segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Geek House – Um espaço pra você ser nerd sem sofrer bullying




Tendo sido convidado pro lançamento da Geek House, um espaço ~diferenciado~ para o nerd moderno [Que, ao contrário dos nerds-padrão, não saem de casa], eu fui lá ver qual que é a parada na terça passada, dia 09 de dezembro. E olha, até que é maneiro. Não é perfeito, óbvio, mas dá pra tirar uma onda de geek [Sério, quem faz isso?].

Como eu fui convidado mas não ganhei nada, posso ser sincero sobre o que achei do ambiente e tudo mais.

A entrada é discreta, parece até uma garagem de casa. Acho que talvez pra dar aquele clima de “casa de um amigo”, mas claro que essa impressão é desfeita assim que você atravessa o batente. Prateleiras com livros, gibis, bonequinhos [Action figure é o caralho], jogos de tabuleiro, e até mesmo uma arara com camisetas e moletons já mostram que o negócio ali é sério. Ou não é brincadeira, apesar de ter vários brinquedos no rolo.


Só achei mancada que o moletom do Deadpool não é aquele maneiro com a touca que pode passar por máscara.

Pode ser por conta do lançamento, pode ser por conta do orçamento ter estourado, ou vai saber lá deus porque, mas várias prateleiras estavam vazias, e a variedade deixou a desejar, mas acredito que isso não seja difícil de ser corrigido. Considerando que é um sobrado com quintal rebaixado, ou seja, várias escadas estreitas, que podem complicar pra mais de uma pessoa passando, ou se você for muito gordo.

 Mas é claro que não pode faltar zumbis.

Porque raios eu falei de escada? Porque, a despeito das coisas legais no andar em que você entra, o filé está no andar superior: Salas pra jogar RPG. Se elas foram feitas pra outra coisa eu não sei, mas uma das salas era ideal pra jogar RPG largado no sofá. E nem era a sala onde estava ocorrendo o workshop de RPG.

 O bom é que dá pra tacar almofada no jogador que não estiver prestando atenção.

Eu olhei pela porta da “sala de RPG” [Todas elas são salas de RPG, pra mim] e vi literalmente um exército de miniaturas, então fiz o que qualquer ser humano com bom senso e sem dinheiro no bolso fez: Virei as costas e fui pro outro lado do corredor pensando “nope, nope, nope, nope, nope, nope, nope”. O problema é que o corredor tinha vários quadros com reproduções maneiras de quadrinhos [Alguns alterados, mas quem vai prestar atenção nisso exceto um bando de nerds a toa e… Pera].

 Jogo das sete alterações que podem ser interpretadas ou como homenagens ou como ofensas.

O problema é: O corredor é estreito pra caralho, e mesmo eu sendo um cara magro, não dá pra passar duas pessoas ao mesmo tempo. E é o corredor onde ficam os banheiros, imagine o estrago na hora do aperto, meu amigo.

 O nosso amigo Tony Pinga conhece esse sofrimento.

No final do corredor, uma sala mais aberta [Que não parece um quarto] e uma varanda com vista pro quintal do próprio estabelecimento, e dos vizinhos também, mas nada que interesse alguém que tá pensando em como passar um machado vorpal flamejante +7 no pescoço do lichdo que em apreciar quintais cheios de mato [No caso dos vizinhos].

 Na volta, cê percebe que o Batmóvel não era pra estar ai, ou pelo menos você acha.

Falando em quintal, ainda sem coragem de ir dar um bizu no RPG, rumei pro quintal, porque tem mato e parece um cenário agradável pra jogar ao ar livre, ou pra essas pessoas que gostam de fazer live action de Vampiro: A Máscara com aquelas roupas vitorianas que matam qualquer brasileiro de calor nesse verão maravilhoso do hemisfério sul.

 O quintal do vizinho é mais legal pra Lobisomem: O Apocalipse, já que tem terra pra caralho pros pulguentos cavarem.

A surpresa ficou por conta do “porão” do lugar, que também tem duas salinhas que, com os móveis do jeito que estavam, também ficariam bem interessantes de serem usadas pra jogar RPG. Sim, eu tenho fixação por jogar RPG quando vou num lugar que me diz que eu poderia jogar RPG fora da minha casa. Porque em casa eu que tenho que arrumar a bagunça. Fora eu só tenho que me preocupar se não tou esquecendo nada.

 Inclusive, dá pra fingir que está numa masmorra sem grandes dificuldades. Exceto pelo fato de que você está confortável.

Só tem que tomar cuidado que, no final da “masmorra”, tem uma escada pros domínios proibidos: A cozinha do lugar. Quer dizer, eu não sei se é proibido, eu sei que eu subi a escada, vi que era a cozinha e sai fora antes que tomasse uma bronca. É, eu tenho trauma por ter sido uma criança “ativa”.

 Como a fotógrafa era covarde, não tem foto da cozinha.

Depois disso, eu tomei vergonha na cara e finalmente fui lá no workshop de RPG, passar vontade. Tinha sistema de heróis que era um bololô da Marvel com a DC, tinha um que eu nem lembro do que era [Mentira, era de Star Wars, mas ninguém liga pra Star Wars], e tinha o bagulho que eu me arrependi de perguntar: Dungeons & Dragons 5º edição, ou para os íntimos, D&D 5.

 A mesa de Star Wars é essa vazia, com o gordinho triste.

A despeito da vontade de ficar lá e jogar, eu só bati um papo rápido com a galera, que eu descobri serem mestres profissionais, ou seja, ganham dinheiro pra mestrar RPG. Cara, meu sonho é um emprego desses. Enfim, falando com o Bruno Cobbi, da Roleplayers, ele me explicou como funciona, mas eu recomendo que cês deem uma olhada no site deles que discorre muito melhor que eu.

 Melhor crossover de todos os tempos!

Além de ganhar dinheiro jogando/mestrando RPG, a gente bateu um papo rápido sobre D&D, e aparentemente a quinta versão melhorou absurdamente o sistema, ainda mais depois da caca que foi a quarta edição. Tudo bem que eu sou mais chegado na edição 3.5, mas é melhor não começar a discutir essas coisas. Se eu não trabalhasse no dia seguinte, teria ficado discutindo. Enquanto jogava.

 Não basta ter miniaturas de criaturas, tem que ter miniaturas de estruturas.

Por fim, o que se há de dizer é o seguinte: Dá uma passada lá, o clima é maneiro, provavelmente não vai ter tanta gente, então pra você, anti-social, talvez a experiência não seja traumática. Fica ali na Alameda Franca, 1055, perto da estação de metrô Consolação. Em São Paulo, pra quem não sabe. E se você for rico, pode ir jogar lá e gastar uma grana com material/comida/traquitanas. E me chama. Funciona de segunda a sábado [Domingo, que é dia de jogar RPG, não abre, vai entender], das 11h as 20h na segunda, das 11h as 21h terça e quarta e das 11h as 23h de quinta, sexta e sábado.

 O lorde Cthulhu lhe abençoa.

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