Irma Slaghenaufi | |
Violências
nas escolas são reflexos de uma sociedade desajustada. Pais que
atribuem seus deveres às unidades escolares, ao Poder Judiciário e ao
Conselho Tutelar. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, lei
8.069 de 13 de julho de 1990, legislação da mais alta esfera elabora
pelo povo brasileiro, analisado e aprovado pelos nossos governantes em
seu artigo 22, a educação, a guarda e sustento são deveres dos pais. Os
pais e a comunidade escolar, precisam ser parceiras da escola,
acompanhando seus filhos, participando da vida escolar intra e extra
escola, diariamente. Se todos trabalham juntos, os pais assistem e
educam seus filhos, a escola dá a formação aos seus alunos e a sociedade
acolhe e participa. Com certeza, reina harmonia, diminui a competição
de classe, a força do querer ter ao invés do ser de cada pessoa.
Uma escola, entendo que precisa ser como a sociedade, para Marx um conjunto de indivíduos com várias ideias que chegam a uma conclusão harmoniosa, onde este é capaz de unicamente construir a sua história e a sua cultura. Na escola só tem lugar para aprender e ensinar. O conhecimento é uma educação formal ou sistemática que consiste de um conjunto científico e cultural transmitido por indivíduo detentor da metodologia de ensino e aprendizagem, que no caso é o professor, que ensina com o tempo marcado e merece o total respeito. Todo indivíduo passa pelo aprendizado. O aluno deve ir à escola com uma única intenção: “aprender, aprender e aprender”. Os pais, acompanhar cotidianamente nas suas: vestias, aparência, material e assiduidade escolar. Os programas, de modo geral, gozam de uma censura bastante leve, para o público mal formado, influenciando na educação do adolescente que acha que tudo pode. Os pais possuem pouca autoridade sobre os filhos, às vezes em razão de acúmulo de função e em outros casos por não acompanhá-lo em seus deveres. Creio que a imprensa falada e escrita têm muito a contribuir para modificar esse cenário de violência na escola/sociedade, analisando melhor os programas veiculados, debatendo com os jovens sobre algo que afeta a eles próprios na escola, como as questões sociais, não aprender, a progressão continuada, o desinteresse para com seus deveres, o pouco respeito com o patrimônio público, a violência com os colegas, desmazelo com o material, a aparência pessoal e outras questões pessoais que poderiam resultar primeiramente em melhorar o seu meio e depois o meio externo que, no caso, é o mundo. A autora, Irma Slaghenaufi, é socióloga e mediadora escolar |
Fonte: JCNet
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário