sexta-feira, 30 de março de 2012

NRE orienta comunidade sobre violência nas escolas

por Jornal de Beltrão
 
O promotor Josilmar e a professora Silvéria coordenaram as falas no
bairro Jardim da Colina

Por intermédio da equipe de enfrentamento às violências do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Dois Vizinhos, aconteceu na noite de segunda-feira, 26, no Centro Comunitário do Bairro Jardim da Colina, uma palestra dirigida à comunidade escolar, funcionários, professores e alunos do Colégio Estadual José de Anchieta. A pauta foi proferida pela professora Silvéria e seu esposo, o promotor de Justiça da Vara da Infância e Juventude de Dois Vizinhos, Josilmar de Souza Oliveira. Ontem, pela manhã, a equipe de enfrentamento às violências realizou também uma visita na Escola do Rio Gavião, em Nova Esperança do Sudoeste. Na oportunidade, ocorreu uma reunião com alguns pais para o esclarecimento de dúvidas.

Fonte: Guia Paraná Sudeste

Estudantes protagonizam cena de guerra em Eunápolis

Por: Redação Bocão News
Estudantes de duas escolas públicas estaduais protagonizaram uma verdadeira cena de guerra, na tarde de quarta-feira (28), em Eunápolis, 671 km de Salvador. A confusão começou no colégio Fernando Alban, bairro Urbis II, quando mais de 15 alunas do Monte Pascoal, escola que fica no centro da cidade, foram esperar uma garota sair.

Elas agrediram a jovem por conta de um desentendimento ocorrido horas antes em um no ônibus escolar. A agredida não deixou por menos. Formou outro grupo e foi até o Monte Pascoal. Foi pancada para todos os lados.

Várias pessoas assistiam a confusão e não separaram as adolescentes. O tumulto só foi encerrado após a chegada de uma equipe da Polícia Militar.

Brigas envolvendo estudantes de grupos rivais têm ocorrido com muita frequência no município. Alguns chegaram a filmar o quebra-quebra e postaram as imagens na internet.


Informações Radar 64
 
Fonte: Pedagogia Humorada

A violência chegou às escolas

Joaquim Eliseo Mendes
Se por um lado a Constituição Federal, democraticamente, levou a universalização do ensino aos brasileiros, isto é, de que todos, indistintamente tenham o direito de frequentar a escola, sendo que a maioria absoluta do alunado se encontra nas unidades públicas do País, pelo outro trouxe e possibilita o surgimento de problemas como os que estamos acompanhando presentemente através de notícias. Refiro-me às agressões que estão acontecendo dentro da escola, como tem noticiado o JC em suas últimas edições, com destaque à manchete do dia 22 último: “Violência atinge 5 escolas em 3 dias”. Todas referindo-se a renomadas escolas públicas de Bauru, aliás, ressalte-se que esse grave problema não é local, pois ocorre em escolas públicas nas médias e grandes cidades do País, principalmente nas capitais. Até agora, as pequenas cidades constituem verdadeiros oásis de tranquilidade por vários fatores. De todos os casos citados em duas edições do JC, que infelizmente já estão se tornando rotina, sem dúvida o mais triste e grave se refere a um aluno de 7 anos que, com socos e pontapés, agrediu cinco funcionários, sendo necessária a intervenção policial. 
 
Inegavelmente, tais agressões físicas e verbais nada mais são do que reflexos da violência que infelizmente grassa em todo o mundo nos tempos atuais e que é divulgada pela mídia nas 24 horas do dia. Incapazes e impotentes para modificarmos a realidade atual, vivemos em uma época de violência, sob as mais diferentes formas. Se para nós adultos essa divulgação de violência nos causa um grande mal-estar, incredulidade e sombrias expectativas, ela é maléfica e determinante principalmente para a criança e ao jovem. Pode-se afirmar, categoricamente, que esses alunos também são inconscientes vítimas da violência; formam um produto humano. São levados, conduzidos, incentivados a esse tipo de comportamento agressivo. Em tal realidade, professor, diretoria, autoridades escolares, civis e policiais são impotentes para evitar, coibir e mesmo minimizar a violência que se manifesta das mais variadas formas. Infelizmente, nas circunstâncias e ordem atual da escola, a violência continuará tendendo a aumentar. Enfim, a solução está em cruzar os braços, colocar um policial em cada escola ou revidar a agressão do aluno com a agressão da escola? Endurecer o regimento da escola, colocando o aluno agressor na rua para ele migrar para outra escola, transferindo o problema? Entendo que já chegou o momento de repensar, rever ou reinventar a escola da atualidade, visto que semelhantes problemas continuarão existindo. Mude o pessoal, mudem os alunos da escola, tendo em vista que esta é perene. Sempre me bati defendendo a necessidade de uma nova estrutura humana e profissional para a escola com a lotação de psicólogo, assistente social, serviço dentário e médico. É inconcebível o divórcio entre a escola e a comunidade, falta afinidade, falta compreensão de ambas as partes. 
Classes com menos alunos possibilitando ao professor melhor conhecimento dos mesmos e maior permanência na mesma escola; valorização do mesmo por salários dignos e condizentes; um trabalho constante junto aos alunos visando sua valorização, incentivando e descobrindo aqueles que têm aptidão para o exercício do magistério; que o professor seja valorizado e se torne um ícone a ser imitado.

Que a profissão de professor não seja menosprezada como atualmente mas sim admirada e almejada. Torna-se ainda necessária uma complementação curricular através da qual o aluno tenha consciência da sociedade difícil em que está vivendo e convivendo mostrando-lhe como se defender e se preservar no presente e no futuro, mostrando-lhe abertamente os perigos que o cercam, principalmente o das drogas que levam a lugar nenhum. Há necessidade de que o aluno tenha conhecimento da inversão de valores que reina em nossa sociedade e pontue aqueles que verdadeiramente são valores para a vida e não passageiros. Valorização e não banalização da vida humana! Enquanto medidas não forem discutidas e tomadas na atualidade, a médio e longo prazo continuaremos a ler manchetes de violências nas escolas e especulando sobre o nosso futuro.



O autor,
Joaquim Eliseo Mendes, é professor
 
Fonte: J Net

Olá Pequenos, grandes leitores

Ana Dias

Preparados para mais uma crónica?! Espero que sim.

Para esta semana trago-vos um assunto de extrema importância, que cada vez mais tem crescido entre jovens, de todas as idades. Quero falar-vos de Bullying.

O termo “Bullying” compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais indivíduos contra outro(s), causando dor e angústia, e sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.

Portanto, os atos repetidos entre elementos da mesma comunidade (colegas) e o desequilibro de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima. Pode parecer uma simples brincadeira mas não deve ser visto dessa forma. A agressão moral, verbal e até corporal feita pelos alunos, provocando sofrimento na vítima, pode fazer com que esta entre em depressão.

Os agressores são indivíduos que têm pouca empatia. Frequentemente pertencem a famílias desestruturadas, nas quais não há relacionamentos afetivos entre os seus membros. Os pais exercem uma supervisão fraca sobre os seus filhos, toleram e oferecem modelos errados para solucionar conflitos ou comportamentos agressivos. Admite-se que os que praticam o “bullying“ têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo mesmo tornar-se criminosos. Os autores do “bullying“ são os alunos que só praticam “bullying“, são os agressores.

Há bem pouco tempo, a comunicação social noticiou um caso de Bullying levado ao extremo, uma jovem foi agredida ao murro e ao pontapé em todo o corpo na cidade de Lisboa por colegas e um deles filmou a agressão com o telemóvel e colocou o vídeo a circular na rede social Facebook.

Esta é uma das muitas razões que levam a que seja proibido o uso de telemóveis nas escolas, a tecnologia evolui de dia para dia e os telemóveis são dos equipamentos que melhor testemunham isso, são cada vez mais sofisticados, permitem tirar fotografias, filmar assim como o acesso fácil à Internet permitindo divulgar tudo em segundos na rede. Os agressores não olham a meios para atingirem os seus fins, é isto que a comunidade escolar pretende evitar.

Infelizmente, hoje em dia, as vítimas de bullying mantêm muitas vezes o silêncio por isso é dever dos amigos e verdadeiros colegas, que testemunhem casos destes, ajudarem a solucionar o problema, pedindo ajuda a um adulto, pais, professores, auxiliares etc.

Ana Dias

Fonte: Diário Atual

Jonathan Antoine é a nova estrela do programa ‘Britain’s Got Talent’

A estreia da nova temporada do popular programa televisivo não podia ter tido mais impacto. Jonathan encantou o júri e a sua história já está a ser comparada à de Susan Boyle.

O jovem de 17 anos, apareceu em palco com uma amiga e os dois cantaram “The Prayer”, de Andrea Bocceli e Celine Dion. Quando começaram a cantar, Simon Cowell, um dos membros do júri e que aquando da entrada em palco dos concorrentes os menosprezou, ficou espantado e disse a Jonathan que ele será uma estrela.

Jonathan é obeso e foi vítima de bullying desde pequeno. O ano passado entrou em depressão mas com a ajuda de um psiquiatra tem vindo a recuperar. Ao jornal The Sun disse: «desde sempre que tive problemas de peso e o bullying que sofri está relacionado com isso». Quem também o tem ajudado imenso é a sua amiga Charlotte Jaconelli, que esteve e cantou com ele em palco.

« A Charlotte tem-me ajudado bastante. Não iria conseguir vir aqui se não a tivesse a meu lado. », revelou. As comparações com Susan Boyle não demoraram a surgir. Também ela teve um colapso nervoso após a derrota na final. Jonathan falou com o seu psiquiatra e ambos decidiram que ele estava pronto para participar no programa: «falámos antes e discutimos se eu estava preparado e acho que estou».

Fonte: Destak PT

quinta-feira, 29 de março de 2012

Documentário nos EUA mergulha na questão do bullying

LOS ANGELES, 28 Mar (Reuters) - Estreia na sexta-feira nos Estados Unidos o documentário "Bully", de Lee Hirsch, que acompanha cinco jovens e suas famílias ao longo de um ano escolar, examinando como o bullying afetou suas vidas.


As histórias incluem duas famílias em que filhos se mataram por causa das agressões morais dos colegas, e uma que aguarda o destino da filha de 14 anos, presa por levar uma arma no ônibus escolar.


Embora suicídios sejam o resultado mais extremo do bullying, outros efeitos incluem a perda da auto-estima, dificuldades nos relacionamentos, depressão e automutilação. Nos últimos anos, o tema tem mobilizado pais, educadores e celebridades como Ellen DeGeneres e Lady Gaga.


Especialistas dizem que o bullying existe há séculos, mas que o problema está se agravando em parte porque novas tecnologias oferecem mais formas para que os jovens atormentem e intimidem quem é visto como diferente.


Antes da estreia, o filme causou polêmica por ser inicialmente proibido para menores de 17 anos desacompanhados. A classificação foi revista, e agora é livre.


(Reportagem de Zorianna Kit)

Pai de arqueira australiana é acusado de bullying contra rival

Pai de Elisa Barnard (foto) está proibido de se aproximar de Odette Snazelle por praticar bullying. Foto: Getty Images
Pai de Elisa Barnard (foto) está proibido de se aproximar de Odette Snazelle por praticar bullying
Foto: Getty Images
 

Para normalizar o processo de seleção para a equipe nacional feminina australiana do tiro com arco, a confederação nacional da modalidade precisou intervir em um caso de bullying por parte de um pai de atleta, que estaria prejudicando uma outra concorrente. Jim Barnard, pai da arqueira Elisa, está proibido de se aproximar por menos de 200 m de Odette Snazelle, de 17 anos.

Segundo o jornal britânico The Guardian, as duas atletas são as principais concorrentes por uma vaga no trio que irá às próximas três etapas da Copa do Mundo de tiro com arco, incluindo a final em Utah, nos Estados Unidos, que acontece em junho. Os resultados nos EUA irão determinar quais arqueiras representarão a Austrália nos Jogos Olímpicos de Londres.
 O mandatário da confederação de tiro com arco da Austrália, Jim Larven, afirmou que a principal preocupação se dá por conta da pressão que o bullying coloca não só nas duas atletas, mas em todos os membros da equipe. Larven disse que está tentando manter o controle da situação e não deixará o fato interferir nas competições.

Jim Barnard deve comparecer ao tribunal no dia 20 de maio para nova audiência, mas até lá o Comitê Olímpico Australiano está monitorando o caso.
 Fonte: Terra

quarta-feira, 28 de março de 2012

Bullying pode levar jovens a beber em excesso

É comum assistirmos notícias frequentemente revelando uma sociedade cada dia mais agressiva. Aparentemente inocentes, brincadeiras de mau gosto ou apelidos pejorativos podem estar relacionados a atos de violência física e psicológica. Difamar, constranger, ameaçar e até mesmo agredir fisicamente são atos considerados como bullying, problema que oferece sinais ainda no ambiente familiar. Isto porque o jovem mantém atitudes desafiadoras e agressivas em relação aos familiares, por meio de arrogância na maneira de agir, conversar e se vestir, demonstrando capacidade em manipular e se safar de confusões.

Violência e desestruturação familiar servem de exemplo para a análise de pais na busca de como educar seus filhos. A psicóloga Ângela Marina Kefalás Barbosa, especialista em Psicologia Infantil e Familiar, revela que, no cotidiano, as relações interpessoais têm sido mais agressivas. “E é na fase escolar que elas ficam evidenciadas, com desrespeito, o afrontamento à autoridade, as brigas e agressões, as ameaças e intimidações a colegas. Adolescentes têm a internet como aliada para ofender e expor colegas. Intimidados e sem saber como agir, os pais cedem às imposições dos filhos”, revela.
 
Para ela, a educação sem limites é desastrosa, pois evidencia o adoecimento psíquico e a desestruturação das pessoas. “O predomínio do princípio do prazer e o não controle da impulsividade decorrem de um protecionismo exagerado dos pais e infantilização do filho, tornando-o incapaz de respeitar regras e
 
limites e de assumir responsabilidades”, afirma a especialista. Ela destaca que, evitando que sofram frustrações, assumindo os erros e irresponsabilidades dos filhos, os pais acabam atrasando o amadurecimento dos mesmos. “A liberdade que deveria ser proporcional à responsabilidade está inversa. O consumismo exagerado e a competitividade trazem como consequência o estresse, a ansiedade, o medo e a angústia”, esclarece Ângela. E esse ambiente pode levar vítimas e agressores ao consumo excessivo de álcool e drogas. (TM)

Fonte: JM Online

Pesquisa mostra dados do bullying nas escolas de São José dos Campos




Adolescentes relatam as agressões que sofrem no ambiente escolar

 
Um em cada três adolescentes, com idade entre 12 e 14 anos, já foi vítima de bullying. É isso o que aponta uma pesquisa realizada pela Secretaria de Juventude de São José dos Campos. Dentre 800 jovens ouvidos, 33% disseram ter sofrido este tipo de violência e 24% afirmaram já terem sido vítimas pelo menos uma vez.

“Eles xingam qualquer pessoa e escolhem, principalmente, aqueles que mais se sentem mal com isso”, relata uma estudante. “Nós não podemos fazer para eles o que fazem com a gente. Tentamos não fazer nada para dar bom exemplo, mas eles provocam muito. É difícil aguentar”.


Algumas escolas da cidade promovem atividades para minimizar este problema. O projeto se chama Justiça Restaurativa, e a proposta é que todos possam expor o que estão sentindo.


“As pessoas podem se manifestar e cada um conta o problema se quiser”, explica a diretora de escola, Mônica Delgado. “Reunimos tanto quem sofre o bullying como quem pratica. A ideia é restabelecer e restaurar as relações”.


No ambiente escolar, conflitos já são esperados. Alguns casos, entretanto, são mais difíceis de serem tratados. Nesta semana, a família de um estudante da escola Ruth Nunes, do Parque Interlagos, zona sul de São José, procurou a TV Vanguarda para contar o caso de um aluno do 7º ano.


Ele estava recebendo provocações de um colega mais velho. As ameaças, entretanto, viraram agressões físicas depois de um tempo.


“Ele agarrou meu pescoço, jogou minha cabeça na parede e começou a me dar socos e pontapés”, conta a vítima. “Ele chegou até pegar um compasso para furar o olho de um menino”.


A mãe conta que desde o início do ano estava recebendo as reclamações do filho e, por isso, procurou a direção da escola. Porém, nada foi feito. Depois que o menino foi agredido, veio a decisão de levar o caso adiante.


“Falaram que a única coisa possível de ser feita era pedir a transferência do meu filho. Mas eu não acho justo isto”, diz a mãe. “Depois que agrediram ele, fui no Conselho Tutelar e fiz um boletim de ocorrência contra o agressor”.


O garoto continua na escola, mas se sente inseguro no local. O medo é que novas agressões aconteçam.


A secretaria municipal de educação de São José dos Campos disse, em nota, já ter tomado cuidados e providências com relação ao assunto. A nota diz ainda que os alunos já foram orientados e que os responsáveis pelos envolvidos foram convocados para reuniões. Além disso, o conselho tutelar foi acionado.


Como lidar com o bullying

Mesmo com essas medidas, o bullying continua sendo um desafio para os pais, professores e diretores de escola. Para a psicóloga Keila Saito, o importante nestes casos é trabalhar a autoestima dos adolescentes que são vítimas deste tipo de agressão.

“O prazer de quem pratica o bullying é ver o sofrimento da vítima”, esclarece a profissional. “Quando a criança tem uma autoestima elevada, esses xingamentos não surtirão efeito. Com isso, esse ciclo se encerra”.


A psicóloga ainda ressalta que o agressor também precisa de tratamento. Afinal, ele escolhe as vítimas que julga serem inferiores a ele.


“Quando o adolescente chega ao estágio de agredir um colega, é porque ele se sente muito poderoso. Ele sente que pode fazer isso porque não acontecerá absolutamente nada. A sensação de impunidade é o que gera isso.”
 
Fonte: VNews

Katy Perry pede ajuda para apoiar filme contra o bullying

Katy Perry quer que os fãs a ajudem a apoiar a causa contra o bullying. Foto: The Grosby Group
Katy Perry quer que os fãs a ajudem a apoiar a causa contra o bullying
Foto: The Grosby Group

Katy Perry está apoiando o documentário Bully - que leva para as telonas histórias de cinco crianças que sofrem bullying e suas famílias - e pediu aos fãs que se juntem a ela na causa para combater os ataques entre crianças.
 
A cantora tuitou: "13 milhões de crianças sofrem bullying todos os anos. Tome hoje uma posição comigo", seguido de um link para o site do filme (thebullyproject.com).
Outras celebridades também já apoiaram o longa, que será lançado na próxima sexta-feira (30) nos Estados Unidos, retuitando a mensagem. Entre os famosos estão Pink, Kesha, Justin Timberlake, Ryan Seacrest, Zooey Deschanel, KIm Kardashian, Hugh Jackman, Jessica Simpson e Mariah Carey.

Bully causou polêmica esta semana quando lhe atribuíram uma classificação "R", o que significaria que ninguém com menos de 17 anos poderia assisti-lo sem ser acompanhado pelos pais ou por um responsável. Consequentemente, o trabalho perderia parte de seu público-alvo adolescente.

Depois de uma campanha online, contudo, a distribuidora do longa, Weinstein Company, decidiu lançá-lo sem classificação, uma opção disponível para todos os produtores e diretores. 

Fonte: Terra

Produtor arrisca distribuição de filme sobre bullying para que jovens possam vê-lo

"Bully", o controverso documentário de Lee Hirsch e Alicia Dwyer, vai chegar às salas norte-americanas sem classificação etária. É uma posição de força do famoso produtor Harvey Weinstein, que detém os direitos do filme e quer que este possa ser visto por todos os adolescentes, nos cinemas e nas escolas. Mas a decisão torna a distribuição muito mais difícil

O processo arrastava-se há semanas: os responsáveis pela classificação etária de filmes nos EUA, membros da Classification and Ratings Administration, viram Bully e aplicaram-lhe um "R"; Harvey Weinstein insistiu na classificação PG-13, angariou apoiantes entre políticos, celebridades, professores e mesmo adolescentes - e recorreu da decisão. O resultado do recurso foi o mesmo: classificação "R", por linguagem grosseira.

Isso significa que o documentário não pode ser visto por menores de 17 anos sem a companhia de adultos, ou ser exibido nas escolas. Ora, quem apoia a causa de Weinstein e Lee Hirsch considera que o público-alvo do filme é precisamente esse - os mais jovens, que devem poder ver o filme sozinhos - e que os estabelecimentos de ensino, onde o bullying é um fenómeno frequente, são espaços naturais para a sua exibição.

Onde está, afinal, o problema? Na palavra "fuck". A maioria dos elementos da Classification and Ratings Administration entende que o seu uso viola as regras sobre linguagem para filmes com classificação PG-13. Hirsch, o realizador, responde: "A pequena quantidade do tipo de linguagem no filme que é responsável pela classificação ‘R' está lá porque é real".

"É o que as crianças que são vítimas de bullying enfrentam na maioria dos dias. Todos os nossos apoiantes vêem isso e estamos gratos pelo apoio que recebemos no próprio conselho. Eu sei que os miúdos virão [ver o filme], portanto é uma questão de os deixarem entrar nas salas", continuou Lee Hirsch, citado pelo The Hollywood Reporter.

Bully vai estrear nos EUA a 30 de Março, em duas salas de Nova Iorque e três de Los Angeles. Difícil será estreá-lo em cidades onde a escolha de espaços de exibição é menor. Sobretudo os proprietários associados na National Association of Theatre Owners já disseram que vão seguir as indicações da Classification and Ratings Administration, que integra a Motion Picture Association of America, que por sua vez reúne as seis grandes produtoras de Hollywood.

A decisão de Harvey Weinstein, de exibir Bully sem classificação oficial, pode conduzir à catástrofe comercial do filme. Isto por falta de distribuição, uma vez que o documentário tem uma audiência alargada em potência. É, pelo menos, o que indicia quase meio milhão de assinaturas na petição online que exige uma classificação inferior a "R" para o filme.

O documentário acompanha a vida de vários estudantes ao longo do ano lectivo 2009-10, nos estados norte-americanos do Iowa, do Mississípi, da Geórgia e do Oklahoma, que são vítimas de bullying. Assim como a forma como as suas famílias lidam com o problema. Bully foca sobretudo as histórias de Tyler Long e Ty Smalley, que acabaram por se suicidar.


ASSISTA AO TRAILER

Fonte: http://ipsilon.publico.pt

Campanha contra o bullying na Gonçalves Zarco

A Escola Gonçalves Zarco não tem números, mas conhece histórias de agressões e situações 'bullying' e, por isso mesmo, um grupo de alunos do secundário lançou a campanha anti-bullying que até tem uma página no 'Facebook'. Já houve acções nas turmas, com professores e esta manhã foi a vez dos funcionários. Rui Cateano, presidente do conselho executivo da escola, lembra que os funcionários são essenciais para que se denuncie as situações e se possa ajudar depois as vítimas e os agressores.

Sendo uma escola, sendo crianças e adolescentes as vítimas e os agressores, é importante que se conheça os casos para que se possa tratar dos problemas. O grande problema do bullying, explicou o presidente do conselho executivo da Gonçalves Zarco, é que as vítimas calem o que se passou, que se fechem e foi por essa razão que se deu o projecto a alunos do secundário. Entre aluno, entre pares, é mais fácil falar, explicar, confessar os problemas.

Fonte: D Notícias de Portugal

terça-feira, 27 de março de 2012

BULLYING - Cia Atores de Mar´ no Colégio Bonfim - Making Of

Escola é caso de polícia????

É triste o que temos vivenciado principalmente na rede pública de ensino. Garotas e rapazes, nossos jovens de hoje e os homens de amanhã, aqueles em cujas mãos está toda a nação, mergulhados nas drogas, na criminalidade, na violência urbana, no desinteresse social, na falta de sociabilidade e cidadania.

Bons tempos em que se ministrava OSPB (Organização Social e Política do Brasil) e EMC (Educação Moral e Cívica) nas nossas escolas. É o que vemos faltando nos jovens de hoje, falta-lhes cidadania. Amor e respeito à pátria,  ao próximo e a si mesmos. As escolas de hoje, não por culpa dos profissionais da rede de ensino, são palco de violência pautada no preconceito e no desrespeito às diferenças, atualmente chamada de “bullyng” .

“Bullying (anglicismo, bullying, pronuncia-se AFI: [ˈbʊljɪŋ], vagamente “bôliê-n”) é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, tiranete ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.[1]
Em 20% dos casos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras de bullying, ou seja, em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de assédio escolar pela turma. Nas escolas, a maioria dos atos de bullying ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida.”1


Ser gordo, magro, baixo, alto, negro, branco… não importa, o que realmente importa é a imposição de uma força desmedida, desleal, inconsciente, ilógica. No Brasil não se responde pelo crime de bulling, mas pelos resultados por esta conduta irracional provocada. Responde-se pela agressão, pela ameaça, pelo constrangimento e, nos casos mais extremos,  até mesmo pelo homicídio que provocam. Infelizmente o que para esses jovens parece uma brincadeira de mal gosto tem levado ao caos nossa sociedade. Qualquer sinal de aumento de agressividade do filho, o que pode revelar que ele é o agressor, e assim não ter a consciência do sofrimento que causa em outra criança, deve  ser observado pelos pais e professores e esse jovem levado, imediatamente, para acompanhamento profissional. Não se torne um hiper-protetor, mas vigie-o com maior atenção e se possível, solicite aos professores o parecer deles.



O que podemos fazer para, pelo menos, minimizar esses problemas?
Ao meu ver a solução está na mobilização. Nós pais temos que ter em mente que nosso lar também é parte do Estado e como tal deve funcionar. Temos que impor limites aos nossos filhos, ensiná-los que dentro de nossos lares há regras a serem seguidas e que a transgressao de tais regras leva a imposição de determinadas sanções, tais como ficar sem usar o computador, sem o celular, sem sair de casa, etc. Nossos filhos têm que saber que toda ação gera uma reação. Pergunte ao seu filho como foi o dia na escola e analise a expressão e o olhar dele, procure observar se estão felizes ou nao, se estao mentndo ou nao, estreite a relação de amizade com seu filho.
”Os sintomas que podem evidenciar que seu filho está sofrendo bullying na escola envolvem reações como dor de estômago e cabeça, vômitos e insônias frequentes. O isolamento, baixo rendimento escolar, conflitos entre irmãos e autoagressão também são provocados pelo bullying, assim tal problema podem ser percebidos quando há a atenção adequada voltada para seu filho.”2
É IMPORANTE RESSALTARMOS QUE EXISTE DIFERENÇAS ENTRE O BULLYNG PRATICADO POR MENINOS E O BULLYNG PRATICADO POR MENINAS.  

As ações dos meninos são, normalmente, mais expansivas e agressivas, portanto, mais fáceis de identificar. Eles chutam, gritam, empurram, batem, querem fazer valer sua superioridade no que se refere a força física, onde temos o bulling com agressões físicas. No que se refere às meninas, entre elas podem ser fofocas, boatos, olhares, sussurros, exclusão, críticas, rivalidades diversas, principalmente com relação a namorados. “, é o que chamamos de bullyng moral e é tão agressivo e de consequencias tão graves quanto o primeiro. Quem sofre não sabe o motivo e se sente culpado” inferiorizado, incapaz. É deprimente. Podemos chegar, inclusive a casos de alto extermínio.

As escolas também, em contrapartida, têm que impor suas punições e determinar as regras a serem seguidas. Ela também é um braço do Estado e como tal também deve agir. Os pais não podem se impor contra essas sanções, tirando da escola o poder de coerção por estas imposta, desde que esta coerçao seja proporcional e se mostre eficaz. Como já fora dito é imprescindível que haja uma soma de forças.

O que fazer em sala de aula quando se identifica um caso de bullying?
Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata.
“Se algo ocorre e o professor se omite ou até mesmo dá uma risadinha por causa de uma piada ou de um comentário, vai pelo caminho errado. Ele deve ser o primeiro a mostrar respeito e dar o exemplo”, diz Aramis Lopes Neto, presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria.
O professor pode identificar os atores do bullying: autores, espectadores e alvos. Claro que existem as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. Mas é necessário distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. “Isso não é tão difícil como parece. Basta que o professor se coloque no lugar da vítima. O apelido é engraçado? Mas como eu me sentiria se fosse chamado assim?”, orienta o pediatra Lauro Monteiro Filho.

Veja os conselhos dos especialistas Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores do livro Bullying Escolar (132 págs., Ed. Artmed, tel; 0800 703 3444):
- Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância, trabalhos didáticos, como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis em um conflito;
- Desenvolver em sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos;
- Quando um estudante reclamar de algo ou denunciar o bullying, procurar imediatamente a direção da escola.”3
Deve-se ter em mente que se os pais e a escola falham na educação o Estado, através de sua força policial, é quem agirá. Aí meus caros o “batido da lata é outro”, resta somente a cadeia, e essa é cruel e desumana.

Tem-se que ter em mente que é muito menos doloroso prevenir do que recuperar.
1.http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying
2.http://situado.net/como-evitar-bullings-nas-escolas/
3.http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/bullying-escola-sala-aula-caso-610503.shtml
Autoria: Cb Luciana.

Fonte: http://sandovalrodrigues.com.br/blog/?tag=violencia-escolar http://sandovalrodrigues.com.br/blog/?tag=violencia-escolar

A atuação do Gestor como fator preponderante para minimizar os riscos

FACULDADE REDENTOR



Violência na escola

Irma Slaghenaufi
Violências nas escolas são reflexos de uma sociedade desajustada. Pais que atribuem seus deveres às unidades escolares, ao Poder Judiciário e ao Conselho Tutelar. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, lei 8.069 de 13 de julho de 1990, legislação da mais alta esfera elabora pelo povo brasileiro, analisado e aprovado pelos nossos governantes em seu artigo 22, a educação, a guarda e sustento são deveres dos pais. Os pais e a comunidade escolar, precisam ser parceiras da escola, acompanhando seus filhos, participando da vida escolar intra e extra escola, diariamente. Se todos trabalham juntos, os pais assistem e educam seus filhos, a escola dá a formação aos seus alunos e a sociedade acolhe e participa. Com certeza, reina harmonia, diminui a competição de classe, a força do querer ter ao invés do ser de cada pessoa.

Uma escola, entendo que precisa ser como a sociedade, para Marx um conjunto de indivíduos com várias ideias que chegam a uma conclusão harmoniosa, onde este é capaz de unicamente construir a sua história e a sua cultura. Na escola só tem lugar para aprender e ensinar. O conhecimento é uma educação formal ou sistemática que consiste de um conjunto científico e cultural transmitido por indivíduo detentor da metodologia de ensino e aprendizagem, que no caso é o professor, que ensina com o tempo marcado e merece o total respeito. Todo indivíduo passa pelo aprendizado. O aluno deve ir à escola com uma única intenção: “aprender, aprender e aprender”. Os pais, acompanhar cotidianamente nas suas: vestias, aparência, material e assiduidade escolar.


Os programas, de modo geral, gozam de uma censura bastante leve, para o público mal formado, influenciando na educação do adolescente que acha que tudo pode. Os pais possuem pouca autoridade sobre os filhos, às vezes em razão de acúmulo de função e em outros casos por não acompanhá-lo em seus deveres. Creio que a imprensa falada e escrita têm muito a contribuir para modificar esse cenário de violência na escola/sociedade, analisando melhor os programas veiculados, debatendo com os jovens sobre algo que afeta a eles próprios na escola, como as questões sociais, não aprender, a progressão continuada, o desinteresse para com seus deveres, o pouco respeito com o patrimônio público, a violência com os colegas, desmazelo com o material, a aparência pessoal e outras questões pessoais que poderiam resultar primeiramente em melhorar o seu meio e depois o meio externo que, no caso, é o mundo.



A autora,
Irma Slaghenaufi, é socióloga e mediadora escolar

Fonte: JCNet

Juventude

• 27-03-2012 •
Juventude
por Heliana Vilela
(Co-fundadora da Associação Meninos de Oiro)

Estudantes -Testemunhas - Vitimas


“Eu acredito em ti, eu confio em ti, eu preocupo-me contigo e quero que te preocupes comigo. Eu acho que és capaz de lidar bem com situações difíceis, és importante para mim mas sobretudo és importante para ti mesmo” Daniel Sampaio no artigo “O que dizer aos jovens”.
 


Ao ler estas palavras, são várias as questões que merecem uma profunda reflexão. No entanto, há uma que me parece ser fundamental discutir – a auto estima.

Vários estudos referenciam e comprovam que, entre jovens, a relação entre a baixa auto estima e a pouca, ou nenhuma, convivência com os colegas, torna-os mais vulneráveis às diversas formas de violência, vividas dentro e fora do perímetro escolar e ao prejuízo psico social que acarretam as experiências de violência a que são submetidos.

Para Togneta, o bullying caracteriza-se por uma agressão que se apresenta de forma velada, causando dor e angústia à pessoa que está a ser vitimizada, podendo levá-la à depressão, isolamento, baixa auto estima, quebra no rendimento escolar, e até ao suicídio. 

As vítimas, muitas vezes, sofrem caladas, carregando situações traumatizantes e de constrangimento que vivenciaram ao longo das suas vidas e que muitas vezes têem consequências que se reflectem em idade adulta. Importa referir que o comportamento do agressor ocorre geralmente pela ausência total ou parcial da família no dia-a-dia da criança/jovem. Daniel Sampaio diz-nos a propósito de uma história de bullying que lhe tinha sido contada por um aluno sobre um colega o seguinte: “… pergunto-me se a vida escolar daquele aluno – vitima que o colega me trazia não poderia ter começado a ficar vulnerável na sua própria casa” Segundo Murillo José Digiácom, o combate à violência deve ser trabalhado primordialmente nas suas raízes, que se encontram além dos limites da escola, devendo assumir sua missão legal e constitucional de promove não se tornando em mais um foco de opressão e desrespeito aos direitos das crianças e dos jovens.

O bullying é um problema mundial. Quando questionamos os jovens sobre o que é bullying a grande maioria dão a resposta correta. Não se trata de falta de informação mas sim como a descodificam. E entenda-se por informação, quer aquela que é transmitida no lar pelos pais, avós e irmãos, quer aquela que a sociedade lhes transmite através dos meios tecnológicos cada vez mais avançados onde a mensagem é divulgada em segundos a centenas de leitores. Ao assistirmos a uma cultura de desresponsabilização em que a juventude é considerada uma geração “à parte” que causa confusão e agitação e não a responsabiliza fazendo-a parte da solução dos problemas que são criados pelos jovens e pela sociedade, assistimos muitas vezes à confusão entre ato de cidadania e traição, pelo que, na sua maioria as testemunhas optam pelo silêncio.

A opinião e o sentimento que cada jovem tem de si mesmo, ou seja a auto estima, é de extrema importância no sucesso contra formas de opressão, humilhação, abandono, rejeição, carência, vergonha, insegurança e medo. O ser capaz de respeitar, gostar de si, amar e ser amado, e sobretudo confiar em si próprio e no que a rodeia, seja a família, professores, comissões e sobretudo colegas é meio caminho para o diálogo, para elevar a autoconfiança e o seu desempenho enquanto cidadão proactivo não se transformando na testemunha silenciosa.

Se bem que a mudança começa em cada indivíduo, o papel do coletivo do qual fazem parte a família, a escola e o estado são fundamentais para que este tipo de fenómeno não avance nem se torne numa arma silenciosa que destrói não uma mas várias vidas.

Heliana Vilela

Fonte: Setúbal na Rede de Portugal

Meninos aliciados pela internet fogem de bullying e rejeição familiar

A exploração sexual de meninos no Brasil está relacionada com a homofobia (qualquer tipo de discriminação ou aversão aos homossexuais).

Segundo os especialistas, adolescentes homossexuais costumam ser vítimas fáceis das redes de aliciamento da internet, quando fogem da violência e do preconceito recebidos dentro da própria casa e na comunidade.

“Eles sofrem bullying na escola, rejeição de familiares e violência nas ruas, principalmente nas cidades do interior ou do Nordeste brasileiro, onde os padrões de comportamento são mais rígidos e tradicionais”, afirma o psicólogo Ricardo Castro, coordenador executivo do Instituto Papai, de Recife, em Pernambuco.

“Como abandonam muito cedo os estudos, ao serem rechaçados na escola, e sem nenhum apoio familiar, eles, no máximo, conseguem ser aceitos como cabeleireiros, mas geralmente acabam indo para as ruas, atraídos pelas promessas da internet”’, afirma o psicólogo Ricardo Castro, coordenador executivo do Instituto Papai.

O pesquisador cita a reportagem publicada, em fevereiro deste ano, no jornal O Globo, do Rio de Janeiro, que mostrou meninos explorados sexualmente por meio das redes de relacionamento da internet no Ceará, no Rio Grande do Norte e no Piauí, depois de passarem por modificações no corpo, colocando prótese e silicone para se tornarem femininos e serem comercializados nas ruas de São Paulo e em países da Europa.

Na capital paulista junto com travestis adultos eles começam a ser explorados sexualmente em pontos tradicionais de prostituição transexual: Indianópolis, Avenida Cruzeiro do Sul, na Zona Norte, e também na Avenida Industrial, no município de Santo André, no ABC paulista.
Os adolescentes precisam enviar uma foto por e-mail e, se passarem na avaliação da rede de aliciamento, têm a passagem paga e recebem inicialmente megahair e hormônios femininos e, com o tempo, também colocam silicone no peito.

Segundo Ricardo Castro, o aliciamento de meninos é um mercado que envolve muito dinheiro do qual faz parte uma forte rede internacional com traficantes, cafetinas, policiais, pousadas e hotéis.

Ele cita casos em São Paulo de taxistas que mostram folheto no porta-luvas oferecendo menores.
“Pedi informação de uma pizzaria um dia para um guarda e ele logo foi perguntando se não tinha interesse em uma casa de prostituição, se isso ocorre nas grandes capitais, imagina no resto do Brasil”.

Para o psicólogo Marcos Nascimento, pesquisador na área de gênero e sexualidade, com doutorado em saúde pública, fala-se muito mais no Brasil da exploração sexual com meninas, mas é preciso estudar e divulgar também o comércio sexual de meninos, especialmente dos adolescentes homossexuais e travestis.

“Eles são os que mais sofrem preconceito da sociedade, porque seu comportamento é visto como falta de caráter e safadeza”, diz.

Na opinião do especialista, os meninos não têm noção da perversidade deste mundo e acabam entrando pela ingenuidade da adolescência e falta de perspectivas.

“O virtual faz com que os meninos se soltem mais e fantasiem, ficando mais vulneráveis, porque aparentemente estão sendo aceitos neste mundo marginalizado”, diz.

O problema ocorre também, porque eles não têm uma rede de apoio local para procurar.
Na avaliação de Marcos Nascimento, as próprias Ongs e programas sociais de governo precisam ter um olhar menos preconceituoso e homofóbico, com políticas mais definidas.

“Precisamos estar mais atentos para os meninos que caem na vida da pior maneira possível, pensar programas que envolvam a sociedade como um todo e tragam mais perspectivas a eles para que se mantenham em seus locais de origem”’, afirma Marcos Nascimento.

O psicólogo sugere que mais trabalhos locais sejam realizados como esportes, lazer e cultura para que os adolescentes descubram outros caminhos.

Na avaliação do psicólogo Ricardo Castro, é preciso investir mais em pesquisas científicas na área especialmente sobre o tráfico de pessoas e a exploração sexual de meninos e transexuais.
“O assunto precisa ser debatido entre os profissionais de comunicação, saúde, educação e também entre os grupos de jovens e adolescentes

Fonte: Fátima News

Palestras sobre bullying, homofobia e preconceito prosseguem até amanhã nas escolas de Criciúma

Criciúma - As palestras sobre diversidade sexual, bullying, homofobia, discriminação e preconceito no cotidiano escolar vão até amanhã (27/3) nas escolas da rede municipal de ensino de Criciúma. Os encontros, coordenados pelo Nuprevips (Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde) e desenvolvidos pelos profissionais do Núcleo PET – Saúde Mental, pelos alunos da Unesc e pelos residentes de psicologia da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade, tem como público-alvo os alunos do Jardim até o 9º ano.

Daniela Savi

Os trabalhos iniciaram na última semana e têm o intuito de promover, prevenir e educar nas questões relacionadas à saúde. Hoje e amanhã (26 e 27/3), os trabalhos ocorrem nas escolas Vilson Lalau, do Bairro Cristo Redentor e Marcílio Dias, do Bairro Vila Manaus. Os encontros são realizados no período da manhã, a partir das 7h45, e à tarde, a partir das 13 horas.

Daniela Savi

O evento é uma ação resultante do programa Saúde na Escola, do Governo Federal, que tem adesão das Secretarias de Educação e Saúde de Criciúma.

Daniela Savi, Setor de Comunicação Integrada - Unesc

Fonte: Rádio Criciúma

BULLYING - em São Paulo

Shalom!

A Cia Atoores de Mar' manterá residência fixa em São Paulo/SP nos meses de agosto e setembro de 2012 para facilitar as apresentações do espetáculo BULLYING. Caso a sua instituição tenha interesse em receber nosso projeo, favor nos procurar.


Mar´Junior - Cia Atores de Mar'
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segunda-feira, 26 de março de 2012

Sua cidade tem Lei ANTIBULLYING?

Shalom!

A
Cia Atores de Mar'  tem 60 LEIS ANTIBULLYING cadastradas em seu site http://bullying-ciaatoresdemar.blogspot.com e gostaríamos de contar com a sua colaboração, nos enviando o link da sua Lei, caso tenha.

Por favor, colabore para que possamos juntos exterminar este mal, enviando para o email ciaatoresdemar@gmail.com


A Cia Atores de Mar' vem desde 2004 viajando o Brasil, levando conscientização e prevenção no COMBATE ao BULLYING - é o MELHOR e MAIS COMPLETO projeto ANTIBULLYING existente hoje no país.

Espetáculo BULLYING com canto e dança, além do debate e redação premiada - faça a semana do "DIGA NÃO AO BULLYING" na sua cidade, na sua escola.

Aguardamos seu contato.

Assessoria de Comunicação
Cia Atores de Mar'


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domingo, 25 de março de 2012

BULLYING E CIBERBULLYING: FORMAS DE VIOLÊNCIA ESCOLAR

Autora: Maria das Graças Teles Martins*

RESUMO
Este texto, originário de uma entrevista com alunos, tem como foco o desenvolvimento da temática da agressão entre alunos no ambiente escolar e virtual -o bullying e cyberbullying. O fenômeno Cyberbullying vem se tornando mais constante e presente fora do ambiente escolar acarretando diversas conseqüências físicas e psíquicas, o que é, sem dúvida, prejudicial para a vida de crianças, adolescentes e jovens. Entre os danos provocados estão o stress, ansiedade, insegurança, medos, pânico e até depressão. Sintomas característicos como dores de cabeça, dores de estômago, dores não especificadas, mudanças de humor súbitas, falta de apetite ou apetite voraz e insônias surgem com freqüência. Além de dificuldades de concentração, diminuição do rendimento escolar, desistência de aprender e de ensinar, incertezas e angústias, medo de ir à escola, fracasso escolar com repetência e evasão.

PALAVRAS CHAVE: Bullying, Cyberbullying, Educação, Psicologia.

INTRODUÇÃO
A psicóloga e professora Graça Martins participa de uma entrevista com alunos, faz palestra sobre Bullying e Cyberbullying nas turmas do 5º. Ano A e B da EEEFM G. Dias no início das aulas deste ano. A temática Bullying e Cyberbullying formas de violência escolar é um assunto importante e que deve ser debatido no meio estudantil. A existência do Bullying e Cyberbullying dentro da escola é uma realidade e surge como extensão das relações de poder que estão presentes entre adolescentes e jovens escolares sobre seus colegas e até mesmo professores.

Segundo a psicóloga, geralmente, os professores, técnicos e gestores escolares sentem dificuldades em manter o controle comportamental dos alunos uma vez que a escola tem muitas atribuições e um número expressivo de alunos. No inicio das aulas é fundamentalmente importante trazer um tema como o Bullying e Cyberbullying para que os alunos procurem entender o fenômeno, compreendam que o espaço escolar é um lugar de aprendizagem, de relacionamentos positivos e que a cultura da Paz deve ser internalizada por todos. Por esta razão, é preciso um trabalho conjunto entre escola, técnicos, professores e pais no sentido de melhor orientar os alunos, Implantar o sentido do respeito, da cooperação, da harmonia, da amizade entre outros valores humanos.

ENTREVISTA:
PARTE I
MARCOS: O que é Bullying e Cyberbullying?
Bullying é um termo utilizado para descrever os atos de violência física ou psicológica intencionais e repetidos, praticadas por um individuo [bully] ou um grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar, agredir outro individuo[s] incapazes de se defender. Cyberbullying [Bullying virtual ou Bullying On Line] - é uma prática que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar pessoas.

TATIANA: onde ocorre o Bullying?
A prática do bullying geralmente ocorre nas escolas, mas ocorre também em locais de trabalhos, vizinhança. Prejudica o desempenho escolar, as relações sociais, emocionais e afetivas. É comum pessoas que sofreram o bullying agredir a outros da mesma forma, e muitas vezes são estimulados em casa.

MARCOS: Quais os tipos de assédio escolar são mais usados pelos Bullies?
Os Bullies alunos utilizam, principalmente, uma combinação de Intimidação e Humilhação para atormentar os colegas vitimas. Buscam insultar a vítima; praticam ataques físicos repetitivos; Danificam objetos pessoais; Espalham rumores sobre a vítima; Obrigam a vítima a fazer coisas contra sua vontade por meio de ameaças; Fazem comentários depreciativos, geralmente sobre aparência e opção sexual; racismo; Isolam socialmente a vítima; praticam chantagens; Envergonham a vítimas; Usam a tecnologia através do Cyberbullying que hoje está sendo uma das fontes muito usadas pelos jovens e adolescentes.

TATIANA: Como ocorre as mensagens de Cyberbullying?
Por meio do virtual. Tanto na Internet como no celular surgem mensagens com imagens depreciativas que se alastram de forma intensa e tornam o Cyberbullying mais perverso para com as vítimas depreciando, xingando, apelidando, ameaçando. Antes o xingamento e a brincadeira de mau gosto era restrito no ambiente escolar [Bullying], agora ele se estende por outros meios de comunicação-o virtual.

MARCOS: É fácil identificar os agressores virtuais?
Às vezes a tecnologia torna difícil identificar os agressores, mas não é impossível. Eles precisam saber que existem meios de identificação e formas de punição. No espaço virtual os xingamentos e depreciações provocam, raiva, medos intensos e um tormento psicológico em suas vítimas. Diante disso, o Cyberbullying passa a ser muito mais cruel do que o Bullying tradicional uma vez que o acesso dos jovens e adolescentes ao virtual é muito fácil. Uma mensagem maldosa pode ser encaminhada para inúmeras pessoas ao mesmo tempo e entre alunos, isso ocorre com uma facilidade fora do comum. Portando os agressores precisam ser identificados e punidos.

TATIANA: Quais o meios virtuais mais utilizados no Cyberbullying?
Vários. Alguns estudiosos afirmam que os meios virtuais mais utilizados para disseminar difamações e calúnias são as comunidades, e-mails, torpedos, blues e fotologs. Eles expõem frases de discriminação e preconceito com intuito de ferir o colega, o professor, o diretor ou outra pessoa com a qual desejam atacar. Em relação aos colegas de escola e professores, as difamações são intensionadas e visam mexer com o psicológico da pessoa, deixando-a abatida e desmoralizada frente aos demais.

MARCOS: Quais os prejuízos psicológicos causados?
São inúmeros. Os danos psicológicos são de conotações profundas. Podem provocar inclusive suicídio. Existe inúmeros casos nacionais e internacionais, um deles foi da norte-americana Lori Drew. Ela foi condenada pela morte da jovem Megan Méier de apenas 13 anos de idade, que cometeu suicídio depois de sofrer perseguição e agressões psicológicas freqüentes na Internet. O Bullying, assim como o Cyberbullying geram stress, ansiedade, insegurança, medo e pânico e até depressão em suas vítimas. Pode provocar dificuldades de concentração, diminuição do rendimento escolar, desistência de aprender e de ensinar, incertezas e angústias, medo de ir à escola, fracasso escolar com repetência e evasão. Além disso, surgem dores de cabeça, dores de estômago, dores não especificadas, mudanças de humor súbitas, falta de apetite ou apetite voraz, insônias, ataques de pânico, stress entre outros sintomas.

PARTE II
TATIANA: O que é a violência?
Entendemos que violência é todo ato que implica a força, dominação e causa pavor na vítima e o Bullying e Cyberbullying são um tipo de violência. Sabemos que a escola procura produzir uma educação para a vida, para a cidadania, para preparação ao mercado de trabalho, buscando levar o aluno a um crescimento positivo na sociedade. Este objetivo pode se apresentar prejudicado com presença do Bullying e Cyberbullying porque destroem uma realidade positiva voltada aos valores éticos de respeito, disciplina e aprendizagens significativas. Por essa razão a escola precisa trabalhar para prevenir e controlar esses tipos negativos de comportamento.

TATIANA: Existe muita violência nas escolas?
Sim. Infelizmente existe. Sabemos que na sociedade atual, convivemos com diferentes formas de violência. Sabemos também que a escola é um espaço considerado como o prolongamento da família e ambiente educativo.Os educadores lutam para adequar e melhorar o aluno, mas como em qualquer ambiente de relações interpessoais existem conflitos, transgressão de regras, indisciplina, comportamentos autoritários e agressivos que de alguma forma podem caracterizar o Bullying e Cyberbullying. Estamos, freqüentemente, orientando os pais e professores e conversando com os próprios alunos quando surgem problemas em sala de aula ou na escola.

MARCOS: O uso do celular é freqüente na escola? Traz prejuízos ao aluno?
Sim, com certeza. Até porque muitas vezes o aluno porta o celular para se comunicar com os pais na saída das aulas. Para os pais é o meio mais eficaz de monitorar a trajetória cotidiana de seus filhos, pois a maioria dos pais trabalham e ficam fora de casa praticamente o dia todo. No entanto, tem se constituído um motivo de muitas reclamações de dirigentes de escolas dado seu uso inapropriado pelo aluno. Alguns alunos usam o celular de forma inadequada quando filmam cenas violentas, agressivas e constrangedoras de seus colegas e até de professores e jogam para circulação na Internet. Então podemos dizer que isso traz prejuízo tanto ao aluno como à escola.

TATIANA: A escola proíbe o uso de celular? Porque?
Em algumas escolas o uso de celulares é proibido pela direção porque os alunos também se distraem em sala de aula acessando a Internet, ouvindo músicas, fazendo ou recebendo mensagens, enviando torpedos, divertindo-se com jogos etc., isso é um prejuízo para a aprendizagem. Outro fator prejudicial e preocupante nas escolas é a 'cola eletrônica', usada por alguns alunos que se sentem fortalecidos por burlar a vigilância dos professores. Isso prejudica a avaliação e a aprendizagem. Todas essas questões precisam ser monitoradas pelo professor porque contribui para a dispersão do aluno, compromete as atividades em sala de aula e a aprendizagem positiva. Uma questão freqüente que tem surgido é o furto de celulares no espaço escolar. Na escola que trabalho já ocorreu e isso cria uma situação constrangedora. No entanto, foge à responsabilidade da escola apurar a situação porque o celular não é um recurso necessário às atividades desenvolvidas pela escola. Sendo assim, a escola não tem responsabilidade por perda de objetos que não fazem parte dos materiais educativos utilizados por ela. Procuramos conversar com os alunos e com os pais.

PARTE III
MARCOS: Você acha importante discutir sobre Bullying e Cyberbullying na escola?
Sim. É importante discutir com os alunos, pais e professores sobre comportamentos inadequados, orientar sobre regras de boa convivência que chamamos de 'o combinado' onde estão descritas as 'regras de relacionamento positivo em sala de aula' e o aluno recebe logo no início das aulas, em seguida, organiza-se um cartaz que fica exposto na sala para visibilidade de todos os alunos. Além disso, buscamos orientar sobre os prejuízos psicológicos que podem ser provocados pelo Bullying e Cyberbullying. Entendemos que tanto o Bulllying como o Cyberbullying pode interferir na autoestima, autoconceito, segurança e motivação, além de prejudicar a concentração e o rendimento escolar do aluno. Ressalte-se, ainda, que as vítimas podem ser afetadas por problemas psicossomáticos que surgem com manifestações de dor de cabeça, diarréia, febre, vômito, etc. Além disso, os transtornos de ansiedade, como fobia escolar, pânico, fobia social, e outros transtornos podem surgir ao longo do desenvolvimento. Algumas medidas preventivas que estão sendo postas em prática, como por exemplo, a suspensão, ajuda a inibir comportamentos agressivos e causadores do Bullying e Cyberbullying, o ideal mesmo é conversar sempre com os pais e com os alunos orientando e reeducando comportamentos.

TATIANA: O que fazer quando um aluno é agressivo na escola?
Analisar o caso. Ouvir os envolvidos. Tomar medidas de orientação e prevenção. Quando o aluno pratica agressividade [física ou verbal] para com o colega é advertido, orientado ou até suspenso dependendo do nível de agressividade. No dia seguinte ele só entra acompanhado pelos pais ou responsável. A orientação aos pais ou responsável pelo aluno é fundamental na prevenção e na melhoria do comportamento do aluno na escola e na aprendizagem escolar. É preciso investigar o porque de tal comportamento, como esse aluno vive seu cotidiano e porque faz uso da agressividade em seus relacionamentos e no ambiente escolar. É preciso lançar mão dessa medida preventiva, porque a solução para amenizar conflitos requer a participação da família dentro da escola, acompanhando, informando enfim ajudando os professores e direção num trabalho conjunto. Até hoje tem dado certo. Nossa escola não apresenta grandes problemas e os pais estão sempre atendendo ao nosso apelo.

MARCOS: Como os fenômenos Bullying e Cyberbullying são vistos pelos estudiosos?
Com muita preocupação. Todos são unânimes em dizer que este assunto precisa ser debatido constantemente na escola, na comunidade e na sociedade como um todo. É preciso prevenir e combater este tipo de violência. De acordo com Maldonado, pesquisadora e autora de vários livros entre eles 'A face oculta' o medo é ilimitado, a intimidade é invadida, não existe férias, período escolar, fim de semana porque a vítima está à mercê desse tipo tão negativo de violência que é o Bullying e Cyberbullying. Ela nos diz que:
[...] o bullying se caracteriza por ações repetitivas de agressão física e/ou verbal com a clara intenção de prejudicar a vítima. 'O cyberbullying é ainda mais terrível, porque a perseguição é implacável. A vítima é atacada por mensagens de celular, filmada ou fotografada secretamente em situações constrangedoras que podem ser colocadas na rede. O agressor pode criar um perfil falso da vítima em sites de relacionamento para difamá-la ou adulterar fotos em que, por exemplo, ela aparece como garota de programa, com seu celular divulgado pelas listas de contato do agressor e de seus amigos' [MALDONADO].
TATIANA: Na manifestação do Bullying quais as expressões mais usadas?
São inúmeras. As mais comuns usadas como agressão são as de humilhação, apelidos depreciativos, jogos de poder da turma que submete os colegas, intimidando-os para que obedeçam aos seus comandos sob pena de exclusão do grupo, ameaças de agressão física ou constrangimento moral, mensagens difamatórias ou ofensivas. Existem depoimentos estarrecedores. Estes são ataques maciços a autoestima que, em muitos casos, estimulam na vítima sentimentos de rejeição, dificuldades de inserção no grupo, medo de ir à escola, crises de angústia e estados depressivos nos esclarece a autora Maldonado [2011].

TATIANA: Existe, na escola, atividades que envolvam os alunos a trabalhar a Paz?
Sim, com certeza. Na escola procuramos sempre trabalhar a cultura da Paz envolvendo os alunos em atividades como arte, música, dança, teatro, esportes, etc. Apresentações para a comunidade. Temos registros lindos de todos os momentos. Entendemos que existe uma necessidade urgente de se trabalhar a cultura da paz nas escolas. A violência, como já foi dito, é muito presente e forte na sociedade. Quando realizamos com os alunos 'contratos de boa convivência' estamos firmando claramente o que é aceitável e o que não é nos relacionamentos do ambiente escolar, com regras claras e que precisam ser aceitas e entendidas por todos [alunos, pais, professores e direção] e não apenas um quadro para ser simplesmente visualizado diariamente e não cumprido. Ë uma regra de boa convivência e uma disciplina reeducativa.

MARCOS: os alunos aceitam tranqüilamente ou questionam?
Até hoje não temos conhecimento de não aceitação. Até porque sempre iniciamos com palestras e temas variados que envolvem educação e saúde. Os professores trabalham: 'o combinado'; 'contratos do grupo' etc., firmando comportamentos saudáveis de respeito, harmonia, cooperação, paz, afeto, amizade etc. Consideramos fundamental que se trabalhe na escola os valores humanos a fim de prevenir a discriminação e o preconceito [sexual, racial, religioso...]. Além disso, a empatia precisa estar presente entre o corpo técnico, professores e alunos uma vez que representa um ingrediente fundamental da inteligência social, relacionamento interpessoal positivo, compreensão e acolhimento do aluno. São, sem dúvida, formas positivas e fundamentais de prevenir e combater comportamentos agressivos, inadequados que caracterizam o Bullying e o cyberbullying. Sabemos que no Cyberbullying não é fácil se trabalhar a prevenção porque, geralmente, o aluno agressor age a partir de sua própria casa e se esconde no anonimato da rede web. Assim, a questão torna-se mais complexa [não sabemos quem são], mas estamos sempre chamando à atenção dos alunos de que é um ato errado, inapropriado e prejudicial às pessoas.

TATIANA: O que fazer diante do Cyberbullying tão presente hoje?
É difícil dar uma receita pronta. O que temos são orientações de estudiosos no assunto. No entanto, podemos dizer que a preocupação da direção, corpo técnico, professores e famílias reside no fato de que os insultos virtuais agressivos e depreciadores podem se espalhar rapidamente, contaminando todas as pessoas que conhecem a vítima e formando grupos de agressores e xingadores. Por esta razão, orientamos os pais para que monitorem os hábitos de seus filhos com o uso dos computadores e quando perceberem que algo está errado precisam buscar ajuda, conversar com o adolescente, conversar com a direção da escola, saber como o filho se comporta em sala de aula, buscar inibir este tipo de comportamento.

MARCOS: Existe punição para o bullying virtual?
Sim. Existe. Apesar de gostarem da sensação que é causada ao destruir outra pessoa, os alunos praticantes do cyberbullying podem ser processados por calúnia e difamação, sendo obrigados a disponibilizar uma considerável indenização às vítimas. Geralmente as pessoas que praticam o cyberbullying são adolescentes, sem limites, insensíveis, insensatos, inconseqüentes e empáticos. As escolas podem também identificar e punir os alunos envolvidos com medidas reeducativas. Em casa cabe aos pais monitorar o acesso aos computadores para verificar se seu filho está sendo vítima ou praticante do cyberbullying a fim de orientá-lo como lidar com a situação e que medidas podem ser tomadas.

MARCOS: Na sua opinião é proibido expor fotos na Internet?
Acredito que não. Entendo que o Orkut, por exemplo, tem uma política de privacidade que objetiva evitar ofensas, agressões e proteger as imagens de seus álbuns. É preciso ler a política de privacidade e aderir a ela. De igual forma creio que outras redes de relacionamentos positivos como o facebock, twitter, também possuem. No entanto, as pessoas devem evitar a divulgação de telefones, e-mails e endereço, assim como a exposição de fotografias e vídeos pessoais sem o respectivo cuidado. Mas não vejo proibição. Acho muito positivo e gratificante, por exemplo, quando vemos fotos de amigos, parentes e colegas no facebock e orkut com informações de onde estão, como estão ou que comemoram ou realizam. Ai mandamos um alô carinhoso ou uma mensagem motivadora. Faz parte de um relacionamento social saudável.

NOTAS FINAIS
Infelizmente, os autores do bullying e cyberbullying surgem tanto de escolas públicas como particulares, em empresas e instituições diferenciadas e agem em diferentes lugares: nas salas de aula, nos corredores, nos banheiros, no pátio, no ônibus escolar, a partir de sua própria casa etc., procurando intimidar suas vítimas. Conscientizar todo o corpo escolar [diretor, professor, aluno, pais, comunidade] é uma tarefa árdua, mas necessária. Com certeza, é importante esclarecer aos alunos de que a prática do cyberbullying é crime passível de punição por meios legais. Esclarecer ainda, que ele pode ser descoberto. Vale ressaltar que o anonimato na Internet não é absoluto. Todos os computadores conectados à rede mundial possuem um número que pode ser rastreado, o seu IP. Mesmo se o acesso for feito através de uma lan house, por exemplo, caso a mesma possua registro dos usuários [penso que deveria ter], será possível identificar o agressor.

Sabemos que as tecnologias virtuais contribuem significativamente na difusão do conhecimento e educação no ambiente escolar e fora dele, mas infelizmente apresenta faces que permitem a agressão, a depreciação virtual com a denominação de cyberbullying prejudicando a vida de muitas pessoas. Registramos a importância do assunto Bullying e Cyberbullying, e consideramos ser, na atualidade, um problema de saúde pública, pois envolve tanto aspectos físicos e psicológicos, afetando consideravelmente a vida humana. Portanto, acreditamos que é função da escola, da família e do poder público continuar a trabalhar perspectivas para que se possa combater o abuso agressivo no espaço escolar.

NOTAS:
1] Resumo da Entrevista realizada com a Psicóloga Graça Martins pelos alunos Tatiana e Marcos em nov/2011. 2] Fragmentos da palestra 'Bullying e Cyberbullying: formas de Violência escolar', realizada em fev/2012 na EEEFM G. Dias-João Pessoa [PB].
A AUTORA: *Professora, psicóloga clínica e hospitalar, especialista em sexualidade humana, mestre em educação [ULHT-Portugal], mestre em saúde coletiva [UNIFESP].

FONTE DE IMAGENS: pública disponível na Internet.
REFERENCIAS
ABRAPIA. Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes.http: //www.observatoriodainfancia.com.br/
ABREU, Cristiano Nabuco de. GÓES, Dora Sampaio. Os riscos do excesso de exposição ao mundo virtual. Revista Pátio, ano XIII, nº 51, ago/out. 2009;
ARAÚJO, R. M. C. D. P.; CHEDID , K. A. K. Bullying violência na escola.
http://www.clicfilhos.com.br/ler/79-Bullying,_violência_na_escola
CABRAL, G. Ciberbullying.
FANTE, C. Educação para a paz: estratégia de prevenção contra o comportamento bullying. http://www.sinprors.org.br/extraclasse/mai05/ideias.asp
FANTE, C. O Fenômeno Bullying e as suas conseqüências psicológicas.
http://www.psicologia.org.br/internacional/pscl84.htm
FANTE, C. Cyberbullying: a perversidade virtual.http://www.eidh.pt/apeeidh/PDH/Bullying/Cyberbullying_a%20perversidade%20virtual.pdf
FELIZARDO, M. Fenômeno bulliyng. 
http://diganaoaobullying.com.br
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LOPES NETO, Aramis A. Bullying – comportamento agressivo entre estudantes. Jornal de Pediatria, vol. 81, nº 05, 2005.
MALDONADO, M. T. Entrevista. http://www.direcionaleducador.com.br/artigos MORAIS, T. de Cyberbullying vem crescendo.http://www.miudossegurosna.net/artigos/2007-04-04.htmlNETO, Aramis A. SAAVEDRA Lúcia H. Diga não ao bullying. Rio de Janeiro, ABRAPIA, 2004.
RODRIGUES, L. X. Ciberbullying, Violência ultrapassa os limites da escola.
Cyberbullying: a violência virtual. Revista Nova Escolahttp://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/cyberbullying-violencia-virtual-bullying-agressao-humilhacao-567858.shtmlBullying e Cyberbulling. Revista Veja.http://veja.abril.com.br/especiais_online/bullying/cyberbullying.shtml

* Os artigos aqui apresentados são de responsabilidade exclusiva de seus autores.