segunda-feira, 26 de julho de 2010

Bullying é tema de seminário de professores em Nova Porteirinha

NOVA PORTEIRINHA – Considerado uma das formas de violência que mais cresce no mundo e afeta, principalmente, crianças e adolescentes, o bullying foi debatido em Nova Porteirinha, nos dias 20 e 21 deste mês, durante o Seminário de Educação promovido pela Secretaria Municipal de Educação e reuniu aproximadamente 200 educadores, a maioria da rede municipal de Ensino.

Para a secretária de Educação de Nova Porteirinha, Simone Almeida, a participação maciça dos educadores demonstra o quanto os professores e outros profissionais se interessam pela capacitação promovida pela prefeitura e também na habilitação para lidar com assuntos e fatos pertinentes ao ensino e também na contribuição da formação cidadã dos alunos.

Durante palestra, a Psicóloga Mariana Souza Meireles ponderou sobre as conseqüências psicológicas do Bullying, fazendo uma abordagem completa sobre o conceito, conseqüências, formas de manifestações, além de exemplos práticos relatados nacionalmente.

Combater a violência no ambiente escolar tem sido um grande desafio para os gestores e os profissionais da educação de todo o país. A professora Varmi Martins elogiou a iniciativa da secretaria municipal de Educação pela realização do seminário. Isso, segundo ela explicou, possibilita aos educadores a ampliação do conhecimento e compreendam o fenômeno bullying e saibam diferenciar esse tipo de violência de brincadeiras próprias de cada idade.

No seminário os educadores foram orientados sobre o cyberbullying é um tipo de bullying melhorado. É a prática realizada através da internet que busca humilhar e ridicularizar os alunos, pessoas desconhecidas e também professores perante a sociedade virtual. Apesar de ser praticado de forma virtual, o cyberbullying tem preocupado pais e professores, pois através da internet os insultos se multiplicam rapidamente e ainda contribuem para contaminar outras pessoas que conhecem a vítima.

Os meios virtuais utilizados para disseminar difamações e calúnias são as comunidades, e-mails, torpedos, blogs e fotologs. Além de discriminar as pessoas, os autores são incapazes de se identificar, pois não são responsáveis o bastante para assumirem aquilo que fazem. É importante dizer que mesmo anônimos, os responsáveis pela calúnia sempre são descobertos.

Fonte: O Norte de Minas

domingo, 25 de julho de 2010

Escolas que investem mais em educação social diminuem casos de bulliyng

Segundo o mestre em Psicologia da Infância e da Adolescência, Caio Feijó, a prática do bullying está diretamente ligada a falhas na educação social, primordialmente, papel dos pais. Mas como eles estão cada vez mais ausentes da vida dos filhos, em muitos casos, essa tarefa tem sido delegada às escolas. As instituições que passaram a integrar psicólogos e assistentes sociais às equipes, além de capacitar melhor o seu corpo docente, conseguiram diminuir, substancialmente, o número de casos de bullying.

BullyIng, uma palavra moderna para um tema antigo. Preconceito, coerção, ameaça, agressão verbal e física, é coisa do século XXI? Quem de nós, adultos, passou pelo universo escolar sem ter sofrido ou presenciado gozações ou apelidos maldosos? Provavelmente, ninguém! O que temos são novas formas de agressão. O bullying é um comportamento anti-social que sempre existiu e, infelizmente, existirá também no futuro.

De acordo com pesquisa recém divulgada pelo IBGE, três em cada dez estudantes já foram vítimas de bullying nas escolas brasileiras, em especial, os da rede privada, onde 35,9% dos alunos se sentiram humilhados por provocações de colegas. Nas escolas públicas, o índice é um pouco menor, 29,5%.

O mestre em Psicologia da Infância e da Adolescência e especialista em Psicologia Clínica para jovens, adultos e famílias, Caio Feijó, explica que muitas crianças e adolescentes não têm mais recebido dos pais as devidas informações e referências importantes para sua formação, como os valores. Ou captam dos seus cuidadores (babás) ou buscam na internet (Google e sites de relacionamento como Orkut) e nos programas de TV. Os pais têm consciência desse comportamento e acabam desenvolvendo um forte sentimento de culpa e insegurança.

Como saída, afirma o especialista, os pais apelam à escola e, sistematicamente, "depositam" os seus filhos lá, na esperança de que ela possa lhes substituir e salvá-los. Recente pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD concluiu que, 25% dos pais atribuem à escola a responsabilidade da educação integral dos seus filhos.

Mas Feijó alerta que, o maior problema está no fato de que estes jovens não terão na escola de hoje o suporte necessário para substituir o papel de pais e mães.

"A função primordial da escola é a educação pedagógica, os professores são preparados para esta atividade. A educação social é obrigação dos pais. É em casa, junto à família que o filho deveria passar a maior parte da sua primeira infância (até os 5 ou 6 anos), pois é nesse período que a personalidade dele será construída. Também é nesse período que a modelação tem determinante efeito sobre o seu desenvolvimento, e é também na primeira infância que eles necessitam de afeto, limite e da nossa participação ativa em suas vidas de forma muito mais consistente e responsável, assim, aprenderão a conviver com as diversidades", ressalta.

Como os pais estão cada vez mais ausentes na educação social dos filhos, algumas instituições escolares passaram a integrar psicólogos e assistentes sociais às suas equipes. O resultado, segundo Feijó: conseguiram diminuir, substancialmente, o número de casos de bullying.

"Muitas escolas têm recebido alunos filhos de pais ausentes, até mesmo para período integral, como forma de solução do impasse. Àquelas que se prepararam contratando especialistas e capacitando seu corpo docente estão se dando muito bem. Além de ampliarem o número de matrículas, puderam até melhorar o valor das mensalidades, e diminuíram a incidência do bullying. No entanto, outras tantas não. Algumas são, realmente, depósitos de crianças, na maioria das vezes filhos de pais sem condições financeiras para investir numa boa escola, conduzidas por educadores pedagógicos sem tato para assumir tamanha responsabilidade", reforça.

Um bom exemplo, conta Feijó, é o Colégio São Bento, no Rio de Janeiro-RJ. Ainda que uma das maiores mensalidades do Brasil, têm suas vagas completamente ocupadas, lista de espera para novas matrículas e índices de bullying quase que zero.

"Nas escolas que se modernizaram a esse ponto, os alunos são envolvidos num programa de dinâmicas de grupo sobre valores (respeito, cidadania, justiça, consenso, moral e ética, entre outros) desde o ensino infantil até o ensino médio. Quem coordena as dinâmicas em sala de aula são os próprios professores (capacitados por especialistas) utilizando alguns minutos semanais das aulas. Nessas classes, cada vez que um professor percebe qualquer expressão de bullying, por menor que seja, ele interrompe a aula e pratica uma dinâmica sobre respeito, por exemplo, cortando o mal pela raiz. Em seguida, faz um comunicado aos pais dos alunos envolvidos, pedindo apoio e supervisão do comportamento dos filhos em casa", conta o especialista.

Questionado se com essas medidas o bullying pode acabar, Caio Feijó, confessa que não, pois, segundo ele, ?vivemos em uma sociedade coercitiva e as múltiplas influências sociais podem nos modelar para o desenvolvimento de comportamentos indesejáveis?.

Mas a boa notícia, no entanto, na avaliação de Feijó, é que podemos obter excepcionais resultados na escola e em casa preparando os filhos e alunos para aprender a conviver com essa forma de agressão, sem que para isso tenham que sofrer. "Ambientes onde prevalece a presença de indivíduos ajustados socialmente têm maior probabilidade de equilíbrio na harmonia entre as pessoas, por causa do poder de multiplicadores que eles possuem", conclui.

Fonte: Olhar Direto

Projeto do Vereador Tio Milton visa combater o Bullying Escolar

Preocupado com um fenômeno que vem tomando conta dos noticiários em toda região, o Vereador Tio Milton, protocolou na Câmara Municipal o Projeto de Lei nº 46/2010, que dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao “bullying escolar” no projeto pedagógico elaborado pelas escolas públicas de educação básica (infantil, médio e fundamental) de São Roque.

Em seu segundo artigo, a iniciativa que tramita na Casa das Leis, explica que entende-se por “bullying” a prática de atos de violência física ou psicológica, de modo intencional e repetitivo, exercida por indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir, causar dor, angústia ou humilhação a vítima.

O Projeto determina ainda que além de combater esta prática nas escolas, caberá a administração municipal capacitar docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema, buscando o pleno desenvolvimento e a convivência harmônica no ambiente escolar, envolvendo também a família no processo de construção da cultura de paz nas unidades escolares. Fica determinada ainda, a necessidade de um Decreto regulamentador estabelecendo as ações a serem desenvolvidas, como palestras, debates, distribuição de cartilhas de orientação aos pais, alunos e professores, entre outras iniciativas. O Departamento de Educação, por sua vez, observará a necessidade de realizar diagnóstico das situações nas unidades escolares, bem como o seu constante acompanhamento, respeitando as medidas estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente. “Pelo que estudei e averigüei, o bullying escolar é um grave problema que afeta cerca de 45% dos alunos brasileiros, sendo encontrado na maiorias das escolas, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição. Pode-se afirmar que as unidades de ensino que não admitem a ocorrência deste problema entre seus alunos, ou desconhecem o assunto, ou se negam a enfrentá-lo. Trata-se de um assunto sério, que muitas vezes apresentam conseqüências que vão além do rendimento acadêmico. Grande parte dos estudantes acaba inclusive apresentando sinais de febre, desanimo, depressão, angustia, dentre outros. O objetivo deste Projeto é basicamente proteger nossos jovens, bem como prevenir e orientar os alunos sobre o perigo que está pratica pode trazer para a vida de uma pessoa. Com acompanhamento, informação e união de todos, não teremos estes fatos tristes em nossa cidade. Infelizmente em alguns casos, o jovem chega a tirar a própria vida por não agüentar gozações ou alguma forma de preconceito.Com certeza, este Projeto sendo executado, somente veremos crianças e adolescentes brigando apenas, de forma sadia, pela melhor nota na escola. O trabalho do Vereador é esse, ouvir a comunidade buscando o melhor para o bem estar da mesma”, finaliza Tio Milton.

Fonte: da assessoria de imprensa da Câmara dos Vereadores de São Roque

Como lidar com um filho que pratica bullying?

Em setembro de 2004, três estudantes adolescentes de Carazinho, cidade de cerca de 60 mil habitantes no Rio Grande do Sul, criaram um fotolog com fotografias alteradas digitalmente. Da conversa franca à participação em projetos de voluntariado, especialistas recomendam sempre firmeza e amor.

O alvo das fotomontagens era um colega de classe dos três - que, ofendido com o que os autores consideravam só uma "brincadeira", entrou com um processo por bullying contra o provedor do fotolog e o responsável pela conta de onde partiam as postagens - no caso, a professora Solange Ferrari, mãe de um dos garotos do grupo.

Três anos depois, em dezembro de 2007, Solange foi surpreendida por uma intimação. "Nem sabia do que se tratava", relembra. Ela telefonou para o filho, que já havia atingido a maioridade e morava na Itália. "Foi aí que ele me explicou", conta ela. Solange, que mal sabe postar um foto na internet, foi condenada este mês em segunda instância, em decisão inédita no estado. Ela deve pagar R$ 5 mil de indenização, corrigidos, à vítima de bullying - que hoje estuda não só na mesma universidade que o filho dela, como também na mesma classe. "Eles não se falam e meu filho diz que o que ele mais sente é o fato de eu ter de pagar por algo que ele fez".

Solange, que recorreu da decisão, lamenta que um jovem com idade considerada suficiente para escolher os governantes não seja responsabilizado pela Justiça. "Se eu tivesse sido informada da história, teria tomado as providências necessárias", declara. Certamente ela seria mais rápida que a Justiça, mas quanto à responsabilidade da condenação, sob o ponto de vista do Código Civil, não há dúvidas: o artigo 932 enuncia que "são também responsáveis pela reparação civil os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia". "É bem claro: do ponto de vista da lei, os pais são responsáveis pelos atos dos filhos", diz o promotor Lélio Braga Calhau, autor do livro "Bullying: o que você precisa saber" (Editora Impetus).

Antes que os casos cheguem aos tribunais, o que os pais podem fazer quanto aos filhos que praticam o bullying?

Para o psiquiatra e terapeuta Içami Tiba, os pais devem tomar medidas sérias quando descobrem que o filho pratica bullying. "Eles precisam impor consequências. Não adianta só papo. Precisa ter ação", recomenda ele, que sugere a ida a trabalhos voluntários com a criança. O tipo de trabalho pode ser escolhido de acordo com a idade do seu filho: os mais novos podem visitar creches para brincar ou ler histórias para as outras crianças. Adolescentes podem ajudar a fazer sopa para os sem-teto.

Içami Tiba: "os pais devem tomar medidas sérias, aliadas à ação"

Içami descarta a matrícula em uma atividade física mais puxada ou mesmo em uma academia de luta ou artes marciais, caminho escolhido por muitos pais que consideram essa uma boa solução para "canalizar" a agressividade do filho. A conversa sempre é boa, mas a ação deve ser eficaz e compete aos pais. "O que não pode é deixar barato", alerta Içami, autor de "Adolescentes: quem ama, educa" (Integrare Editora), entre outros títulos voltados para educação e desenvolvimento.

O amor não muda

Muitos pais entendem o bullying como uma qualidade, confundindo agressividade com um comportamento de liderança. "Já estive em reuniões de escolas em que o pai, ao saber das atitudes do filho, dizia que ele era um 'líder', enquanto que as outras crianças eram 'babacas'", testemunha o pediatra Aramis Antonio Lopes Neto, autor de "Diga não ao bullying". "Os pais precisam entender que aquilo é um problema para então conversar com os filhos, conhecer a vida social deles", explica.

Algumas vezes, o comportamento agressivo é desengatilhado por experiências traumáticas, de violência familiar ou social, como discussões entre os pais, separações na família, um sequestro ou um assalto. Nestes casos, Aramis sugere o acompanhamento terapêutico para a criança. Mas para ele, impedir o bullying é uma questão de conscientização que deve ser feita pela escola e pelos pais. "Pais que lidam com filhos que praticam bullying devem deixar muito claro que o amor deles pela criança ou adolescente não muda, mas que eles absolutamente não aprovam esse tipo de comportamento", defende. "Ele pode ter se tornado agressivo porque tem um problema, então não pode ser marginalizado por isso", finaliza.

Fonte: Correio do Povo

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Férias escolares: cuidado com o Cyberbullying

O Bullying, prática de agressão ou humilhação cometida por alunos, pode ir muito além dos portões da escola. Isso porque em época de férias, as práticas de discriminação também podem ser realizadas por meio da internet, em redes sociais como Twitter, Orkut, Facebook e até em blogs. O alerta para os pais é dos profissionais do escritório Francisco Cunha, Campelo & Macedo Advogados Associados.

Com as crianças e adolescentes mais tempo em casa e os pais, muitas vezes, sem poderem acompanhar o período de férias, os jovens acabam ficando livres para usar a internet de forma errada. É nessa hora que podem cometer o Cyberbullying, fato que será de responsabilidade dos pais. “Aos pais incumbem a guarda, orientação e zelo dos filhos menores de idade, respondendo civilmente pelos ilícitos por estes praticados”, orienta Francisco Cunha Souza Filho, sócio do escritório.

As vítimas devem agir o mais rápido possível para estancar os efeitos já causados. “Imediatamente deve-se contatar o provedor denunciando a prática delituosa e solicitar imediata retirada da página, providenciar o registro de ocorrência policial e ingressar na Justiça (em regra mediante uma ação cautelar) a que o provedor forneça dados sobre a identidade do proprietário do computador de onde as mensagens foram postadas. Chegando ao nome do responsável, deve-se então propor a competente ação de reparação de danos materiais e morais contra o ofensor”, explica Marcelo Augusto de Araújo Campelo, também sócio do escritório.

O pedido indenizatório pode ser baseado no artigo 5º inciso X da Constituição da República que prevê que "são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação (...)". Os artigos 186 e 927 do Código Civil também tratam da violação do direito, danos morais e reparação do ato ilícito. Quanto à indenização, a lei não fixa parâmetros. “A fixação é traçada considerando os aspectos, condições e peculiaridades de cada caso, atendido o caráter educativo, inibitório e reparatório da indenização”, explica Souza Filho.

Ex-vítima cria cartilha de combate ao bullying

Mariana enfrentou apelidos e rejeição por causa da fissura no lábio e agora tenta conscientizar professores sobre situação

Cristina Camargo
Agência BOM DIA

Na infância, a professora Mariana de Oliveira Picelli, 22, viveu anos de sofrimento. Ela nasceu com fissura no lábio, abertura bilateral e no palato. Precisou se adaptar aos olhares curiosos e enfrentar os apelidos.

“Quando entrei na escola tinha poucos amigos, poucas crianças se aproximavam. Quando isso acontecia era para me apelidar de nariz amassado, nariz de porco, boca torta”.

Mariana, que faz tratamento no Centrinho-Bauru desde os 13 dias, cresceu, virou moça bonita e decidiu contribuir para o combate ao bullying. No último ano de pedagogia, na Unesp de Rio Claro, elabora material de orientação.

A ideia é criar uma cartilha para profissionais da educação e ajudar na integração e aprendizagem de alunos com a deformidade facial.

A jovem professora é uma das educadoras brasileiras que se esforça para combater uma prática que sempre existiu, mas só recentemente ganhou nome e programas de conscientização e prevenção.

Mariana teve o apoio dos pais, que não se calaram.

“Consegui superar os apelidos e provocações, me aceitar como sou”, diz. “Mas até há pouco tempo sorrir era um sofrimento, olhar nos olhos de qualquer pessoa não conseguia, para falar com alguém desconhecido só com as mãos tapando a boca”.

Ela conta que a vergonha veio desde os momentos complicados na escola.

“Através da minha face 'anormal', era julgada com conceitos errados do que realmente sou”.

O bullying pode causar problemas sérios a suas vítimas, que variam de acordo com as características individuais dos atingidos.

A psicóloga Marlene Menconi, que trabalha no Centrinho, afirma que a prática pode alterar a autoestima. Gera agressividade ou retraimento. Tem crianças que começam até a recusar a ida à escola.

Por isso iniciativas como a de Mariana são bem vindas. Especialistas pregam que as escolas trabalhem a aceitação de todos no grupo, o respeito dentro e fora da sala de aula.

“Cabe a escola transmitir isso. Conhecimento não é só português e matemática”, defende a psicóloga.

Além da força dos pais, o namorado ajuda bastante Mariana.

“Ele me aceita do jeito que sou, sem se preocupar com os outros”.

Pastoral católica dissemina a cultura pela paz
A prevenção é apontada pela pesquisadora Cleo Fante como melhor forma para reduzir a violência entre estudantes. Pioneira no estudo do bullying escolar, ela criou o programa “Educar para a Paz”, conjunto de estratégias psicopedagógicas baseadas em princípios de solidariedade, tolerância e respeito às diferenças.

O combate aos insultos mobiliza um grupo de católicos de Bauru, ligados à Pastoral da Educação.

No final de junho, o grupo escolheu o tema “bullying ou educação para a paz” para uma manhã de reflexão na escola Guia Lopes, na Vila Dutra.

Alunos do sexto ano do ensino fundamental, do ensino médio e do grêmio foram divididos para assistir uma apresentação, refletir e participar de dinâmica.

Rosimeire de Freitas Roveda, coordenadora da Pastoral da Educação, afirma que os alunos interagiram e mostraram que o tema desperta interesse.

O grupo está disponível para promover a reflexão em outras escolas, desde que seja procurado para agendamento. O trabalho é ecumênico e interreligioso. “Se houver a participação da família haverá uma conscientização maior e as chances de ocorrer o bullying será menor”, diz Rosimeire.


Escolas não devem ignorar o problema
A palavra bullying vem do inglês bully - valentão, brigão. Segundo a definição da pesquisadora Cleo Fante, o bullying escolar ocorre quando um estudante (ou mais) elege como alvo outro (ou outros) e pratica maus-tratos repetitivos e sem defesa.

As perseguições no ambiente escolar não são novidade, mas somente a partir da década de 1970 começaram a ser estudadas como fenômeno.

No Brasil os estudos são ainda mais recentes. Prova disso é que a palavra sequer tem tradução.

Especialistas pedem que as escolas não ignorem o problema e não adotem a postura de fingir que a prática não existe.

O ideal é que medidas de combate sejam incluídas nos projetos pedagógicos das escolas.

Fonte: Rede Bom Dia


O bullying na adolescência

O termo bullying, que não existe na língua portuguesa, engloba as várias formas de agressões repetidas, realizadas por estudantes adolescentes, que causam angústia ou humilhação a outro, sem motivação evidente e dentro de uma relação desigual de poder. Está presente em variadas situações, como colocar apelidos, ofender, humilhar, discriminar, agredir, roubar, quebrar pertences etc.

O bullying pode ser verbal, físico, psicológico ou sexual. Algumas pesquisas apontam a identificação do outro por apelido, com maldade e com propósitos de humilhação, como a situação mais frequente, seguida do roubo de pertences, a indução ao uso de drogas e os ataques violentos.

Normalmente, existem três tipos de pessoas envolvidas nessa situação de violência: o espectador, a vítima e o agressor. O espectador é aquele que presencia as situações de bullying e não interfere. Sua omissão se deve ao fato de ser inseguro e temer represálias ou, ao contrário, por estar sentindo prazer com o sofrimento da vítima e não ter coragem de assumir a identidade de agressor.

A vítima costuma ser a pessoa mais frágil, com algum traço ligeiramente destoante do modelinho culturalmente imposto ao grupo etário, traço este que pode ser físico (óculos, alguma deficiência, não ser tão bonitinho...) ou emocional, como é o caso da timidez. Também costuma ser uma pessoa que não dispõe de habilidades físicas e emocionais para reagir. No ambiente familiar, mostra medo de ir para a escola, mas não procura ajuda. Isso faz com que troque de colégio frequentemente ou, pior, que abandone os estudos. Nos casos mais graves, é possível até que desenvolva uma severa depressão, que pode levá-la a tentar ou cometer suicídio.

Os agressores, no bullying, são, comumente, pessoas antipáticas e arrogantes. Pesquisas sugerem que vêm de famílias pouco estruturadas, com pobre relacionamento afetivo entre seus membros, são debilmente supervisionados pelos pais e vivem em ambientes onde o modelo para solucionar problemas recomenda o uso de comportamento agressivo.

Há fortes suspeitas de que as crianças ou jovens que praticam o bullying têm grande probabilidade de se tornar adultos com comportamentos antissociais, psicopáticos ou violentos – inclusive, delinquentes.

Fonte: A Notícia de Joinville

Seminário em Nova Porteirinha debaterá atos agressivos entre alunos

NOVA PORTEIRINHA – A Secretaria de Educação do município de Nova Porteirinha realizará nesta semana o Seminário de Educação em que será abordada a Bullying, que é uma situação que se caracteriza por atos agressivos verbais ou físicos de maneira repetitiva por parte de um ou mais alunos contra um ou mais colegas. Essa situação pode estar presente em todas as escolas do país.

Com o tema “Bullying em foco – e se fosse com você?”, o seminário ocorrerá na terça-feira, 20, e na quarta-feira, 21, a partir de 8h, no auditório da Favag, nesta cidade. Bullying é o termo inglês que se refere ao verbo “ameaçar, intimidar”.

A secretária municipal de Educação de Nova Porteirinha, Simone Almeida, explica que a realização desse seminário tem como finalidade a conscientização, motivação e concessão de condições para que a comunidade escolar, a partir da adesão formal, implante o Programa Diga Não ao Bullying.

Nesse seminário, cita a secretária, estarão presentes os diretores e educadores das escolas municipais de Nova Porteirinha e também professores de escolas estaduais e particulares de Nova Porteirinha, Janaúba e de outras comunidades, e também familiares de alunos.

Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas. O papel do professor também passa por identificar os atores do bullying - agressores e vítimas. O agressor não é assim apenas na escola. Normalmente ele tem uma relação familiar onde tudo se revolve pela violência verbal ou física e ele reproduz o que vê no ambiente escolar. Já a vítima costuma ser uma criança com baixa auto-estima e retraída tanto na escola quanto no lar.

Simone Almeida ressalta que a proposta não elimina as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. O que a escola precisa é distinguir o limite entre uma piada aceitável e uma agressão. Durante o Seminário de Educação a ser realizado pela Prefeitura de Nova Porteirinha, através da Secretaria Municipal de Educação, serão apresentadas sugestões de como identificar e coibir a bullying na comunidade escolar. Segundo a secretária, o educador poderá, através de redação, pesquisa e teatro, conscientizar os alunos sobre a bullying, que é definição universal para o conjunto de atitudes agressivas, repetitivas e sem motivação aparente por um aluno – ou grupo – contra outro, causando sofrimento e angústia.


Fonte: Norte News Minas

Ministério Público de Taquara fará palestras sobre “bullying”

A fim de prestar esclarecimentos sobre as implicações jurídicas da prática conhecida como “bullying”, a Promotora de Justiça Natália Cagliari, titular da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Taquara, proferirá palestras voltadas aos professores com atuação nos municípios da Comarca. O encontros acontecerão em Riozinho no dia 21 de julho, às 14h30min; em Rolante no dia 27, às 14 horas, e no dia 2 de agosto, às 9 horas, em Taquara.

Projeto contra bullying nas escolas foi arquivado na AL

O problema do bullying está ganhando a esfera legislativa. Recentemente, a deputada estadual Vilma Moreira (PSB) apresentou na Assembléia Legislativa um projeto de lei determinando que haja nas unidades educacionais trabalhos de conscientização com equipes multidisciplinares, com a participação de docentes, alunos, pais e voluntários, para a promoção de atividades didáticas, informativas, orientativas e preventivas quanto ao problema.

De acordo com Vilma Moreira, que também é professora, a prática do bullying traz inúmeros prejuízos aos estudantes, entre eles a baixa auto-estima, a queda do rendimento escolar e o isolamento social. O pior é que, muitas vezes, alerta que o problema acaba desapercebido pelos pais, diante da intensa rotina de trabalho atual. “É um problema que tem crescido e merece ser olhado com carinho por nós, parlamentares”, externou a deputada, explicando que almeja um ambiente escolar mais seguro e saudável.

Infelizmente, a deputada Vilma Moreira informou que seu projeto de lei visando acabar com essa prática foi arquivado pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia (CCJ), alegando geração de gastos ao Poder Executivo. Mesmo assim, afirmou que vai fazer de tudo para que o projeto volte à Casa ainda este ano, com algumas modificações, pois realmente trata-se de algo que deve haver mais informação prevenção e ações de combate.

Fonte: 24 horas news


O terror do bullying nas escolas

Apesar de sempre ter estado presente nas escolas, o bullying tem se tornado uma discussão mais frequente no universo escolar em Rondonópolis. Atitudes intencionais e repetidas de exclusão, ameaça, zombaria e até agressão entre pessoas caracterizam o bullying, termo inglês que tem sido cada vez mais difundido. É um mal que tem sido praticado em todos os ambientes, mas ganha atenção especial nas escolas, independente de ser pública ou particular. O desafio das escolas agora, mais do que identificar esse assédio, é como lidar com esse problema que traz dor, angústia, depressão e pode atingir a sociedade, com ações de criminalidade e violência.

A estudante Bruna Meneghetti, de 16 anos, enfrentou o problema do bullying durante a infância e conta que foi um período muito difícil. “Você não tem ideia do transtorno que gera na família!”, relata a avó de Bruna, a professora aposentada Marily Meneghetti, lembrando que as conversas com professores e psicólogo eram constantes na época. O bullying, nesse caso, se deu principalmente através da exclusão dos demais alunos quando Bruna cursava a 5ª série. “Nós ficamos revoltados porque ela era até ofendida verbalmente”, acrescenta a avó, dizendo que no grupo sempre tinha uma líder que puxava as brincadeiras de mau gosto e alguns alunos que eram influenciados.

Em entrevista ao Jornal A TRIBUNA, Bruna explica que sempre foi muito tímida, o que, talvez, possa explicar o motivo da exclusão que sofria. A estudante diz que nunca teve fortes laços de amizade dentro da escola. “Não via a hora de acabar a aula. Também nunca gostei da hora do recreio”, recorda. Para resolver o problema, diz que procurou mudar de turma, mas não adiantou. “Sentia-me triste porque queria ter a amizade delas”, argumenta a adolescente. “Ela chorava muito”, continua a avó, sobre o problema vivido pela neta, mas que hoje foi superado. A estudante diz que começou a superar o problema quando procurou mudar o seu jeito de ser, no final do ensino fundamental.

Casos como o de Bruna ocorrem e sempre ocorreram nas escolas de um modo geral. Não há números oficiais desses tipos de casos, até porque envolvem crianças e adolescentes nas escolas e, em grande maioria, acabam não sendo encarados pelas pessoas como práticas criminosas. Conheça um pouco mais sobre as diversas faces desse mal na reportagem especial do Jornal A TRIBUNA deste domingo.

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Pesquisa mostra que falta atitude diante do bullying

O mundo do bullying foi tema de um trabalho de feira de ciências, em 2009, de sete alunos do Centro Integrado de Ensino (CIE), instituição particular no bairro Vila Aurora. A estudante Bruna Meneghetti, que foi vítima de bullying na infância, foi uma das integrantes do trabalho “Bullying e juventude: como lidar com esse desrespeito na escola”, que realizou, inclusive, uma pesquisa no colégio. Uma das constatações principais é que a maioria dos professores não toma nenhuma atitude diante desse assédio entre os alunos.

Bruna Meneghetti informou que outra colega que participou do trabalho também já havia sofrido bullying no período escolar. Ela explica que um dos motivos para explorar esse tema foi justamente a tímida abordagem nas escolas. Eles estudaram o assunto por cerca de quatro meses, se valendo de livros, internet e pesquisa. Foram entrevistados na pesquisa alunos do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e do ensino médio (1º ao 3º ano). Entrevistaram 20 alunos por turma, sendo metade de cada sexo.

Entre os questionamentos da pesquisa, o grupo constatou que a maioria sabe o que é bullying. No ensino fundamental, 82% dos alunos disseram que compreendem o termo e, no ensino médio, 93% disseram conhecê-lo. Questionados se já haviam sofrido bullying, 38% dos estudantes pesquisados afirmaram que sim e, no ensino médio, o número sobe para 58%.

A prática do bullying tem um percentual considerável, segundo a pesquisa. No ensino fundamental, 36% dos alunos reconheceram ter praticado esse desrespeito e, no ensino médio, reconheceram que já o praticaram um percentual de 65%. “Muitas vezes a pessoa pratica só que não reconhece como bullying”, pondera a estudante.

A pesquisa também indagou se os professores haviam percebido a prática. No ensino fundamental, 53% responderam que os docentes não perceberam e, no ensino médio, esse índice caiu para 40% de docentes que não notaram. Mesmo assim, em relação às providências, foi verificado que, no ensino fundamental, 69% dos docentes não tomaram atitude em relação ao problema e, no ensino médio, esse número, de acordo com os alunos, subiu para 75%.

Para a representante do grupo, o trabalho sobre esse tema ajudou e tem ajudado muito a conscientizar os alunos do colégio quanto ao problema. “O trabalho abriu essa discussão na escola”, revela, dizendo que este ano já houve palestra sobre o assunto. “Nós concluímos que a maioria das vítimas de bullying sofre calada, não tem coragem de falar para os pais ou procurar a direção. Muitas vezes, a vítima também vai se tornar uma pessoa agressiva e pode se tornar um futuro agressor”, alertou.

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Psicóloga alerta que consequências podem ser gravíssimas

Os casos de bullying entre crianças e adolescentes nas escolas têm sido uma preocupação que, muitas vezes, vai parar nos consultórios psicológicos. A psicóloga Daniele Marla Soares Dias observa, no entanto, que, muitas vezes, o problema é confundido com brigas e desentendimentos comuns entre crianças e adolescentes. Ela reforça que o bullying caracteriza-se por agressões físicas e/ou verbais, com ameaças repetitivas de forma a intimidar a vítima, causando angústia e sofrimento.

Daniele Marla repassa que os autores/agressores, frequentemente, possuem pouca empatia e podem pertencer a uma família desestruturada, com pouco ou nenhum relacionamento afetivo, falta de limites e onde os problemas sejam resolvidos através da violência física e moral. Além do autor e da vítima, diz que há também as testemunhas que presenciam os atos de violência em silêncio, temendo virem a ser novos alvos dos agressores.

“As conseqüências deste tipo de violência podem ser gravíssimas e interferir profundamente no desenvolvimento psicossocial do indivíduo. Para as vítimas, vão desde contínuas transferências e alto índice de desistência escolar, retraimento e isolamento social, até dificuldade no relacionamento interpessoal, ‘construção’ de futuros agressores, problemas de ansiedade, depressão e, nos casos mais graves, levar ao suicídio. Já os agressores poderão, na vida adulta, manter comportamentos anti-sociais e adotar atitudes agressivas, tanto no meio familiar quanto no ambiente de trabalho”, analisa.

Dessa forma, a psicóloga enfatiza que tanto vítimas, testemunhas como agressores necessitam de atenção por parte da família e da escola, com o objetivo de minimizar ao máximo a violência e o sofrimento para ambos. “De nada adianta apenas castigar o autor ou tratá-lo de forma agressiva, é necessário orientá-lo e conscientizá-lo sobre seus atos e formas saudáveis de resolver seus conflitos internos ou com colegas”, recomenda. Nesse sentido, entende que pais e professores devem ficar atentos aos comportamentos das crianças e adolescentes, pois a intimidação sofrida pela vítima pode impedi-la de denunciar o agressor, por medo de ser ridicularizada e vista como fraca pelos colegas e adultos.

Conforme Daniele Marla, os professores podem ajudar a diminuir o bullying nas escolas através do conhecimento aprofundado sobre o assunto, a fim de identificar os momentos em que a agressão acontece, assim como os agressores e as vítimas, intervindo o quanto antes e reduzindo cada vez mais este tipo de comportamento no ambiente escolar. Outra forma de diminuir esta violência é a prevenção, através de trabalhos de orientação e reflexão sobre o tema, com os alunos e pais incentivando a “não violência” e as vítimas a denunciarem.

“Os pais também possuem papel importantíssimo na luta contra o bullying, buscando manter uma estrutura familiar equilibrada que privilegie o diálogo e as trocas afetivas no lugar das agressões físicas e/ou morais”, continua a psicóloga. “Se seu filho for vítima, agressor ou testemunha de bullying procure a direção escolar para juntos tentarem resolver o problema e, se necessário, procure ajuda profissional”, conclui.

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Deputada apresentou projeto contra bullying nas escolas

O problema do bullying está ganhando a esfera legislativa. Recentemente, a deputada estadual Vilma Moreira (PSB) apresentou na Assembléia Legislativa um projeto de lei determinando que haja nas unidades educacionais trabalhos de conscientização com equipes multidisciplinares, com a participação de docentes, alunos, pais e voluntários, para a promoção de atividades didáticas, informativas, orientativas e preventivas quanto ao problema.

De acordo com Vilma Moreira, que também é professora, a prática do bullying traz inúmeros prejuízos aos estudantes, entre eles a baixa auto-estima, a queda do rendimento escolar e o isolamento social. O pior é que, muitas vezes, alerta que o problema acaba desapercebido pelos pais, diante da intensa rotina de trabalho atual. “É um problema que tem crescido e merece ser olhado com carinho por nós, parlamentares”, externou a deputada, explicando que almeja um ambiente escolar mais seguro e saudável.

Infelizmente, a deputada Vilma Moreira informou que seu projeto de lei visando acabar com essa prática foi arquivado pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia (CCJ), alegando geração de gastos ao poder Executivo. Mesmo assim, afirmou que vai fazer de tudo para que o projeto volte à Casa ainda este ano, com algumas modificações, pois realmente trata-se de algo que deve haver mais informação, prevenção e ações de combate.

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Estado diz que escolas estão mais preparadas para lidar com o problema

O novo tipo de política pedagógica desenvolvido em Mato Grosso tem feito com que as escolas públicas da rede estadual estejam mais preparadas para lidar com problemas inerentes ao bullying. A afirmação é dos assessores pedagógicos Margarida Aracy de Campos e Silva e Manoel Rivelino da Rocha, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em entrevista ao Jornal A TRIBUNA.

Manoel Rivelino analisa que o problema do bullying sempre ocorreu nas escolas, mas agora vem sendo mais discutido e estudado. O assessor entende que as unidades educacionais têm se tornado mais abertas a solucionar problemas dessa natureza. Tanto é que diz que são poucos os casos que chegam à Assessoria Pedagógica de reclamação quanto à falta de atitude quanto à prática do bullying. Segundo ele, nesses casos, quando vão verificar essas denúncias, as escolas já vem procurando resolver os problemas.

Conforme Margarida Aracy, o projeto político pedagógico do Estado já contempla instruções de como lidar com esses casos de violência e intimidação entre alunos. Mais que isso: alega que as unidades educacionais têm autonomia para resolver essas questões. Ela argumenta que o regimento escolar, de forma geral, vem trazendo bases de valorização do ser humano da forma que ele é, com normas de convivência e solução de conflitos. Além disso, alega que o regimento interno prima por não ferir a Constituição.

Os assessores explicam que, quando a escola percebe que não tem conseguido resolver sozinha os conflitos existentes, buscam os pais e também orientam a busca por profissionais adequados, como psicólogos, psiquiatras ou neurologistas, visando entender as atitudes dos alunos. Quando essa busca não surte efeito, repassam que são procurados o Conselho Tutelar, a Promotoria da Infância e Juventude ou até o Juizado da Infância e Juventude. “Hoje a escola não é mais uma caixa fora da sociedade, ela está inserida nela”, teoriza.

Mesmo com mais divulgação, Manoel Rivelino diz que ainda há muito desconhecimento sobre o termo bullying. Segundo o assessor, muitas vezes o problema ocorre, mas pais e alunos não sabem que se trata de bullying. No caso da escola, Margarida afirma que, através do processo de avaliação baseado no Ciclo de Formação Humana, tem procurado atuar na continuidade da observação de cada aluno, discutindo problemáticas e soluções. Nesse sentido, pontua que há um grande esforço de aceitar toda e qualquer diversidade, a exemplo de portadores de necessidades especiais, dependentes químicos, homossexuais, alcoólatras, entre outros.

“Temos hoje, por exemplo as escolas com portadores de necessidades especiais inseridos no ensino regular, nas mesmas turmas que os demais alunos considerados normais”, enfatizou Margarida, relatando, dessa forma, a preocupação com a gestão da cidadania.

Fonte: A Tribuna - Mato Grosso

Escola Dóris promove Campanha Anti-bullying e violência

...e se fosse com você?

Todos os dias, alunos no mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de "brincadeira". Estudos recentes revelam que esse comportamento, que até há bem pouco tempo era considerado inofensivo e que recebe o nome de bullying, pode acarretar sérias conseqüências ao desenvolvimento psíquico dos alunos, gerando desde queda na auto-estima até, em casos mais extremos, o suicídio e outras tragédias. Todavia, a vítima geralmente tem motivos para temer o agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência física/sexual, ou perda dos meios de subsistência.

Por conta disso a Escola Estadual Dóris Mendes Trindade, localizada no Bairro Santa Terezinha, em Aquidauana, desenvolveu o projeto "E se fosse com você?", para combater esse tipo de violência que, segundo estudos mundiais revelam que, 35% dos alunos estão envolvidos nesse tipo de comportamento. No Brasil, alguns estudos demonstraram que esses índices chegam a 49% nas nossas escolas.

O objetivo da campanha visa erradicar este mal das escolas, e instituições em geral, assim, resgatando a auto-estima das vítimas. Promovendo, através de um intenso trabalho de informação, formas de combate e prevenção ao bullying em todas as esferas do município onde esta prática pode ocorrer (escolas, empresas, instituições públicas, etc.)

A Campanha "E se fosse com você?" quer promover não apenas um amplo debate sobre o assunto, mas ações práticas de combate a essa prática nociva à saúde, à auto-estima e ao bem-estar psicológico das pessoas (há casos que o bullying culmina em assassinatos e suicídios).

A coordenadora do projeto, professora Cândida Aparecida Cunha, explica que serão realizadas capacitações aos alunos na escola e através de palestras, reuniões, debates e teatro que ensinarão técnicas para identificação de potenciais vítimas (ou que já são alvos) e agressores, abordagem e primeiras providências.

Este trabalho vem sendo objeto de estudo no período de um ano, ou seja, desde 2009 na Escola Estadual Professora Dóris Mendes Trindade com um grupo de alunos do Ensino Médio. Colaboram no projeto, os professores José Ramão Marinho, professora Marinete Batista e professora Sonia Nemer. São parceiros: Comunidade em geral, ( juiz da Vara da Infância e da Juventude, Conselho Tutelar, CMDCA, CREAS, diretores de Escolas Municipais, Estaduais e Particulares).

Fonte: Aquidauana News

ARRAIÁ DIGA NÃO AO BULLYING


O evento é para levantarmos recursos para a fundação da Alpha - Associação das Artes e Cultura, uma ONG voltada a um dos nossos maiores projetos - BULLYING. Vemos que o Brasil demorou a se conscientizar deste mal e muitas vidas foram perdidas, mas chegou o momento de juntos buscarmos soluções.

Por enquanto, a Cia Atores de Mar´ tem um blog www.bullying-ciaatoresdemar.blogspot.com com notícias do Brasil todo sobre o tema, além do espetáculo teatral BULLYING www.ciaatoresdemar.com que fazemos nas instituições de ensino que encaram este problema.


Mesmo que você esteja em outra cidade, mas acredita no nosso trabalho, você pode colaborar com um valor simbólico de R$ 5,00, que é o preço do ingresso.

Em agosto, quando estivermos a Alpha - AAC com toda a documentação em dia, você também poderá fazer as suas doações, para abater ou não no Imposto de Renda, e também se associar fazendo uma contribuição mensal. A nossa busca é termos ainda este ano em torno de mil associados.

Então, faça parte deste time e contribua com somente R$ 5,00 e se estiver no Rio venha estar junto com a gente no dia 22 de agosto em Jacarepaguá.

Mar´Junior
diretor/presidente da Cia Atores de Mar´
vice presidente e coordenador geral da Alpha - AAC
(21) 24246254 - (21) 78167987
siga-nos no twitter @ciaatoresdemar

sábado, 17 de julho de 2010

Para Salvar Uma Vida: Você está preparado para salvar vidas?

Muito tem se pensado, no mundo atual, sobre o comportamento e o relacionamento dos jovens com seus amigos e pais. O fato é que, o jovem de hoje busca, nas amizades, as respostas e conselhos que não consegue obter com seus pais. Isto acaba gerando certos hábitos e comportamentos negativos nos adolescentes.Visite: Gospel, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica Gospel

Para comprovar isto, basta analisar alguns dados demográficos e psicográficos apresentados por institutos de pesquisa, como o IBGE. Podemos encontrar diversos tipos de problemas comportamentais, como a prática do Bullying (atos intencionais e repetitivos de violência física ou psicológica, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos, com o objetivo de intimidar ou agredir o indivíduo que é incapaz de se defender), uso de drogas, prática de sexo, etc.

Segundo dados do IBGE, no Brasil 1/3 dos adolescentes já sofreu Bullying. Sabe-se também que 5 de cada 100 mil habitantes cometem suicídio; 27% das gestações são de meninas entre 11 e 19 anos; aproximadamente 30% dos estudantes entre 13 e 15 anos já fizeram sexo pela primeira vez, e 27% destes não usaram camisinha na última relação. Destes estudantes, sabe-se também que 9% já utilizaram alguma droga ilícita (lembrando que falamos de adolescentes, na sua maioria, com idade entre 13 e 15 anos). Segundo o Ministério da Saúde, ¼ dos adolescentes já pensou seriamente em se matar, ou cometeu algum ato autodestrutivo.

A pergunta de pais e pastores ao ver estes dados é: o que pode ser feito para mudar esta realidade? Com certeza, a resposta para esta pergunta é muito difícil, mas um novo projeto surgiu no meio cristão para tentar mudar esta situação.

Trata-se do filme “Para Salvar Uma Vida”, que traz a história do jovem Jake, garoto popular no colégio, e que tinha tudo: a namorada mais desejada, uma bolsa para a universidade pelo time de basquete, e amigos por toda parte. De outro lado, Roger, que fora melhor amigo de infância de Jake, não tem nada, nem amigos ou namorada, e nem mesmo esperança. Por conta da popularidade, Jake se afasta de Roger, e isto o leva a entrar armado no colégio, cometendo um ato trágico. Jake, então, passa a se sentir culpado e a se perguntar se poderia ter salvado Roger. Buscando respostas, Jake se depara com um jovem que vive uma situação parecida com a de Roger, e tenta, desta vez, fazer a diferença na vida deste rapaz. Porém, seu mundo começa a desabar e ele começa a perder tudo que tinha, e precisa analisar o que realmente quer da sua vida.

O projeto conta com um material de apoio para que os jovens possam utilizar após assistir o filme, (assim como o livro O Desafio de Amar e o filme Prova de Fogo) que traz à tona várias questões vividas por eles no dia a dia.

A novidade também é o projeto Cine Gospel, que visa incentivar as igrejas a fazer projeções em grupo para os membros, para que os mesmos se sintam inspirados e motivados a dar continuidade com as atividades extra-filme.

Para saber mais sobre o filme e sobre todo o projeto, visite os sites:

www.salvarumavida.com.br

www.bvfilms.com.br

Outras informações pelo telefone (21) 2127-2600

Fonte: Gospel+

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ginásio de Vila Real alerta 300 crianças para o 'bullying'

O Ginásio Clube de Vila Real (GCVR) vai alertar cerca de 300 crianças do concelho para a problemática do bullying e tentar evitar casos de violência psicológica e física semelhantes aos que ocorreram este ano em algumas escolas. "Tratar do bullying a brincar nas férias para que não aconteça em tempo de aulas" é o tema da iniciativa que o GCVR iniciou ontem e que decorre até à próxima semana.

Cerca de 300 crianças, entre os 6 e os 16 anos, vão assistir a uma curta-metragem, feita pelos atletas há cerca de um ano e que aborda a problemática da violência na escolas. "A ideia é passar a mensagem do que seria eles sofrerem, porem-se no papel dos que sofrem bullying. Desta forma, se se aperceberem nas suas escolas de que algo está mal, pelo menos já sabem como agir", explicou o coordenador técnico do GCVR, Paulo Vilela. Depois de ver o filme, Alex, de 12 anos, aprendeu que quando vir alguém a bater ou a ameaçar num colega, deve "chamar a atenção da escola e dos pais" ou então "ajudar esse colega".

O presidente do GCVR, Adriano Sousa, explicou que a iniciativa se insere nas férias desportivas e tem como objectivo abordar, de uma maneira "divertida" mas "objectiva", um problema que é "sentido na pele por muitas crianças" e que é "traumatizante".

Todos os anos, segundo o responsável, o GCVR tenta introduzir no período de férias um tema que não seja desportivo.


Fonte: DN Portugal - notícia vinda diretamente de Protugal


segunda-feira, 12 de julho de 2010

Especialistas acreditam que função dará bons resultados

Os especialistas em Educação esperam que o trabalho do professor-mediador diminua a violência e casos de bullying nas escolas.

"Esse profissional precisa ter competências para se relacionar com os alunos, conhecer a linguagem e o meio social para ter condições de lidar tanto com eles quanto com os pais", disse o doutor em Educação pela Puc (Pontifícia Universidade Católica) São Paulo Klinger de Sousa.

Para a professora de Psicologia da Educação da Faculdade de Educação da Usp Silvia Colello, esse cargo lembra o antigo orientador educacional. "Há mais de 30 anos esse cargo não existe na rede estadual. Esse profissional atendia aos pais, resolvia os conflitos na escola, além de orientar os alunos. Com o tempo, a rede pública achou que isso era luxo e essa função permaneceu apenas na rede particular", explicou.

Silvia acredita que o mediador realiza função importante. "É preciso ter alguém responsável por lidar com esses conflitos, que antes eram assumidos por um diretor ou coordenador pedagógico", ressaltou a professora. Ela afirma que os pais precisam estar presentes na dia-a-dia da escola para que a iniciativa tenha efeito.

Para a professora da Faculdade de Educação da Puc Nadia Dumara Ruiz Silveira, as ações podem intensificar a interatividade. "Nesse ambiente, alunos, professores, pais conseguem lidar melhor com os problemas e soluções dos conflitos", explicou.

Pais e alunos de escola de Ribeirão aprovam iniciativa

Para os pais e alunos da EE Professor Casemiro Poffo, em Ribeirão Pires, o professor-mediador vai contribuir para a organização e a percepção de problemas da escola.

"O professor foi apresentado para todos alunos como sendo alguém que irá nos auxiliar. Acredito que isso é muito bom, porque ele terá essa função de observar o comportamento e conversar com a gente", disse a estudante Bruna Santos Bertacini, 16 anos, do 3º ano do Ensino Médio.

A mãe da jovem acredita que o professor trará ainda mais organização. "Ele vai ser um amigo para os alunos e também vai ser bom para os pais saberem como está o andamento da escola", disse a dona de casa Teresinha de Jesus dos Santos Bertacini, 50.

A funcionária pública Márcia Ferreira Xavier, 43, está gostando da iniciativa do governo. "Vai ser bom porque esse profissional vai conseguir lidar com os problemas da escola. Assim, vai poder conversar com esses pais", disse. O filho Kaique de Oliveira Xavier, 16, já notou diferença. "Desde que ele chegou, os alunos que xingavam os outros no intervalo pararam. Ele sempre está andando, observando e conversando com a gente", disse o estudante do 3º ano do Ensino Médio.

Para a ajudante geral Margarida Maria da Silva, 50, que já trabalhou na unidade, o professor irá ajudar. "A escola melhorou muito, mas o profissional vai ajudar no controle da situação", disse ela, que tem um filho estudando na escola.

Fonte: Bruna Golnçalves do Diário do Grande ABC

Reflexões sobre o bullying

Um dos temas mais discutidos em nossa sociedade, atualmente, diz respeito à prática de intimidação e perseguição realizada por um grupo de pessoas, contra uma outra pessoa, em geral sozinha e indefesa. Há uma série de estudos desenvolvidos pelo mundo todo acerca do que tem sido denominado o fenômeno bullying.

Muito interessante perceber que o tal fenômeno vem ganhando repercussão na medida em que envolve diretamente a convivência escolar das crianças e adolescentes. Afirma-se que sua maior freqüência ocorre entre os meninos de 11 a 15 anos, não desprezando uma alta incidência entre as meninas também. São situações típicas e comuns, nas quais as humilhações, sutis, são encaradas como brincadeiras e não como agressões.

Apelidos, fofocas, e-mails, fotos em celulares e até violência física são formas de praticar o bullying, gerando constrangimento, vergonha, culpa e medo na vítima, uma pessoa como outra qualquer, que é considerada diferente pelos seus agressores. Seja pelo tom da voz, seja por uma característica física, seja pelas roupas usadas, por um alto ou baixo rendimento escolar, determinados adolescentes são de fato perseguidos por grupos de colegas na convivência diária.

No entanto, esta situação vem sendo apresentada equivocadamente como uma questão da infância e da juventude, quando na realidade é somente um espelho do mundo adulto, da intolerância que temos uns com os outros, da ausência de compreensão e respeito entre nós, da feroz competitividade com a qual nos armamos nos dias de hoje. Basta observarmos, por exemplo, uma festa em que se reúnem grupos de homens e mulheres: sobre o que eles falam e de que maneira? Como os homens, especialmente, costumam se comunicar? Será que nossas crianças não estão testemunhando e apreendendo as brincadeiras entre os adultos, por vezes carregadas de preconceitos?

É evidente que chamar a atenção para o bullying tem diversos méritos, dentre eles a possibilidade de começar a entender alguns dos motivos que podem levar uma criança a não querer ir à escola. Muitos meninos adolescentes, rotulados de homossexuais, da rede pública e privada de ensino, abandonam os estudos porque são perseguidos e sofrem, desenvolvendo fobias e outras síndromes. Pois bem, uma nova concepção se anuncia, de que todos são responsáveis pela evasão destes estudantes, não apenas ele mesmo ou seus próprios pais, como é de praxe avaliar.

Por Andrea R. Martins Corrêa - psicóloga/Psicoterapeuta - www.recriandovinculos.blogspot.com

Fonte: Gazeta de Piracicaba

Facebook terá botão contra bullying

A ideia é que o botão seja um instrumento de denúncia a abusos e práticas ofensivas na rede social. Iniciativa partiu de mãe que teve a filha assassinada por perseguidores online

O Facebook irá implantar um botão de alerta para denunciar as práticas de cyberbulling,pedofilia e abusos contra jovens no Reino Unido. O botão terá conexão direta com o site da organização de direitos humanos Child Exploitation and Online Protection Centre (CEOP), ligada ao governo britânico.

Assim, com apenas um clique, o usuário será redirecionado para uma página da organização para fazer a denúncia anônima - com a garantia de que terá suas informações pessoais preservadas. Os usuários poderão denunciar práticas ofensivas, ameaças e ações inadequadas contra crianças e adolescentes.

Uma mensagem automática será exibida na página inicial de todos os usuários adolescentes britânicos, com o convite para usar o aplicativo. Indicado a usuários entre 13 e 18 anos, o aplicativo também oferece dicas sobre como ter segurança na internet.

A iniciativa para implantar o recurso se deu por pedido de uma mãe, que teve sua filha assassinada em outubro do ano passado. O contato entre os envolvidos no crime se deu por meio da rede de relacionamento de Mark Zuckerberg.

Primeiramente, o Facebook recusou o pedido, mas mudou de opinião depois que 44 chefes de polícia assinaram a petição.

Fonte: Época Negócios Online

sábado, 10 de julho de 2010

Bullyng será tema de Encontro Regional de Grêmios Estudantis


Na 24ª Coordenadoria Regional de Educação, o bullying será tema do Encontro Regional de Grêmios Estudantis, que acontecerá no dia 12 de agosto, reunindo alunos das 50 escolas estaduais dos 11 municípios que fazem parte da região de abrangência da Coordenadoria. Conforme a Coordenadora Regional de Educação, Lúcia Fogliatto Homrich, na realização desta atividade, sempre é colocado em discussão um tema que é pertinente e de interesse dos alunos. Neste ano, abordaremos Bullying, vamos combater esta prática! informou Lúcia.

A Coordenadora explicou que um palestrante será convidado a falar sobre a questão. Entendemos que é nosso dever, enquanto gestores, oportunizar momentos de debate sobre esta questão, que está no cotidiano das escolas, bem como estaremos também dando cumprimento a Lei nº.13.474, de 28 de junho de 2010, que dispõe sobre o combate da prática de bullying, completou ela.

Lúcia destacou que o Encontro Regional de Grêmios Estudantis é um evento educativo realizado anualmente que visa proporcionar aos integrantes de grêmios estudantis a troca de experiências entre as escolas, bem como incentivar e fomentar o aparecimento de novas lideranças na rede pública estadual.

As inscrições para o Encontro Regional de Grêmios Estudantis já podem ser confirmadas na 24ª CRE, com a responsável pela área, professora Vera Tittelmaier Balardin. Além da palestra sobre bullying, o evento terá, em sua programação, atividades de integração, artísticas e esportivas. A expectativa é que cerca de 200 alunos participem do encontro, representando os grêmios estudantis das escolas estaduais de ensinos fundamental e médio da região.

Fonte: Rádio Fandango de Cachoeira do Sul


Comissão de educação reúne especialistas sobre bullying e crack

Comissão de educação reúne especialistas sobre bullying e crack  thumbnail

Profissionais das áreas de saúde, psicologia, educação e segurança debateram as práticas, analisando suas causas e conseqüências.

A prática do bullying e a dependência do crack foram os temas que a Comissão de Educação da Câmara Municipal trouxe para debate.

A reunião aconteceu na terça-feira, dia 06, às 19h, no plenário, reunindo profissionais das áreas de saúde, psicologia, educação e segurança. A iniciativa é da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, uma das oito comissões permanentes do Legislativo. O vereador Luiz Carlos Schenlrte (foto) preside a Comissão, que também é integrada por Carmen Ries e Raul Cassel.

Luiz Carlos Schenlrte abriu o debate falando sobre o crack, que definiu como “droga devastadora”, afirmando que o baixo custo do crack e a rápida dependência que provoca entre os usuários são os responsáveis pela sua disseminação. Também falou sobre o bullying, que na sua avaliação ultrapassou a fronteira das escolas. Para ele, é preciso incentivar o respeito entre as pessoas.

Rosângela Scurssel explicou que “o crack é uma conseqüência e tem causas específicas. Ele não vem sozinho. Acompanha o cigarro e o álcool, que são drogas lícitas”. Para ela, “o núcleo em que vive a criança e o jovem tem que dar o exemplo. Quando a criança vê que isso é um hábito na sua casa, ela acha que também pode usar a droga da sua preferência”.

As drogas na visão da polícia

Roberto Leite Pimentel, delegado de Polícia, é diretor da Divisão de Prevenção e Educação do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico. Ele propiciou aos participantes uma visão geral da drogadição, sob o aspecto policial.

Disse ao plenário que para a Organização das Nações Unidas – ONU, o narcotráfico é um mercado que movimenta mais recursos financeiros do que qualquer outra atividade humana, superando o armamento, o petróleo e a alimentação humana. “É um mercado riquíssimo, organizado e nenhum país tem conseguido dar uma resposta à altura para combatê-lo”, explicou.

No Rio Grande do Sul, segundo Pimentel, estima-se em 55 mil o número de dependentes de crack. No Brasil, esse número chega a um milhão. “As escolas são os locais mais vulneráveis e a ausência do Estado e do Município expõem ainda mais a situação de calamidade enfrentada pela sociedade”, mencionou o delegado.

Bullying escolar

Bullying é o conjunto de atitudes agressivas intencionais, repetidas e sem razão aparente, cometidas contra um aluno ou grupo de alunos. Em Novo Hamburgo, o vereador Raul Cassel apresentou projeto sobre isso, que está consagrado na Lei Municipal 2105/2010. A norma recomenda que instituições de ensino públicas e particulares incluam em seu projeto pedagógico medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying escolar.

A psicóloga Luiza de Lima Braga disse que as crianças agressoras são aquelas que, possivelmente, sofrem algum tipo de opressão dentro de casa e que se tornam o espelho dos atos praticados pelos pais. As vítimas, explicou, são crianças com características diferentes das demais – podem ser magras, gordas, altas, baixas ou tímidas. As atitudes agressivas acontecem com maior freqüência no recreio e nas aulas de educação física.

O sintoma, segundo Luiza, é o isolamento da vítima, que prefere ficar na sala de aula e não interagir com os demais colegas. Já as crianças agressoras, continuou a psicóloga, são as que mais se envolvem em atos como fumar, beber e dirigir alcoolizado.

Fonte: Informações de Assessoria de Imprensa Câmara NH

Da Redação redacao@novohamburgo.org

Dificuldade de resolver problemas torna jovem mais propenso ao bullying

Meninos adotam mais o comportamento agressivo do que as meninas.

Crianças e adolescentes que apresentam dificuldade de resolver problemas e de se relacionarem socialmente correm mais risco de se tornarem pessoas agressivas ou se tornarem vítimas deste tipo de agressão mundialmente conhecida como bullying. E este risco aumenta quando estão com problemas na escola, segundo uma pesquisa publicada pela American Psychological Association.

Estes três grupos apresentam características semelhantes e ao mesmo tempo particularidades que ajudaram os pesquisadores da Universidade de Lousiana a chegarem a essa conclusão, segundo o autor do estudo, Clayton Cook.

- O objetivo do estudo é desenvolver estratégias de prevenção e intervenção para conter com esse ciclo de intimidação.

Outro aspecto do estudo diz que meninos costumam ter este perfil agressivo mais do que as meninas e tanto os intimidadores quanto suas vítimas têm pouca habilidade de resolver conflitos sociais. E, segundo a pesquisa, o fraco desempenho escolar pode prever quem vai ter esse comportamento.

- Ele ou ela normalmente têm atitudes negativas sobre os outros, sentem-se mal em relação a si próprio, vêm de um ambiente familiar caracterizado por conflitos e pobreza, percebem a escola como um lugar ruim e são influenciados negativamente por pessoas próximas.

O diferencial da pesquisa, entretanto, mostra que a própria vítima destes intimidadores também tem atitudes negativas, problemas de interação social, dificuldades de resolver problemas, baixo desempenho acadêmico e não é apenas rejeitado e isolado por pessoas próximas, mas também é influenciado negativamente pelos colegas com quem ele ou ela interage, de acordo com o estudo.

Até a idade do jovem pode influenciar nesta atitude. Segundo o autor do estudo, o intimidador quando jovem costuma ser mais desafiador, agressivo e perturbado, enquanto que quando mais velho mostra-se mais deprimido e ansioso. Ainda no caso do mais velho, ele se incomoda mais do que o jovem em ser rejeitado e por ser impopular. Ao passo que as vítimas do bullying com idade mais avançada sofrem mais de depressão e ansiedade do que as vítimas mais jovens.

Fonte: R7 Notícias





sexta-feira, 9 de julho de 2010

Comissão aprova obrigatoriedade de ação contra bullying

A Comissão de Educação e Cultura aprovou a obrigatoriedade de as escolas e os clubes de recreação adotarem medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying.

Termo sem tradução exata no português, o bullying é a prática de atos de violência física ou psíquica de modo intencional e repetitivo, exercida por indivíduo ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas. O objetivo é constranger, intimidar, agredir, causar dor, angústia ou humilhação à vítima.

A proposta altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei 8.069/90) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - Lei 9.934/96), e define as seguintes formas de bullying:

- a exclusão de aluno do grupo social;

- a injúria, calúnia ou difamação;

- a perseguição;

- a discriminação; e

- o uso de sites, redes sociais ou comunicadores instantâneos (messengers) para incitar a violência, adulterar fotos, fatos e dados pessoais - o chamado cyberbullying.votado pelo Plenário., pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Correio do Estado


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Deputados aprovam medidas contra bullying em escolas

Colégios terão de adotar ações prevenivas. Projeto aprovado pela Comissão de Educação e Cultura será encaminhado para a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira a obrigatoriedade de as escolas e os clubes de recreação adotarem medidas de conscientização, prevenção, diagnóstico e combate ao bullying.

Termo sem tradução exata no português, o bullying é a prática de atos de violência física ou psíquica de modo intencional e repetitivo, exercida por indivíduo ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas. O objetivo é constranger, intimidar, agredir, causar dor, angústia ou humilhação à vítima.

O texto aprovado é o substitutivo da deputada Maria do Rosário (PT-RS) ao Projeto de Lei 5369/09, do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), e a dois outros que tramitam anexados a ele: PLs 6481/09, do deputado Maurício Rands (PT-PE), e PL 6725/10, do deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE).

A proposta altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei 8.069/90) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - Lei 9.934/96), e define as seguintes formas de bullying: a exclusão de aluno do grupo social; a injúria, calúnia ou difamação; a perseguição; a discriminação; e o uso de sites, redes sociais ou comunicadores instantâneos para incitar a violência, adulterar fotos, fatos e dados pessoais - o chamado cyberbullying.

Honra e orgulho
A relatora, que aproveitou dispositivos dos três projetos originais, salientou que a intenção é combater a prática do bullying em todas as formas. "Essas circunstâncias acabam ferindo profundamente a honra e o orgulho da criança no seu desenvolvimento, com desdobramentos psicológicos muito graves", argumentou.

Segundo Maria do Rosário, o texto aprovado não criminaliza condutas, mas busca garantir um melhor enquadramento do bullying como medida de proteção à criança e ao adolescente. Entre as medidas incluídas no substitutivo, há uma nova obrigação para os dirigentes de estabelecimentos de ensino e de recreação de comunicar ao Conselho Tutelar os casos de bullying e as providências adotadas para conter o abuso.

A relatora tirou do texto aprovado o caráter autorizativo dos projetos originais, que previam a possibilidade de criação de um programa para combater a prática pelo Ministério da Educação. "Propostas que não geram nem direitos nem obrigações são inócuas", comentou.

Tramitação
A proposta já foi aprovada pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e ainda será analisada, de forma conclusiva, pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara


A prática de “BULLYING” no direito brasileiro e norte-americano

Trata-se de artigo que versa sobre iniciativas legislativas envolvendo a prática de bullying e de assédio moral contra estudantes no Direito brasileiro e norte-americano


Foto Bruno Fontenele Cabral
bruno_fontenele@uol.com.br

O combate à prática de bullying representa um enorme desafio para a sociedade moderna. O bullying nas escolas é reflexo de uma cultura de individualismo, desrespeito à autoridade e exclusão social. Ele representa um fenômeno caracterizado por uma conduta contra estudantes, funcionários e professores por meio de assédio físico ou moral, com o propósito de humilhar, intimidar ou até mesmo afastar os alunos do convívio social, transformando de forma negativa o ambiente escolar e reduzindo a auto-estima das vítimas e seu rendimento acadêmico.

Nos Estados Unidos, vários estados já tem legislação contra a prática de bullying. Entre eles, o Estado de Washington, que define bullying como sendo o assédio ou intimidação representado por qualquer manifestação escrita, verbal ou física, que tenha por objetivo: a) agredir fisicamente um estudante, empregado da escola ou voluntário; b) destruir a propriedade pública; ou c) interferir substancialmente na educação ou na manutenção do aluno na escola. Além disso, o bullying pode ser definido como a conduta que tenha o efeito de alterar de forma significativa a rotina de trabalho da escola, bem como causar uma inquietação no aluno e nos empregados da escola que prejudique o ambiente escolar.

No Estado de Massachusetts, define-se bullying como sendo a prática de qualquer expressão, gesto ou padrão de comportamento físico ou verbal com a intenção clara de causar abalo físico ou emocional aos estudantes na área das escolas públicas e nas suas adjacências.

Já no Estado de Delaware, entende-se por bullying a prática reiterada de qualquer ato escrito, eletrônico, verbal ou físico, de forma intencional contra uma pessoa, que tenha o efeito de: a) causar na vítima medo razoável de sofrer um mal substancial; b) criar um ambiente educacional hostil, por meio de ações persistentes praticadas contra a vítima; c) interferir no ambiente escolar, prejudicando o rendimento acadêmico dos alunos; ou, ainda, d) praticar assédio contra um indivíduo com o intuito de desumanizar, embaraçar ou causar agressão física, emocional ou psicológica.

Outro estado que tem legislação sobre o assunto é a Florida. A lei estadual define bullying como sendo qualquer conduta crônica ou sistemática que cause danos físicos ou psicológicos em um ou mais estudantes ou que possa envolver a prática de atos, tais como humilhação pública, exclusão social, ameaças, intimidação, perseguição, violência física, assédio físico ou sexual e destruição de propriedade pública ou privada.

Já o assédio moral, no Estado da Florida, é definido como qualquer ameaça, insulto ou gesto praticados diretamente contra estudante ou empregado da escola com o intuito de causar na vítima um medo razoável de sofrer um dano. Também se define bullying pela conduta que tenha o efeito de interferir substancialmente com o rendimento dos estudantes; ou, ainda, a conduta que tenha o efeito de interromper ou causar inconvenientes para o desenvolvimento das atividades da escola.

É interessante observar que a legislação do Estado da Florida prevê a prática de incitamento ao bullying, ao estabelecer que comete incitamento quem acessa dados ou sistemas informatizados, no intuito de facilitar a prática de bullying ou sua promoção.

Cumpre, ainda, mencionar uma modalidade de bullying praticada por intermédio da internet ou por meios eletrônicos. Trata-se do chamado cyber-bullying, que nada mais é do que a divulgação de mensagens, fotos e textos por meio de mídias eletrônicas e sítios de relacionamento virtual (orkut, facebook, entre outros) com o intuito de intimidar, humilhar e assediar estudantes e professores.

Cabe destacar que, recentemente, nos Estados Unidos, houve a morte de uma adolescente por causa do bullying. A tragédia ocorreu quando Phoebe Prince, uma estudante da Irlanda, mudou-se para South Hadley, Massachusetts, e começou a namorar um estudante que era o astro do time de futebol americano da escola.

As outras estudantes de South Hadley, enciumadas com seu namoro, passaram a assediá-la por meio de cartazes, mensagens e comentários abusivos no sítio de relacionamento Facebook. A prática do bullying ocorreu sistematicamente durante meses, com omissão da Diretoria e dos professores da escola. Por fim, em 14 de janeiro de 2010, Phoebe Prince, depois de ter sido assediada na biblioteca da escola, nos corredores e no caminho para casa, inclusive com o arremesso de uma lata de refrigerante em sua cabeça com os dizeres: “Sua prostituta irlandesa”, chegou a sua residência, pegou um cachecol e cometeu suicídio por enforcamento. Após sua morte, os estudantes responsáveis pelo assédio acessaram a internet para fazer brincadeiras sobre o suicídio de Phoebe Prince.

Como resultado do presente caso, 07 (sete) estudantes foram acusadas pelos crimes de assédio criminoso (criminal harassment) e perseguição (stalking). Além disso, elas também foram acusadas pela prática de violação dos direitos civis e 02 (dois) estudantes também foram acusados de estupro por violência presumida (statutory rape: estupro que consiste na prática de conjunção carnal com menor de 16 anos, mesmo com seu consentimento).

No Brasil, o fenômeno bullying também tem se manifestado de forma freqüente. Não raro, há reportagens com a divulgação de cenas de violência e de assédio físico e moral contra alunos e funcionários de escolas públicas e privadas.

No que tange à criminalização do bullying, verifica-se que no Brasil ainda não há o crime de bullying. Sendo assim, sua prática é tipificada como crime de ameaça, racismo, injúria, calúnia, estupro, difamação ou lesão corporal, conforme o caso.

No entanto, é importante ressaltar que também não há um consenso sobre a necessidade, ou não, da criminalização do bullying. Entende-se, salvo melhor juízo, que a melhor forma de se combater o bullying seja por meio de ações educativas e preventivas contra a discriminação e a banalização da violência praticada nas escolas. No entanto, ainda há a necessidade de elaboração de maiores estudos para se verificar a conveniência, ou não, da criminalização do bullying, uma vez que há fortes argumentos a favor e contra a criação de um tipo penal específico para essa conduta.

No Brasil, há algumas iniciativas estaduais para combater a prática do bullying nas escolas. Por exemplo, o Estado de Santa Catarina aprovou a Lei Estadual nº 14.651, de 12 de janeiro de 2009, que propõe a instituição de um “Programa de Combate ao Bullying”, de ação interdisciplinar e de participação comunitária, nas escolas públicas e privadas do estado.

A Lei do Estado de Santa Catarina define bullying como sendo a prática de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotadas por um indivíduo ou grupo de indivíduos contra outros, sem motivação evidente, causando dor, angústia e sofrimento e, executadas em uma relação desigual de poder, o que possibilita a vitimização.

A legislação catarinense dispõe que o bullying pode ser evidenciado por meio de diversas atitudes praticadas contra estudantes, entre as quais: a) insultos pessoais; b) apelidos pejorativos; c) ataques físicos; d) grafitagens depreciativas; e) expressões ameaçadoras e preconceituosas; f) isolamento social; g) ameaças; e h) pilhérias.

Além disso, a legislação do Estado de Santa Catarina apresenta uma interessante classificação do fenômeno bullying, levando-se em conta as ações praticadas: a) bullying verbal: apelidar, falar mal e insultar; b) bullying moral: difamar, disseminar rumores e caluniar; c) bullying sexual: assediar, induzir ou abusar; d) bullying psicológico: ignorar, excluir, perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, tiranizar, chantagear e manipular; d) bullying material: destroçar, estragar, furtar, roubar; e) bullying físico: empurrar, socar, chutar, beliscar, bater; e f) bullying virtual ou cyber-bullying: divulgar imagens, criar comunidades, enviar mensagens e invadir a privacidade, com o intuito de assediar a vítima ou expô-la a situações vexatórias.

Também se tem notícia de que a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 10 de março de 2010, projeto de lei que traz a obrigatoriedade de as escolas públicas e privadas adotarem medidas de prevenção e de combate ao bullying. Para o referido projeto, bullying consiste na prática de atos de violência física ou psíquica de modo intencional e repetitivo, exercida por um indivíduo ou por grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de constranger, intimidar, agredir, causar dor, angústia ou humilhação à vítima.

Dessa forma, o bullying pode se manifestar por diversas maneiras, tais como a exclusão da vítima do grupo social, a injúria, calúnia ou difamação, a perseguição, a discriminação, bem como o uso de redes sociais para incitar a violência, adulterar fotos, fatos e dados pessoais (cyber-bullying).

Por todo o exposto, percebe-se que ações tímidas têm sido adotadas no Brasil contra a prática do bullying. As iniciativas legislativas têm se concentrado principalmente no combate ao bullying por meio da criação de programas de prevenção e de combate ao assédio físico e moral nas escolas.

Já nos Estados Unidos, o combate ao bullying também encontra enormes desafios, principalmente, no que se refere à tipificação da conduta e em relação à responsabilidade civil das escolas pelo descaso que os alunos, muitas vezes, enfrentam ao tentar denunciar os abusos a que são submetidos.

Por fim, cumpre destacar que 41 (quarenta e um) estados norte-americanos já possuem leis contra bullying. Atualmente, o Congresso Nacional dos Estados Unidos tem debatido a criação de uma lei federal para disciplinar a prática do bullying e do cyber-bullying.


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