Autora: Maria das Graças Teles Martins*
RESUMO
Este texto, originário de uma entrevista com alunos, tem como foco o desenvolvimento da temática da agressão entre alunos no ambiente escolar e virtual -o bullying e cyberbullying. O fenômeno Cyberbullying vem se tornando mais constante e presente fora do ambiente escolar acarretando diversas conseqüências físicas e psíquicas, o que é, sem dúvida, prejudicial para a vida de crianças, adolescentes e jovens. Entre os danos provocados estão o stress, ansiedade, insegurança, medos, pânico e até depressão. Sintomas característicos como dores de cabeça, dores de estômago, dores não especificadas, mudanças de humor súbitas, falta de apetite ou apetite voraz e insônias surgem com freqüência. Além de dificuldades de concentração, diminuição do rendimento escolar, desistência de aprender e de ensinar, incertezas e angústias, medo de ir à escola, fracasso escolar com repetência e evasão.
PALAVRAS CHAVE: Bullying, Cyberbullying, Educação, Psicologia.
INTRODUÇÃO
A psicóloga e professora Graça Martins participa de uma entrevista com alunos, faz palestra sobre Bullying e Cyberbullying nas turmas do 5º. Ano A e B da EEEFM G. Dias no início das aulas deste ano. A temática Bullying e Cyberbullying formas de violência escolar é um assunto importante e que deve ser debatido no meio estudantil. A existência do Bullying e Cyberbullying dentro da escola é uma realidade e surge como extensão das relações de poder que estão presentes entre adolescentes e jovens escolares sobre seus colegas e até mesmo professores.
Segundo a psicóloga, geralmente, os professores, técnicos e gestores escolares sentem dificuldades em manter o controle comportamental dos alunos uma vez que a escola tem muitas atribuições e um número expressivo de alunos. No inicio das aulas é fundamentalmente importante trazer um tema como o Bullying e Cyberbullying para que os alunos procurem entender o fenômeno, compreendam que o espaço escolar é um lugar de aprendizagem, de relacionamentos positivos e que a cultura da Paz deve ser internalizada por todos. Por esta razão, é preciso um trabalho conjunto entre escola, técnicos, professores e pais no sentido de melhor orientar os alunos, Implantar o sentido do respeito, da cooperação, da harmonia, da amizade entre outros valores humanos.
ENTREVISTA:
PARTE I
MARCOS: O que é Bullying e Cyberbullying?
Bullying é um termo utilizado para descrever os atos de violência física ou psicológica intencionais e repetidos, praticadas por um individuo [bully] ou um grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar, agredir outro individuo[s] incapazes de se defender. Cyberbullying [Bullying virtual ou Bullying On Line] - é uma prática que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar pessoas.
TATIANA: onde ocorre o Bullying?
A prática do bullying geralmente ocorre nas escolas, mas ocorre também em locais de trabalhos, vizinhança. Prejudica o desempenho escolar, as relações sociais, emocionais e afetivas. É comum pessoas que sofreram o bullying agredir a outros da mesma forma, e muitas vezes são estimulados em casa.
MARCOS: Quais os tipos de assédio escolar são mais usados pelos Bullies?
Os Bullies alunos utilizam, principalmente, uma combinação de Intimidação e Humilhação para atormentar os colegas vitimas. Buscam insultar a vítima; praticam ataques físicos repetitivos; Danificam objetos pessoais; Espalham rumores sobre a vítima; Obrigam a vítima a fazer coisas contra sua vontade por meio de ameaças; Fazem comentários depreciativos, geralmente sobre aparência e opção sexual; racismo; Isolam socialmente a vítima; praticam chantagens; Envergonham a vítimas; Usam a tecnologia através do Cyberbullying que hoje está sendo uma das fontes muito usadas pelos jovens e adolescentes.
TATIANA: Como ocorre as mensagens de Cyberbullying?
Por meio do virtual. Tanto na Internet como no celular surgem mensagens com imagens depreciativas que se alastram de forma intensa e tornam o Cyberbullying mais perverso para com as vítimas depreciando, xingando, apelidando, ameaçando. Antes o xingamento e a brincadeira de mau gosto era restrito no ambiente escolar [Bullying], agora ele se estende por outros meios de comunicação-o virtual.
MARCOS: É fácil identificar os agressores virtuais?
Às vezes a tecnologia torna difícil identificar os agressores, mas não é impossível. Eles precisam saber que existem meios de identificação e formas de punição. No espaço virtual os xingamentos e depreciações provocam, raiva, medos intensos e um tormento psicológico em suas vítimas. Diante disso, o Cyberbullying passa a ser muito mais cruel do que o Bullying tradicional uma vez que o acesso dos jovens e adolescentes ao virtual é muito fácil. Uma mensagem maldosa pode ser encaminhada para inúmeras pessoas ao mesmo tempo e entre alunos, isso ocorre com uma facilidade fora do comum. Portando os agressores precisam ser identificados e punidos.
TATIANA: Quais o meios virtuais mais utilizados no Cyberbullying?
Vários. Alguns estudiosos afirmam que os meios virtuais mais utilizados para disseminar difamações e calúnias são as comunidades, e-mails, torpedos, blues e fotologs. Eles expõem frases de discriminação e preconceito com intuito de ferir o colega, o professor, o diretor ou outra pessoa com a qual desejam atacar. Em relação aos colegas de escola e professores, as difamações são intensionadas e visam mexer com o psicológico da pessoa, deixando-a abatida e desmoralizada frente aos demais.
MARCOS: Quais os prejuízos psicológicos causados?
São inúmeros. Os danos psicológicos são de conotações profundas. Podem provocar inclusive suicídio. Existe inúmeros casos nacionais e internacionais, um deles foi da norte-americana Lori Drew. Ela foi condenada pela morte da jovem Megan Méier de apenas 13 anos de idade, que cometeu suicídio depois de sofrer perseguição e agressões psicológicas freqüentes na Internet. O Bullying, assim como o Cyberbullying geram stress, ansiedade, insegurança, medo e pânico e até depressão em suas vítimas. Pode provocar dificuldades de concentração, diminuição do rendimento escolar, desistência de aprender e de ensinar, incertezas e angústias, medo de ir à escola, fracasso escolar com repetência e evasão. Além disso, surgem dores de cabeça, dores de estômago, dores não especificadas, mudanças de humor súbitas, falta de apetite ou apetite voraz, insônias, ataques de pânico, stress entre outros sintomas.
PARTE II
TATIANA: O que é a violência?
Entendemos que violência é todo ato que implica a força, dominação e causa pavor na vítima e o Bullying e Cyberbullying são um tipo de violência. Sabemos que a escola procura produzir uma educação para a vida, para a cidadania, para preparação ao mercado de trabalho, buscando levar o aluno a um crescimento positivo na sociedade. Este objetivo pode se apresentar prejudicado com presença do Bullying e Cyberbullying porque destroem uma realidade positiva voltada aos valores éticos de respeito, disciplina e aprendizagens significativas. Por essa razão a escola precisa trabalhar para prevenir e controlar esses tipos negativos de comportamento.
TATIANA: Existe muita violência nas escolas?
Sim. Infelizmente existe. Sabemos que na sociedade atual, convivemos com diferentes formas de violência. Sabemos também que a escola é um espaço considerado como o prolongamento da família e ambiente educativo.Os educadores lutam para adequar e melhorar o aluno, mas como em qualquer ambiente de relações interpessoais existem conflitos, transgressão de regras, indisciplina, comportamentos autoritários e agressivos que de alguma forma podem caracterizar o Bullying e Cyberbullying. Estamos, freqüentemente, orientando os pais e professores e conversando com os próprios alunos quando surgem problemas em sala de aula ou na escola.
MARCOS: O uso do celular é freqüente na escola? Traz prejuízos ao aluno?
Sim, com certeza. Até porque muitas vezes o aluno porta o celular para se comunicar com os pais na saída das aulas. Para os pais é o meio mais eficaz de monitorar a trajetória cotidiana de seus filhos, pois a maioria dos pais trabalham e ficam fora de casa praticamente o dia todo. No entanto, tem se constituído um motivo de muitas reclamações de dirigentes de escolas dado seu uso inapropriado pelo aluno. Alguns alunos usam o celular de forma inadequada quando filmam cenas violentas, agressivas e constrangedoras de seus colegas e até de professores e jogam para circulação na Internet. Então podemos dizer que isso traz prejuízo tanto ao aluno como à escola.
TATIANA: A escola proíbe o uso de celular? Porque?
Em algumas escolas o uso de celulares é proibido pela direção porque os alunos também se distraem em sala de aula acessando a Internet, ouvindo músicas, fazendo ou recebendo mensagens, enviando torpedos, divertindo-se com jogos etc., isso é um prejuízo para a aprendizagem. Outro fator prejudicial e preocupante nas escolas é a 'cola eletrônica', usada por alguns alunos que se sentem fortalecidos por burlar a vigilância dos professores. Isso prejudica a avaliação e a aprendizagem. Todas essas questões precisam ser monitoradas pelo professor porque contribui para a dispersão do aluno, compromete as atividades em sala de aula e a aprendizagem positiva. Uma questão freqüente que tem surgido é o furto de celulares no espaço escolar. Na escola que trabalho já ocorreu e isso cria uma situação constrangedora. No entanto, foge à responsabilidade da escola apurar a situação porque o celular não é um recurso necessário às atividades desenvolvidas pela escola. Sendo assim, a escola não tem responsabilidade por perda de objetos que não fazem parte dos materiais educativos utilizados por ela. Procuramos conversar com os alunos e com os pais.
PARTE III
MARCOS: Você acha importante discutir sobre Bullying e Cyberbullying na escola?
Sim. É importante discutir com os alunos, pais e professores sobre comportamentos inadequados, orientar sobre regras de boa convivência que chamamos de 'o combinado' onde estão descritas as 'regras de relacionamento positivo em sala de aula' e o aluno recebe logo no início das aulas, em seguida, organiza-se um cartaz que fica exposto na sala para visibilidade de todos os alunos. Além disso, buscamos orientar sobre os prejuízos psicológicos que podem ser provocados pelo Bullying e Cyberbullying. Entendemos que tanto o Bulllying como o Cyberbullying pode interferir na autoestima, autoconceito, segurança e motivação, além de prejudicar a concentração e o rendimento escolar do aluno. Ressalte-se, ainda, que as vítimas podem ser afetadas por problemas psicossomáticos que surgem com manifestações de dor de cabeça, diarréia, febre, vômito, etc. Além disso, os transtornos de ansiedade, como fobia escolar, pânico, fobia social, e outros transtornos podem surgir ao longo do desenvolvimento. Algumas medidas preventivas que estão sendo postas em prática, como por exemplo, a suspensão, ajuda a inibir comportamentos agressivos e causadores do Bullying e Cyberbullying, o ideal mesmo é conversar sempre com os pais e com os alunos orientando e reeducando comportamentos.
TATIANA: O que fazer quando um aluno é agressivo na escola?
Analisar o caso. Ouvir os envolvidos. Tomar medidas de orientação e prevenção. Quando o aluno pratica agressividade [física ou verbal] para com o colega é advertido, orientado ou até suspenso dependendo do nível de agressividade. No dia seguinte ele só entra acompanhado pelos pais ou responsável. A orientação aos pais ou responsável pelo aluno é fundamental na prevenção e na melhoria do comportamento do aluno na escola e na aprendizagem escolar. É preciso investigar o porque de tal comportamento, como esse aluno vive seu cotidiano e porque faz uso da agressividade em seus relacionamentos e no ambiente escolar. É preciso lançar mão dessa medida preventiva, porque a solução para amenizar conflitos requer a participação da família dentro da escola, acompanhando, informando enfim ajudando os professores e direção num trabalho conjunto. Até hoje tem dado certo. Nossa escola não apresenta grandes problemas e os pais estão sempre atendendo ao nosso apelo.
MARCOS: Como os fenômenos Bullying e Cyberbullying são vistos pelos estudiosos?
Com muita preocupação. Todos são unânimes em dizer que este assunto precisa ser debatido constantemente na escola, na comunidade e na sociedade como um todo. É preciso prevenir e combater este tipo de violência. De acordo com Maldonado, pesquisadora e autora de vários livros entre eles 'A face oculta' o medo é ilimitado, a intimidade é invadida, não existe férias, período escolar, fim de semana porque a vítima está à mercê desse tipo tão negativo de violência que é o Bullying e Cyberbullying. Ela nos diz que:
[...] o bullying se caracteriza por ações repetitivas de agressão física e/ou verbal com a clara intenção de prejudicar a vítima. 'O cyberbullying é ainda mais terrível, porque a perseguição é implacável. A vítima é atacada por mensagens de celular, filmada ou fotografada secretamente em situações constrangedoras que podem ser colocadas na rede. O agressor pode criar um perfil falso da vítima em sites de relacionamento para difamá-la ou adulterar fotos em que, por exemplo, ela aparece como garota de programa, com seu celular divulgado pelas listas de contato do agressor e de seus amigos' [MALDONADO].
TATIANA: Na manifestação do Bullying quais as expressões mais usadas?
São inúmeras. As mais comuns usadas como agressão são as de humilhação, apelidos depreciativos, jogos de poder da turma que submete os colegas, intimidando-os para que obedeçam aos seus comandos sob pena de exclusão do grupo, ameaças de agressão física ou constrangimento moral, mensagens difamatórias ou ofensivas. Existem depoimentos estarrecedores. Estes são ataques maciços a autoestima que, em muitos casos, estimulam na vítima sentimentos de rejeição, dificuldades de inserção no grupo, medo de ir à escola, crises de angústia e estados depressivos nos esclarece a autora Maldonado [2011].
TATIANA: Existe, na escola, atividades que envolvam os alunos a trabalhar a Paz?
Sim, com certeza. Na escola procuramos sempre trabalhar a cultura da Paz envolvendo os alunos em atividades como arte, música, dança, teatro, esportes, etc. Apresentações para a comunidade. Temos registros lindos de todos os momentos. Entendemos que existe uma necessidade urgente de se trabalhar a cultura da paz nas escolas. A violência, como já foi dito, é muito presente e forte na sociedade. Quando realizamos com os alunos 'contratos de boa convivência' estamos firmando claramente o que é aceitável e o que não é nos relacionamentos do ambiente escolar, com regras claras e que precisam ser aceitas e entendidas por todos [alunos, pais, professores e direção] e não apenas um quadro para ser simplesmente visualizado diariamente e não cumprido. Ë uma regra de boa convivência e uma disciplina reeducativa.
MARCOS: os alunos aceitam tranqüilamente ou questionam?
Até hoje não temos conhecimento de não aceitação. Até porque sempre iniciamos com palestras e temas variados que envolvem educação e saúde. Os professores trabalham: 'o combinado'; 'contratos do grupo' etc., firmando comportamentos saudáveis de respeito, harmonia, cooperação, paz, afeto, amizade etc. Consideramos fundamental que se trabalhe na escola os valores humanos a fim de prevenir a discriminação e o preconceito [sexual, racial, religioso...]. Além disso, a empatia precisa estar presente entre o corpo técnico, professores e alunos uma vez que representa um ingrediente fundamental da inteligência social, relacionamento interpessoal positivo, compreensão e acolhimento do aluno. São, sem dúvida, formas positivas e fundamentais de prevenir e combater comportamentos agressivos, inadequados que caracterizam o Bullying e o cyberbullying. Sabemos que no Cyberbullying não é fácil se trabalhar a prevenção porque, geralmente, o aluno agressor age a partir de sua própria casa e se esconde no anonimato da rede web. Assim, a questão torna-se mais complexa [não sabemos quem são], mas estamos sempre chamando à atenção dos alunos de que é um ato errado, inapropriado e prejudicial às pessoas.
TATIANA: O que fazer diante do Cyberbullying tão presente hoje?
É difícil dar uma receita pronta. O que temos são orientações de estudiosos no assunto. No entanto, podemos dizer que a preocupação da direção, corpo técnico, professores e famílias reside no fato de que os insultos virtuais agressivos e depreciadores podem se espalhar rapidamente, contaminando todas as pessoas que conhecem a vítima e formando grupos de agressores e xingadores. Por esta razão, orientamos os pais para que monitorem os hábitos de seus filhos com o uso dos computadores e quando perceberem que algo está errado precisam buscar ajuda, conversar com o adolescente, conversar com a direção da escola, saber como o filho se comporta em sala de aula, buscar inibir este tipo de comportamento.
MARCOS: Existe punição para o bullying virtual?
Sim. Existe. Apesar de gostarem da sensação que é causada ao destruir outra pessoa, os alunos praticantes do cyberbullying podem ser processados por calúnia e difamação, sendo obrigados a disponibilizar uma considerável indenização às vítimas. Geralmente as pessoas que praticam o cyberbullying são adolescentes, sem limites, insensíveis, insensatos, inconseqüentes e empáticos. As escolas podem também identificar e punir os alunos envolvidos com medidas reeducativas. Em casa cabe aos pais monitorar o acesso aos computadores para verificar se seu filho está sendo vítima ou praticante do cyberbullying a fim de orientá-lo como lidar com a situação e que medidas podem ser tomadas.
MARCOS: Na sua opinião é proibido expor fotos na Internet?
Acredito que não. Entendo que o Orkut, por exemplo, tem uma política de privacidade que objetiva evitar ofensas, agressões e proteger as imagens de seus álbuns. É preciso ler a política de privacidade e aderir a ela. De igual forma creio que outras redes de relacionamentos positivos como o facebock, twitter, também possuem. No entanto, as pessoas devem evitar a divulgação de telefones, e-mails e endereço, assim como a exposição de fotografias e vídeos pessoais sem o respectivo cuidado. Mas não vejo proibição. Acho muito positivo e gratificante, por exemplo, quando vemos fotos de amigos, parentes e colegas no facebock e orkut com informações de onde estão, como estão ou que comemoram ou realizam. Ai mandamos um alô carinhoso ou uma mensagem motivadora. Faz parte de um relacionamento social saudável.
NOTAS FINAIS
Infelizmente, os autores do bullying e cyberbullying surgem tanto de escolas públicas como particulares, em empresas e instituições diferenciadas e agem em diferentes lugares: nas salas de aula, nos corredores, nos banheiros, no pátio, no ônibus escolar, a partir de sua própria casa etc., procurando intimidar suas vítimas. Conscientizar todo o corpo escolar [diretor, professor, aluno, pais, comunidade] é uma tarefa árdua, mas necessária. Com certeza, é importante esclarecer aos alunos de que a prática do cyberbullying é crime passível de punição por meios legais. Esclarecer ainda, que ele pode ser descoberto. Vale ressaltar que o anonimato na Internet não é absoluto. Todos os computadores conectados à rede mundial possuem um número que pode ser rastreado, o seu IP. Mesmo se o acesso for feito através de uma lan house, por exemplo, caso a mesma possua registro dos usuários [penso que deveria ter], será possível identificar o agressor.
Sabemos que as tecnologias virtuais contribuem significativamente na difusão do conhecimento e educação no ambiente escolar e fora dele, mas infelizmente apresenta faces que permitem a agressão, a depreciação virtual com a denominação de cyberbullying prejudicando a vida de muitas pessoas. Registramos a importância do assunto Bullying e Cyberbullying, e consideramos ser, na atualidade, um problema de saúde pública, pois envolve tanto aspectos físicos e psicológicos, afetando consideravelmente a vida humana. Portanto, acreditamos que é função da escola, da família e do poder público continuar a trabalhar perspectivas para que se possa combater o abuso agressivo no espaço escolar.
NOTAS:
1] Resumo da Entrevista realizada com a Psicóloga Graça Martins pelos alunos Tatiana e Marcos em nov/2011. 2] Fragmentos da palestra 'Bullying e Cyberbullying: formas de Violência escolar', realizada em fev/2012 na EEEFM G. Dias-João Pessoa [PB].
A AUTORA: *Professora, psicóloga clínica e hospitalar, especialista em sexualidade humana, mestre em educação [ULHT-Portugal], mestre em saúde coletiva [UNIFESP].
FONTE DE IMAGENS: pública disponível na Internet.
REFERENCIAS
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