quinta-feira, 1 de julho de 2010

Alunos do Colégio Atena debatem sobre Bullying, semente da violência



Redação de aluna do terceiro ano é reproduzida com exclusividade pela reportagem do Jornal Araxá

A violência nas escolas tem sido tema de debates e dor de cabeça para educadores e pais de alunos, principalmente com o surgimento do bullying (termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo).

Tendo como principal objetivo despertar nos alunos que não se pode considerar normais e sem importâncias as agressões (veladas ou explícitas) gratuitas que causam sofrimento às vítimas, seja na escola ou na sociedade como um todo, o Colégio Atena implementou esse projeto envolvendo os alunos do Ensino Meio. Resultado dos debates e leituras em sala de aula são textos como o da aluna do terceiro ano Jaquelline Marques Rosa, reproduzida com exclusividade pela reportagem do Jornal Araxá. Vale salientar que o trabalho em sala de aula foi desenvolvido pelo professor Daniel.


Segue na integra, o texto de Jaquelline Marques Rosa


BULLYING: UMA ANOMALIA SOCIAL


Atualmente, percebe-se que é cada vez maior a incidência se atos violentos nas escolas, definidos como bulliyng. Isso se deve ao fato de que esse problema é visto com naturalidade pela maioria das pessoas, o que corrobora com o crescimento do mesmo. Mas quais são as causas desses ”atos de valentia” e o que pode ser feito para minimizar essa “anomalia social” ?


Primeiramente, deve-se ressaltar que grande parte dos bullies são do sexo masculino. Durante toda a história da humanidade, a figura do homem está associada a atos de valentia e coragem. Essa relação contribui, indubitavelmente, para a manutenção desse problema.


Outro fato que merece ser citado é a questão familiar. Quase sempre, as pessoas que têm um comportamento violento vêm de uma família desestruturada, em que são comuns cenas de abuso de autoridade e desrespeito.


Deve-se lembrar também que a escola induz constantemente os alunos à violência, mesmo de forma indireta, visto que há uma valorização da competitividade, em que somente os melhores estudantes conquistarão as vagas nas universidades. É a “lei do mais forte” proposta por Darwin, que vigora em nossa sociedade capitalista.


O bullying só será combatido, portanto, se suas “raízes” forem extintas. E isso se faz possível através de uma postura crítica diante da violência, de laços familiares mais saudáveis e da maior valorização do esforço em detrimento da valorização dos resultados dos alunos. Porém, essas medidas devem ser tomadas o mais rápido

possível, ou senão, muitas pessoas ainda serão vítimas dessa “anomalia social”.

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