quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Casos de violência escolar na região de Piracicaba deixam marcas e medo

Das cinco situações de repercussão, quatro delas foram dentro da classe. Especialista Margarete Zenero orienta pais e educadores sobre o assunto.


Do G1 Piracicaba e Região

A frase "Te pego na saída" já está ultrapassada. A sala de aula parece ter deixado de ser local seguro. Dos cinco casos de violência escolar que tiveram repercussão na região de Piracicaba (SP) em 2014, quatro deles ocorreram dentro da classe. Uma das situações causou mais comoção pelos motivos que provocaram a agressão, quando uma adolescente foi espancada por colegas dentro da sala de aula em Limeira (SP) porque ela era recém-chegada na instituição e considerada bonita pelos colegas.
Situações como essa marcaram o ano e deixaram marcas também nos envolvidos que agora sentem medo do futuro.A Secretaria Estadual de Educação informou que entende o enfrentamento à violência em suas unidades de ensino como algo que deve ocorrer em diversas frentes, com comunidade escolar, famílias e a polícia.
A  psicóloga Margarete Zenero dá orientações sobre como pais e educadores podem proceder no tratamento e na prevenção da violência na escola. Confira abaixo as várias situações de conflitos na escola que marcaram o ano.
Era bonita 
A aluna de 15 anos da Escola Estadual Castelo Branco, em Limeira, levou tapas, socos e arranhões que causaram ferimentos no rosto e pescoço. A agressão, ocorrida em 9 de abril, teria sido motivada porque a jovem é nova na escola e se destacava pela beleza física, segundo o pai dela. A adolescente sofreu ferimentos no rosto e pescoço. A briga foi registrada com câmeras de celular pelos estudantes.
Na época, familiares da jovem agredida afirmaram que a unidade de ensino tinha conhecimento da situação antes de chegar ao extremo. A Diretoria de Ensino de Limeira manifestou, em nota, repúdio a qualquer ato de violência e declarou que atua em conjunto com as famílias para evitar situações como a que envolveu as alunas da Escola Estadual Castelo Branco.
Aviões e bolinha de papel
Já em Piracicaba (SP), um aluno de 13 anos disse ter sido agredido por uma professora durante a aula na escola estadual do Jardim Gilda, no dia 8 de abril. A mãe do garoto registrou um boletim de ocorrência em que relatava que após empurrrão da docente, o menino bateu a cabeça na parede da sala e teve um corte na testa.
Adolescente foi agredido por professora e mãe fez boletim de ocorrência em Piracicaba (Foto: Fernanda Zanetti/G1)Mãe de garoto agredido fez boletim de ocorrência em Piracicaba  (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
Segundo o relato do estudante, ele e alguns amigos estavam fora do lugar, brincando com aviões de papel na frente da sala, quando a professora mandou que eles fossem para suas carteiras. "Eu disse que já ia sentar, quando ela me pegou pelo braço, me levou para o fundo da sala e me empurrou", contou o garoto à reportagem do G1. A direção da escola informou que a docente foi advertida sobre como lidar com situações de indisciplina em sala de aula.
Também em Piracicaba, uma jovem de 14 anos que estava grávida apanhou de colegas de classe do 7º ano dentro da sala na Escola Estadual Professor Antônio Mello Cotrim, no bairro Pauliceia, em agosto. A agressão teve início após uma "guerra" de bolinhas de papel.
A professora tentou apartar a briga, mas também foi atacada. Dois estudantes, uma garota de 15 anos e um menino de 13 anos foram apreendidos por terem participado da agressão. A polícia e o Conselho Tutelar foram acionados e os responsáveis pelos alunos foram chamados na unidade que realizou uma reunião para definir a punição aos estudantes. A Diretoria de Ensino da cidade também designou uma equipe de supervisores para acompanhar o caso.
Professora que apelidou menino de 'perna de pau' é suspeita de bullying em Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)Professora que apelidou menino de 'perna de pau' é suspeita de bullying  (Foto: Thomaz Fernandes/G1)
Bullying
A mãe de um aluno de 6 anos da rede municipal de educação de Piracicaba denunciou uma professora à polícia, acusando-a de praticar bullying contra o filho, em abril de 2014. Segundo ela, a profissional teria apelidado o garoto de "perna-de-pau".
A mãe do garoto precisou mudar o turno de estudo do filho na instituição porque ele começou a ter dificuldades. "Meu filho nunca teve queixas. O caderno dele era repleto de elogios e todas as atividades eram feitas. De repente começaram a vir reclamações", disse. A Secretaria da Educação de Piracicaba respondeu, na época, que a denúncia da mãe do garoto não procedia e que a situação estava solucionada entre ambas as partes.
Preconceito
Ainda em Piracicaba, a mãe de uma garota de 12 anos que pesa 146 quilos e frequenta a Escola Estadual Pedro de Mello, no distrito de Tupi, reclamou do tratamento dado à estudante em razão da obesidade. Segundo ela, a direção sugeriu que a menina fosse retirada do estabelecimento de ensino. "Eu me senti ofendida. Minha filha é obesa e hipertensa, mas faz o controle com medicamentos. Isso não justifica um pedido desses", disse a vendedora Cláudia de Almeida Martins Rodrigues, de 42 anos.
Vendedora denuncia casos de bullying em escola em Piracicaba (Foto: Fernanda Zanetti/G1)Vendedora denuncia casos de bullying em escola em Piracicaba (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
A Secretaria Estadual da Educação exigiu um laudo médico sobre as condições de saúde da jovem, que também é vítima de bullying praticado por alunos, de acordo com a mãe. Ela levou à escola um laudo assinado por um profissional da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde a garota é acompanhada. O documento declarava que a "paciente não apresenta contraindicação para atividades escolares, mas tem limitações temporárias para atividades físicas até o controle da pressão arterial".
Especialista
Margarete Zenero, especialista em psicologia clínica, explica que parte da educação dos filhos, que deveria ser recebida em casa, tem sido transferida para a escola. "O trabalho de prevenção da violência na escola tem que ser feito em conjunto, mas todos são responsáveis. É preciso colocar os pais na roda", disse.
Quanto às brincadeiras, ela recomenda atenção para reconhecer quando ultrapassa o limite. "Bullying não vem de uma hora para outra. Geralmente, há um líder que gerencia as ações e que, muitas vezes, é quem esconde baixa autoestima. Para isso, coloca o foco nos defeitos do outro, que podem até ser inexistentes", explicou.
A diferença entre a brincadeira e o bullying é que a primeira não é duradoura, disse Margarete. A escola precisa estar atenta e aberta a refletir sobre casos de violência e estabelecer medidas corretivas e preventidas. "É importante realizar um grupo de discussão junto com os pais", sugeriu.
Uma maneira de detctar se há situações de violência psicológica é perceber os “sinais”. Geralmente, o aluno vítima de bullying não é inserido nas atividades realizadas na sala de aula espontaneamente, além disso, ele é desvalorizado em suas atitudes e naquilo que fala. "Os amigos se afastam e o estudante vai se tornando solitário. Seu desempenho na escola também cai", explicou.
Tanto quem sofre, como quem comete bullying, necessita de acompanhamento profissional. "Nestes casos, os dois são escravos. O 'malvado' também precisa de ajuda". Outro aspecto a ser considerado é que, infelizmente, em certas situações, a criança ou o adolescente já chega à escola com um valor embutido nela e muitas vezes reforçado pelos próprios pais ou responsáveis.
Secretaria Estadual de Educação
A Secretaria do Estado da Educação informou que, desde 2009, conta com o Sistema de Proteção Escolar, iniciativa que orienta as equipes gestoras e apoia professores e alunos envolvidos em situações dessa natureza.
Entre as ações do programa, está a figura dos professores-mediadores, que são educadores capacitados para criar ações preventivas nas escolas e ainda aproximar a comunidade das unidades em campanhas de prevenção à violência, racismo e outras formas de discriminação como o bullying. Hoje, existem 3.425 professores em todo o Estado. Em Piracicaba, o número aumentou de 11, quando a função foi criada em 2010, para os atuais 23.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Como evitar bullying nas escolas em 2015


Como evitar o bullying nas escolas em 2015? O bullying é um termo bastante popular atualmente, de origem inglesa, que significa intimidação. Infelizmente, está sempre em pauta devido aos inúmeros casos de perseguição e agressões que acontecem em colégios de todo o mundo com estudantes de todas as idades. Diariamente a mídia tem mostrado o quanto o ambiente escolar tem se tornado violento e necessita de medidas enérgicas para evitar consequências irreversíveis na infância e no futuro das crianças e adolescentes envolvidos, sejam eles alvos ou agressores.


710292 Como evitar bullying nas escolas em 2015 1 600x600 Como evitar bullying nas escolas em 2015Como evitar bullying nas escolas em 2015 - O bullying é um problema bastante comum hoje em dia e pode afetar pessoas de qualquer faixa etária em diversos ambientes (Foto: Divulgação)

COMO EVITAR BULLYING NAS ESCOLAS EM 2015

É preocupante o aumento de casos de agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais colegas em lugares de todo o mundo. O bullying pode causar problemas psicológicos nas vítimas e agressores, pois ele atrapalha especialmente a aprendizagem, sendo os agressores com maior índice de reprovação.


710292 Como evitar bullying nas escolas em 2015 2 600x600 Como evitar bullying nas escolas em 2015O bullying trás diversas consequências para a vida toda da vítima (Foto: Divulgação)
Além de prejudicar o aprendizado, o bullying também pode prejudicar a relação com outras pessoas, causando a baixa autoestima, insegurança, isolamento, medo, angústia, agressividade, ansiedade, mudanças de humor, choros constantes, insônia, estresse, dificuldade de concentração, podendo levar a vítima até ao suicídio.

Fonte: Mundo das Tribos



quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Professores aprendem a identificar distúrbios psicológico

Projeto 'Cuca Legal' destina curso à avaliação de conflitos e diagnósticos em sala de aula. Participam docentes da rede pública em São Paulo
por Portal Brasil
O projeto "Cuca Legal", promovido pela Secretaria da Educação de São Paulo em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), oferece aos professores da rede pública paulista capacitação sobre  distúrbios psicológicos nos alunos.
Assim, os docentes podem identificar, mais facilmente, estudantes com depressão, déficit de atenção, transtorno bipolar, por exemplo. A iniciativa já chegou às escolas da capital, de Ribeirão Preto, Santos, Sorocaba e Taboão da Serra.
A proposta da secretaria é expandir a capacitação para todo o estado. Neste ano, 318 professores concluíram o curso, que é ministrado por psiquiatras, neurologistas e pedagogos. Em 2013, já haviam 90 capacitados.
O objetivo é que os profissionais saibam como abordar os estudantes, ofereçam ajuda e indiquem o tratamento na rede de saúde. O curso é destinado ao professor como mediador, um educador que já atua na identificação de vulnerabilidades no ambiente escolar e ainda desenvolve ações de prevenção e mediação de conflitos, como bullying e indisciplina.
Segundo o coordenador do Sistema de Proteção Escolar da secretaria, Felippe Angeli, a ideia é trabalhar a saúde a partir de uma visão integral, incluindo orientação física e psíquica, e também retirar o estigma, muitas vezes associado a distúrbios psicológicos.
“Estamos formando esses professores para que conheçam um pouco melhor a saúde mental e, caso identifiquem algum sinal que possa ocasionar problema, eles serão  encaminhados para o serviço de saúde competente”, disse.
Aprendizagem
Em uma das etapas, por exemplo, os professores são estimulados a olhar com cuidado os alunos extremamente quietos. Os estudantes mais agitados costumam chamar a atenção facilmente, porém aqueles que falam pouco também podem ter algum conflito que não conseguem compartilhar.
“O papel do professor não é, e não pode ser, o de fazer diagnóstico de doença. Mas contribuímos para que ele atue como ponte para o bem-estar do jovem", completa Angeli. O projeto está associado a uma pesquisa acadêmica, na Unifesp, que investiga as melhores formas de trabalhar a questão com profissionais que não têm formação na área de saúde.
Estimativas
O idealizador do projeto Cuca Legal, o psiquiatra Rodrigo Bressan, afirmou que entre 14% e 20% das crianças têm algum diagnóstico psiquiátrico identificável, que geralmente tem pequena gravidade, mas já seria o suficiente para atrapalhar o desenvolvimento do aluno.
“Então é fundamental que se identifique os problemas para que se possa tratar precocemente e prevenir consequências mais graves”, disse.
Para o psiquiatra, as consequências incluem queda no rendimento escolar, acompanhada do sentimento de ser mau aluno; chance de sofrer bullying e ainda problemas de sociabilidade, em que o jovem fica sem amigos e limitado do ponto de vista social.
Diagnóstico tardio
Se identificada tardiamente, “a doença tem maior chance de tornar-se crônica e persistir na idade adulta, além de tornar-se refratária [que não responde ao tratamento] com medicação ou terapia.  A intervenção precoce evita o uso de medicações”, acrescenta.
“A orientação e sensibilização dos professores é fundamental”, conta Bressan. O projeto, ao longo dos dois últimos anos, demonstrou que os profissionais da educação podem aprender sobre a saúde mental, detectando sintomas e o encaminhamento para o serviço de saúde competente.
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Após bullying, jornalista emagrece 36 kg com dieta e pole dance no AM

Thynara cansou de piadas por conta do peso e resolveu mudar de vida. 'Sinto orgulho em não ter ficado me lamentando', diz.


Camila HenriquesDo G1 AM
Thynara emagreceu mais de 30 kg com dieta balanceada e exercícios físicos (Foto: Arquivo Pessoal)Thynara emagreceu mais de 30 kg com dieta balanceada e exercícios físicos (Foto: Arquivo Pessoal)

Quando entrou na faculdade, em 2009, a jornalista Thynara Oliveira, de 23 anos, resolveu deixar os doces, refrigerantes e alimentos calóricos no passado. Cansada de ouvir todo tipo de piadas e apelidos depreciativos por conta de seu peso - com 17 anos, pesava 96 kg -. ela não quis saber de se lamentar. Começou a frequentar a academia e mudou totalmente a alimentação. Com 36 kg a menos e a autoestima recuperada, hoje ela exibe, orgulhosa, o resultado de mais de quatro anos de trabalho. As conquistas, segundo ela, são frutos de uma readequação alimentar e a sessões semanais de pole dance.
Em entrevista ao G1, Thynara conta que nunca teve problemas de saúde por conta do peso. Mesmo assim, não conseguia gostar do que via no espelho. "Sofria, desde criança, do tão falado bullying. Era chamada de botijão de gás, baleia e outros termos. Isso fez com que eu desejasse mudar minha vida e meu peso. Havia momentos em que eu era confundida com uma pessoa grávida e eu ficava realmente magoada", relembra.
Sonhando com o peso ideal, ela chegava a comprar roupas que um dia poderiam servir em seu corpo. "Machuca ser julgada por sua forma física e não por seu caráter. Nossa sociedade, infelizmente, vive de aparências. Eu estava ficando depressiva. Quanto mais eu pensava que teria de passar por uma verdadeira maratona para achar sapato e vestido quando terminasse a faculdade eu chorava mais e mais", conta.
Jornalista se apaixonou pelo pole dance e faz questão de fazer atividade pelo menos duas vezes na semana (Foto: Arquivo Pessoal)Jornalista se apaixonou pelo pole dance e faz
questão de fazer atividade pelo menos duas vezes na
semana (Foto: Arquivo Pessoal)
Foi aí que Thyanara decidiu mudar de vida. Antes sedentária e com uma dieta cheia de calorias, ela tornou as idas à academia mais frequentes. Dezessseis quilos foram embora, mas o temido 'efeito sanfona' chegou a dar as caras. Mesmo assim, ela não desistiu. "Comecei a correr, mas senti dor nos joelhos e na coluna; busquei auxílio médico e ele falou que meu único problema era meu peso", conta a jornalista, que também teve problemas para se adaptar a uma nova dieta.
"Cortei refrigerante, reduzi açúcar, sal e a ingestão de guloseimas calóricas. Recordo-me bem que fiz inúmeras dietas da moda, o que não recomendo para ninguém. Quando você pensa em emagrecer, cortar a ingestão de alimentos acaba soando como a primeira opção sábia. Esse foi um de meus maiores enganos, afinal de contas hoje consigo comer bem mais", acrescenta.
Thynara conta que encontrou o caminho para o corpo ideal em uma academia menor, já que não se sentia à vontade em outros lugares mais renomados. "Infelizmente, em locais assim, eles só ajudam quem não precisa de sua ajuda e já está com um belíssimo corpo. Na academia que estou recebi atenção e apoio de profissionais sérios", afirma.
Entre os exercícios que faz semanalmente, um se tornou o queridinho da jornalista. "Eu sou apaixonada por pole dance. Ele te faz ser sexy e forte ao mesmo tempo. Ganhei força, leveza e flexibilidade", observa.
Se antes Thynara tinha vergonha de mostrar os braços, hoje ela deve às duas sessões semanais de pole dance a definição dos membros superiores. Sete meses depois de intensificar a malhação, ela realizou um sonho e usou pela primeira vez uma peça de roupa tamanho 36.

"Hoje eu tenho uma vida mais ativa, faço musculação três vezes na semana, crossfit três vezes, pole dance, bike e funcional duas vezes", conta. "Sei que fui indisciplinada e culpada pela situação em que deixei meu corpo chegar, mas hoje tenho acompanhamento nutricional e fico feliz quando escuto que sou uma ótima paciente. Eu vivia uma vida desregrada e sedentária. Ainda tenho estrias e flacidez do tempo que era gordinha, mas sinto orgulho em não ter ficado me lamentando", finaliza.
Pole dance ajudou jornalista a emagrecer (Foto: Arquivo pessoal)Pole dance ajudou jornalista a emagrecer (Foto: Arquivo pessoal)

domingo, 21 de dezembro de 2014

Bruno Fagundes fala sobre bullying na infância e exibe quadros criados por ele

Ator diz que nunca foi a um estádio de futebol com o pai, Antonio Fagundes. 'Sou ex-gordinho. Era o último a ser escolhido na escola', lembra

Carolina MorgadoDo Gshow, Rio

Bruno Fagundes faz campanha à favor da cultura (Foto: Arquivo Pessoal)

Bruno Fagundes faz campanha a favor da cultura (Foto: Arquivo pessoal)

Não convide o ator Bruno Fagundes para uma partida de futebol. Ele não curte jogar, nem assistir. Mas se quiser chamá-lo para ir ao teatro, a chance de o convite ser aceito é enorme. Movido à arte, aos 25 anos, Bruno, filho do ator Antonio Fagundes, tem um hobbyque o acompanha desde os 11: pintar quadros. "Pinto há muito tempo e tenho mais de 40 telas. Faço só para os amigos e para presentear a família. Em São Paulo, fiz uma aula. Gosto de tudo que envolva arte. Amo música e toco piano", conta Bruno, que já mostrou o talento no EstrelasVeja pinturas feitas pelo ator!

Quadros que o ator Bruno Faguntes pintou (Foto: Arquivo pessoal)

Quadros feitos pelo ator Bruno Fagundes: família e amigos ganham de presente (Foto: Arquivo pessoal)


Baseado em um storyboard do filme "Os 39 Degraus", de Alfred Hitchcock (Foto: Arquivo pessoal)

Baseado em um storyboard do filme 'Os 39 Degraus', de Alfred Hitchcock (Foto: Arquivo pessoal)

No quesito futebol, Bruno admite, aos risos, que não acha graça. O motivo? "Acho que é porque eu não sei jogar. Sou ex-gordinho. Quando eu era criança sofria bullying. Era o último a ser escolhido. Não tenho talento com os pés. Toda vez que tinha futebol na escola era um sofrimento, porque além de eu não jogar bem, atrapalhava o time. Não tenho time e nem tive uma educação futebolística. Meu pai nunca foi chegado. Em casa, ele sempre preferiu um bom livro. Nunca fomos a um jogo", conta o ator.

Na novela, Antonio contracena com o filho, o estreante Bruno Fagundes (Foto: Estevam Avellar//TV Globo)

Bruno posa orgulhoso ao lado do pai: respeito e admiração (Foto: Estevam Avellar / TV Globo)

Para ele, o peso do sobrenome Fagundes nunca foi um problema, muito pelo contrário. "Penso que sou um ator jovem, que está trilhando seu caminho e construindo uma carreira. Não quero dar um passo maior do que a perna e estou feliz com tudo o que tenho conseguido", ressalta Bruno, que comemora: "Tenho um profissional em casa que respeito e admiro que é o meu pai. Por acaso, temos a mesma profissão. Minha mãe também é muito talentosa. Minha família não para".
Angélia e Bruno Fagundes (Foto: Inácio Moraes/TV Globo)

Angélica e Bruno Fagundes em momento descontraído (Foto: Inácio Moraes / TV Globo)

Tela pintada pelo ator Bruno Fagundes (Foto: Arquivo pessoal)

Talentoso, Bruno Fagundes mostra o quadro que pintou (Foto: Arquivo pessoal)

Como proteger o seu filho do bullying

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Como proteger o seu filho do bullying
O bullying, uma forma de assédio moral ou físico que acontece entre crianças, é hoje uma preocupação para a maioria dos pais. Para detectar e proteger o seu filho desta situação, deve estar atento aos sinais.
Os pais devem também conhecer e falar regularmente com os professores, monitores e pais de colegas, estando a par de como estão construídas as relações sociais dentro do grupo.
“Sempre que há grupos de muitas crianças juntas, parte do desenvolvimento das competências sociais pode traduzir-se em bullying”, explica Joel Haber, psicólogo clínico, ao site Everyday Health.
A atenção dos pais a este fenómeno não deve limitar-se ao contexto escolar. Deve também ter atenção às actividades extracurriculares, principalmente aquelas em que a criança passa mais tempo como em acampamentos de escuteiros ou visitas de estudo que impliquem mais do que um dia. “Ao contrário da escola, não há muitas ocupações num acampamento para os miúdos a não ser desenvolver as suas relações sociais, portanto é o ambiente mais propício à existência de bullying”, afirma o especialista.
Joel Haber explica que se o seu filho subitamente começa a deixar de querer ir para uma actividade que antes gostava, esse é um sinal claro de que poderá haver algum problema. Pode não ser bullying e até tratar-se de outra complicação – ansiedade, fobias, depressão ou algum desconforto com os adultos que monitorizam a actividade. Deve tentar perceber o que se passa.
As crianças mais pequenas costumam mesmo fingir má-disposição física para evitar as actividades e algumas desenvolvem efectivamente sintomas como dores de barriga ou de cabeça resultantes da ansiedade.
“É importante falar de forma natural sobre o bullying mesmo antes de a criança ir para as actividades. Dizer coisas como ‘olha, vais divertir-te muito, mas podem existir momentos menos bons”. Os pais devem ensinar os filhos como reagir caso os colegas tenham comportamentos menos positivos com eles. Esta aprendizagem depende da idade e maturidade da criança. Nos mais velhos, pode encorajar a criança a reagir com humor, não se mostrando intimidada, ou simplesmente ignorando o agressor. “Se a criança conseguir lidar sozinha com o bullying vai sentir-se mais feliz e confiante por ter solucionado o problema de forma autónoma”, explica o psicólogo. Mas se ainda assim o problema não ficar resolvido, o seu filho deve estar instruído para falar abertamente com um adulto da sua confiança, seja um professor, um irmão mais velho ou os próprios pais. O mais importante é a criança ou adolescente sentir que não está sozinho.
Os pais devem também conhecer e falar regularmente com os professores, monitores e pais de colegas, estando a par de como estão construídas as relações sociais dentro do grupo. Deve saber com quem brinca o seu filho e falar sobre como correu o dia na escola. 
Fonte: Sol PT

Jornalista lança história em quadrinhos sobre bullying na infância e adolescência

Lucas Carvalho*

Vanessa Bencz foi vítima de bullying por boa parte da infância na escola. Portadora de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), a jovem era chamada de “burra”, “lixo”, “desperdício de oxigênio”, entre outros apelidos, graças às notas baixas em consequência da distração. Hoje, formada em jornalismo e autora de dois livros, ela lança uma história em quadrinhos sobre os desafios que enfrentou até a adolescência e espera ajudar outras pessoas a superar os mesmos obstáculos.

Crédito:Divulgação
Vanessa Bencz escreve a HQ com ilustrações de Fabio Ori e Denny Fischer

“A Menina Distraída”, HQ escrita por Vanessa e ilustrada por Fabio Ori e Denny Fischer, conta a história de Leila, uma menina de 14 anos que sofre com a perseguição dos colegas de escola. Por conta da distração, ela não consegue prestar atenção nas aulas e preenche seu tempo desenhando as folhas do caderno durante os discursos do professor. Para desafiar o bullying, ela se inspira na super-heroína que criou, a Mulher Raio, para superar seus desafios pessoais.

Vanessa, que é autora dos livros “Relato do Sol” e “Memórias de uma jornalista distraída”, há anos visita escolas de Santa Catarina para dar palestras sobre bullying. “Eu percebi que esse é um tema ainda muito vivo, que crianças e adolescentes ainda precisam falar muito sobre isso. Um dia, uma professora chegou para mim e disse: ‘Por que tu não faz um livro sobre isso? Algo não muito infantil e nem muito adulto, algo meio-termo para adolescentes’. Nós não temos quase nada no mercado”, explica a jornalista.

Crédito:Divulgação
HQ foi produzido com financiamento do Catarse

Assim surgiu a ideia de uma história em quadrinhos que alertasse para a questão. Através do Catarse, uma plataforma online de financiamento coletivo, Vanessa conseguiu arrecadar mais de R$ 20 mil para a produção da obra, que teve lançamento oficial na última sexta-feira (12/12), em Joinville (SC). Para adquirir um exemplar, basta mandar um e-mail para vbencz@gmail.com. No site oficial da HQ, é possível também fazer o download gratuito do primeiro capítulo.

“Quando era criança, eu tinha o sonho de lançar uma história em quadrinhos. Eu sempre quis ser desenhista, mas uma vez um professor me zoou na frente de todo mundo. Ele falou que, no máximo, eu seria uma cartazista de supermercado”, relembra a jornalista, que comemora o número surpreendente de apoiadores e de vendas. “A recepção tem sido a melhor possível!”

O preconceito

Vanessa diz que o TDAH continuou sendo um insistente obstáculo mesmo após o colégio, na faculdade de jornalismo e no mercado de trabalho. “É muito difícil a convivência [com pessoas que não têm TDAH]. Eu sou uma pessoa com um grau muito alto de distração. Quando eu vejo, já estou com tudo desorganizado. Isso já me prejudicou muito, já fui demitida… “, lembra.

Até mesmo o trabalho como palestrante é mais difícil para Vanessa, que diz ter um discurso verbal desorganizado. “Para jornalista, é um problema muito grave. Na entrevista, uma pessoa começa falando e você começa a ‘viajar’. Ela termina de falar e… você não prestou atenção em nada”, lamenta. Para se manter funcional, a autora admite que sem remédios específicos para seu nível de TDAH, ela estaria “frita”. “Não ia ter história em quadrinhos!”, brinca.

Vanessa afirma que a imprensa precisa dar destaque à questão do bullying e que o cenário atual nas escolas não é exagerado. “A situação só está como está porque a gente não fala o suficiente. Todos os dias chega para mim relato de gente que foi humilhada, agredida e até chegou a tirar a própria vida. É muito grave. As escolas devem colocar a mão na consciência e perceber que estão sendo irresponsáveis e negligentes. Cada um tem que entender a importância do respeito ao próxima e da tolerância com as diferenças”, finaliza.

* Com supervisão de Vanessa Gonçalves

Facebook: botão “não curti” pode provocar bullying

Executivo Mark Zuckerberg falou sobre as dificuldades e temores para incluir o botão

O Facebook está considerando outras formas para que os usuários possam expressar suas reações ao conteúdo, além do botão “curtir”, conforme declarou Mark Zuckerberg, CEO da empresa, durante o evento de perguntas e respostas promovido pela rede social em sua sede, na Califórnia, Estados Unidos. O encontro foi realizado na última semana.
-----zuckFacebook promoveu evento de perguntas e respostas em sua sede (Imagem: Reprodução)"Uma das coisas nas quais viemos pensando é sobre a maneira correta de fazer com que as pessoas possam expressar mais emoções facilmente", afirmou Zuckerberg, que reconheceu que o “curtir” não é a melhor opção em alguns casos. "Muitas vezes as pessoas compartilham momentos tristes e elas nos dizem que não se sentem confortáveis ao ‘curtir’ algo assim, porque isso não é apropriado para aquele post”.

Apesar de reafirmar que a rede social dificilmente terá o “não curti”, uma das funções mais pedidas pelos usuários, o executivo falou sobre as dificuldades e temores para incluir o botão. Segundo ele, a opção poderia gerar consequências desagradáveis, como funcionar como uma maneira de humilhar os autores dos post, além de promover bullying online.

“Se existesse um botão 'não curti', ele traria resultados sociais negativos. Caso você não concorde ou goste de algo, provavelmente pensa algo a respeito, então é melhor comentar", argumentou.
Outra questão que pode ser levantada sobre o tema é o relacionamento com os anunciantes. Como as marcas iriam reagir a isso? Será que saberiam lidar com críticas? O Facebook estaria disposto a correr o risco?