divulgado.
O estudo – que envolveu 609 adolescentes do sexo feminino, 5.475 mulheres adultas e 335 homens - foi realizado entre 2013 e 2017 por investigadores da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e da Faculdade de Medicina e Saúde da Universidade de Leeds, no Reino Unido.
Numa primeira fase, os investigadores quiseram “perceber quais os fatores de risco para o desenvolvimento de problemas de comportamento alimentar na adolescência, acompanhando, ao longo de três anos, 609 adolescentes do sexo feminino de escolas rurais e urbanas da região Centro do país”, explica a Universidade de Coimbra.
“Concluiu-se que adolescentes que passaram por experiências de ‘bullying’ tendem a desenvolver sentimentos de vergonha em relação à sua imagem corporal e a iniciar comportamentos desregulados com a comida”, acrescenta.
Cristiana Duarte, investigadora principal do projeto, referiu que “quando as adolescentes atribuem ao corpo a razão pela qual são vítimas de ‘bullying’ podem começar a adotar comportamentos alimentares desregulados, como forma de corrigir aquilo que percecionam como uma inferioridade e que poderá estar na base dessas interações negativas com pares”.
Os investigadores avaliaram também o problema na população adulta, “a partir da autoavaliação com base em memórias de experiências negativas da infância e da adolescência, bem como em experiências na idade adulta associadas a vergonha e a dificuldades de regulação emocional e do comportamento alimentar”.
Nesse sentido, foram realizados estudos que envolveram 3.125 mulheres e 335 homens da população geral portuguesa com diversos graus em termos de peso, 2.236 inglesas com excesso de peso e obesidade e 114 mulheres diagnosticadas com Perturbação de Ingestão Alimentar Compulsiva.
Segundo Cristiana Duarte, observou-se que “memórias deste tipo de experiências negativas na infância e adolescência se associam também a vergonha corporal na idade adulta”.
A situação agrava-se em mulheres com excesso de peso e obesidade: “A vergonha corporal, o autocriticismo e tentativas de evitamento destes estados internos negativos parecem estar relacionados com uma pior regulação do comportamento alimentar, nomeadamente com sintomas de ingestão alimentar compulsiva, e a dificuldades na perda de peso”.
“Estas dimensões parecem ser também muito importantes na ocorrência de episódios de descontrolo alimentar no sexo masculino”, acrescenta.
Os investigadores desenvolveram um programa de intervenção psicológica de curta duração (quatro semanas) focado no desenvolvimento de competências para fomentar uma gestão equilibrada da alimentação. Depois, foi testado num estudo piloto em 20 mulheres com Perturbação de Ingestão Alimentar Compulsiva, tendo-se revelado eficaz.
De acordo com Cristiana Duarte, os vários resultados obtidos no estudo mostram a necessidade de “incluir no Sistema Nacional de Saúde abordagens inovadoras que complementem as terapêuticas convencionais de prevenção e tratamento destes problemas de saúde pública”.
quinta-feira, 29 de junho de 2017
Estudo releva que há relação entre bullying e problemas de comportamento alimenta
SAÚDE ONLINE
Esta prática pode estar na base de uma relação conflituosa com a alimentação e com a imagem corporal, podendo levar à obesidade e a patologias associadas como a depressão
Esta prática pode estar na base de uma relação conflituosa com a alimentação e com a imagem corporal, podendo levar à obesidade e a patologias associadas como a depressão
O estudo, sem precedentes, envolveu 609 adolescentes do sexo feminino, 5475 mulheres adultas e 335 homens.
A investigação, que integrou diversas abordagens sobre os problemas de comportamento alimentar, foi realizada, entre 2013 e 2017, por investigadores da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) e da Faculdade de Medicina e Saúde da Universidade de Leeds, Reino Unido.
Numa primeira fase, os investigadores focaram-se em perceber quais os fatores de risco para o desenvolvimento de problemas de comportamento alimentar na adolescência, acompanhando, ao longo de três anos, 609 adolescentes do sexo feminino de escolas rurais e urbanas da Região Centro do país, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos.
Concluiu-se que adolescentes que passaram por experiências de bullying tendem a desenvolver sentimentos de vergonha em relação à sua imagem corporal e a iniciar comportamentos desregulados com a comida.
Ou seja, o bullying está na base de “uma relação complicada com a ingestão de comida. Quando as adolescentes atribuem ao corpo a razão pela qual são vítimas de bullying podem começar a adotar comportamentos alimentares desregulados, como forma de corrigir aquilo que percecionam como uma inferioridade e que poderá estar na base dessas interações negativas com pares”, explica Cristiana Duarte, investigadora principal do projeto do qual resultou a sua tese de doutoramento, orientada por José Pinto-Gouveia, Professor Catedrático e Coordenador do Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo-Comportamental da UC (CINEICC), e James Stubbs, Professor e Investigador da Faculty of Medicine and Health da Universidade de Leeds.
A equipa avaliou também o problema na população adulta, a partir da autoavaliação com base em memórias de experiências negativas da infância e da adolescência, bem como em experiências na idade adulta associadas a vergonha e a dificuldades de regulação emocional e do comportamento alimentar. Foram realizados vários estudos que envolveram 3125 mulheres e 335 homens da população geral portuguesa com diversos graus em termos de peso (desde magreza, peso normal, a obesidade), 2.236 inglesas com excesso de peso e obesidade e 114 mulheres diagnosticadas com Perturbação de Ingestão Alimentar Compulsiva.
De uma forma geral, observou-se que “memórias deste tipo de experiências negativas na infância e adolescência se associam também a vergonha corporal na idade adulta”, afirma Cristiana Duarte, mas a situação agrava-se em mulheres com excesso de peso e obesidade: “a vergonha corporal, o autocriticismo e tentativas de evitamento destes estados internos negativos parecem estar relacionados com uma pior regulação do comportamento alimentar, nomeadamente com sintomas de ingestão alimentar compulsiva, e a dificuldades na perda de peso. Estas dimensões parecem ser também muito importantes na ocorrência de episódios de descontrolo alimentar no sexo masculino”.
“Estes episódios de ingestão compulsiva são posteriormente seguidos de culpa, vergonha e autocrítica, aumentando a probabilidade de ocorrência de novos episódios de descontrolo, alimentando-se assim um círculo vicioso”, frisa a investigadora.
Com base nos resultados obtidos, os investigadores desenvolveram o programa CARE, um programa de intervenção psicológica de curta duração (quatro semanas) focado no desenvolvimento de competências para fomentar uma gestão equilibrada da alimentação.
Foi, depois, testado num estudo piloto em 20 mulheres com Perturbação de Ingestão Alimentar Compulsiva e revelou-se eficaz. No final da intervenção notou-se uma redução significativa de sintomas de ingestão alimentar compulsiva e de outros sintomas de comportamentos alimentares perturbados, de dificuldades relacionadas com a imagem corporal, autocriticismo e indicadores de depressão.
Os diversos resultados obtidos ao longo de todo o estudo revelam a necessidade de se “incluir no Sistema Nacional de Saúde abordagens inovadoras que complementem as terapêuticas convencionais de prevenção e tratamento destes problemas de saúde pública”, refere Cristiana Duarte.
O que distingue este estudo, conclui, é o facto de “estas dificuldades terem sido analisadas num contínuo de severidade desde adolescentes e mulheres e homens adultos da população geral, até casos onde estas problemáticas adquirem um caráter mais severo, como em pessoas com excesso de peso e obesidade, até doentes com Perturbações do Comportamento Alimentar”.
Comunicado de Imprensa
SETE MINUTOS DEPOIS DA MEIA-NOITE
BONDE
O diretor catalão Juan Antonio Bayona, ou simplesmente J.A. Bayona, iniciou sua carreira em 1999 dirigindo curtas. A estreia em longas aconteceu em 2007, com o aclamado O Orfanato, produzido por Guillermo del Toro. Cinco anos depois ele chamou a atenção com o drama O Impossível. Seu terceiro longa, de 2016, é este Sete Minutos Depois da Meia-Noite. O roteiro de Patrick Ness, adaptado de seu próprio livro, conta a história de Conor (Lewis MacDougall), um garoto de 13 anos que enfrenta uma série de problemas. Sua mãe (Felicity Jones) tem uma doença terminal. Seu pai (Toby Kebbell) é um ausente total. A avó (Sigourney Weaver) é severa demais. Para piorar tudo, na escola Conor é vítima constante de bullying. Neste contexto trágico, ele sonha com uma árvore gigantesca (voz de Liam Neeson), que aparece no horário que dá título ao filme e conta histórias em troca de ouvir histórias também. Bayona vem se revelando um cineasta de grande talento narrativo. Suas tramas fogem completamente do lugar comum e conseguem transitar por gêneros distintos sem perder o foco em momento algum. Sete Minutos Depois da Meia-Noite, convém alertar, é um filme triste, sem cair na pieguice. É comovente, sem sucumbir ao melodrama. É doloroso, sim, mas de um jeito bem original. O que mais posso dizer? Anotem este nome: J.A. Bayona.
SETE MINUTOS DEPOIS DA MEIA-NOITE (A Monster Calls - Inglaterra/Espanha/EUA 2016). Direção: J. A. Bayona. Elenco: Lewis MacDougall, Sigourney Weaver, Felicity Jones, Toby Kebbell e Liam Neeson. Duração: 109 minutos. Distribuição: Diamond Films/Netflix.
Projeto Diálogos Urgentes: Evento discute hoje mobilidade urbana
NOTISUL
Laguna
O desafio da mobilidade urbana será tema de debate hoje em Laguna. Promovido pelo Sesc, o projeto Diálogos Urgentes terá a apresentação do documentário Bikes vs Cars, do cineasta sueco Fredrik Gertten, seguida da discussão entre convidados ligados ao assunto e o público. O evento é gratuito e começa às 20 horas, no Cine Mussi.
O projeto Diálogos Urgentes iniciou em abril e segue até novembro, com o objetivo de favorecer o diálogo entre grupos, coletivos, agentes, estudantes e sociedade. As obras audiovisuais selecionadas para exibição levantam temáticas como loucura e arte, bullying, racismo, mobilidade urbana, feminismo, ditadura militar, formação do indivíduo, entre outros, que serão debatidos por convidados e comunidade.
Para o debate desta quarta-feira, entre os convidados estão representantes da prefeitura em áreas como educação e planejamento, da Udesc e do Iphan, entre outros.
O documentário
Bikes vs Cars apresenta um novo modo de mobilidade urbana. O roteiro discute a enorme cadeia econômica dependente do carro e mostra como a indústria automobilística influencia nas políticas públicas das cidades e como a bicicleta começa a mudar uma parte desse jogo.
Gravado em São Paulo (Brasil), Los Angeles (EUA), Toronto (Canadá) e Copenhague (Dinamarca), o audiovisual mostra realidades completamente diferentes, desde a luta por incluir o uso da bicicleta no dia a dia das pessoas em São Paulo até Copenhague, cidade que é referência internacional em mobilidade urbana.
Bikes vs Cars apresenta um novo modo de mobilidade urbana. O roteiro discute a enorme cadeia econômica dependente do carro e mostra como a indústria automobilística influencia nas políticas públicas das cidades e como a bicicleta começa a mudar uma parte desse jogo.
Gravado em São Paulo (Brasil), Los Angeles (EUA), Toronto (Canadá) e Copenhague (Dinamarca), o audiovisual mostra realidades completamente diferentes, desde a luta por incluir o uso da bicicleta no dia a dia das pessoas em São Paulo até Copenhague, cidade que é referência internacional em mobilidade urbana.
Noventa e dois casos de indisciplina escolar são registrados em Alagoas
Número de ameaças e agressões notificado pelo BPEsc neste 1º semestre caiu 59% comparado ao mesmo período de 2016
Evellyn Pimentel / Tribuna Independente
Batalhão Escolar realiza visitas e palestras de ações contra bullying e drogas, pela boa convivência nas escolas (Foto: Divulgação/BPESC)
Ameaças, agressões e bullying são algumas das características de um comportamento violento em crianças e adolescentes no ambiente escolar. Segundo especialista, os sinais de indisciplina têm começado cada vez mais cedo, ainda na primeira infância. Segundo o Batalhão de Policiamento Escolar (BPEsc) foram 92 ocorrências registradas nos primeiros meses deste ano em escolas de Alagoas.
O número representa um avanço, garante o Tenente Coronel Silvestre Soares, comandante do BPEsc. No mesmo período do ano passado, as ocorrências escolares somaram 227 registros. Uma queda de 59%. Para o comandante ainda não é possível identificar as causas da redução no número de ocorrências atendidas.
Ele garante que o trabalho precisa ser constante. A prevenção é uma ferramenta empregada para ajudar no combate à violência escolar.
“Temos um Núcleo de Articulação com a Comunidade Escolar (Nace), através do qual programa visitas, realiza palestras de ações contra as drogas e contra o bullying, pela boa convivência nas escolas. Mantemos interação permanente com o Ministério Público e os órgãos ligados a infância e a juventude, incluindo gestores de educação em nível municipal e estadual, através das ações do Fórum de Prevenção, a fim de melhorar as ações de cada órgão. Pretende-se ampliar as ações do Nace com medidas de orientação quanto ao controle do ambiente escolar, a fim de minimizar os conflitos nas escolas.
O comandante do BPEsc, tenente-coronel Silvestre Soares, destaca que a guarnição policial é acionada na ocorrência de crimes.
“O atendimento é feito pela presença policial, com abordagens nos espaços suspeitos das escolas e revistas sobre os pertences dos pessoas suspeitas, a fim de evitar o agravamento da situação, e orientação aos ofendido a registrarem a ocorrência na delegacia, além de ser feito o boletim de ocorrência. Há presença de crimes contra o patrimônio público e privado e ameaças entre alunos e destes contra trabalhadores das escolas”, ressalta.
Faltam estatísticas sobre o assunto nas Secretarias de Educação do Estado e do Município de Maceió e no Sindicato dos Professores do Estado de Alagoas (Sinpro). Segundo o presidente do sindicato, Eduardo Vasconcelos há muita subnotificação.
“Ocorre agressão verbal, em tom de ameaça mesmo. Há agressões físicas. Agressões e ameaças pelas internet. Quando ensinava num colégio, um aluno chegou a levantar para me agredir fisicamente. Um caso recente numa escola particular no Graciliano Ramos ocorreu um caso onde um aluno com histórico de violência ameaçou todos os professores pelo Facebook, houve até registro de Boletim de Ocorrência (B.O.)”, afirma.
Vasconcelos acredita que a indisciplina dos alunos começa com a falta de comprometimento dos pais na educação dos filhos. E aponta o que considera as causas do problema.
“Falta de valores, desintegração familiar, o professor hoje tem que ser pai, mãe, psicólogo, policial, em último caso ele ensina.”
Problemas são pontuais e resolvidos no ambiente escolar, diz Semed
Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semed), nas escolas da capital não há registros de demandas. O órgão afirma que os problemas são pontuais e resolvidos no ambiente escolar.
“Pelo fato de ter em sua maioria alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental I, do 1º ao 5º ano, não há registro de demanda deste tipo na Secretaria Municipal de Educação (Semed). Quando ocorrem casos de indisciplina, a própria escola resolve diretamente com os pais ou com o Conselho Tutelar da região. Quando necessário, o caso é informado ao Batalhão de Policiamento Escolar”, afirma a Semed por meio de assessoria de comunicação.
Apesar de não possuir números, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) afirma que ocorrem episódios envolvendo furtos, bullying, “cyberbullying” e depredação do patrimônio público, por parte de alunos. Principalmente nas escolas da rede situadas em Maceió.
A Seduc esclarece que tem trabalhado para ‘reduzir ou minimizar esses casos’ combatendo a violência por meio de projetos que envolvam os estudantes.
“É realizado um trabalho de prevenção constantemente, tais como palestras que discutem diversos temas como: direitos e deveres dos alunos, justiça e meio ambiente, cidadania, combate ao uso de drogas. Também acontecem oficinas e passeatas de mobilizações pela paz sempre em parcerias com diversas instituições, entre elas: Conselho Tutelar, Batalhão Escolar, Ministério Público, Família, Esmal [Escola Superior da Magistratura de Alagoas], dentre outros. As ações também envolvem a comunidade em geral.”
“Criança precisa aprender a conhecer suas dores para saber lidar com elas”
A psicopedagoga Patrícia Santos explica que diversos motivos desencadeiam o comportamento violento em crianças e adolescentes. Pode ser devido a traumas não superados, como separação dos pais ou luto, e ainda pela falta de habilidade em expressar as emoções.
“A criança precisa ser ensinada a conhecer suas dores, suas emoções para saber lidar com elas. Às vezes ele se torna um agressor porque não conhece seus sentimentos. Toda emoção está ligada a uma nuance na primeira infância. Quando você para e analisa caso a caso sempre tem algum indício que tem algo na família que desencadeou o comportamento”, reforça
Outro fator apontado por Patrícia como motivo para a indisciplina é a predisposição genética a transtornos comportamentais. Uma espécie de herança familiar.
“São fatores biológicos herdados geneticamente. Quando explicamos o comportamento, os pais dizem que eram assim também e minimizam o problema. Algumas possuem Transtorno Opositivo Defensivo, que é aquela criança desafiadora que não respeita hierarquia, que bate de frente com tudo e todos. Mas é preciso lidar com as dificuldades da criança ou adolescente”, destaca.
Segundo a especialista, é preciso um trabalho conjunto entre pais, professores e escola. Quando há apoio psicológico na própria unidade de ensino o direcionamento é feito de forma mais rápida. “Sempre explico aos pais: vamos ajudar seu filho para ele não passar por isso.”
Já para os casos em que a escola não oferece esse serviço é possível que a família solicite apoio no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), serviço ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Alagoas, são 55 unidades de referência espalhadas pela capital e interior.
“É preciso um acompanhamento para conseguir identificar se a causa é no ambiente familiar, escolar, doméstico. É interessante a família sempre estar em parceria com o professor. Pautado na relevância do fato, os professores devem solicitar aos pais e os pais procurar um Caps próximo, que tem equipe multidisciplinar para fazer as intervenções. Caso a família não tenha condições ou não compareça, é necessário acionar o Conselho Tutelar”, explica Patrícia.
Patrícia reforça o alerta para os sinais, que começam cada vez mais cedo, ainda na primeira infância, período de 0 a 6 anos de idade.
“Infelizmente cada vez mais na primeira infância vem ocorrendo esse fato [comportamento violento]. As crianças estão chegando com um comportamento atípico, sem seguir regras, sem seguir comandos, com resistência para pedir desculpas. A gente percebe que aparece na educação infantil e vai evoluindo, se tornando uma patologia.”
A especialista diz que é comum atualmente um conflito na criação dos filhos, o que influencia consideravelmente no comportamento deles. Além disso, a falta de referência familiar prejudica o desenvolvimento infantil.
“A geração Y é muito criativa. Então, cada vez mais os pais dessa geração acreditam no diálogo. Mas muitas vezes a criança não é criada pelos pais. Muitas vezes a criança é terceirizada para os avós, babá, creche. Termina ficando sem referência familiar, sem ter um exemplo a seguir, sem noções de rotina, valores. Se não tem um exemplo, a criança vai ter vários parâmetros de comportamento”, pontua.
'Punir não diminui a violência nas escolas', diz juiz sobre "Lei Harfouche"
CAMPO GRANDE NEWS
Adriano Fernandes
Marcelo Nalesso Salmaso é juiz de Direito em São Paulo e especialista em Justiça Restaurativa. (Foto: Alcides Neto)
Sobre a polêmica entorno da "Lei Harfouche" o juiz de direito do Estado de São Paulo, Marcelo Nalesso Salmaso, comentou que o projeto de lei é uma solução nada efetiva para a “doença” que é violência nas escolas pelo país.
“A questão é se nos queremos uma solução que realmente soluciona ou se nós vamos continuar com respostas ‘aspirínicas’ que tragam uma perspectiva de solução, mas que na prática não vai solucionar em nada”, comenta.
O magistrado é referência pelo país em discussões sobre Justiça Restaurativa e esteve na Capital, nesta quarta-feira (28), durante encontro à respeito do tema promovido pela ESDP (Escola Superior de Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul).
Para o juiz, as punições exigidas por meio da proposta tentam solucionar um problema que é muito mais complexo. “A violência é só a ponta de um iceberg, o sintoma de uma questão que é muito mais profunda. Punir é como a aspirina que a gente toma para solucionar uma dor de cabeça. Quanto mais tomamos mais ela adia a dor sem descobrir a causa”, diz.
“E é justamente essa a função da justiça restaurativa. É como se analisássemos os fatores que geram essa dor para lidarmos com o problema e o solucionarmos de uma vez”, completa.
Salmaso ainda criticou outras especificidades do projeto que segundo ele, ferem os princípios de igualdade constitucional, como por exemplo, o entendimento de que as punições devem ser aplicadas apenas em alunos de escolas públicas.
Mesa de palestrantes durante o evento na ESDP (Escola Superior de Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul). (Foto: Alcides Neto)
“Como se apenas alunos de escolas públicas que são em maioria de situação socioeconômica mais vulnerável, fossem os únicos que gerassem problemas de comportamento. Também não especifica quais os tipos de punição, quem pune”, diz.
Citando até estudos sobre o tema nos EUA (Estados Unidos da América) o juiz foi enfático.
“Segundos as agências de segurança norte-americanas boa parte dos atentados de ex-alunos às escolas tem como motivo o bullying ou punições humilhantes sofridas na escola. Não tem um efeito punitivo eficaz e só aumenta a probabilidade do aluno se tornar ainda mais violento”, conclui.
Justiça Restaurativa - Em vias gerais a prática tem como objetivo resolver conflitos nas escolas de forma pedagógica. No Estado, a Justiça Restaurativa surgiu como frente contrária ao projeto de lei do procurador Sérgio Harfouche que pune alunos que cometam atos infracionais no ambiente escolar.
Mas também se estende ao tratamento de adolescente egressos no sistema prisional por meio das UNEI’s (Unidade Educacional de Internação), por exemplo. Pela Capital, grupo que reúne defensores públicos e outros profissionais do Direito, psicólogos, professores, além de pais e alunos, até articula um novo projeto para tratar a violência nas escolas.
“Que por sinal é um grupo muito bem fundamentado e que estão a frente de uma proposta que encara toda uma contramovimento que o sistema faz para não ser modificado”, elogiou Salmaso.
Marcelo é juiz coordenador do Núcleo da Justiça Restaurativa de Tatuí (SP) e membro da Coordenadoria da Infância e da Juventude, ligado a Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo.
No encontro desta quarta-feira (27) na ESDP, palestraram também a psicóloga e representante da SED (Secretaria de Estado de Educação), Valquiria Rédua da Silva, e o defensor público Rodrigo Zoccal Rosa.
Jovens falam sobre dificuldades para emagrecer e aceitação do corpo
G1 GLOBO
Mais da metade da população brasileira está acima do peso. Estudante com 208kg tem dificuldade em tarefas básicas do dia a dia enquanto modelos plus size ganham espaço no mundo da moda.
PROFISSÃO REPÓRTER
Mais da metade da população brasileira está acima do peso. O esforço para emagrecer e fugir das críticas da família é comum, assim como a solidão entre os jovens obesos. Por outro lado, há um mercado da moda para modelos fora do padrão.
Rogi sofre para sentar na cadeira da faculdade
O estudante de administração Rogi Cezarino tem 29 anos e muita dificuldade para lidar com as tarefas básicas por causa do seu peso. Com 208kg tudo fica muito difícil: ir ao banheiro, pegar ônibus, sentar na cadeira da faculdade e comprar roupas. “Muitas vezes ouço as pessoas dizerem que se assustam comigo. Não ser aceito em espaços machuca. Quando me olho no espelho, não me sinto o feio que a sociedade diz. Eu me sinto bonito, e às vezes nem me sinto gordo”, conta.
Rogi jogava no time de futebol americano de Vila Velha, no Espírito Santo. Mas há dois anos desistiu e, depois disso, teve uma depressão. Foi aí que começou a engodar: “Às vezes eu quero me isolar, muitas vezes eu não saio. Fico quietinho em casa porque aqui sei que tô protegido”.
Fernanda recebe críticas do marido por estar gorda
Fernanda da Silva Oliveira quer emagrecer 20kg até o Natal. Ela é professora e deixou o emprego há dois anos, quando a segunda filha nasceu. Ela tem que lidar com as constantes críticas do marido, Hermínio: “Ele adora me zoar, não só eu... Fala que é tudo chupeta de baleia”. Hermínio conta sua versão: “Eu brinco assim, mas não tem maldade. Não é bullying. Ela inventou de usar biquíni e eu falei que não dá. Uma mulher desse tamanho vai usar biquíni? Ficou feio pra caramba”.
Fernanda pesa 90kg e quer chegar aos 70kg: “A sociedade tem um papel muito importante na minha vontade de emagrecer, porque eles cobram muito isso da gente. Eu não tô fazendo só pelos outros, tô fazendo pra eu me sentir melhor, mais bonita”.
Akeen é enfermeiro, mas também modelo plus size
Aceitação da própria imagem
Akeen dos Santos sofreu com o preconceito quando era mais novo: “Tive uma infância bem conturbada por ser gordo e sofri bastante com isso na escola. Era muito apelido, motivo de chacota, que me deixava tímido”.
Akeen dos Santos sofreu com o preconceito quando era mais novo: “Tive uma infância bem conturbada por ser gordo e sofri bastante com isso na escola. Era muito apelido, motivo de chacota, que me deixava tímido”.
Hoje, ele consegue levar mais na brincadeira seu biotipo e transformou isso em trabalho. Akeen é enfermeiro, mas também modelo plus size. Ele se divide entre as sessões de fotos durante e o dia e os plantões como enfermeiro à noite. Durante um desfile, ele foi muito aplaudido ao entrar na passarela: “É sempre assim. Acho que o público está cansado de ser representado por gente magra, que não é gente como a gente”.
Gabi faz sucesso como modelo plus size
Gabi Caroli é uma das pioneiras das passarelas. Há dois anos, ela abandonou a área de gestão ambiental para virar modelo plus size: “As pessoas ainda falam assim: as normais e as plus size. Fica parecendo que a plus size é anormal”.
A modelo costuma fazer três ensaios fotográficos por semana e vive exclusivamente da moda: “Tô feliz com meu corpo, ele me rende trabalho. Nunca trabalhei tanto e nunca fui tão feliz profissionalmente. Pra eu chegar nesse ponto, tive que ter muita tristeza, depressão, vontade de mudar. Até que pensei: por que eu preciso ser magra? Para quem?”.
"Acredito que foi tortura", diz mãe de menino surdo amarrado e amordaçado em escola
OLHAR DIRETO
Da Redação - André Garcia Santana
Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto
Da Redação - André Garcia Santana
Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto
Fachada da delegacia Especializada do Adolescente
“Nem considero o que aconteceu como bullying, acredito que foi tortura mesmo, porque é muita maldade”. É assim a mãe do menino J.V.R.S, de 11, Simone Rodrigues, classifica a situação vivida pelo filho, amarrado com um barbante no banheiro da escola, na segunda-feira (26). Deficiente auditivo, ele foi amordaçado com uma fita e ameaçado de ter a cabeça enfiada na privada. Em casa, reclamou dores nas proximidades das costelas e apresentou marcas nos pulsos, decorrentes do momento no qual foi atado por quatro adolescentes, de 13 e 14 anos.
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Alunos amarram criança deficiente em banheiro de escola e ameaçam colocar cabeça na privada
As oitivas com os suspeitos e a vítima foram realizadas ao longo da tarde desta terça-feira (27) na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), pela delegada Anaíde Barros, responsável pelo caso. Na recepção da unidade a cabeleireira contou ao Olhar Direto que o menino demorou um pouco a se dar conta da gravidade do acontecido, tendo se mostrado cabisbaixo só no final da noite.
“Na cabeça dele o que aconteceu foi uma brincadeira, tanto que ao perceber a repercussão ele me perguntou se seus amigos haviam sido presos. Ele não tem essa malícia. Tive que conversar com ele, explicar que não é assim, que isso é uma coisa grave, que não dá pra tratar como brincadeira, e que os meninos não são amigos dele. Quando eu soube, fiquei desesperada, cheguei na escola super nervosa. Mas ele estava até tranqüilo, inclusive pediu pra me darem água pra eu me acalmar”, lembra.
Esta não seria a primeira vez que J.V. que sofre situações de bullying. Em uma das ocasiões ele teve o boné rasgado por outras crianças. Agora sua mãe tem medo que a situação volte a se repetir e cogita tirá-lo da escola caso medidas contundentes não sejam adotadas pela administração. “As pessoas até estranham porque ele é muito tranqüilo, se dá bem com todos. Não merecia isso não. Ontem ele percebeu que a mídia estava dando a notícia e quando todo mundo ficou sabendo, nós recebemos muitas visitas, está todo mundo indignado”, completou.
Embora a Escola Estadual Salim Felício negue que tenha havido agressões físicas, confirmando "apenas" que a criança foi amarrada, Simone questiona o posicionamento da instituição, localizada no bairro Jardim Cuiabá, na Capital. Ela alega que além de ter relatado dores, o filho também contou que os meninos chegaram a agredi-lo, tendo direcionado sua cabeça ao vaso sanitário.
No saguão da delegacia, familiares dos menores suspeitos pelo crime se indignaram com o tratamento dado a eles. De acordo com a dona de casa Maraísa Ferreira da Silva, seu filho, de 14 anos, não participava da brincadeira e estava apenas no banheiro no momento em que os outros adolescentes foram flagrados. “Podem olhar o histórico escolar dele, não tem nenhum problema, eu nunca fui chamada na escola. Ele não dá trabalho. Agora estão dizendo que ele é maconheiro, que mexe com droga. Meu filho mal sai de casa”, explica.
Maraísa teme que esse tipo de associação possa prejudicar o garoto, que sofre de uma doença no sangue. Sua principal revolta é a forma como ele e os outros menores foram abordados. “Não era só esse grupo que estava fazendo isso. Por conta da festa junina, vários alunos pegaram o barbante das bandeirolas e estavam brincando uns com os outros.”
Outra mãe, que preferiu não se identificar, afirma que o filho foi tratado como “bandido”. “Nós não estamos dizendo que eles estão certos. Tudo não passou de uma brincadeira, mas uma brincadeira de mau gosto. Se meu filho errou, ele vai pagar, mas não é assim. Algemaram eles, colocaram no camburão, trataram igual criminoso lá no Cisc, chamando de vagabundo. Nós temos fotos pra comprovar.”
Na data da ocorrência a Seduc informou que todas as providências necessárias já foram tomadas e destacou que palestras e projetos voltados a coerção e conscientização contra o bullying são realizados periodicamente, na tentativa de orientar os jovens. A proposta, segundo a pasta, é intensificar gradualmente estas ações para que ocorrências desse tipo não sejam mais registradas.
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As oitivas com os suspeitos e a vítima foram realizadas ao longo da tarde desta terça-feira (27) na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), pela delegada Anaíde Barros, responsável pelo caso. Na recepção da unidade a cabeleireira contou ao Olhar Direto que o menino demorou um pouco a se dar conta da gravidade do acontecido, tendo se mostrado cabisbaixo só no final da noite.
“Na cabeça dele o que aconteceu foi uma brincadeira, tanto que ao perceber a repercussão ele me perguntou se seus amigos haviam sido presos. Ele não tem essa malícia. Tive que conversar com ele, explicar que não é assim, que isso é uma coisa grave, que não dá pra tratar como brincadeira, e que os meninos não são amigos dele. Quando eu soube, fiquei desesperada, cheguei na escola super nervosa. Mas ele estava até tranqüilo, inclusive pediu pra me darem água pra eu me acalmar”, lembra.
Esta não seria a primeira vez que J.V. que sofre situações de bullying. Em uma das ocasiões ele teve o boné rasgado por outras crianças. Agora sua mãe tem medo que a situação volte a se repetir e cogita tirá-lo da escola caso medidas contundentes não sejam adotadas pela administração. “As pessoas até estranham porque ele é muito tranqüilo, se dá bem com todos. Não merecia isso não. Ontem ele percebeu que a mídia estava dando a notícia e quando todo mundo ficou sabendo, nós recebemos muitas visitas, está todo mundo indignado”, completou.
Embora a Escola Estadual Salim Felício negue que tenha havido agressões físicas, confirmando "apenas" que a criança foi amarrada, Simone questiona o posicionamento da instituição, localizada no bairro Jardim Cuiabá, na Capital. Ela alega que além de ter relatado dores, o filho também contou que os meninos chegaram a agredi-lo, tendo direcionado sua cabeça ao vaso sanitário.
No saguão da delegacia, familiares dos menores suspeitos pelo crime se indignaram com o tratamento dado a eles. De acordo com a dona de casa Maraísa Ferreira da Silva, seu filho, de 14 anos, não participava da brincadeira e estava apenas no banheiro no momento em que os outros adolescentes foram flagrados. “Podem olhar o histórico escolar dele, não tem nenhum problema, eu nunca fui chamada na escola. Ele não dá trabalho. Agora estão dizendo que ele é maconheiro, que mexe com droga. Meu filho mal sai de casa”, explica.
Maraísa teme que esse tipo de associação possa prejudicar o garoto, que sofre de uma doença no sangue. Sua principal revolta é a forma como ele e os outros menores foram abordados. “Não era só esse grupo que estava fazendo isso. Por conta da festa junina, vários alunos pegaram o barbante das bandeirolas e estavam brincando uns com os outros.”
Outra mãe, que preferiu não se identificar, afirma que o filho foi tratado como “bandido”. “Nós não estamos dizendo que eles estão certos. Tudo não passou de uma brincadeira, mas uma brincadeira de mau gosto. Se meu filho errou, ele vai pagar, mas não é assim. Algemaram eles, colocaram no camburão, trataram igual criminoso lá no Cisc, chamando de vagabundo. Nós temos fotos pra comprovar.”
Na data da ocorrência a Seduc informou que todas as providências necessárias já foram tomadas e destacou que palestras e projetos voltados a coerção e conscientização contra o bullying são realizados periodicamente, na tentativa de orientar os jovens. A proposta, segundo a pasta, é intensificar gradualmente estas ações para que ocorrências desse tipo não sejam mais registradas.
Modelo enfrenta bullying pela aparência e concorre ao Miss Malásia
REDE TV
Evita, que nasceu com a condição, conta que durante sua infância, os colegas de classe eram muito cruéis e a apelidavam com diversos nomes ofensivos. Apesar de toda a repressão, a jovem se recusou a fazer cirurgias de remoção de suas marcas.
(Foto: Reprodução/Instagram)
Concorrente do Miss Malásia 2018, a modelo Evita Delmundo, de 20 anos, está quebrando os padrões de beleza após ser chamada de "monstro" por ter seu corpo e rosto cobertos por pintas pretas.
Evita, que nasceu com a condição, conta que durante sua infância, os colegas de classe eram muito cruéis e a apelidavam com diversos nomes ofensivos. Apesar de toda a repressão, a jovem se recusou a fazer cirurgias de remoção de suas marcas.
"Definitivamente não foi fácil para mim. Sofri bullying na escola primária e as outras crianças me chamavam de 'monstro', de 'cookie' - o que é muito vergonhoso para uma menina pequena", contou a modelo em entrevista ao Mirror. "Eu não tinha amigos", completou.
As coisas começaram a mudar quando Evita entrou no colegial e mudou de escola. Lá, fez novas amizades que a aceitaram e a ajudaram a recuperar sua autoconfiança.
Quando decidiu virar modelo, Evita diz que recebeu todo o apoio de seus familiares e amigos. Sua história chegou a ser divulgada pela página oficial do concurso Miss Universo, como uma potencial vencedora.
"Aprendi a aceitar minhas marcas de nascimento e me amar assim. Lentamente ganhei confiança para me mostrar como sou", afirmou a jovem.
A modelo já tem uma série de fãs em sua conta do Instagram. São 41,9 mil seguidores, e inúmeros deixam comentários carinhosos. "Amo sua confiança!", comentou uma internauta. "Seu rosto passa uma energia muito viva", comentou outra.
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