Vista aérea do Complexo Educacional do Jardim Novo, local em que a menina estuda
Ednéia Silva
Cansada de ver a filha sofrendo, Estelina de Almeida registrou Boletim de Ocorrência por omissão na última quarta-feira (21). Ela conta que a filha, de sete anos, vem sendo sistematicamente agredida por colegas sem que a escola tome providências para resolver o problema. A última agressão aconteceu na segunda-feira (19).
A menina conta que foi agredida por duas colegas, mas não soube explicar o motivo. Segundo a mãe, a menina frequentemente chega em casa com lesões e chorando. Por conta disso, a garota não está indo à escola. A mãe afirma que a filha somente voltará se o problema for resolvido ou se ela for transferida para outra unidade ensino.
Estelina disse que já procurou a direção da escola. A providência tomada foi mudar a menina de período, mas as agressões continuaram. A mãe procurou o Conselho Tutelar, que prometeu fazer uma visita à escola e investigar o caso. O conselho também encaminhou a menina ao Criari (Centro de Referência da Infância e Adolescentes) para atendimento psicológico.
Estelina informa que procurou a Ouvidoria Municipal solicitando a transferência, mas foi informada de que o órgão nada poderia fazer. Na quarta-feira (21), por telefone, ela procurou a Secretaria Municipal da Educação, mas não conseguiu falar com a pessoa responsável pela distribuição das vagas nas escolas. Diante disso, ela denunciou o caso à polícia e pretende também registrar queixa no Ministério Público.
Para Estelina, o caso se configura bullying, porque a filha sofre agressões físicas e verbais e não consegue se defender. Segundo ela, o caso deveria ser melhor averiguado, pois acredita que, se uma criança agride, é porque está passando por algum tipo de problema e precisa de ajuda.
Questionada sobre o caso, a Secretaria Municipal da Educação informou que “a supervisão de ensino da escola vai acompanhar o caso para verificar se há, de fato, bullying, conforme a reclamação da mãe da aluna. A SME frisa que a criança mudou de período de aulas regulares (da tarde para a manhã) há apenas uma semana, o que dificulta diferenciar o bullying de desentendimentos que podem acontecer normalmente entre as crianças. Após essa averiguação, a SME vai avaliar as providências cabíveis”.
Fonte: Jornal Cidade
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