terça-feira, 27 de março de 2012

Escola é caso de polícia????

É triste o que temos vivenciado principalmente na rede pública de ensino. Garotas e rapazes, nossos jovens de hoje e os homens de amanhã, aqueles em cujas mãos está toda a nação, mergulhados nas drogas, na criminalidade, na violência urbana, no desinteresse social, na falta de sociabilidade e cidadania.

Bons tempos em que se ministrava OSPB (Organização Social e Política do Brasil) e EMC (Educação Moral e Cívica) nas nossas escolas. É o que vemos faltando nos jovens de hoje, falta-lhes cidadania. Amor e respeito à pátria,  ao próximo e a si mesmos. As escolas de hoje, não por culpa dos profissionais da rede de ensino, são palco de violência pautada no preconceito e no desrespeito às diferenças, atualmente chamada de “bullyng” .

“Bullying (anglicismo, bullying, pronuncia-se AFI: [ˈbʊljɪŋ], vagamente “bôliê-n”) é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, tiranete ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.[1]
Em 20% dos casos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras de bullying, ou seja, em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de assédio escolar pela turma. Nas escolas, a maioria dos atos de bullying ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida.”1


Ser gordo, magro, baixo, alto, negro, branco… não importa, o que realmente importa é a imposição de uma força desmedida, desleal, inconsciente, ilógica. No Brasil não se responde pelo crime de bulling, mas pelos resultados por esta conduta irracional provocada. Responde-se pela agressão, pela ameaça, pelo constrangimento e, nos casos mais extremos,  até mesmo pelo homicídio que provocam. Infelizmente o que para esses jovens parece uma brincadeira de mal gosto tem levado ao caos nossa sociedade. Qualquer sinal de aumento de agressividade do filho, o que pode revelar que ele é o agressor, e assim não ter a consciência do sofrimento que causa em outra criança, deve  ser observado pelos pais e professores e esse jovem levado, imediatamente, para acompanhamento profissional. Não se torne um hiper-protetor, mas vigie-o com maior atenção e se possível, solicite aos professores o parecer deles.



O que podemos fazer para, pelo menos, minimizar esses problemas?
Ao meu ver a solução está na mobilização. Nós pais temos que ter em mente que nosso lar também é parte do Estado e como tal deve funcionar. Temos que impor limites aos nossos filhos, ensiná-los que dentro de nossos lares há regras a serem seguidas e que a transgressao de tais regras leva a imposição de determinadas sanções, tais como ficar sem usar o computador, sem o celular, sem sair de casa, etc. Nossos filhos têm que saber que toda ação gera uma reação. Pergunte ao seu filho como foi o dia na escola e analise a expressão e o olhar dele, procure observar se estão felizes ou nao, se estao mentndo ou nao, estreite a relação de amizade com seu filho.
”Os sintomas que podem evidenciar que seu filho está sofrendo bullying na escola envolvem reações como dor de estômago e cabeça, vômitos e insônias frequentes. O isolamento, baixo rendimento escolar, conflitos entre irmãos e autoagressão também são provocados pelo bullying, assim tal problema podem ser percebidos quando há a atenção adequada voltada para seu filho.”2
É IMPORANTE RESSALTARMOS QUE EXISTE DIFERENÇAS ENTRE O BULLYNG PRATICADO POR MENINOS E O BULLYNG PRATICADO POR MENINAS.  

As ações dos meninos são, normalmente, mais expansivas e agressivas, portanto, mais fáceis de identificar. Eles chutam, gritam, empurram, batem, querem fazer valer sua superioridade no que se refere a força física, onde temos o bulling com agressões físicas. No que se refere às meninas, entre elas podem ser fofocas, boatos, olhares, sussurros, exclusão, críticas, rivalidades diversas, principalmente com relação a namorados. “, é o que chamamos de bullyng moral e é tão agressivo e de consequencias tão graves quanto o primeiro. Quem sofre não sabe o motivo e se sente culpado” inferiorizado, incapaz. É deprimente. Podemos chegar, inclusive a casos de alto extermínio.

As escolas também, em contrapartida, têm que impor suas punições e determinar as regras a serem seguidas. Ela também é um braço do Estado e como tal também deve agir. Os pais não podem se impor contra essas sanções, tirando da escola o poder de coerção por estas imposta, desde que esta coerçao seja proporcional e se mostre eficaz. Como já fora dito é imprescindível que haja uma soma de forças.

O que fazer em sala de aula quando se identifica um caso de bullying?
Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata.
“Se algo ocorre e o professor se omite ou até mesmo dá uma risadinha por causa de uma piada ou de um comentário, vai pelo caminho errado. Ele deve ser o primeiro a mostrar respeito e dar o exemplo”, diz Aramis Lopes Neto, presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria.
O professor pode identificar os atores do bullying: autores, espectadores e alvos. Claro que existem as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. Mas é necessário distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. “Isso não é tão difícil como parece. Basta que o professor se coloque no lugar da vítima. O apelido é engraçado? Mas como eu me sentiria se fosse chamado assim?”, orienta o pediatra Lauro Monteiro Filho.

Veja os conselhos dos especialistas Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores do livro Bullying Escolar (132 págs., Ed. Artmed, tel; 0800 703 3444):
- Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância, trabalhos didáticos, como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis em um conflito;
- Desenvolver em sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos;
- Quando um estudante reclamar de algo ou denunciar o bullying, procurar imediatamente a direção da escola.”3
Deve-se ter em mente que se os pais e a escola falham na educação o Estado, através de sua força policial, é quem agirá. Aí meus caros o “batido da lata é outro”, resta somente a cadeia, e essa é cruel e desumana.

Tem-se que ter em mente que é muito menos doloroso prevenir do que recuperar.
1.http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying
2.http://situado.net/como-evitar-bullings-nas-escolas/
3.http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/bullying-escola-sala-aula-caso-610503.shtml
Autoria: Cb Luciana.

Fonte: http://sandovalrodrigues.com.br/blog/?tag=violencia-escolar http://sandovalrodrigues.com.br/blog/?tag=violencia-escolar

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