segunda-feira, 5 de março de 2012

Cidadãos temem a violência escolar

Tatiane Calixto

A maior revelação na pesquisa, para o coordenador do IPAT, Alcindo Gonçalves, está nos problemas escolares apontados pelos entrevistados.

Merenda, material didático ou estrutura dos prédios, que eram reclamações recorrentes, ficaram em segundo plano. A população está preocupada com a violência e as drogas, a falta de participação dos pais na vida escolar dos filhos e com os baixos salários dos professores.

“É interessante perceber que a população está cobrando a participação dos pais e da sociedade em relação ao tema Educação”, comenta Gonçalves.

A opinião do coordenador é reforçada quando, ao serem questionados sobre o principal responsável pela violência dentro das escolas, os entrevistados afirmam ser os alunos: 34,9% deles acreditam que os próprios estudantes são os responsáveis pelas ações violentas, seguidos da sociedade (23,9%) e das famílias dos alunos (22,4%) .

“O levantamento mostra que as pessoas percebem que a participação dos pais tem um peso relevante na qualidade do ensino e que o problema da Educação não é apenas estrutural e financeiro. Exige um conjunto de políticas públicas, definição de foco, qualidade. Não é apenas construção de escolas”, diz.

Valorização

Para o diretor-presidente do Instituto Impacto, Paulo Alexandre Barbosa, é preciso avançar muito no que diz respeito à valorização do professor. “Não só na questão salarial, como também na capacitação”.

A família também desenvolve papel fundamental na educação, principalmente no nível básico, e a participação precisa ser incentivada. “O envolvimento da família é muito importante. Estudos apontam que, quanto mais os pais participam das atividades dos filhos, maior é o aproveitamento dos alunos. Sem contar que, quanto mais próxima a família estiver da vida escolar da criança, mais fácil combater a violência que ronda o ambiente escolar”, avalia.

E tudo isso, segundo Barbosa, só poderá ser alcançado com um esforço conjunto dos governos federal, estadual e municipal. “Somente desta forma teremos um ensino de qualidade”.

Fonte: A Tribuna

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