O Projecto Caerus vai apoiar, em Alpendorada, pelas 13h40, uma sessão de sensibilização sobre o Bullying. Esta actividade surgiu do trabalho desenvolvido pelos alunos do 12º A no âmbito da disciplina de Área de Projecto.
Durante o ano lectivo, desenvolveram investigação sobre o tema do bullying e elaboraram um inquérito aos alunos do 9º ano, cujos resultados serão apresentados nesta sessão.
Para além da apresentação dos dados do inquérito, será realizada uma apresentação pela Psicóloga Joana Gonçalves, do Gabinete de Psicologia, que irá esclarecer questões sobre a temática e responder a algumas questões dos alunos.
O Caerus apoia esta iniciativa no âmbito do GAJ - Gabinete de Atendimento a Jovens.
Fonte: A Verdade de Portugal
sábado, 30 de abril de 2011
Software identifica bullying e outras violências no Facebook
Com o SocialGuard, os pais poderão descobrir qualquer atividade suspeita dos filhos no Facebook
Se torna cada vez mais difícil proteger os filhos dos perigos que existem nas redes sociais. Pensando no assunto a empresa de segurança Check Point, desenvolveu o software identifica bullying e conversas sobre drogas, violências e outros assuntos delicados.
Não será preciso impedir que ele entre no Facebook, e você também não vai precisar ser amigo dele na rede para protegê-lo. Com o SocialGuard, os pais poderão descobrir qualquer atividade suspeita no perfil dos filhos no Facebook.
O SocialGuard também identifica se algum contato está mentindo sobre a idade. Assim, você poderá saber se algum adulto está tentando entrar em contato com seu filho.
Segundo a empresa, 38% dos jovens ignoram os pedidos de amizade dos pais na rede social. E cerca de 16% só aceitam porque é uma condição imposta pelos responsáveis.
Com o SocialGuard você não precisa da aprovação do seu filho para ter a certeza de que ele está seguro.
Fonte: 180 graus
Se torna cada vez mais difícil proteger os filhos dos perigos que existem nas redes sociais. Pensando no assunto a empresa de segurança Check Point, desenvolveu o software identifica bullying e conversas sobre drogas, violências e outros assuntos delicados.
Não será preciso impedir que ele entre no Facebook, e você também não vai precisar ser amigo dele na rede para protegê-lo. Com o SocialGuard, os pais poderão descobrir qualquer atividade suspeita no perfil dos filhos no Facebook.
O SocialGuard também identifica se algum contato está mentindo sobre a idade. Assim, você poderá saber se algum adulto está tentando entrar em contato com seu filho.
Segundo a empresa, 38% dos jovens ignoram os pedidos de amizade dos pais na rede social. E cerca de 16% só aceitam porque é uma condição imposta pelos responsáveis.
Com o SocialGuard você não precisa da aprovação do seu filho para ter a certeza de que ele está seguro.
Fonte: 180 graus
Bullying, quem não sofreu?
"Agosto. Os jornais matinais diziam que o tempo era firme e quente, mas, aparentemente, foi por volta do meio-dia que alguma coisa excepcional começou a acontecer, e funcionários do gabinete, todos com aquela expressão desesperada de crianças vítimas de bullying, começaram a telefonar para os serviços de meteorologia."
Não era agosto do ano passado, e o tempo quente naquele mês já deixa claro que se trata do hemisfério norte, no caso EUA, berço da expressão tão em voga ultimamente, o bullying.
Palavra na moda, mas sem tradução nos dois dicionários que tenho à mão, Michaelis e Webster's, embora o último nos ensine que bully significa valentão, provocador e, bullied, maltratar.
O texto acima, como o estilo elegante e preciso indica, é do escritor Truman Capote (1924-1984) e foi perpetrado em nada menos que 1946. Encontra-se no livro "Ensaios" (Ed. Leya, 605 págs.), no capítulo dedicado a Nova York.
Ou seja, a moda não tem nada de novidadeira, uma vez que a ação dos valentões que provocam e intimidam os mais fracos é assim definida há décadas; novidade é o peso e a evidência que isso tem ganhado ultimamente.
Até um senador da República, no caso a nossa mesmo, foi à tribuna para revelar-se vítima do bullying, coitadinho, tão ameaçado e destratado pela imprensa que viu-se obrigado a roubar o gravador de um repórter. Depois devolveu, e ficou tudo por isso mesmo, entrando mais esse episódio na vasta ficha corrida do político paranaense Roberto Requião.
Mas, agora, bullying está aí para ficar, e não apenas, infelizmente, nas palhaçadas de políticos destemperados: a palavra foi usada, por exemplo, como justificativa pelo indescritível ser que assassinou todas aquelas crianças na escola do Rio de Janeiro. E tem sido empregada aqui e ali, com cada vez mais preocupante frequência, como justificativa para os mais tresloucados atos.
A ponto de ter virado chacota na internet, mais precisamente no Facebook, onde proliferou, nos últimos dias, o seguinte post: "Se você cresceu comendo comida caseira, andava de bicicleta sem capacete, sua casa não era à prova de crianças, você tomava uma surra se comportava-se mal, tinha uma TV com três canais e precisava levantar para mudar ou para mexer na antena, fazia o juramento à bandeira na escola, bebia água de torneira, sofria bullying na escola e saía NORMAL, cole isto em seu mural para mostrar que sobreviveu."
Sobrevivemos...
É evidente que a citação de Capote tem tudo para ser auto-referente: precoce, feioso, míope, homossexual e com voz de menina, imagine a quantidade de bolinações (que significa contatos com fins libidinosos, mas também quer dizer apoquentar, amolar, chatear...) o cara não deve ter enfrentado na vida.
Mas quem não enfrentou, quem não tem aí um bullyingzinho para contar?
Eu!
Por conta de um sarampo, perdi metade da audição aos cinco anos de idade. Isso somado ao fato (piada pronta...) de ter tido as orelhas enormes desde sempre motivou uma infinidade de petelecos, puxões, tapas e gritos ao pé do ouvido ao longo de toda a primeira infância: Dumbo, Topo-Gigio, Surdinho. Na "segunda infância", aprendi a me virar (sentar na primeira fila, fazer leitura labial e deixar o cabelo crescer para tapar as orelhas) e a escapar do...bullying.
A única compensação era que a coisa não rolava só comigo. Na escola tinha o ruivo, o gordo Balão, o japonês Japorongo, o negro o Tição, o Aleijado-vítima-de-pólio, o Cegueta que usava óculos fundo de garrafa e por aí vai.
Sobrevivemos todos e não me consta que nenhum deles esteja atirando em criancinhas por aí.
Mas pode ter, quem sabe, virado político com mania de roubar gravador de repórter.
Culpa do bullying...
Fonte: Folha.com
Não era agosto do ano passado, e o tempo quente naquele mês já deixa claro que se trata do hemisfério norte, no caso EUA, berço da expressão tão em voga ultimamente, o bullying.
Palavra na moda, mas sem tradução nos dois dicionários que tenho à mão, Michaelis e Webster's, embora o último nos ensine que bully significa valentão, provocador e, bullied, maltratar.
O texto acima, como o estilo elegante e preciso indica, é do escritor Truman Capote (1924-1984) e foi perpetrado em nada menos que 1946. Encontra-se no livro "Ensaios" (Ed. Leya, 605 págs.), no capítulo dedicado a Nova York.
Ou seja, a moda não tem nada de novidadeira, uma vez que a ação dos valentões que provocam e intimidam os mais fracos é assim definida há décadas; novidade é o peso e a evidência que isso tem ganhado ultimamente.
Até um senador da República, no caso a nossa mesmo, foi à tribuna para revelar-se vítima do bullying, coitadinho, tão ameaçado e destratado pela imprensa que viu-se obrigado a roubar o gravador de um repórter. Depois devolveu, e ficou tudo por isso mesmo, entrando mais esse episódio na vasta ficha corrida do político paranaense Roberto Requião.
Mas, agora, bullying está aí para ficar, e não apenas, infelizmente, nas palhaçadas de políticos destemperados: a palavra foi usada, por exemplo, como justificativa pelo indescritível ser que assassinou todas aquelas crianças na escola do Rio de Janeiro. E tem sido empregada aqui e ali, com cada vez mais preocupante frequência, como justificativa para os mais tresloucados atos.
A ponto de ter virado chacota na internet, mais precisamente no Facebook, onde proliferou, nos últimos dias, o seguinte post: "Se você cresceu comendo comida caseira, andava de bicicleta sem capacete, sua casa não era à prova de crianças, você tomava uma surra se comportava-se mal, tinha uma TV com três canais e precisava levantar para mudar ou para mexer na antena, fazia o juramento à bandeira na escola, bebia água de torneira, sofria bullying na escola e saía NORMAL, cole isto em seu mural para mostrar que sobreviveu."
Sobrevivemos...
É evidente que a citação de Capote tem tudo para ser auto-referente: precoce, feioso, míope, homossexual e com voz de menina, imagine a quantidade de bolinações (que significa contatos com fins libidinosos, mas também quer dizer apoquentar, amolar, chatear...) o cara não deve ter enfrentado na vida.
Mas quem não enfrentou, quem não tem aí um bullyingzinho para contar?
Eu!
Por conta de um sarampo, perdi metade da audição aos cinco anos de idade. Isso somado ao fato (piada pronta...) de ter tido as orelhas enormes desde sempre motivou uma infinidade de petelecos, puxões, tapas e gritos ao pé do ouvido ao longo de toda a primeira infância: Dumbo, Topo-Gigio, Surdinho. Na "segunda infância", aprendi a me virar (sentar na primeira fila, fazer leitura labial e deixar o cabelo crescer para tapar as orelhas) e a escapar do...bullying.
A única compensação era que a coisa não rolava só comigo. Na escola tinha o ruivo, o gordo Balão, o japonês Japorongo, o negro o Tição, o Aleijado-vítima-de-pólio, o Cegueta que usava óculos fundo de garrafa e por aí vai.
Sobrevivemos todos e não me consta que nenhum deles esteja atirando em criancinhas por aí.
Mas pode ter, quem sabe, virado político com mania de roubar gravador de repórter.
Culpa do bullying...
Fonte: Folha.com
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Adolescentes são indiciadas nos EUA por praticarem bullying virtual
A Vara da Infância e Juventude de King County, em Seattle, indiciou duas pré-adolescentes de 11 e 12 anos por usar a senha de uma colega e postar imagens de conteúdo sexual explícito na sua página de relacionamentos Facebook.
Em um caso que, para as autoridades, ilustra o uso da internet como ferramenta para perpetrar o bullying entre os jovens, as duas meninas hackearam o perfil da vítima, postaram imagens de sexo explícito na página e enviaram mensagens a garotos propondo encontros sexuais.
Desafiando os próprios temores, a vítima, Leslie Cole, também de 12 anos, decidiu sair a público para denunciar o bullying cometido pela internet. As duas acusadas não foram identificadas.
De acordo com os registros do processo, as três meninas eram colegas da mesma escola do subúrbio de Seattle, Issaquah.
Depois de uma briga, as ex-amigas encontraram a senha do Facebook de Leslie arquivada em um computador e resolveram dar início ao assédio.
Com acesso irrestrito ao site, elas colocaram fotos grosseiras e de conteúdo sexual explícito no site da ex-amiga e enviaram mensagens para garotos com ofertas de sexo.
Além disso, incluíram balões de diálogo com os dizeres "Sou uma vagabunda" nas fotos.
Identificadas, as agressoras podem ser condenadas a até 30 dias de detenção em um centro juvenil.
MAGOADA
"Fiquei magoada e com muita raiva", disse Leslie Cole à TV local KVAL. "Simplesmente não consegui me controlar nem dormir. Eu só chorava todo o dia."
A menina contou as ameaças aos pais que, por sua vez, procuraram as autoridades.
Inicialmente, disse a família, os policiais que receberam a queixa inicial queriam descartar o caso como uma "briguinha de criança", mas no fim concordaram em agir.
Acredita-se que as duas meninas são as mais jovens acusadas no condado a serem autuadas por assédio e bullying online.
Como, segundo as leis do Estado de Washington, crianças entre 8 e 11 anos não podem ser acusadas de cometer crimes, a Justiça terá de determinar neste caso se a acusada mais jovem pode ser incriminada.
Dependendo da avaliação, a jovem será julgada no dia 10 de maio junto com a outra acusada.
"O caso revela o lado obscuro do uso de sites de mídia social pelos jovens", disse, em comunicado, o promotor de King County, Dan Satterberg.
"Muitos jovens acham que nos sites de mídia sociais as suas ações serão anônimas e que eles estão de mãos livres para usá-los como arma para bullying, assédio e intimidação", afirmou.
"Este caso demonstra que assumir a identidade de outra pessoa na internet com a intenção de atormentá-la e submetê-la ao assédio é crime."
Fonte: clickPB
Em um caso que, para as autoridades, ilustra o uso da internet como ferramenta para perpetrar o bullying entre os jovens, as duas meninas hackearam o perfil da vítima, postaram imagens de sexo explícito na página e enviaram mensagens a garotos propondo encontros sexuais.
Desafiando os próprios temores, a vítima, Leslie Cole, também de 12 anos, decidiu sair a público para denunciar o bullying cometido pela internet. As duas acusadas não foram identificadas.
De acordo com os registros do processo, as três meninas eram colegas da mesma escola do subúrbio de Seattle, Issaquah.
Depois de uma briga, as ex-amigas encontraram a senha do Facebook de Leslie arquivada em um computador e resolveram dar início ao assédio.
Com acesso irrestrito ao site, elas colocaram fotos grosseiras e de conteúdo sexual explícito no site da ex-amiga e enviaram mensagens para garotos com ofertas de sexo.
Além disso, incluíram balões de diálogo com os dizeres "Sou uma vagabunda" nas fotos.
Identificadas, as agressoras podem ser condenadas a até 30 dias de detenção em um centro juvenil.
MAGOADA
"Fiquei magoada e com muita raiva", disse Leslie Cole à TV local KVAL. "Simplesmente não consegui me controlar nem dormir. Eu só chorava todo o dia."
A menina contou as ameaças aos pais que, por sua vez, procuraram as autoridades.
Inicialmente, disse a família, os policiais que receberam a queixa inicial queriam descartar o caso como uma "briguinha de criança", mas no fim concordaram em agir.
Acredita-se que as duas meninas são as mais jovens acusadas no condado a serem autuadas por assédio e bullying online.
Como, segundo as leis do Estado de Washington, crianças entre 8 e 11 anos não podem ser acusadas de cometer crimes, a Justiça terá de determinar neste caso se a acusada mais jovem pode ser incriminada.
Dependendo da avaliação, a jovem será julgada no dia 10 de maio junto com a outra acusada.
"O caso revela o lado obscuro do uso de sites de mídia social pelos jovens", disse, em comunicado, o promotor de King County, Dan Satterberg.
"Muitos jovens acham que nos sites de mídia sociais as suas ações serão anônimas e que eles estão de mãos livres para usá-los como arma para bullying, assédio e intimidação", afirmou.
"Este caso demonstra que assumir a identidade de outra pessoa na internet com a intenção de atormentá-la e submetê-la ao assédio é crime."
Fonte: clickPB
“OAB vai à Escola” realiza palestras na Capital
O projeto “OAB vai à Escola” desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizou nesta terça-feira (26), a palestra “Bullying e suas implicações”, ministrada pelo advogado e membro da Comissão, Vital Migueis.
O tema foi abordado na Escola Municipal Sulivan Silvestre – Tumune Kalivono “Criança do Futuro), no loteamento indígena Marçal de Souza. Ao todo, participaram cerca de 87 pessoas, entre pais e alunos. Ao final, o palestrante realizou perguntas aos alunos. O ganhador recebeu como prêmio um livro contendo “Diretrizes para uma boa educação”.
No período da tarde, Iacita Terezinha Rodrigues de Azamor, membro da Comissão, realizou a palestra “Violência Doméstica”. Participaram cerca de 80 pessoas, com diversas perguntas a palestrante. Também foram doados alguns livros para a escola e aos participantes.
No mesmo dia, mas, na Escola Municipal Professor Leire Pimentel de Carvalho Corrêa, o vice-presidente da Comissão, Venâncio Josiel Dos Santos, ministrou o tema “Relacionamento Familiar” aos pais dos alunos. Com público de 67 pessoas atentas e interativas, a palestra foi produtiva com muitas perguntas respondidas.
Fonte: A Crítica
O tema foi abordado na Escola Municipal Sulivan Silvestre – Tumune Kalivono “Criança do Futuro), no loteamento indígena Marçal de Souza. Ao todo, participaram cerca de 87 pessoas, entre pais e alunos. Ao final, o palestrante realizou perguntas aos alunos. O ganhador recebeu como prêmio um livro contendo “Diretrizes para uma boa educação”.
No período da tarde, Iacita Terezinha Rodrigues de Azamor, membro da Comissão, realizou a palestra “Violência Doméstica”. Participaram cerca de 80 pessoas, com diversas perguntas a palestrante. Também foram doados alguns livros para a escola e aos participantes.
No mesmo dia, mas, na Escola Municipal Professor Leire Pimentel de Carvalho Corrêa, o vice-presidente da Comissão, Venâncio Josiel Dos Santos, ministrou o tema “Relacionamento Familiar” aos pais dos alunos. Com público de 67 pessoas atentas e interativas, a palestra foi produtiva com muitas perguntas respondidas.
Fonte: A Crítica
Cyberbullying, confira como comprovar ofensas pela internet
Nas escolas, é comum que crianças que fogem do padrão do restante da turma – seja por raça, religião, peso, altura ou comportamento – sofram com o bullying. Com a inclusão digital e a popularização das redes sociais como o Orkut e o Facebook, somado ao grande tempo que as crianças e adolescentes passam conectados, o bullying passou a integrar também esses espaços.
Os casos de cyberbullying encontram na facilidade de se remover informações da internet e, conseguentemente, na dificuldade de provar a agressão seus maiores incentivadores. Para que esses crimes não passem em branco, as vítimas podem fazer em cartório uma ata notarial do conteúdo ofensivo para servir como prova. Isso é necessário porque, como a internet é muito dinâmica, as informações podem ser tiradas do ar ou removidas para outro endereço a qualquer momento.
“Seja qual for o crime que o internauta venha a ser vítima, é importante, antes de tudo, reunir e preservar o maior número de provas possível. Mas não basta apenas imprimir e salvar o conteúdo das páginas ou “o diálogo” dos suspeitos numa sala de bate-papo, por exemplo, já que esse conteúdo não vale como prova em juízo, pois carece de fé pública”, explica o vice-presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado do Paraná (Anoreg-PR), Angelo Volpi
A pedido da parte interessada, o tabelião redige na ata notarial a constatação fiel de tudo aquilo que verificou por seus próprios sentidos sem emissão de opinião, juízo de valor ou conclusão pessoal. “Esse instrumento público fica salvo nos livros do tabelião e serve de prova pré-constituída para utilização nas esferas judicial, extrajudicial e administrativa”, conta Volpi, lembrando que no cartório do qual é titular, em Curitiba, é freqüente esse tipo de registro. A ata notarial pode ser feita em qualquer tabelionato de notas.
O vice-presidente da Anoreg-PR aconselha que as providências judiciais sejam tomadas pelos pais ou responsáveis das vítimas. “Geralmente, as ofensas são publicadas no perfil dos adolescentes em redes sociais. Porém, quem tem que tomar as providências legais são os pais ou responsáveis”, diz. Segundo dados divulgados pela organização não-governamental Plan Brasil, 17% dos adolescentes brasileiros de 10 a 14 já foram vítimas de cyberbullying. Os números são de uma pesquisa realizada pela instituição com 5 mil estudantes brasileiros, que também aponta que 69% das vítimas têm entre 12 e 14 anos.
De acordo com o delegado Demétrius Gonzaga de Oliveira, do Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil do Paraná (Nuciber), o primeiro passo é coletar todo o material de e-mails, redes sociais e mensagens instantâneas, imprimir de forma que o endereço da página apareça e fazer um boletim de ocorrência numa delegacia. “Além disso, sempre recomendamos que se faça uma ata notarial, para que, caso o criminoso apague o conteúdo da internet, a vítima tenha uma prova com valor legal que possa ajudá-la no processo”, recomenda. O delegado ainda conta que os casos de cyberbullying representam cerca de 12% dos atendimentos do Nuciber.
Fonte: Paraná Shop
Os casos de cyberbullying encontram na facilidade de se remover informações da internet e, conseguentemente, na dificuldade de provar a agressão seus maiores incentivadores. Para que esses crimes não passem em branco, as vítimas podem fazer em cartório uma ata notarial do conteúdo ofensivo para servir como prova. Isso é necessário porque, como a internet é muito dinâmica, as informações podem ser tiradas do ar ou removidas para outro endereço a qualquer momento.
“Seja qual for o crime que o internauta venha a ser vítima, é importante, antes de tudo, reunir e preservar o maior número de provas possível. Mas não basta apenas imprimir e salvar o conteúdo das páginas ou “o diálogo” dos suspeitos numa sala de bate-papo, por exemplo, já que esse conteúdo não vale como prova em juízo, pois carece de fé pública”, explica o vice-presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado do Paraná (Anoreg-PR), Angelo Volpi
A pedido da parte interessada, o tabelião redige na ata notarial a constatação fiel de tudo aquilo que verificou por seus próprios sentidos sem emissão de opinião, juízo de valor ou conclusão pessoal. “Esse instrumento público fica salvo nos livros do tabelião e serve de prova pré-constituída para utilização nas esferas judicial, extrajudicial e administrativa”, conta Volpi, lembrando que no cartório do qual é titular, em Curitiba, é freqüente esse tipo de registro. A ata notarial pode ser feita em qualquer tabelionato de notas.
O vice-presidente da Anoreg-PR aconselha que as providências judiciais sejam tomadas pelos pais ou responsáveis das vítimas. “Geralmente, as ofensas são publicadas no perfil dos adolescentes em redes sociais. Porém, quem tem que tomar as providências legais são os pais ou responsáveis”, diz. Segundo dados divulgados pela organização não-governamental Plan Brasil, 17% dos adolescentes brasileiros de 10 a 14 já foram vítimas de cyberbullying. Os números são de uma pesquisa realizada pela instituição com 5 mil estudantes brasileiros, que também aponta que 69% das vítimas têm entre 12 e 14 anos.
De acordo com o delegado Demétrius Gonzaga de Oliveira, do Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil do Paraná (Nuciber), o primeiro passo é coletar todo o material de e-mails, redes sociais e mensagens instantâneas, imprimir de forma que o endereço da página apareça e fazer um boletim de ocorrência numa delegacia. “Além disso, sempre recomendamos que se faça uma ata notarial, para que, caso o criminoso apague o conteúdo da internet, a vítima tenha uma prova com valor legal que possa ajudá-la no processo”, recomenda. O delegado ainda conta que os casos de cyberbullying representam cerca de 12% dos atendimentos do Nuciber.
Fonte: Paraná Shop
Palestra gratuita sobre “Bullying” acontece hoje pela internet
Transmissão ao vivo conscientizará a população sobre os riscos que o bullying traz
Acontece hoje, dia 28, a palestra gratuita com transmissão ao vivo pela internet com o tema “Bullying”. Esse termo está em alta e é usado para pessoas que intimidam, aproveitam de outras pessoas ou agridem.
O evento começa às 19h (horário de Brasília) e será transmitido pelo site www.portapalestras.com.br, gratuitamente e com Declaração Digital para impressão para os participantes. A palestrante, funcionária pública pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), Alessandra Carla Zeolla, que também faz parte do PROERD/MS (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), conscientizará a comunidade sobre os riscos que o bullying traz em todos os níveis, sejam eles psicológicos, sociais, entre outros.
Serão abordados temas como conceito, histórico, características, aspectos sociais, consequências, campanhas educativas e muito mais. Para participar, basta o interessado acessar o site do Porta-Palestras, se inscrever e assistir a palestra no horário marcado.
Fonte: Agora MS
Acontece hoje, dia 28, a palestra gratuita com transmissão ao vivo pela internet com o tema “Bullying”. Esse termo está em alta e é usado para pessoas que intimidam, aproveitam de outras pessoas ou agridem.
O evento começa às 19h (horário de Brasília) e será transmitido pelo site www.portapalestras.com.br, gratuitamente e com Declaração Digital para impressão para os participantes. A palestrante, funcionária pública pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), Alessandra Carla Zeolla, que também faz parte do PROERD/MS (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), conscientizará a comunidade sobre os riscos que o bullying traz em todos os níveis, sejam eles psicológicos, sociais, entre outros.
Serão abordados temas como conceito, histórico, características, aspectos sociais, consequências, campanhas educativas e muito mais. Para participar, basta o interessado acessar o site do Porta-Palestras, se inscrever e assistir a palestra no horário marcado.
Fonte: Agora MS
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Presidente da Câmara apresenta projeto contra Bullying
Em sessão realizada na noite desta terça-feira, 26, vereadores votaram 32 Indicações, 8 Requerimentos e quatro Moções apresentadas, sendo todas aprovadas.
O destaque da noite ficou por conta dos PL’s de autoria do vereador e presidente da Câmara, Marquinho da Bola (PTB). O primeiro dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying nas escolas públicas e particulares de Paulínia. Já o segundo PL 29/11, solicita que seja criado um cadastro municipal de pessoas com deficiência.
O que é Bullying
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
Fonte: Portal de Paulínia
O destaque da noite ficou por conta dos PL’s de autoria do vereador e presidente da Câmara, Marquinho da Bola (PTB). O primeiro dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying nas escolas públicas e particulares de Paulínia. Já o segundo PL 29/11, solicita que seja criado um cadastro municipal de pessoas com deficiência.
O que é Bullying
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
Fonte: Portal de Paulínia
60% das crianças presenciam ações de bullying
O presidente do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria e autor do livro "Diga não ao Bullying", Dr. Aramis Lopes Neto, afirmou que 60% das crianças presenciam ações de bullying, segundo estudos feitos em escolas no Rio de Janeiro.
Durante audiência pública sobre o tema "Como identificar e combater o bullying nas escolas", promovida pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, ele afirmou que a prática ocorre em todas as escolas, independentemente de número de alunos, da localização ou da classe social.
Reportagem - Karla Alessandra
Edição - Regina Céli Assumpção
Durante audiência pública sobre o tema "Como identificar e combater o bullying nas escolas", promovida pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, ele afirmou que a prática ocorre em todas as escolas, independentemente de número de alunos, da localização ou da classe social.
Reportagem - Karla Alessandra
Edição - Regina Céli Assumpção
PROJETO COMBATE BULLYING NAS ESCOLAS
Projeto de lei de autoria do senador Antonio Carlos Valadares, líder do PSB no Senado, torna obrigatório, para educadores e dirigentes de escolas, o combate ao assédio escolar (conhecido como “bullying) e todas as outras formas de violência, por meio de ações educativas de conscientização e prevenção, assegurada a participação da comunidade.
A proposta foi apresentada hoje pelo senador e ela acrescenta um inciso ao artigo 12 da Lei 9.394/1996, conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de forma que fique claro aos educadores e dirigentes das escolas, que o “bullying” é nocivo, ocorre com muita frequência e precisa ser combatido com uma série de ações de natureza educativa.
De acordo com o autor do projeto, estudos pedagógicos e de psicologia têm revelado que muitas brincadeiras feitas entre estudantes, até há pouco vistas como inócuas, na verdade são suscetíveis de provocar danos significativos na formação da personalidade e no desempenho escolar de crianças e adolescentes.
Ainda que muitas vezes essas atitudes de alguns alunos sejam claramente ofensivas, costumam ser tratadas pelos educadores como meros atos de indisciplina, merecedoras de algum tipo de punição, o que no entender de Valadares “tende a individualizar um fenômeno que merece atenção coletiva e ações educativas de prevenção, como campanhas, palestras, jogos, dramatizações teatrais com a participação não apenas de alunos e mestres, mas também com os pais de alunos”.
Para o senador, muitas escolas já se deram conta da importância de combater o “bullying” e criaram suas próprias estratégias a esse respeito. Mas ainda há muita desinformação entre profissionais da Educação, estudantes e seus familiares. “Outras vezes a informação existe, mas quando o fenômeno se manifesta a escola se omite, seja quanto ao estabelecimento de ações educativas de prevenção, seja quanto à adoção de providências apropriadas”, diz Valadares, para quem havia a necessidade de tornar a lei explícita sobre o tema e assim contribuir para o desencadeamento de ações de conscientização e de prevenção no âmbito de todas as escolas do país e junto à população em geral”.
Fonte faxaju.com.br
A proposta foi apresentada hoje pelo senador e ela acrescenta um inciso ao artigo 12 da Lei 9.394/1996, conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de forma que fique claro aos educadores e dirigentes das escolas, que o “bullying” é nocivo, ocorre com muita frequência e precisa ser combatido com uma série de ações de natureza educativa.
De acordo com o autor do projeto, estudos pedagógicos e de psicologia têm revelado que muitas brincadeiras feitas entre estudantes, até há pouco vistas como inócuas, na verdade são suscetíveis de provocar danos significativos na formação da personalidade e no desempenho escolar de crianças e adolescentes.
Ainda que muitas vezes essas atitudes de alguns alunos sejam claramente ofensivas, costumam ser tratadas pelos educadores como meros atos de indisciplina, merecedoras de algum tipo de punição, o que no entender de Valadares “tende a individualizar um fenômeno que merece atenção coletiva e ações educativas de prevenção, como campanhas, palestras, jogos, dramatizações teatrais com a participação não apenas de alunos e mestres, mas também com os pais de alunos”.
Para o senador, muitas escolas já se deram conta da importância de combater o “bullying” e criaram suas próprias estratégias a esse respeito. Mas ainda há muita desinformação entre profissionais da Educação, estudantes e seus familiares. “Outras vezes a informação existe, mas quando o fenômeno se manifesta a escola se omite, seja quanto ao estabelecimento de ações educativas de prevenção, seja quanto à adoção de providências apropriadas”, diz Valadares, para quem havia a necessidade de tornar a lei explícita sobre o tema e assim contribuir para o desencadeamento de ações de conscientização e de prevenção no âmbito de todas as escolas do país e junto à população em geral”.
Fonte faxaju.com.br
Vené sanciona Lei anti-bullying
O prefeito Veneziano Vital sancionou lei de autoria do vereador Tovar Correia Lima (PSDB), que cria um Programa de Prevenção ao Bullying nas escolas da rede municipal de Campina Grande. Aprovada por unanimidade em Dezembro de 2009, a proposta aponta para a prática de meios restaurativos e de qualificação do corpo docente e diretivo das instituições de ensino, entre outras, para, por meio do diálogo com a comunidade escolar, buscar a redução deste tipo de violência continuada, especialmente entre jovens.
O projeto visa coibir a prática de violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, entre pares, que ocorra sem motivação evidente, praticada por um indivíduo ou grupo de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir fisicamente, isolar, humilhar, ou ambos, causando dano emocional e/ou físico à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
O vereador Tovar, justificou que nos últimos tempos, o ambiente escolar passa por intensas transformações no que se refere à violência moral e física entre os estudantes. Segundo o vereador "a violência tem intimidado o aluno que é incapaz de se defender. Nós não podemos deixar que esse tipo de violência aumente em nossas escolas, temos que coibir", ressaltou Tovar.
Segundo o parlamentar os atos de "bullying" ocorrem não só nas escolas, mas também nas universidades, nos locais de trabalho, na política e entre vizinhos. E são impulsionados, muitas vezes, pela falta de conhecimento, pelo preconceito e até mesmo pela falta de respeito ao próximo, configurando, portanto, como ato ilícito por desrespeitar os princípios constitucionais ao se tratar da dignidade da pessoa humana.
Com a aprovação do projeto, as escolas municipais terão que desenvolver e incentivar práticas à política "antibullying". Para isso, deverão promover seminários, palestras e debates, sempre orientando os pais, alunos e professores, utilizando-se de cartilhas e material informativo em geral visando à prevenção e o combate às práticas de "bullying" nas instituições educacionais do município.
PB Agora
O projeto visa coibir a prática de violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, entre pares, que ocorra sem motivação evidente, praticada por um indivíduo ou grupo de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir fisicamente, isolar, humilhar, ou ambos, causando dano emocional e/ou físico à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
O vereador Tovar, justificou que nos últimos tempos, o ambiente escolar passa por intensas transformações no que se refere à violência moral e física entre os estudantes. Segundo o vereador "a violência tem intimidado o aluno que é incapaz de se defender. Nós não podemos deixar que esse tipo de violência aumente em nossas escolas, temos que coibir", ressaltou Tovar.
Segundo o parlamentar os atos de "bullying" ocorrem não só nas escolas, mas também nas universidades, nos locais de trabalho, na política e entre vizinhos. E são impulsionados, muitas vezes, pela falta de conhecimento, pelo preconceito e até mesmo pela falta de respeito ao próximo, configurando, portanto, como ato ilícito por desrespeitar os princípios constitucionais ao se tratar da dignidade da pessoa humana.
Com a aprovação do projeto, as escolas municipais terão que desenvolver e incentivar práticas à política "antibullying". Para isso, deverão promover seminários, palestras e debates, sempre orientando os pais, alunos e professores, utilizando-se de cartilhas e material informativo em geral visando à prevenção e o combate às práticas de "bullying" nas instituições educacionais do município.
PB Agora
Especialista sugere medidas de prevenção do bullying
Em reunião promovida pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes, especialistas e deputados defenderam nesta quarta-feira medidas preventivas contra o bullying. O pediatra Aramis Lopes, autor do livro "Diga não ao bullying", sugeriu que, de acordo com cada faixa etária dos alunos, sejam adotadas regras claras contra o bullying e ações solidárias de valorização da diversidade.
Lopes observou que a prática de intimidação ocorre em todas as escolas, públicas ou particulares, e citou estudos segundo os quais 60% das crianças presenciam ações de bullying nas escolas do Rio de Janeiro. Conforme ele ressaltou, a sociedade deve se conscientizar de que esse é um problema sério que pode deixar sequelas psicológicas na vida adulta da vítima.
O médico também defendeu o uso de medidas legais para obrigar as instituições públicas e privadas de ensino a adotarem, em seu planejamento, políticas de prevenção ao bullying.
"Isso deve ser um trabalho contínuo, permanente e capaz de mudar um comportamento social que já existe há muito tempo. O nosso grande desafio é mudar a partir de agora — é um trabalho longo, árduo, difícil, mas não é impossível, nem é caro. É viável para todo e qualquer governo, todo e qualquer município do Brasil", argumentou.
Mobilização
A coordenadora da frente parlamentar, deputada Liliam Sá (PR-RJ), destacou que a audiência foi o início da mobilização da Câmara para propor medidas eficazes de combate ao problema. "Precisamos de uma ação efetiva nas escolas e principalmente em casa. Temos que fazer com que o governo federal comece uma grande campanha de prevenção", afirmou.
Campanha
O presidente da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, destacou que a depressão na idade adulta é um dos sintomas apresentados pelas vítimas de perseguições na infância, como o bullying. Ele defendeu a necessidade de valorização da escola e do professor e campanhas para tornar os adultos menos tolerantes com qualquer tipo de afronta, como forma eficiente de enfrentar o bullying.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Roberto Leão, recomendou que as escolas se transformem em lugares de debate com a comunidade, e não em fortalezas com detectores de metais e outras medidas policiais.
Reportagem - Karla Alessandra/Rádio Câmara
Edição – João Pitella Junior
Lopes observou que a prática de intimidação ocorre em todas as escolas, públicas ou particulares, e citou estudos segundo os quais 60% das crianças presenciam ações de bullying nas escolas do Rio de Janeiro. Conforme ele ressaltou, a sociedade deve se conscientizar de que esse é um problema sério que pode deixar sequelas psicológicas na vida adulta da vítima.
O médico também defendeu o uso de medidas legais para obrigar as instituições públicas e privadas de ensino a adotarem, em seu planejamento, políticas de prevenção ao bullying.
"Isso deve ser um trabalho contínuo, permanente e capaz de mudar um comportamento social que já existe há muito tempo. O nosso grande desafio é mudar a partir de agora — é um trabalho longo, árduo, difícil, mas não é impossível, nem é caro. É viável para todo e qualquer governo, todo e qualquer município do Brasil", argumentou.
Mobilização
A coordenadora da frente parlamentar, deputada Liliam Sá (PR-RJ), destacou que a audiência foi o início da mobilização da Câmara para propor medidas eficazes de combate ao problema. "Precisamos de uma ação efetiva nas escolas e principalmente em casa. Temos que fazer com que o governo federal comece uma grande campanha de prevenção", afirmou.
Campanha
O presidente da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, destacou que a depressão na idade adulta é um dos sintomas apresentados pelas vítimas de perseguições na infância, como o bullying. Ele defendeu a necessidade de valorização da escola e do professor e campanhas para tornar os adultos menos tolerantes com qualquer tipo de afronta, como forma eficiente de enfrentar o bullying.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Roberto Leão, recomendou que as escolas se transformem em lugares de debate com a comunidade, e não em fortalezas com detectores de metais e outras medidas policiais.
Reportagem - Karla Alessandra/Rádio Câmara
Edição – João Pitella Junior
Requião vetou lei do bullying no Paraná
O senador Roberto Requião (PMDB-PR), o mesmo que ontem, na tribuna do Senado, disse estar sofrendo bullying da imprensa, vetou um projeto de lei aprovado na Assembleia do Paraná sobre o tema quando era governador do estado.
- Requião alegou que o projeto era contrário ao interesse público – lembra o deputado Douglas Fabrício (PPS), autor da proposta.
Segundo ele, o Paraná poderia ter saído na frente com esse tema, alvo de debate e estudos em todo o país. Depois da tragédia na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, Fabrício está reapresentando seu projeto de estabelecer punições para quem pratica violência física ou psicológica.
Se for de novo aprovado, vejam a ironia, o projeto pode até ajudar os advogados de Requião a defendê-lo na Justiça.
Fonte: IG - Correio do Estado
- Requião alegou que o projeto era contrário ao interesse público – lembra o deputado Douglas Fabrício (PPS), autor da proposta.
Segundo ele, o Paraná poderia ter saído na frente com esse tema, alvo de debate e estudos em todo o país. Depois da tragédia na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, Fabrício está reapresentando seu projeto de estabelecer punições para quem pratica violência física ou psicológica.
Se for de novo aprovado, vejam a ironia, o projeto pode até ajudar os advogados de Requião a defendê-lo na Justiça.
Fonte: IG - Correio do Estado
Requião vetou lei do bullying no Paraná
O senador Roberto Requião (PMDB-PR), o mesmo que ontem, na tribuna do Senado, disse estar sofrendo bullying da imprensa, vetou um projeto de lei aprovado na Assembleia do Paraná sobre o tema quando era governador do estado.
- Requião alegou que o projeto era contrário ao interesse público – lembra o deputado Douglas Fabrício (PPS), autor da proposta.
Segundo ele, o Paraná poderia ter saído na frente com esse tema, alvo de debate e estudos em todo o país. Depois da tragédia na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, Fabrício está reapresentando seu projeto de estabelecer punições para quem pratica violência física ou psicológica.
Se for de novo aprovado, vejam a ironia, o projeto pode até ajudar os advogados de Requião a defendê-lo na Justiça.
Fonte: IG - Correio do Estado
- Requião alegou que o projeto era contrário ao interesse público – lembra o deputado Douglas Fabrício (PPS), autor da proposta.
Segundo ele, o Paraná poderia ter saído na frente com esse tema, alvo de debate e estudos em todo o país. Depois da tragédia na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, Fabrício está reapresentando seu projeto de estabelecer punições para quem pratica violência física ou psicológica.
Se for de novo aprovado, vejam a ironia, o projeto pode até ajudar os advogados de Requião a defendê-lo na Justiça.
Fonte: IG - Correio do Estado
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Comissão da Criança inicia campanha contra o bullying
Rio - A Comissão da Criança da Câmara Municipal lançou, nesta terça-feira, a campanha "Bullying, não! Eu combato". Entre as ações da campanha estão palestra para os alunos da rede municipal de ensino sobre prevenção ao bullying, às quartas-feiras, a partir das 9h30, na Câmara, além de distribuição de folhetos de combate a essa violência nas portas das escolas. A campanha está nas redes sociais e já recebeu o apoio de celebridades como os cantores Ivete Sangalo e Evandro Mesquita, e o empresário Eike Batista.
Na audiência, o autor da campanha, o vereador Tio Carlos, cobrou ações da Secretaria Municipal de Educação, representada pela assessora da Coordenadoria de Educação Glória Macedo. Segundo Glória, a Secretaria promove cursos de capacitação de combate ao bullying para os profissionais do ensino.
Presente ao evento, a juíza Ivone Caetano afirmou que “o bullying é a consequência da ausência da aplicação da doutrina da proteção integral. Tanto agressor quanto agredido são vítimas”. Já a pedagoga e pesquisadora Cléo Fante citou uma pesquisa nacional que fez com 5.168 estudantes de escolas públicas e particulares. Segundo ela, 10% dos entrevistados eram vítimas de bullying, outros 10% autores e 3% autores e vítimas. A pesquisa mostrou que 17% dos alunos eram envolvidos com o bullying nas escolas e 30% no ambiente virtual.
- Os autores de bullying estão migrando para a internet - afirmou.
Cléo Fante enfatizou que nenhuma criança nasce praticando bullying. Segundo ela, este é "um comportamento aprendido que pode ser desaprendido. Se aprendem, aprendem com os adultos que dão o péssimo exemplo e que praticam o bullying com outro nome: assédio moral”.
Para a pesquisadora, a solução para o bullying começa com a capacitação dos profissionais de educação que precisam fazer o diagnóstico.
- Muitas vezes, é o professor que dá origem ao bullying, quando apelida, humilha, persegue e põe o aluno em situação de escárnio. Se não trabalharmos o professor, muito dificilmente trabalharemos a criança - declarou.
Fonte: O Dia OnLine
Na audiência, o autor da campanha, o vereador Tio Carlos, cobrou ações da Secretaria Municipal de Educação, representada pela assessora da Coordenadoria de Educação Glória Macedo. Segundo Glória, a Secretaria promove cursos de capacitação de combate ao bullying para os profissionais do ensino.
Presente ao evento, a juíza Ivone Caetano afirmou que “o bullying é a consequência da ausência da aplicação da doutrina da proteção integral. Tanto agressor quanto agredido são vítimas”. Já a pedagoga e pesquisadora Cléo Fante citou uma pesquisa nacional que fez com 5.168 estudantes de escolas públicas e particulares. Segundo ela, 10% dos entrevistados eram vítimas de bullying, outros 10% autores e 3% autores e vítimas. A pesquisa mostrou que 17% dos alunos eram envolvidos com o bullying nas escolas e 30% no ambiente virtual.
- Os autores de bullying estão migrando para a internet - afirmou.
Cléo Fante enfatizou que nenhuma criança nasce praticando bullying. Segundo ela, este é "um comportamento aprendido que pode ser desaprendido. Se aprendem, aprendem com os adultos que dão o péssimo exemplo e que praticam o bullying com outro nome: assédio moral”.
Para a pesquisadora, a solução para o bullying começa com a capacitação dos profissionais de educação que precisam fazer o diagnóstico.
- Muitas vezes, é o professor que dá origem ao bullying, quando apelida, humilha, persegue e põe o aluno em situação de escárnio. Se não trabalharmos o professor, muito dificilmente trabalharemos a criança - declarou.
Fonte: O Dia OnLine
Bullying motivou 87% de ataques em escolas, diz estudo
O psiquiatra americano Timothy Brewerton, que tratou de alguns dos estudantes sobreviventes do massacre de Columbine, que deixou 13 mortos em 1999 nos Estados Unidos, apresentou ontem no Rio estudo realizado pelo serviço secreto do país cujo resultado apontou que, nos 66 ataques em escolas que ocorreram no mundo de 1966 a 2011, 87% dos atiradores sofriam bullying e foram movidos pelo desejo de vingança.
Trata-se da mesma motivação alegada pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. “O bullying pode ser considerado a chave para entender o problema e um enorme fator de risco, mas outras características são importantes, como tendências suicidas, problemas mentais e acessos de ira. Não acredito em um estereótipo ou perfil para um assassino potencial nas escolas.”
A pesquisa apontou que em 76% dos ataques no mundo os assassinos eram adolescentes e tinham fácil acesso às armas de parentes. “Além do controle ao acesso às armas, recomendamos também que os pais fiquem atentos a alguns comportamentos, como maus-tratos contra animais, alternância de estados de humor, tendências incendiárias, isolamento e indiferença”, disse Brewerton. Segundo ele, 70% dos ataques registrados em escolas no mundo aconteceram nos Estados Unidos. O levantamento apontou que naquele país 160 mil alunos faltam diariamente no colégio por medo de sofrer humilhações, surras ou agressões verbais.
As informações são do Jornal O Estado de São Paulo
Trata-se da mesma motivação alegada pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. “O bullying pode ser considerado a chave para entender o problema e um enorme fator de risco, mas outras características são importantes, como tendências suicidas, problemas mentais e acessos de ira. Não acredito em um estereótipo ou perfil para um assassino potencial nas escolas.”
A pesquisa apontou que em 76% dos ataques no mundo os assassinos eram adolescentes e tinham fácil acesso às armas de parentes. “Além do controle ao acesso às armas, recomendamos também que os pais fiquem atentos a alguns comportamentos, como maus-tratos contra animais, alternância de estados de humor, tendências incendiárias, isolamento e indiferença”, disse Brewerton. Segundo ele, 70% dos ataques registrados em escolas no mundo aconteceram nos Estados Unidos. O levantamento apontou que naquele país 160 mil alunos faltam diariamente no colégio por medo de sofrer humilhações, surras ou agressões verbais.
As informações são do Jornal O Estado de São Paulo
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Congresso Nacional quer transformar BULLYING em crime
Atividade pode passar a ser considerada crime pela Justiça com reclusão de até seis anos.
O congresso Nacional tem, há mais de dez anos, vários projetos de lei contra bullying. Alguns prevêem campanhas de conscientização e outros determinam penas mais rigorosas. Agora, o Ministério Público quer transformar o bullying em crime.
Promotores da Infância e da juventude elaboraram um anteprojeto – estudo preliminar para a produção de um projeto – que estabelece punição de um a quatro anos de reclusão e multa para pessoas que cometerem bullying. Ainda haverá a possibilidade do infrator ir para a Fundação Casa, antiga FEBEM, caso seja menor de idade e tenha cometido uma prática violenta e grave.
A proposta do anteprojeto é penalizar aqueles que expuserem alguém, voluntária e repetidamente, ao constrangimento público, zombaria ou à degradação física ou moral. Em casos que deixem seqüela psicológica, a pena poderá ser ampliada para até seis anos. Antes de ser encaminhado ao Congresso, a proposta ainda será publicada no site do ministério público. A intenção é que a população envie sugestões para aperfeiçoar o projeto.
Entendendo o bullying
Tecnicamente, o bullying ocorre quando há agressão sistemática e repetitiva, que pode ser física, psicológica ou verbal, contra a mesma criança. O termo bully vem do inglês e se refere a pessoas que intimidam, agridem ou zombam de outras pessoas. Ele é cometido porque as pessoas não respeitam as diferenças, sejam de cor, peso, classe social, orientação sexual, religião e muitas outras.
As vítimas, geralmente, mudam o comportamento em casa, tem dores de cabeça e estômago, falta de apetite e dificuldades para dormir. Em sala de aula, sua postura também se modifica, elas costumam ficar retraídas, tristes, tendem a se tornar isoladas do convívio social e faltam freqüentemente, devido ao medo de serem mal-tratadas pelos colegas.
Cyberbullying: uma nova forma de bullying
Esse fenômeno se caracteriza pelo uso de tecnologias de informação, como a internet e o celular com o objetivo de humilhar, agredir, ameaçar e até chantagear colegas. Os jovens utilizam e-mails, mensagens de celular, blogs, MSN e orkut para divulgar fotos íntimas, muitas vezes montagens, e boatos que difamam e constrangem suas vítimas.
O bullying virtual é mais fácil de ser praticado, pois o agressor pode manter o anonimato através de nomes falsos ou apelidos. Há ainda aqueles que utilizam a senha de um amigo e se passam por ele.
Como identificar o bullying
Uma das dificuldades para reconhecer quem é alvo destas práticas, que inclui apelidos e chacotas diversas, é que muitas vezes ela é vista apenas como brincadeira pelos pais e educadores. E, na maioria das vezes, as vítimas sofrem caladas, por vergonha de estarem nesta situação ou por falta de alguém para conversar. Os professores e os pais devem ficar atentos ao comportamento dos filhos para identificar alterações de comportamento. Para isso, é preciso estar presente no cotidiano deles.
Do outro lado da moeda estão aqueles que praticam o bullying. Estes costumam ter características como agressividade, intolerância e hostilidade. Os pais devem ficar ainda mais atentos nestes casos e nunca incentivar brigas. Se necessário, devem procurar ajuda de especialistas, como psicólogos.
Atuação das escolas
A constatação mais cruel é que o bullying acontece, principalmente, nas escolas, um espaço em que deveria haver o respeito às diferenças. Porém, além de não ser isto que acontece, as escolas ainda omitem uma realidade de perversidade que alguns alunos cometem contra outros. Assim, os que praticam atos de humilhação não são parados em momento algum. E esta omissão leva a perpetuação da situação e pode trazer conseqüências para aqueles que sofrem de bullying.
O congresso Nacional tem, há mais de dez anos, vários projetos de lei contra bullying. Alguns prevêem campanhas de conscientização e outros determinam penas mais rigorosas. Agora, o Ministério Público quer transformar o bullying em crime.
Promotores da Infância e da juventude elaboraram um anteprojeto – estudo preliminar para a produção de um projeto – que estabelece punição de um a quatro anos de reclusão e multa para pessoas que cometerem bullying. Ainda haverá a possibilidade do infrator ir para a Fundação Casa, antiga FEBEM, caso seja menor de idade e tenha cometido uma prática violenta e grave.
A proposta do anteprojeto é penalizar aqueles que expuserem alguém, voluntária e repetidamente, ao constrangimento público, zombaria ou à degradação física ou moral. Em casos que deixem seqüela psicológica, a pena poderá ser ampliada para até seis anos. Antes de ser encaminhado ao Congresso, a proposta ainda será publicada no site do ministério público. A intenção é que a população envie sugestões para aperfeiçoar o projeto.
Entendendo o bullying
Tecnicamente, o bullying ocorre quando há agressão sistemática e repetitiva, que pode ser física, psicológica ou verbal, contra a mesma criança. O termo bully vem do inglês e se refere a pessoas que intimidam, agridem ou zombam de outras pessoas. Ele é cometido porque as pessoas não respeitam as diferenças, sejam de cor, peso, classe social, orientação sexual, religião e muitas outras.
As vítimas, geralmente, mudam o comportamento em casa, tem dores de cabeça e estômago, falta de apetite e dificuldades para dormir. Em sala de aula, sua postura também se modifica, elas costumam ficar retraídas, tristes, tendem a se tornar isoladas do convívio social e faltam freqüentemente, devido ao medo de serem mal-tratadas pelos colegas.
Cyberbullying: uma nova forma de bullying
Esse fenômeno se caracteriza pelo uso de tecnologias de informação, como a internet e o celular com o objetivo de humilhar, agredir, ameaçar e até chantagear colegas. Os jovens utilizam e-mails, mensagens de celular, blogs, MSN e orkut para divulgar fotos íntimas, muitas vezes montagens, e boatos que difamam e constrangem suas vítimas.
O bullying virtual é mais fácil de ser praticado, pois o agressor pode manter o anonimato através de nomes falsos ou apelidos. Há ainda aqueles que utilizam a senha de um amigo e se passam por ele.
Como identificar o bullying
Uma das dificuldades para reconhecer quem é alvo destas práticas, que inclui apelidos e chacotas diversas, é que muitas vezes ela é vista apenas como brincadeira pelos pais e educadores. E, na maioria das vezes, as vítimas sofrem caladas, por vergonha de estarem nesta situação ou por falta de alguém para conversar. Os professores e os pais devem ficar atentos ao comportamento dos filhos para identificar alterações de comportamento. Para isso, é preciso estar presente no cotidiano deles.
Do outro lado da moeda estão aqueles que praticam o bullying. Estes costumam ter características como agressividade, intolerância e hostilidade. Os pais devem ficar ainda mais atentos nestes casos e nunca incentivar brigas. Se necessário, devem procurar ajuda de especialistas, como psicólogos.
Atuação das escolas
A constatação mais cruel é que o bullying acontece, principalmente, nas escolas, um espaço em que deveria haver o respeito às diferenças. Porém, além de não ser isto que acontece, as escolas ainda omitem uma realidade de perversidade que alguns alunos cometem contra outros. Assim, os que praticam atos de humilhação não são parados em momento algum. E esta omissão leva a perpetuação da situação e pode trazer conseqüências para aqueles que sofrem de bullying.
8 anos de combate ao bullying nas escolas
Cia Atores de Mar´
Espetáculo BULLYING - 8 anos de combate ao bullying nas escolas.
Referência nos países de lingua portuguesa
Conheça o projeto do espetáculo BULLYING.
http://bullying-ciaatoresdemar.blogspot.com
Telefones de contato: (21) 24246254 - 78167987
SIGA-NOS no Twiter @ciaatoresdemar
Espetáculo BULLYING - 8 anos de combate ao bullying nas escolas.
Referência nos países de lingua portuguesa
Conheça o projeto do espetáculo BULLYING.
http://bullying-ciaatoresdemar.blogspot.com
Telefones de contato: (21) 24246254 - 78167987
SIGA-NOS no Twiter @ciaatoresdemar
Shalom!
Não fazemos o momento e sim prevíamos o que está ocorrendo no Brasil de hoje.
"Não faço um espetáculo teatral como puro entretenimento e sim o faço pela conscientização de um fenônemo que está acabando com crianças e jovens deste país, que é o bullying. O Teatro aproxima pessoas e com isso mostramos o dia a dia dos alunos em sala de aula, eles realmente se veêm em cena... Além de também participarem de um debate. Nós somos uma ferramenta à serviço do bem, pautada no conhecimento em questão." relata Mar´Junior - Diretor da Cia Atores de Mar´, vítima e praticante de bullying, também é autor do livro "BULLYING - EU sofri. EU pratiquei. EU hoje conscientizo."
Não fazemos o momento e sim prevíamos o que está ocorrendo no Brasil de hoje.
"Não faço um espetáculo teatral como puro entretenimento e sim o faço pela conscientização de um fenônemo que está acabando com crianças e jovens deste país, que é o bullying. O Teatro aproxima pessoas e com isso mostramos o dia a dia dos alunos em sala de aula, eles realmente se veêm em cena... Além de também participarem de um debate. Nós somos uma ferramenta à serviço do bem, pautada no conhecimento em questão." relata Mar´Junior - Diretor da Cia Atores de Mar´, vítima e praticante de bullying, também é autor do livro "BULLYING - EU sofri. EU pratiquei. EU hoje conscientizo."
domingo, 24 de abril de 2011
Combate ao Bullying: deputado Artur Bruno escreve sobre o assunto "bola da vez
O deputado federal Artur Bruno (PDT-CE), que também é educador, escreve sobre o problema que vem preocupando a sociedade brasileira e a comunidade escolar, com a autoridade de quem lidera o movimento pela pacificação nas escolas, a partir de legislação pertinente do Congresso:
"As escolas de todo o mundo vêm enfrentando um problema grave, que precisa receber total atenção do poder público, dos educadores e das famílias, o bullying. O termo nos remete a todo tipo de violência cometida de modo deliberado e continuado, através de atos de humilhação, ridicularização e intimidação das vítimas.
O tema ganhou maior repercussão a partir da tragédia ocorrida em 1999, no Instituto Columbine, escola do Colorado (EUA), quando dois estudantes que sofreram bullying entraram na escola armados e deixaram dezenas de mortos e feridos.
No mês passado, infelizmente tragédia parecida ocorreu na escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Rio de Janeiro, causando-nos perplexidade, indignação e revolta. Esses sentimentos devem também nos fazer agir para buscar soluções que possam combater efetivamente a violência nas escolas.
Precisamos unir educadores, diretores, pedagogos, assistentes sociais, psicólogos, sociólogos e toda a comunidade escolar para a criação de políticas de combate ao bullying. É urgente a qualificação dos educadores para que possam ficar atentos a qualquer indício de vítimas de violência escolar, como baixo rendimento, baixa autoestima, ansiedade e tristeza excessivas.
Antes de transformar o ambiente escolar – que deve ser marcado pelo respeito e pela convivência fraterna – em verdadeiras fortalezas, com a instalação de equipamentos de segurança, temos sim que preparar profissionais da educação e a comunidade escolar para que cada um ofereça sua contribuição na construção de uma cultura de paz.
É preciso valorizar ações que repassem às nossas crianças, desde cedo, noções de respeito às diferenças e tolerância. Além disso, deve-se incentivar que pais e os próprios estudantes denunciem os casos, para que não se transformem em situações extremas.
Como contribuição nessa discussão, apresentei, no ano passado, projeto de lei nº 139/2010, que propunha a criação de uma política estadual de combate ao bullying em instituições de ensino públicas e particulares. Parte da proposta foi aproveitada pelo Governo do Estado e aprovada, em forma de mensagem do Executivo. Está em plena validade, mas precisamos saber se está funcionando de fato.
Já como deputado federal, ingressei na Câmara com projeto de lei criando, no dia 7 de abril, quando ocorreu a tragédia na escola Tasso da Silveira, o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas. Que a data seja marcada não só pela tristeza, mas pela mobilização para que novos casos não se repitam."
Fonte: Direito CE
"As escolas de todo o mundo vêm enfrentando um problema grave, que precisa receber total atenção do poder público, dos educadores e das famílias, o bullying. O termo nos remete a todo tipo de violência cometida de modo deliberado e continuado, através de atos de humilhação, ridicularização e intimidação das vítimas.
O tema ganhou maior repercussão a partir da tragédia ocorrida em 1999, no Instituto Columbine, escola do Colorado (EUA), quando dois estudantes que sofreram bullying entraram na escola armados e deixaram dezenas de mortos e feridos.
No mês passado, infelizmente tragédia parecida ocorreu na escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Rio de Janeiro, causando-nos perplexidade, indignação e revolta. Esses sentimentos devem também nos fazer agir para buscar soluções que possam combater efetivamente a violência nas escolas.
Precisamos unir educadores, diretores, pedagogos, assistentes sociais, psicólogos, sociólogos e toda a comunidade escolar para a criação de políticas de combate ao bullying. É urgente a qualificação dos educadores para que possam ficar atentos a qualquer indício de vítimas de violência escolar, como baixo rendimento, baixa autoestima, ansiedade e tristeza excessivas.
Antes de transformar o ambiente escolar – que deve ser marcado pelo respeito e pela convivência fraterna – em verdadeiras fortalezas, com a instalação de equipamentos de segurança, temos sim que preparar profissionais da educação e a comunidade escolar para que cada um ofereça sua contribuição na construção de uma cultura de paz.
É preciso valorizar ações que repassem às nossas crianças, desde cedo, noções de respeito às diferenças e tolerância. Além disso, deve-se incentivar que pais e os próprios estudantes denunciem os casos, para que não se transformem em situações extremas.
Como contribuição nessa discussão, apresentei, no ano passado, projeto de lei nº 139/2010, que propunha a criação de uma política estadual de combate ao bullying em instituições de ensino públicas e particulares. Parte da proposta foi aproveitada pelo Governo do Estado e aprovada, em forma de mensagem do Executivo. Está em plena validade, mas precisamos saber se está funcionando de fato.
Já como deputado federal, ingressei na Câmara com projeto de lei criando, no dia 7 de abril, quando ocorreu a tragédia na escola Tasso da Silveira, o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas. Que a data seja marcada não só pela tristeza, mas pela mobilização para que novos casos não se repitam."
Fonte: Direito CE
Oito anos depois, Taiuva ainda guarda marcas de uma tragédia
Episódio em Realengo, no Rio de Janeiro, faz reabrir feridas; nome de atirador volta ao noticiário nacional
Lúcio Flávio Moura - enviado especial
O Massacre de Realengo reabriu uma ferida a 800 quilômetros de distância. Por quase uma década, Taiuva, uma cidade de 5 mil habitantes na microrregião de Jaboticabal, tentou esquecer um pesadelo inimaginável para um lugar marcado por uma silenciosa rotina caipira.
Os tiros, os choros, dos oito corpos feridos e de um tombado definitivamente - o do atirador Edmar Aparecido Freitas, 18 anos - na única escola secundarista da cidade, haviam se perdido numa espécie de amnésia coletiva conveniente.
Agora, com os ecos do banho de sangue no subúrbio carioca, é como se a cidade tivesse reencontrado pelo caminho a página mais chocante da história centenária do município, rasgada oito anos antes pelo desejo do esquecimento, logo depois que a dor passou.
Na Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, muita coisa mudou desde aquela tarde de 27 de janeiro de 2003. A diretora é outra, os alunos são outros e o caseiro, Antonio de Souza, que vivia na escola e foi uma das vítimas do atirador, se mudou para o Paraná.
O local que saiu do anonimato da maneira que ninguém queria, guarda, porém, as mesmas características. O culto ao esquecimento venceu e não há nenhum marco ou monumento que lembre o episódio. As instalações simples continuam limpas. O portão não é trancado, apesar de não ter vigilância. A reportagem adentrou os corredores sem ser admoestada até a sala da diretoria.
A professora Maria de Lourdes Jacon Fernandes (ferida de raspão no tiroteio) é a única vítima que mantém a rotina de frequentar a escola. Ressabiada e "cansada de falar sobre este assunto", ela preferiu não dar entrevista.
Marci Araújo Franco de Oliveira, que comanda a escola desde 2009, diz que não teme um novo episódio sangrento. Ela diz que o tema bullying é tratado com mais respeito na escola depois do ataque de Edmar Aparecido Freitas. "Sempre falo que tratar alguém pelo apelido pode ter consequências".
Ela elogia o grupo de 550 alunos da escola. Diz que não há registros de episódios violentos durante sua gestão e que atos de vandalismo são raros. Ela diz que o projeto do Ministério Público formou rede protetiva que simplificou o atendimento a adolescentes com risco de delinquência e o acesso a psicólogos.
A diretora afirma que os professores se sentem bem na escola. "Nosso quadro é bastante estável. Temos pouca alternância nas salas de aula", explica. Marci também está orgulhosa com a qualidade de ensino. Informa que a pontuação da unidade (2,58) é superior a média estadual (1,81) e da microrregião (2,01).
Com a maciça divulgação das mensagens deixadas por Wellington Menezes de Oliveira, o atirador da escola de Realengo, que provocou a morte de 12 alunos, o nome de Edmar, o atirador de Taiuva, também voltou ao noticiário e fez muita gente descobrir ou relembrar o episódio na cidade.
Em um trecho que se refere a atiradores que teriam revidado a tiros as hostilidades de colegas, ele chama Edmar de "irmão".
Fonte: Jornal A Cidade
Lúcio Flávio Moura - enviado especial
O Massacre de Realengo reabriu uma ferida a 800 quilômetros de distância. Por quase uma década, Taiuva, uma cidade de 5 mil habitantes na microrregião de Jaboticabal, tentou esquecer um pesadelo inimaginável para um lugar marcado por uma silenciosa rotina caipira.
Os tiros, os choros, dos oito corpos feridos e de um tombado definitivamente - o do atirador Edmar Aparecido Freitas, 18 anos - na única escola secundarista da cidade, haviam se perdido numa espécie de amnésia coletiva conveniente.
Agora, com os ecos do banho de sangue no subúrbio carioca, é como se a cidade tivesse reencontrado pelo caminho a página mais chocante da história centenária do município, rasgada oito anos antes pelo desejo do esquecimento, logo depois que a dor passou.
Na Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, muita coisa mudou desde aquela tarde de 27 de janeiro de 2003. A diretora é outra, os alunos são outros e o caseiro, Antonio de Souza, que vivia na escola e foi uma das vítimas do atirador, se mudou para o Paraná.
O local que saiu do anonimato da maneira que ninguém queria, guarda, porém, as mesmas características. O culto ao esquecimento venceu e não há nenhum marco ou monumento que lembre o episódio. As instalações simples continuam limpas. O portão não é trancado, apesar de não ter vigilância. A reportagem adentrou os corredores sem ser admoestada até a sala da diretoria.
A professora Maria de Lourdes Jacon Fernandes (ferida de raspão no tiroteio) é a única vítima que mantém a rotina de frequentar a escola. Ressabiada e "cansada de falar sobre este assunto", ela preferiu não dar entrevista.
Marci Araújo Franco de Oliveira, que comanda a escola desde 2009, diz que não teme um novo episódio sangrento. Ela diz que o tema bullying é tratado com mais respeito na escola depois do ataque de Edmar Aparecido Freitas. "Sempre falo que tratar alguém pelo apelido pode ter consequências".
Ela elogia o grupo de 550 alunos da escola. Diz que não há registros de episódios violentos durante sua gestão e que atos de vandalismo são raros. Ela diz que o projeto do Ministério Público formou rede protetiva que simplificou o atendimento a adolescentes com risco de delinquência e o acesso a psicólogos.
A diretora afirma que os professores se sentem bem na escola. "Nosso quadro é bastante estável. Temos pouca alternância nas salas de aula", explica. Marci também está orgulhosa com a qualidade de ensino. Informa que a pontuação da unidade (2,58) é superior a média estadual (1,81) e da microrregião (2,01).
Com a maciça divulgação das mensagens deixadas por Wellington Menezes de Oliveira, o atirador da escola de Realengo, que provocou a morte de 12 alunos, o nome de Edmar, o atirador de Taiuva, também voltou ao noticiário e fez muita gente descobrir ou relembrar o episódio na cidade.
Em um trecho que se refere a atiradores que teriam revidado a tiros as hostilidades de colegas, ele chama Edmar de "irmão".
Fonte: Jornal A Cidade
THE: Vereador quer o uso de detector de metais em escolas
As escolas e faculdades serão responsáveis pelos custos e instalação dos detectores
O vereador Renato Berger (PSDB) apresentou um Projeto de Lei na Câmara Municipal de Teresina que obriga a instalação de detectores de metais em todas as instituições de ensino da capital. Segundo o parlamentar, a medida é para prevenir os casos de bullying e outros tipos de violência que vem aumentando de forma considerada nos últimos tempos.
Ainda de acordo com Berger, o projeto é necessário para evitar que pessoas portando qualquer tipo de arma possam entrar nas escolas e faculdades. “A situação já chegou a um estado crítico, temos como maior exemplo o que aconteceu no Rio de Janeiro. É preciso que sejam tomadas medidas de segurança”, explicou.
As escolas e faculdades serão responsáveis pelos custos e instalação dos detectores. O projeto está sendo analisado nas Comissões da Câmara Municipal de Teresina e logo após será levado ao plenário.
Segundo o vereador, caso o projeto seja considerada inconstitucional será feito um indicativo de lei para o executivo municipal.
Fonte: 180 graus
O vereador Renato Berger (PSDB) apresentou um Projeto de Lei na Câmara Municipal de Teresina que obriga a instalação de detectores de metais em todas as instituições de ensino da capital. Segundo o parlamentar, a medida é para prevenir os casos de bullying e outros tipos de violência que vem aumentando de forma considerada nos últimos tempos.
Ainda de acordo com Berger, o projeto é necessário para evitar que pessoas portando qualquer tipo de arma possam entrar nas escolas e faculdades. “A situação já chegou a um estado crítico, temos como maior exemplo o que aconteceu no Rio de Janeiro. É preciso que sejam tomadas medidas de segurança”, explicou.
As escolas e faculdades serão responsáveis pelos custos e instalação dos detectores. O projeto está sendo analisado nas Comissões da Câmara Municipal de Teresina e logo após será levado ao plenário.
Segundo o vereador, caso o projeto seja considerada inconstitucional será feito um indicativo de lei para o executivo municipal.
Fonte: 180 graus
Projeto de Lei pretende combater o bullying nas escolas de Resende
A tragédia ocorrida no último dia 7 na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro - quando o ex-aluno da instituição Wellington Menezes de Oliveira assassinou doze crianças -, suscitou a discussão sobre um problema antigo, mas que agora repercute entre as diferentes instâncias da sociedade que buscam uma solução para o problema do bullying.
E Resende, no Sul Fluminense, parece ter entrado para a lista de casos de bullying: o jogador da categoria juniores do Resende Yan Guilherme dos Santos, de 16 anos, foi assassinado na última terça-feira e, de acordo com as informações da polícia, o motivo do homicídio teria sido a ocorrência de brigas e possíveis de práticas de humilhação - como apelidos entre estudantes - na Escola Municipal Sales Cunha, na Baixada da Olaria.
Devido à grande repercussão que o tema vem provocando, o presidente da Câmara de Resende, Kiko Besouchet (PP), apresentou um projeto de lei que já foi aprovado pela Casa e aguarda sanção do prefeito José Rechuam (DEM), para que seja criado o Programa de Combate ao Bullyng nas escolas públicas e privadas da cidade. A iniciativa pretende envolver diferentes atores sociais tanto da comunidade escolar quanto pais e responsáveis, e promover a realização de atividades interdisciplinares.
Pelo projeto, estudantes que tiverem atitudes que caracterizem a prática da intimidação, humilhação e discriminação devem ser encaminhados pela instituição de ensino aos serviços de assistência médica, social, psicológica e jurídica, conforme a necessidade. O projeto de lei também prevê todo o suporte para as vítimas através de parcerias com as diferentes secretarias do município.
- A ideia é criar um mecanismo capaz de identificar os fatores geradores de violência no ambiente escolar, bem como apontar medidas a serem adotadas nesses casos. Insultos pessoais, apelidos pejorativos, ataques físicos, expressões preconceituosas, isolamento social e ameaças serão ações coibidas - explicou o vereador.
O parlamentar - que contou ter sido alvo de piadas e brincadeiras de mau gosto no decorrer da vida estudantil - lembrou que a superação psicológica destes episódios só foi possível pela efetiva participação da família. Ele destacou que as vítimas de bullying costumam esconder o fato, e acabam por diversas vezes tendo que lidar sozinhas com estes traumas.
- Às vezes se torna difícil constatar essa situação, é preciso que a família e todos os setores da sociedade em que a criança ou o jovem esteja inserido estejam atentos para perceber o problema e ajudar a pessoa a superá-lo - disse.
Profissionais comentam projeto
O presidente do Instituto de Educação - autarquia da Secretaria de Educação de Resende - José Marques da Fonseca Júnior, lembrou que o bullying é um problema antigo e que há muitos anos os educadores tentam lidar com essa questão. Ele ressaltou que o massacre ocorrido na escola da capital carioca foi um alerta dramático para que a sociedade dedique maior atenção a este tipo comportamento tão nocivo à personalidade e ao desenvolvimento de quem sofre com o bullying.
- A implementação de uma lei municipal de combate a esta prática é um passo importante, porém deve ser a primeira de outras ações a serem empreendidas pelos governos estadual e federal - destacou.
Segundo Marques, a lei cumprirá um importante papel se conseguir mobilizar a sociedade para discutir o tema, inclusive ressaltando a responsabilidade dos pais pela educação e acompanhamento do desenvolvimento e das dificuldades enfrentadas pelas crianças, adolescentes e jovens.
O diretor lembrou que as escolas realizam a avaliação dos problemas mais recorrentes e graves enfrentados pela instituição, e promovem trabalhos pedagógicos com o intuito de auxiliar os alunos e coibir a continuidade destas ações. Para ele, a promulgação da lei será mais um suporte para continuidade desses trabalhos e para que novas ações sejam executadas.
- Há escolas que tem o desafio de lutar contra o problema,das drogas, outras com alto índice de gravidez na adolescência e ainda aquelas com problemas relacionados ao bullying. Todas já realizam atividades especificas para vencer estas dificuldades. A lei tornará a obrigatória a implementação de ações e o envolvimento de todos com esta causa - disse Marques.
Fonte: Diário do Vale
E Resende, no Sul Fluminense, parece ter entrado para a lista de casos de bullying: o jogador da categoria juniores do Resende Yan Guilherme dos Santos, de 16 anos, foi assassinado na última terça-feira e, de acordo com as informações da polícia, o motivo do homicídio teria sido a ocorrência de brigas e possíveis de práticas de humilhação - como apelidos entre estudantes - na Escola Municipal Sales Cunha, na Baixada da Olaria.
Devido à grande repercussão que o tema vem provocando, o presidente da Câmara de Resende, Kiko Besouchet (PP), apresentou um projeto de lei que já foi aprovado pela Casa e aguarda sanção do prefeito José Rechuam (DEM), para que seja criado o Programa de Combate ao Bullyng nas escolas públicas e privadas da cidade. A iniciativa pretende envolver diferentes atores sociais tanto da comunidade escolar quanto pais e responsáveis, e promover a realização de atividades interdisciplinares.
Pelo projeto, estudantes que tiverem atitudes que caracterizem a prática da intimidação, humilhação e discriminação devem ser encaminhados pela instituição de ensino aos serviços de assistência médica, social, psicológica e jurídica, conforme a necessidade. O projeto de lei também prevê todo o suporte para as vítimas através de parcerias com as diferentes secretarias do município.
- A ideia é criar um mecanismo capaz de identificar os fatores geradores de violência no ambiente escolar, bem como apontar medidas a serem adotadas nesses casos. Insultos pessoais, apelidos pejorativos, ataques físicos, expressões preconceituosas, isolamento social e ameaças serão ações coibidas - explicou o vereador.
O parlamentar - que contou ter sido alvo de piadas e brincadeiras de mau gosto no decorrer da vida estudantil - lembrou que a superação psicológica destes episódios só foi possível pela efetiva participação da família. Ele destacou que as vítimas de bullying costumam esconder o fato, e acabam por diversas vezes tendo que lidar sozinhas com estes traumas.
- Às vezes se torna difícil constatar essa situação, é preciso que a família e todos os setores da sociedade em que a criança ou o jovem esteja inserido estejam atentos para perceber o problema e ajudar a pessoa a superá-lo - disse.
Profissionais comentam projeto
O presidente do Instituto de Educação - autarquia da Secretaria de Educação de Resende - José Marques da Fonseca Júnior, lembrou que o bullying é um problema antigo e que há muitos anos os educadores tentam lidar com essa questão. Ele ressaltou que o massacre ocorrido na escola da capital carioca foi um alerta dramático para que a sociedade dedique maior atenção a este tipo comportamento tão nocivo à personalidade e ao desenvolvimento de quem sofre com o bullying.
- A implementação de uma lei municipal de combate a esta prática é um passo importante, porém deve ser a primeira de outras ações a serem empreendidas pelos governos estadual e federal - destacou.
Segundo Marques, a lei cumprirá um importante papel se conseguir mobilizar a sociedade para discutir o tema, inclusive ressaltando a responsabilidade dos pais pela educação e acompanhamento do desenvolvimento e das dificuldades enfrentadas pelas crianças, adolescentes e jovens.
O diretor lembrou que as escolas realizam a avaliação dos problemas mais recorrentes e graves enfrentados pela instituição, e promovem trabalhos pedagógicos com o intuito de auxiliar os alunos e coibir a continuidade destas ações. Para ele, a promulgação da lei será mais um suporte para continuidade desses trabalhos e para que novas ações sejam executadas.
- Há escolas que tem o desafio de lutar contra o problema,das drogas, outras com alto índice de gravidez na adolescência e ainda aquelas com problemas relacionados ao bullying. Todas já realizam atividades especificas para vencer estas dificuldades. A lei tornará a obrigatória a implementação de ações e o envolvimento de todos com esta causa - disse Marques.
Fonte: Diário do Vale
"Em Debate", da TV Mogi News, discute o Bullying
Paulo Quaresma
Da redação da TV Mogi News
O assunto já é bem antigo, contudo somente agora as pessoas começaram a perceber o tamanho do problema. Estamos falando do bullying, atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados pelos valentões das escolas, com um só objetivo: intimidar ou agredir pessoas incapazes de se defender. Esse é o assunto que a jornalista Marilei Shchiavi discute no programa "Em Debate", na TV Mogi News, com a professora e psicóloga Cândida Plaza Teixeira e com o também professor Douglas Rizzo. Um programa imperdível para pais, educadores e para todas as pessoas que se preocupam com a violência gratuita e desmedida que, ultimamente, tem tomado conta do País. Estudos recentes revelam que esse comportamento pode acarretar sérias consequências ao desenvolvimento psíquico dos alunos.
Programação
Além do programa "Em Debate", a TV Mogi News produz os programas "DOC Mogi News", "Mix Mogi News", "Auto News" e "Shop News", que são exibidos todos os dias em vários horários.
Ao vivo, de segunda a sexta-feira, a TV Mogi News também exibe o "Telejornal Mogi News". A 1ª edição, vai ao ar às 13h30, e é apresentada por Ricardo Café; e a 2ª edição, a partir das 18 horas, por Tatiane Santos. Ao mesmo tempo - e em tempo real - o telejornal pode ser visto pela Internet.
Os cinco programas e as duas edições diárias do Telejornal Mogi News podem ser assistidos em qualquer lugar do mundo no Portal www.tvmoginews.com.br.
Mais tempo no ar
A TV Mogi News exibe, em média, 9 horas diárias da sua programação pelo Canal NET Cidade de tv a cabo (3 digital e 10 analógico).
Da redação da TV Mogi News
O assunto já é bem antigo, contudo somente agora as pessoas começaram a perceber o tamanho do problema. Estamos falando do bullying, atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados pelos valentões das escolas, com um só objetivo: intimidar ou agredir pessoas incapazes de se defender. Esse é o assunto que a jornalista Marilei Shchiavi discute no programa "Em Debate", na TV Mogi News, com a professora e psicóloga Cândida Plaza Teixeira e com o também professor Douglas Rizzo. Um programa imperdível para pais, educadores e para todas as pessoas que se preocupam com a violência gratuita e desmedida que, ultimamente, tem tomado conta do País. Estudos recentes revelam que esse comportamento pode acarretar sérias consequências ao desenvolvimento psíquico dos alunos.
Programação
Além do programa "Em Debate", a TV Mogi News produz os programas "DOC Mogi News", "Mix Mogi News", "Auto News" e "Shop News", que são exibidos todos os dias em vários horários.
Ao vivo, de segunda a sexta-feira, a TV Mogi News também exibe o "Telejornal Mogi News". A 1ª edição, vai ao ar às 13h30, e é apresentada por Ricardo Café; e a 2ª edição, a partir das 18 horas, por Tatiane Santos. Ao mesmo tempo - e em tempo real - o telejornal pode ser visto pela Internet.
Os cinco programas e as duas edições diárias do Telejornal Mogi News podem ser assistidos em qualquer lugar do mundo no Portal www.tvmoginews.com.br.
Mais tempo no ar
A TV Mogi News exibe, em média, 9 horas diárias da sua programação pelo Canal NET Cidade de tv a cabo (3 digital e 10 analógico).
sábado, 23 de abril de 2011
PMs de Fátima do Sul viajam para o RJ para participar de curso do PROERDD
a Redação - Fátima News
Os Policiais Militares do 16° BPM, Sd PM Joseval e Sd PM Rogério, viajam dia 23/04 (sábado) para a cidade do Rio de Janeiro onde participarão do curso de atualização do PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência). Este curso terá a duração de 15 dias e têm por objetivo capacitar os instrutores no novo currículo de aplicação do PROERD, que incluem temas como a pedofilia e o Bullying. Após a conclusão deste curso, os instrutores aplicarão os novos conhecimentos já no início do 2° semestre letivo em Fátima do Sul.
Os Policiais Militares do 16° BPM, Sd PM Joseval e Sd PM Rogério, viajam dia 23/04 (sábado) para a cidade do Rio de Janeiro onde participarão do curso de atualização do PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência). Este curso terá a duração de 15 dias e têm por objetivo capacitar os instrutores no novo currículo de aplicação do PROERD, que incluem temas como a pedofilia e o Bullying. Após a conclusão deste curso, os instrutores aplicarão os novos conhecimentos já no início do 2° semestre letivo em Fátima do Sul.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Ações contra o bullying na Capital - PB
Escolas de JP realizam ações contra o bullying
Entre os tantos desafios já existentes na rotina escolar, o massacre de 12 crianças em escola do Realengo, no Rio de Janeiro, no último dia 7, por um atirador que foi aluno da instituição de ensino, expôs mais uma problemática: o bullying escolar. Em João Pessoa, a lei 11.381/2008 determina a criação de uma comissão voltada para trabalhar no combate ao bullying nas escolas municipais. De acordo com a Secretaria de Educação de João Pessoa (SME), nas 92 instituições de ensino da capital existem comissões voltadas para o trabalho preventivo, que em parceria com o Ministério Público, desenvolvem ações voltadas para evitar o aparecimento desse tipo de violência.
O termo não tem uma tradução exata para o português contudo identifica um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica e que ocorre repetidamente com a intenção de ridicularizar, humilhar e intimidar suas vítimas. Perseguições, discriminações, chacotas, apelidos, agressões físicas, sexuais e morais, além de preconceitos, podem se enquadrar em situação de bullying desde que ocorra de forma repetida contra a mesma vítima. Entretanto, há diferença entre momento de agressividade ou uma briga do bullying. É preciso que pais e professores fiquem atentos para que possam fazer essa diferenciação.
Segundo a coordenadora do Projeto de Combate ao Bullying nas escolas da capital, Hedênia Teotônio de Farias, em cada escola municipal existe uma comissão voltada para desenvolver ações preventivas. A equipe é formada por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos que procuram trabalhar com o tema da violência dentro das escolas.
Os profissionais participam de encontros mensais para aprofundar o conhecimento sobre o bullying. “Procuramos esclarecer a equipe pedagógica sobre a abrangência do termo bullying e conscientizar sobre medidas de prevenção, diagnóstico e combate”, revelou Hedênia Teotônio.Na ocasião, são ministradas palestras que contam com a participação do Ministério Público Estadual e de professoras e pesquisadoras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) doutores no assunto.
As ações da SME começaram a ser desenvolvidas em 2008 e já mostram resultados positivos. Entre as ações concretas inseridas no cotidiano está a implantação de intervalos monitorados que visam evitar brincadeiras agressivas nas horas livres e trabalhar a cultura de paz nas escolas. Nos intervalos, os estudantes são incentivados a desenvolverem brincadeiras com jogos, como xadrez e damas, além de participar de atividades que envolvam a música.
As comissões também procuram trabalhar com cartilhas contra o bullying confeccionadas pelo Ministério Público Estadual e o Conselho Nacional de Justiça. Outra ferramenta é a criação de peças teatrais que abordam situações reais de bullying. A Escola Municipal Jornalista Luiz Augusto Crispim, no bairro dos Ipês, já ganhou um prêmio nacional com uma peça criada por alunos de 14 anos e a comissão de prevenção ao bullying. “Os alunos contaram na peça situações de bullying e fizeram com que o tema passasse a ser discutido por toda comunidade escolar”, contou Hedênia Teotônio. Na Escola Municipal Matias Freire, os alunos também fizeram um peça sobre o problema e apresentam o espetáculo para escolas da rede privada da capital.
De acordo com a coordenadora de assuntos jurídicos da secretaria, Sâmia Carvalho, não há registros de bullying nas escolas municipais. Contudo, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2009, revelou que 368 alunos do 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série), afirmaram ter sofrido bullying na escola. A maior parte das vítimas tinha 14 anos e era do sexo feminino.
Para a promotora da Infância e Juventude da capital, Soraya Escorel, o grande desafio é convocar todos para trabalhar no incentivo a uma cultura de paz e respeito às diferenças individuais. “A ideia é envolver as famílias nesse processo. Ao poder público caberá a elaboração de políticas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying, respeitando as medidas protetoras estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente”, afirmou. Os diretores de escolas podem ser responsabilizados caso descumpram a determinação de comunicar ao Conselhos Tutelares e ao MPPB casos de bullying escolar.
JP
Entre os tantos desafios já existentes na rotina escolar, o massacre de 12 crianças em escola do Realengo, no Rio de Janeiro, no último dia 7, por um atirador que foi aluno da instituição de ensino, expôs mais uma problemática: o bullying escolar. Em João Pessoa, a lei 11.381/2008 determina a criação de uma comissão voltada para trabalhar no combate ao bullying nas escolas municipais. De acordo com a Secretaria de Educação de João Pessoa (SME), nas 92 instituições de ensino da capital existem comissões voltadas para o trabalho preventivo, que em parceria com o Ministério Público, desenvolvem ações voltadas para evitar o aparecimento desse tipo de violência.
O termo não tem uma tradução exata para o português contudo identifica um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica e que ocorre repetidamente com a intenção de ridicularizar, humilhar e intimidar suas vítimas. Perseguições, discriminações, chacotas, apelidos, agressões físicas, sexuais e morais, além de preconceitos, podem se enquadrar em situação de bullying desde que ocorra de forma repetida contra a mesma vítima. Entretanto, há diferença entre momento de agressividade ou uma briga do bullying. É preciso que pais e professores fiquem atentos para que possam fazer essa diferenciação.
Segundo a coordenadora do Projeto de Combate ao Bullying nas escolas da capital, Hedênia Teotônio de Farias, em cada escola municipal existe uma comissão voltada para desenvolver ações preventivas. A equipe é formada por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos que procuram trabalhar com o tema da violência dentro das escolas.
Os profissionais participam de encontros mensais para aprofundar o conhecimento sobre o bullying. “Procuramos esclarecer a equipe pedagógica sobre a abrangência do termo bullying e conscientizar sobre medidas de prevenção, diagnóstico e combate”, revelou Hedênia Teotônio.Na ocasião, são ministradas palestras que contam com a participação do Ministério Público Estadual e de professoras e pesquisadoras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) doutores no assunto.
As ações da SME começaram a ser desenvolvidas em 2008 e já mostram resultados positivos. Entre as ações concretas inseridas no cotidiano está a implantação de intervalos monitorados que visam evitar brincadeiras agressivas nas horas livres e trabalhar a cultura de paz nas escolas. Nos intervalos, os estudantes são incentivados a desenvolverem brincadeiras com jogos, como xadrez e damas, além de participar de atividades que envolvam a música.
As comissões também procuram trabalhar com cartilhas contra o bullying confeccionadas pelo Ministério Público Estadual e o Conselho Nacional de Justiça. Outra ferramenta é a criação de peças teatrais que abordam situações reais de bullying. A Escola Municipal Jornalista Luiz Augusto Crispim, no bairro dos Ipês, já ganhou um prêmio nacional com uma peça criada por alunos de 14 anos e a comissão de prevenção ao bullying. “Os alunos contaram na peça situações de bullying e fizeram com que o tema passasse a ser discutido por toda comunidade escolar”, contou Hedênia Teotônio. Na Escola Municipal Matias Freire, os alunos também fizeram um peça sobre o problema e apresentam o espetáculo para escolas da rede privada da capital.
De acordo com a coordenadora de assuntos jurídicos da secretaria, Sâmia Carvalho, não há registros de bullying nas escolas municipais. Contudo, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2009, revelou que 368 alunos do 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série), afirmaram ter sofrido bullying na escola. A maior parte das vítimas tinha 14 anos e era do sexo feminino.
Para a promotora da Infância e Juventude da capital, Soraya Escorel, o grande desafio é convocar todos para trabalhar no incentivo a uma cultura de paz e respeito às diferenças individuais. “A ideia é envolver as famílias nesse processo. Ao poder público caberá a elaboração de políticas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying, respeitando as medidas protetoras estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente”, afirmou. Os diretores de escolas podem ser responsabilizados caso descumpram a determinação de comunicar ao Conselhos Tutelares e ao MPPB casos de bullying escolar.
JP
Estudo nos EUA liga bullying a violência familiar
Por Lauren Keiper
BOSTON (Reuters Life!) - Embora as pessoas envolvidas em bullying enfrentem o problema normalmente no ambiente escolar, um estudo nesta quinta-feira mostrou que agressores e vítimas são mais suscetíveis ao convívio com a violência em suas casas.
Famílias violentas são mais comuns entre jovens identificados com bullying, sejam os alvos ou os agressores, segundo o levantamento.
O bullying é caracterizado por agressões propositais -verbais ou físicas- feitas de maneira repetitiva por uma ou mais pessoas contra um colega. A ação é usualmente associada aos ambientes escolares.
O Centro de Prevenção ao Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), junto com o Departamento Público de Saúde de Massachusetts, analisou dados de estudantes de escolas de todo o Estado.
Massachusetts tem liderado o debate contra a prática do bullying nos Estados Unidos desde os suicídios de Phoebe Prince, de 15 anos, e de Carl Joseph Walker-Hoover, de 11 anos, em 2009.
O Estado aprovou uma legislação contra o bullying em maio de 2010, que proíbe a ação em escolas e na Internet, e exige que as escolas desenvolvam práticas para evitar o problema e para intervir se algum caso for descoberto.
Usando os dados de Massachusetts, o CDC descobriu que os bullies -os agressores- e suas vítimas reportaram serem vítimas de violência psicológica por algum membro da família ou de terem presenciado violência em suas casas com uma frequência muito maior do que os não envolvidos em bullying.
O relatório do CDC estabeleceu uma ligação entre bullying e eventos fora das escolas.
"Uma aproximação que inclua representantes da escola, estudantes e famílias é necessária para prevenir o bullying", disseram os pesquisadores do CDC.
O estudo também identificou quantidade significativa de pessoas ligadas a bullying que tinham usado álcool ou drogas recentemente.
Fonte: Jornal Extra
BOSTON (Reuters Life!) - Embora as pessoas envolvidas em bullying enfrentem o problema normalmente no ambiente escolar, um estudo nesta quinta-feira mostrou que agressores e vítimas são mais suscetíveis ao convívio com a violência em suas casas.
Famílias violentas são mais comuns entre jovens identificados com bullying, sejam os alvos ou os agressores, segundo o levantamento.
O bullying é caracterizado por agressões propositais -verbais ou físicas- feitas de maneira repetitiva por uma ou mais pessoas contra um colega. A ação é usualmente associada aos ambientes escolares.
O Centro de Prevenção ao Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), junto com o Departamento Público de Saúde de Massachusetts, analisou dados de estudantes de escolas de todo o Estado.
Massachusetts tem liderado o debate contra a prática do bullying nos Estados Unidos desde os suicídios de Phoebe Prince, de 15 anos, e de Carl Joseph Walker-Hoover, de 11 anos, em 2009.
O Estado aprovou uma legislação contra o bullying em maio de 2010, que proíbe a ação em escolas e na Internet, e exige que as escolas desenvolvam práticas para evitar o problema e para intervir se algum caso for descoberto.
Usando os dados de Massachusetts, o CDC descobriu que os bullies -os agressores- e suas vítimas reportaram serem vítimas de violência psicológica por algum membro da família ou de terem presenciado violência em suas casas com uma frequência muito maior do que os não envolvidos em bullying.
O relatório do CDC estabeleceu uma ligação entre bullying e eventos fora das escolas.
"Uma aproximação que inclua representantes da escola, estudantes e famílias é necessária para prevenir o bullying", disseram os pesquisadores do CDC.
O estudo também identificou quantidade significativa de pessoas ligadas a bullying que tinham usado álcool ou drogas recentemente.
Fonte: Jornal Extra
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Estudantes participam do projeto Fala Juventude nas Escolas
As crianças que participam do projeto radiofônico “Fala Juventude na Escola” tiveram, nesta quarta-feira, 20, a primeira aula prática, na Rádio Difusora de Macapá (RDM). Durante uma hora, um grupo de oito estudantes pôs em prática todo o conhecimento adquirido ao longo da última semana. O tradicional programa Feirinha de Negócios, apresentado pela radialista Lígia Mônica, na RDM, deu lugar ao Dó-Ré-Mi artístico e cultural, produzido pelos estudantes.
Lígia Mônica, responsável pelo módulo de locução radiofônica, coordenou os trabalhos dos estudantes, orientando-os a cada intervalo. A todo o momento, os jovens recebiam dicas de entonação de voz e postura. A diretora da RDM, Juliana Coutinho, disse que o Fala Juventude nas Escolas auxilia os estudantes na prática da leitura e escrita. “A melhoria no desempenho em sala de aula dessas crianças é relatado pelos professores”, afirma a diretora.
Assuntos como a violência física e psicológica (bullying), educação especial e cultura regional nortearam a pauta do programa Dó-Ré-Mi.
O governador Camilo Capiberibe participou, via telefone, e parabenizou os estudantes. Um dos apresentadores mirins, Alcides Queiroz, de 11 anos, disse que apresentar o Dó-Ré-Mi, diretamente da RDM, foi uma experiência marcante. “Foi muito bom saber que estávamos sendo ouvidos por várias pessoas, em todo o Estado do Amapá”, disse o estudante.
O programa Dó-Ré-Mi foi gravado para ser editado e utilizado no próximo módulo. Os estudantes terão a oportunidade de escutarem-se para perceberem suas falhas e corrigi-las. O projeto Fala Juventude nas Escolas é fruto de uma parceria entre a Secretaria Extraordinária de Políticas para a Juventude (Sejuv), Rádio Difusora de Macapá (RDM) e Secretaria de Estado da Educação (Seed).
O secretário de juventude, Alex Nazaré, disse que a ação será estendida a outras instituições de ensino do Amapá. Trinta e cinco alunos fazem parte dessa primeira turma. O próximo módulo da oficina, ministrado aos estudantes da Escola Estadual José de Anchieta, será técnicas de sonoplastia.
Kleber Soares/Sejuv
Assessor de Comunicação Social
Secretaria de Estado da Comunicação Social
Fonte: Corrêa Neto
Lígia Mônica, responsável pelo módulo de locução radiofônica, coordenou os trabalhos dos estudantes, orientando-os a cada intervalo. A todo o momento, os jovens recebiam dicas de entonação de voz e postura. A diretora da RDM, Juliana Coutinho, disse que o Fala Juventude nas Escolas auxilia os estudantes na prática da leitura e escrita. “A melhoria no desempenho em sala de aula dessas crianças é relatado pelos professores”, afirma a diretora.
Assuntos como a violência física e psicológica (bullying), educação especial e cultura regional nortearam a pauta do programa Dó-Ré-Mi.
O governador Camilo Capiberibe participou, via telefone, e parabenizou os estudantes. Um dos apresentadores mirins, Alcides Queiroz, de 11 anos, disse que apresentar o Dó-Ré-Mi, diretamente da RDM, foi uma experiência marcante. “Foi muito bom saber que estávamos sendo ouvidos por várias pessoas, em todo o Estado do Amapá”, disse o estudante.
O programa Dó-Ré-Mi foi gravado para ser editado e utilizado no próximo módulo. Os estudantes terão a oportunidade de escutarem-se para perceberem suas falhas e corrigi-las. O projeto Fala Juventude nas Escolas é fruto de uma parceria entre a Secretaria Extraordinária de Políticas para a Juventude (Sejuv), Rádio Difusora de Macapá (RDM) e Secretaria de Estado da Educação (Seed).
O secretário de juventude, Alex Nazaré, disse que a ação será estendida a outras instituições de ensino do Amapá. Trinta e cinco alunos fazem parte dessa primeira turma. O próximo módulo da oficina, ministrado aos estudantes da Escola Estadual José de Anchieta, será técnicas de sonoplastia.
Kleber Soares/Sejuv
Assessor de Comunicação Social
Secretaria de Estado da Comunicação Social
Fonte: Corrêa Neto
Rodrigo Jucá apresenta projetos que tratam do bullying e do autismo
O deputado Rodrigo Jucá (PMDB) usou a tribuna durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), na manhã desta terça-feira (19), para apresentar dois projetos de sua autoria. O primeiro tem caráter autorizativo para a criação do Programa Estadual de Combate ao Bullying nas escolas públicas e privadas de Roraima, e o segundo institui o dia 15 de abril como o Dia da Conscientização sobre o Autismo.
Ao apresentar a justificativa do projeto autorizativo para a criação do Programa Estadual de Combate ao Bullying nas escolas públicas e privadas de Roraima, o deputado Rodrigo relembrou o massacre ocorrido este mês em uma escola do Rio de Janeiro, vitimando 12 crianças.
Segundo ele, em vídeo apresentado recentemente, o atirador que vitimou os menores, justifica seu ato afirmando ter sido vítima de bullying nessa escola e teria retornado para se vingar dos maus tratos sofridos.
O bullying são atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotadas por um indivíduo (bully) ou grupo de indivíduos contra outro, sem motivação evidente, causando dor, angústia e sofrimento e, executadas em uma relação desigual de poder, o que possibilita a vitimização.
O deputado apresentou também um vídeo divulgado no YouTube, onde um adolescente australiano, vítima de bullying desde a 2ª série do Ensino Fundamental, revida as agressões, atirando com violência ao chão seu agressor. Após a divulgação do vídeo na rede mundial, o menino fala em entrevista e conta o sofrimento que passou por vários anos, chegando ao ponto de pensar em suicídio.
Rodrigo Jucá falou ainda dos casos de bullying ocorridos em Roraima recentemente. “Tivemos um caso divulgado em jornal local, registrando em uma escola pública da capital um caso de bullying este ano. E ainda um caso contra um garoto autista, que foi necessário a intervenção da Polícia Militar. Esses fatos desencadearam uma reunião com a cúpula da segurança pública do Estado e nós não podemos ficar parados diante dessa situação. Não podemos deixar o problema chegar a níveis incontroláveis para podermos agir. Por isso, apresento este projeto de lei e peço apoio desta Casa para sua aprovação”, destacou o parlamentar.
Autismo
O deputado Rodrigo Jucá apresentou ainda em sessão desta quarta-feira, o projeto de lei que institui o dia 15 de abril como o Dia da Conscientização sobre o Autismo, que visa estimular o poder público na formulação de políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno do espectro do autismo, em palestras, apresentações e eventos, ampliando o conhecimento da sociedade a respeito do assunto e, combatendo o preconceito.
O autismo é considerado um transtorno global do desenvolvimento, que afeta a capacidade de comunicação, de interação social e de comportamento. É uma síndrome grave, que compromete o desenvolvimento pleno do portador.
Segundo o deputado Rodrigo, em Roraima, existem centenas de famílias que enfrentam diariamente o preconceito, e lamentavelmente pela falta de esclarecimento e de campanhas educativas sobre o assunto, muitos autistas são privados do convívio social, do acesso à escola, a saúde e ao mercado de trabalho. “Por isso entendemos a importância da aprovação desse projeto e temos certeza que esta Casa estará sensível à matéria”, destacou o parlamentar.
Fonte: BV News
Ao apresentar a justificativa do projeto autorizativo para a criação do Programa Estadual de Combate ao Bullying nas escolas públicas e privadas de Roraima, o deputado Rodrigo relembrou o massacre ocorrido este mês em uma escola do Rio de Janeiro, vitimando 12 crianças.
Segundo ele, em vídeo apresentado recentemente, o atirador que vitimou os menores, justifica seu ato afirmando ter sido vítima de bullying nessa escola e teria retornado para se vingar dos maus tratos sofridos.
O bullying são atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotadas por um indivíduo (bully) ou grupo de indivíduos contra outro, sem motivação evidente, causando dor, angústia e sofrimento e, executadas em uma relação desigual de poder, o que possibilita a vitimização.
O deputado apresentou também um vídeo divulgado no YouTube, onde um adolescente australiano, vítima de bullying desde a 2ª série do Ensino Fundamental, revida as agressões, atirando com violência ao chão seu agressor. Após a divulgação do vídeo na rede mundial, o menino fala em entrevista e conta o sofrimento que passou por vários anos, chegando ao ponto de pensar em suicídio.
Rodrigo Jucá falou ainda dos casos de bullying ocorridos em Roraima recentemente. “Tivemos um caso divulgado em jornal local, registrando em uma escola pública da capital um caso de bullying este ano. E ainda um caso contra um garoto autista, que foi necessário a intervenção da Polícia Militar. Esses fatos desencadearam uma reunião com a cúpula da segurança pública do Estado e nós não podemos ficar parados diante dessa situação. Não podemos deixar o problema chegar a níveis incontroláveis para podermos agir. Por isso, apresento este projeto de lei e peço apoio desta Casa para sua aprovação”, destacou o parlamentar.
Autismo
O deputado Rodrigo Jucá apresentou ainda em sessão desta quarta-feira, o projeto de lei que institui o dia 15 de abril como o Dia da Conscientização sobre o Autismo, que visa estimular o poder público na formulação de políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno do espectro do autismo, em palestras, apresentações e eventos, ampliando o conhecimento da sociedade a respeito do assunto e, combatendo o preconceito.
O autismo é considerado um transtorno global do desenvolvimento, que afeta a capacidade de comunicação, de interação social e de comportamento. É uma síndrome grave, que compromete o desenvolvimento pleno do portador.
Segundo o deputado Rodrigo, em Roraima, existem centenas de famílias que enfrentam diariamente o preconceito, e lamentavelmente pela falta de esclarecimento e de campanhas educativas sobre o assunto, muitos autistas são privados do convívio social, do acesso à escola, a saúde e ao mercado de trabalho. “Por isso entendemos a importância da aprovação desse projeto e temos certeza que esta Casa estará sensível à matéria”, destacou o parlamentar.
Fonte: BV News
Bullying: a solução está na própria educação
Pais e professores assimilaram nos últimos anos uma palavra que antes não fazia parte do seu vocabulário
Pais e professores assimilaram nos últimos anos uma palavra que antes não fazia parte do seu vocabulário -- o bullying é uma prática perversa, causadora de transtornos a crianças e adolescentes. Está tão no centro das preocupações que até parece ser epidemia, como a dengue. Mas não é tão recente assim. Por volta de 2000 foi associado na Europa a tentativas de suicídio entre jovens. Educadores afirmam que sempre existiu. Agora é que o assunto está sendo mais discutido. E essa é uma boa notícia.
Cerca de 70% dos alunos já viram algum colega ser maltratado pelo menos uma vez na escola, segundo pesquisa nacional feita em 2010 pelo Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats). O índice chega a 81% na região Sudeste. Dos entrevistados, 28% afirmam já ter sofrido maus-tratos na escola e cerca de 10% são considerados vítimas.
Entre os motivos para a violência escolar apontados pelos alunos estão influência de comportamentos familiares agressivos, busca por popularidade, status e aceitação em um grupo. Uma parte acusa a escola de omissão. A pesquisa levou em consideração entrevistas de 5.168 estudantes do ensino fundamental de todas as regiões do Brasil, de escolas públicas e particulares. O alto índice de violência levou o Ministério da Educação (MEC) a se engajar mais no problema. Esta semana, promotores públicos de São Paulo pediram que o bullying seja considerado crime.
O noticiário da Rede APJ - Associação Paulista de Jornais, à qual pertence este jornal, dá uma amostra da extensão do problema no Estado de São Paulo.
Agressões
Em Araraquara, uma mãe denunciou à polícia ato de bullying contra sua filha de 13 anos, que sofreu agressões verbais por parte de colegas. Depois de um ano de violência moral, ela se feriu ao bater os joelhos e a cabeça enquanto era vítima de uma "brincadeira". Ano passado, o jornal "Tribuna Impressa" produziu um DVD intitulado "Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz", entregue às 115 escolas públicas e particulares da cidade. Confirmando a tendência registrada na pesquisa nacional, a pesquisadora Juliana Munaretti de Oliveira ouviu 772 alunos do 1º ano do ensino médio e concluiu: 51% dos alunos da rede particular, 28% da rede pública e 13% de escolas autárquicas públicas que funcionam com recursos privados disseram perceber a existência de colegas agressores ou intimidadores.
Em prantos
Em Santa Bárbara d'Oeste, um caso de bullying contra adolescente de 14 anos chegou à Promotoria da Infância e Juventude depois que um vídeo foi postado em um site da internet. Nas imagens, o adolescente aparecia chorando ao ser perseguido por um grupo de colegas da escola estadual onde estuda. O garoto foi transferido para outra instituição escolar por determinação do Conselho Tutelar, segundo o qual cerca de dez adolescentes, com idade entre 11 e 17 anos, foram identificados e chamados junto com os pais para prestar esclarecimentos. Não é o primeiro caso na região. Tanto assim que o jornal "O Liberal", de Americana, publicou em 2006 matéria dirigida a jovens: "Dependendo do nível de pressão, a zoação pode interferir nas notas, minar a auto-estima e evoluir para quadros depressivos e de ansiedade".
Tragédia
Em Araçatuba, a Secretaria Municipal de Educação identificou mais de 200 casos de bullying nas escolas da cidade, um ano após o lançamento de programa de prevenção com o uso de textos, cartilhas e projetos pedagógicos. A "Folha da Região" trouxe no domingo o depoimento de uma mãe de aluna que por muitos anos foi vítima de piadas e xingamentos por causa da obesidade. O final dramático é que a menina foi transferida de escola, o caminho ficou mais perigoso, e morreu atropelada.
Prevenção
Em Franca, representante do Conselho Tutelar disse ao "Comércio da Franca" que o número de casos registrados pelo órgão "não reflete a realidade porque muitas das vítimas não prestam queixa". Oficialmente, são 18 os casos de alunos vítimas de bullying desde julho do ano passado que terminaram com agressão física e obrigaram os pais até a trocar os filhos de escola. De janeiro de 2010 a abril deste ano, a Polícia Militar registrou 35 ocorrências de lesão corporal, agressão e ameaças em estabelecimentos de ensino. Lei municipal foi aprovada em setembro de 2010 e as escolas passaram a desenvolver o programa Cultura da Paz, que ensina a respeitar e ter tolerância às diferenças.
Educação
Segundo o "Jornal de Jundiaí", alunos participaram de palestra em que foram esclarecidas dúvidas sobre a prática de agressões, desde apelidos e insultos até atos mais violentos, com a participação de profissionais e abertura às falas dos adolescentes. Divididos em duas turmas, com cerca de 240 alunos cada, os participantes foram iniciados ao debate sobre bullying sob aspectos sociais, psicológicos, físicos e legais. A importância da educação como prevenção de tais atitudes prevaleceu entre as opiniões. Paradoxalmente, a esperança para a eliminação do bullying está no próprio ambiente da escola, assim como o antídoto do veneno
Fonte: Diário do Grande ABC
Pais e professores assimilaram nos últimos anos uma palavra que antes não fazia parte do seu vocabulário -- o bullying é uma prática perversa, causadora de transtornos a crianças e adolescentes. Está tão no centro das preocupações que até parece ser epidemia, como a dengue. Mas não é tão recente assim. Por volta de 2000 foi associado na Europa a tentativas de suicídio entre jovens. Educadores afirmam que sempre existiu. Agora é que o assunto está sendo mais discutido. E essa é uma boa notícia.
Cerca de 70% dos alunos já viram algum colega ser maltratado pelo menos uma vez na escola, segundo pesquisa nacional feita em 2010 pelo Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats). O índice chega a 81% na região Sudeste. Dos entrevistados, 28% afirmam já ter sofrido maus-tratos na escola e cerca de 10% são considerados vítimas.
Entre os motivos para a violência escolar apontados pelos alunos estão influência de comportamentos familiares agressivos, busca por popularidade, status e aceitação em um grupo. Uma parte acusa a escola de omissão. A pesquisa levou em consideração entrevistas de 5.168 estudantes do ensino fundamental de todas as regiões do Brasil, de escolas públicas e particulares. O alto índice de violência levou o Ministério da Educação (MEC) a se engajar mais no problema. Esta semana, promotores públicos de São Paulo pediram que o bullying seja considerado crime.
O noticiário da Rede APJ - Associação Paulista de Jornais, à qual pertence este jornal, dá uma amostra da extensão do problema no Estado de São Paulo.
Agressões
Em Araraquara, uma mãe denunciou à polícia ato de bullying contra sua filha de 13 anos, que sofreu agressões verbais por parte de colegas. Depois de um ano de violência moral, ela se feriu ao bater os joelhos e a cabeça enquanto era vítima de uma "brincadeira". Ano passado, o jornal "Tribuna Impressa" produziu um DVD intitulado "Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz", entregue às 115 escolas públicas e particulares da cidade. Confirmando a tendência registrada na pesquisa nacional, a pesquisadora Juliana Munaretti de Oliveira ouviu 772 alunos do 1º ano do ensino médio e concluiu: 51% dos alunos da rede particular, 28% da rede pública e 13% de escolas autárquicas públicas que funcionam com recursos privados disseram perceber a existência de colegas agressores ou intimidadores.
Em prantos
Em Santa Bárbara d'Oeste, um caso de bullying contra adolescente de 14 anos chegou à Promotoria da Infância e Juventude depois que um vídeo foi postado em um site da internet. Nas imagens, o adolescente aparecia chorando ao ser perseguido por um grupo de colegas da escola estadual onde estuda. O garoto foi transferido para outra instituição escolar por determinação do Conselho Tutelar, segundo o qual cerca de dez adolescentes, com idade entre 11 e 17 anos, foram identificados e chamados junto com os pais para prestar esclarecimentos. Não é o primeiro caso na região. Tanto assim que o jornal "O Liberal", de Americana, publicou em 2006 matéria dirigida a jovens: "Dependendo do nível de pressão, a zoação pode interferir nas notas, minar a auto-estima e evoluir para quadros depressivos e de ansiedade".
Tragédia
Em Araçatuba, a Secretaria Municipal de Educação identificou mais de 200 casos de bullying nas escolas da cidade, um ano após o lançamento de programa de prevenção com o uso de textos, cartilhas e projetos pedagógicos. A "Folha da Região" trouxe no domingo o depoimento de uma mãe de aluna que por muitos anos foi vítima de piadas e xingamentos por causa da obesidade. O final dramático é que a menina foi transferida de escola, o caminho ficou mais perigoso, e morreu atropelada.
Prevenção
Em Franca, representante do Conselho Tutelar disse ao "Comércio da Franca" que o número de casos registrados pelo órgão "não reflete a realidade porque muitas das vítimas não prestam queixa". Oficialmente, são 18 os casos de alunos vítimas de bullying desde julho do ano passado que terminaram com agressão física e obrigaram os pais até a trocar os filhos de escola. De janeiro de 2010 a abril deste ano, a Polícia Militar registrou 35 ocorrências de lesão corporal, agressão e ameaças em estabelecimentos de ensino. Lei municipal foi aprovada em setembro de 2010 e as escolas passaram a desenvolver o programa Cultura da Paz, que ensina a respeitar e ter tolerância às diferenças.
Educação
Segundo o "Jornal de Jundiaí", alunos participaram de palestra em que foram esclarecidas dúvidas sobre a prática de agressões, desde apelidos e insultos até atos mais violentos, com a participação de profissionais e abertura às falas dos adolescentes. Divididos em duas turmas, com cerca de 240 alunos cada, os participantes foram iniciados ao debate sobre bullying sob aspectos sociais, psicológicos, físicos e legais. A importância da educação como prevenção de tais atitudes prevaleceu entre as opiniões. Paradoxalmente, a esperança para a eliminação do bullying está no próprio ambiente da escola, assim como o antídoto do veneno
Fonte: Diário do Grande ABC
Escolas encontram dificuldade ao lidar com bullying
Da Redação, com Band News FM
pauta@band.com.br
Após a tragédia de Realengo, no Rio de Janeiro, a questão do bullying dentro das escolas veio à tona. Para a colunista de comportamento da BandNews FM Inês de Castro, as escolas estão cada vez mais se eximindo da responsabilidade de controlar casos de bullying dentro das dependências da escola, e passando essa responsabilidade para os pais.
Muitas mães acabam se sentindo impotentes diante da situação. Elas veem seus filhos sofrendo agressões verbais e até mesmo físicas, mas, quando recorrem aos professores ou diretores das escolas, não recebem apoio.
Segundo a colunista, as instituições têm empurrado os problemas para os pais, que nem sempre estão familiarizados com o assunto.
A Holanda, por exemplo, é um país que conseguiu reduzir drasticamente casos de bullying nas salas de aula.
Assim, para solucionar o problema, Inês aponta que é necessário elaborar medidas mais firmes contra o bullying, e não adotar soluções sazonais como ocorre frequentemente.
pauta@band.com.br
Após a tragédia de Realengo, no Rio de Janeiro, a questão do bullying dentro das escolas veio à tona. Para a colunista de comportamento da BandNews FM Inês de Castro, as escolas estão cada vez mais se eximindo da responsabilidade de controlar casos de bullying dentro das dependências da escola, e passando essa responsabilidade para os pais.
Muitas mães acabam se sentindo impotentes diante da situação. Elas veem seus filhos sofrendo agressões verbais e até mesmo físicas, mas, quando recorrem aos professores ou diretores das escolas, não recebem apoio.
Segundo a colunista, as instituições têm empurrado os problemas para os pais, que nem sempre estão familiarizados com o assunto.
A Holanda, por exemplo, é um país que conseguiu reduzir drasticamente casos de bullying nas salas de aula.
Assim, para solucionar o problema, Inês aponta que é necessário elaborar medidas mais firmes contra o bullying, e não adotar soluções sazonais como ocorre frequentemente.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Bullying, responsabilidade de todos!
Acabo de ler uma obra que todos seres humanos deveriam ler. Trata-se do livro Bullying - Mentes perigosas nas escolas, de autoria da jovem médica Ana Beatriz Barbosa Silva, pós-graduada em psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, lançado pela Editora Fontanar. Antes que alguém imagine tratar-se de publicação motivada pela tragédia da Escola Municipal Tasso da Silveira, do Rio de Janeiro, no início do mês, o livro é de 2010, e traz estudo sério, baseado em pesquisas e casos verificados na óptica da psiquiatria, enfocando o problema que afeta os meios estudantis de todo o mundo, algo que alguns tentam minimizar como brincadeiras, até quando se perde a dimensão e casos explodem em manchetes de jornal, com histórias de violência extremas, normalmente assassinatos em série seguidos de suicídios.
É certo que todos os dias, quem sabe, milhões de crianças e jovens de todo o mundo são afetados pelo bullying, seja como vítimas ou como agressores, e há a tendência de então vítimas tornarem-se agressoras. A palavra de origem inglesa corresponde ao conjunto de atitudes de violência física ou psicológica (não é raro os dois modos andarem juntos) normalmente para ridicularizar, intimidar e humilhar vítimas, normalmente alunos considerados “diferentes” da turma, que deveria ser apenas amiga de escola. E a classificação de chamados “diferentes” pode ocorrer das formas mais variadas. Só para refletir: Madonna, Beckham, Tom Cruise , Bill Clinton e Steven Spielberg foram algumas das “vítimas famosas” de bullying.
Portanto, a fúria ou as humilhações podem se desencadear contra os mais inteligentes, os mais altos, os mais baixos, gordinhos, tímidos, os muito sensíveis ou frágeis. Também entram questões raciais, opção sexual ou religiosa, enfim, é tanta ignorância e rótulos que não levam em consideração o mais importante, ou seja, cada indivíduo é o que é, e, acima de tudo, todo ser vivo merece respeito. Então é difícil entender por que este respeito inexiste, principalmente entre seres humanos, diferenciados dos demais, justamente pela capacidade de raciocinar antes de seus atos.
Embora a maior parte da obra seja voltada para o que ocorre em escolas, a psiquiatra Ana Beatriz alerta todos nós sobre responsabilidades de cada para coibir tais atos. Aos pais cabe a tarefa de observar os filhos desde a tenra infância, pois podem apresentar características que indicam se terão eventuais papéis na tragédia do bullying, como agressores ou vítimas. A atitude responsável, com devidas orientações, pode evitar proliferação de novos agressores e vítimas. E a vigilância deve ser permanente, com profissionais da Educação, que muitas vezes também são vítimas ou praticantes de bullyng, observando e contribuindo para que não haja este tipo de situação em seu ambiente de trabalho.
Vale lembrar que professores atuam na vida dos seres humanos, principalmente na delicada passagem da infância para a adolescência, verdadeiro vendaval de transformações físicas e principalmente emocionais do individuo. E, não apenas no caso do bullyng, omissão em nada contribui para o fim dessa e outras epidemias sociais. Lavar as mãos nem sempre as deixa “limpas”. Temos exemplo clássico de omissão, que ocorreu há mais de 2 mil anos e que, principalmente entre os cristãos, não se esquece, e volta à tona nesta época da Semana Santa.
Sigamos, pois, alguns dos ensinamentos da doutora Ana Beatriz - mãos à obra: pais, professores, diretores, alunos e profissionais de quaisquer áreas de conhecimento. É importante identificar, sem subestimar, este tipo de violência e principalmente combatê-la. Quem sabe, assim deixaremos (algum dia) de nos chocarmos com novas tragédias e chorarmos mais mortes de inocentes, que só queriam o direito de todos os seres: viver e ser feliz.
Fonte: JB - por Edson Silva
É certo que todos os dias, quem sabe, milhões de crianças e jovens de todo o mundo são afetados pelo bullying, seja como vítimas ou como agressores, e há a tendência de então vítimas tornarem-se agressoras. A palavra de origem inglesa corresponde ao conjunto de atitudes de violência física ou psicológica (não é raro os dois modos andarem juntos) normalmente para ridicularizar, intimidar e humilhar vítimas, normalmente alunos considerados “diferentes” da turma, que deveria ser apenas amiga de escola. E a classificação de chamados “diferentes” pode ocorrer das formas mais variadas. Só para refletir: Madonna, Beckham, Tom Cruise , Bill Clinton e Steven Spielberg foram algumas das “vítimas famosas” de bullying.
Portanto, a fúria ou as humilhações podem se desencadear contra os mais inteligentes, os mais altos, os mais baixos, gordinhos, tímidos, os muito sensíveis ou frágeis. Também entram questões raciais, opção sexual ou religiosa, enfim, é tanta ignorância e rótulos que não levam em consideração o mais importante, ou seja, cada indivíduo é o que é, e, acima de tudo, todo ser vivo merece respeito. Então é difícil entender por que este respeito inexiste, principalmente entre seres humanos, diferenciados dos demais, justamente pela capacidade de raciocinar antes de seus atos.
Embora a maior parte da obra seja voltada para o que ocorre em escolas, a psiquiatra Ana Beatriz alerta todos nós sobre responsabilidades de cada para coibir tais atos. Aos pais cabe a tarefa de observar os filhos desde a tenra infância, pois podem apresentar características que indicam se terão eventuais papéis na tragédia do bullying, como agressores ou vítimas. A atitude responsável, com devidas orientações, pode evitar proliferação de novos agressores e vítimas. E a vigilância deve ser permanente, com profissionais da Educação, que muitas vezes também são vítimas ou praticantes de bullyng, observando e contribuindo para que não haja este tipo de situação em seu ambiente de trabalho.
Vale lembrar que professores atuam na vida dos seres humanos, principalmente na delicada passagem da infância para a adolescência, verdadeiro vendaval de transformações físicas e principalmente emocionais do individuo. E, não apenas no caso do bullyng, omissão em nada contribui para o fim dessa e outras epidemias sociais. Lavar as mãos nem sempre as deixa “limpas”. Temos exemplo clássico de omissão, que ocorreu há mais de 2 mil anos e que, principalmente entre os cristãos, não se esquece, e volta à tona nesta época da Semana Santa.
Sigamos, pois, alguns dos ensinamentos da doutora Ana Beatriz - mãos à obra: pais, professores, diretores, alunos e profissionais de quaisquer áreas de conhecimento. É importante identificar, sem subestimar, este tipo de violência e principalmente combatê-la. Quem sabe, assim deixaremos (algum dia) de nos chocarmos com novas tragédias e chorarmos mais mortes de inocentes, que só queriam o direito de todos os seres: viver e ser feliz.
Fonte: JB - por Edson Silva
BULLYING - Onde existe mais?
Nem todas as escolas são ruins. Existe instituições tanto públicas como particulares que são exemplos de cidadania, de amor ao próximo.
Eu digo isso com propriedade pq viajo o Brasil com o meu projeto do espetáculo BULLYING, onde trabalhamos um espetáculo teatral que mostra o dia a dia dos alunos em sala de aula e depois um bom debate.
O diferencial, que eu vejo, é que faço as instituições, independente de ser pública ou particular, que verdadeiramente querem acabar com as diferenças.
Portanto, queridos (com carinho), não vamos generalizar e sim arregaçar as mangas e trabalhar por uma escola melhor.
EU estudei em escola pública e formei dois filhos em escolas particulares, nas duas existem o bullying quase que igualitariamente.
Shalom!
Mar´Junior - Cia Atores de Mar´
http://bullying-ciaatoresdemar.blogspot.com
Eu digo isso com propriedade pq viajo o Brasil com o meu projeto do espetáculo BULLYING, onde trabalhamos um espetáculo teatral que mostra o dia a dia dos alunos em sala de aula e depois um bom debate.
O diferencial, que eu vejo, é que faço as instituições, independente de ser pública ou particular, que verdadeiramente querem acabar com as diferenças.
Portanto, queridos (com carinho), não vamos generalizar e sim arregaçar as mangas e trabalhar por uma escola melhor.
EU estudei em escola pública e formei dois filhos em escolas particulares, nas duas existem o bullying quase que igualitariamente.
Shalom!
Mar´Junior - Cia Atores de Mar´
http://bullying-ciaatoresdemar.blogspot.com
terça-feira, 19 de abril de 2011
Evitar o bullying é papel de toda a sociedade, segundo psicóloga
No dia 7, o Brasil parou assustado com o caso de Wellington Menezes de Oliveira, o jovem que matou 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira no bairro de Realengo, no Rio. O episódio levantou questionamentos sobre a segurança nas escolas, desarmamento e reavivou os debates sobre um problema silencioso, mas comum, o bullying. Para falar sobre o problema, o Jornal da Manhã conversou com a psicóloga Martha Franco Diniz Hueb, coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisa em Psicologia Aplicada da UFTM.
A especialista explica que é considerado bullying quando um estudante é exposto, repetidamente e por tempo prolongado, a ações negativas por parte de colega ou de um grupo. “Bater, empurrar, chutar, beliscar, limitar o outro, ameaçar ou apelidar, encarar, fazer gestos obscenos e excluir intencionalmente do grupo são algumas das formas mais comuns”. Martha destaca que, em geral, o bullying envolve todo comportamento agressivo com a intenção de causar algum tipo de dano ao outro, caracterizado por um desequilíbrio de forças.
“O agressor geralmente escolhe uma pessoa que é menor, fisicamente ou emocionalmente mais fraca”, frisa.
Em países como Suécia, Inglaterra, Itália, Portugal e Japão, as pesquisas sobre o fenômeno começaram na década de 1970 e estão mais avançadas do que no Brasil, que passou a considerar realmente o problema a partir de 2002. Estudos da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), no Rio de Janeiro, descobriu que dos quase 6 mil estudantes pesquisados, 40,5% admitiram estar envolvidos em atos agressivos na escola, sendo 16,9% como vítimas, 10,9% como vítimas e agressores e 12,7% apenas como agressores. “Nos meninos, a frequência é maior de agressões físicas e de haver agressores. As meninas são vítimas mais comuns da prática da exclusão ou difamação”, afirma.
O adolescente, assim como a criança, emite sinais de que é vítima de bullying através da mudança de comportamento, por isso o suporte social, da família, dos professores e dos colegas é considerado importante fator no combate ao problema. “O professor ou o colega que “não vê” o bullying ocorrer, que não intervém, está sendo omisso, enquanto, por influência, poderia impedir as agressões. É importante que as pessoas não neguem esse problema. Apesar de a maioria dos comportamentos agressivos acontecerem na escola, a adoção de políticas públicas e programas continuados nas escolas é a medida mais efetiva na prevenção do consumo de álcool e drogas e na redução da violência”, completa.
Fonte: JM Online
A especialista explica que é considerado bullying quando um estudante é exposto, repetidamente e por tempo prolongado, a ações negativas por parte de colega ou de um grupo. “Bater, empurrar, chutar, beliscar, limitar o outro, ameaçar ou apelidar, encarar, fazer gestos obscenos e excluir intencionalmente do grupo são algumas das formas mais comuns”. Martha destaca que, em geral, o bullying envolve todo comportamento agressivo com a intenção de causar algum tipo de dano ao outro, caracterizado por um desequilíbrio de forças.
“O agressor geralmente escolhe uma pessoa que é menor, fisicamente ou emocionalmente mais fraca”, frisa.
Em países como Suécia, Inglaterra, Itália, Portugal e Japão, as pesquisas sobre o fenômeno começaram na década de 1970 e estão mais avançadas do que no Brasil, que passou a considerar realmente o problema a partir de 2002. Estudos da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), no Rio de Janeiro, descobriu que dos quase 6 mil estudantes pesquisados, 40,5% admitiram estar envolvidos em atos agressivos na escola, sendo 16,9% como vítimas, 10,9% como vítimas e agressores e 12,7% apenas como agressores. “Nos meninos, a frequência é maior de agressões físicas e de haver agressores. As meninas são vítimas mais comuns da prática da exclusão ou difamação”, afirma.
O adolescente, assim como a criança, emite sinais de que é vítima de bullying através da mudança de comportamento, por isso o suporte social, da família, dos professores e dos colegas é considerado importante fator no combate ao problema. “O professor ou o colega que “não vê” o bullying ocorrer, que não intervém, está sendo omisso, enquanto, por influência, poderia impedir as agressões. É importante que as pessoas não neguem esse problema. Apesar de a maioria dos comportamentos agressivos acontecerem na escola, a adoção de políticas públicas e programas continuados nas escolas é a medida mais efetiva na prevenção do consumo de álcool e drogas e na redução da violência”, completa.
Fonte: JM Online
Promotores querem tornar bullying crime
Um anteprojeto de lei elaborado pelo grupo prevê pena mínima de 1 a 4 anos de reclusão, além do pagamento de multa
Promotores da Infância e Juventude de São Paulo querem que o bullying seja considerado crime. Um anteprojeto de lei elaborado pelo grupo prevê pena mínima de 1 a 4 anos de reclusão, além do pagamento de multa. Se a prática for violenta, reiterada e cometida por adolescente, em caso de condenação, o autor poderá ser acolhido pela Fundação Casa.
Pela proposta, pode ser penalizado quem expuser alguém de forma voluntária e mais de uma vez a constrangimento público, escárnio ou degradação física ou moral, sem motivação evidente e estabelecendo com isso uma relação desigual de poder. Se o crime for cometido por mais de uma pessoa, por meio eletrônico ou por qualquer mídia (cyberbullying), a pena será aumentada de um terço até a metade. E, se cometido contra menor de 14 anos ou pessoa com deficiência mental, a pena aumenta ainda mais um terço.
Quando resultar em lesão grave, a pena será de reclusão de 5 a 10 anos. Se ocasionar a morte da vítima, a reclusão será de 12 a 30 anos, além de multa - a mesma prevista para homicídios. O anteprojeto prevê ainda que, se a prática resultar em sequela psicológica à vítima (provada por meio de laudos médicos e psiquiátricos), a pena de reclusão será de 2 a 6 anos e multa. No entanto, como o bullying na maioria dos casos é praticado por crianças e adolescentes, os promotores vão precisar adaptar a tipificação penal dessas práticas à aplicação de medidas socioeducativas.
O anteprojeto será submetido no próximo dia 6 de maio a aprovação na Promotoria da Infância e Juventude do Ministério Público e, depois, encaminhado ao procurador-geral, Fernando Grella, que deve enviar o texto a um deputado federal.
As informações são do Jornal da Tarde.
Fonte: Agência Estado/IG
Promotores da Infância e Juventude de São Paulo querem que o bullying seja considerado crime. Um anteprojeto de lei elaborado pelo grupo prevê pena mínima de 1 a 4 anos de reclusão, além do pagamento de multa. Se a prática for violenta, reiterada e cometida por adolescente, em caso de condenação, o autor poderá ser acolhido pela Fundação Casa.
Pela proposta, pode ser penalizado quem expuser alguém de forma voluntária e mais de uma vez a constrangimento público, escárnio ou degradação física ou moral, sem motivação evidente e estabelecendo com isso uma relação desigual de poder. Se o crime for cometido por mais de uma pessoa, por meio eletrônico ou por qualquer mídia (cyberbullying), a pena será aumentada de um terço até a metade. E, se cometido contra menor de 14 anos ou pessoa com deficiência mental, a pena aumenta ainda mais um terço.
Quando resultar em lesão grave, a pena será de reclusão de 5 a 10 anos. Se ocasionar a morte da vítima, a reclusão será de 12 a 30 anos, além de multa - a mesma prevista para homicídios. O anteprojeto prevê ainda que, se a prática resultar em sequela psicológica à vítima (provada por meio de laudos médicos e psiquiátricos), a pena de reclusão será de 2 a 6 anos e multa. No entanto, como o bullying na maioria dos casos é praticado por crianças e adolescentes, os promotores vão precisar adaptar a tipificação penal dessas práticas à aplicação de medidas socioeducativas.
O anteprojeto será submetido no próximo dia 6 de maio a aprovação na Promotoria da Infância e Juventude do Ministério Público e, depois, encaminhado ao procurador-geral, Fernando Grella, que deve enviar o texto a um deputado federal.
As informações são do Jornal da Tarde.
Fonte: Agência Estado/IG
segunda-feira, 18 de abril de 2011
'Bullying' causa dor, exclusão e humilhação
O termo, que vem do inglês bully (valentão) é utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica feitos de forma intencional e repetitiva, praticados por uma pessoa ou um grupo sobre outra pessoa ou outro grupo. O objetivo é agredir, intimidar, acossar e implicar com a vítima.
O bullying compreende, portanto, comportamentos com diversos níveis de violência que vão desde chateações inoportunas ou hostis até atos francamente agressivos, sob forma verbal ou não, sem motivação aparente, causando dor, angústia, exclusão, humilhação e discriminação. Na literatura especializada, adota-se também o termo vitimização.
O psicólogo José Augusto Pedra e a pedagoga Cléo Fante, autores do livro Bullying Escolar - Perguntas e respostas, dizem que os praticantes do bullying também mobilizam as opiniões dos colegas contra a vítima, por meio de boatos difamatórios ou apelidos que acentuam alguma característica física, psicológica ou trejeito considerado negativo, diferente ou esquisito. Esses boatos e agressões são, muitas vezes, expostos em sites de relacionamentos na internet.
Os autores explicam que a principal diferença entre o bullying e outros tipos de violência é a propriedade que o primeiro tem de causar traumas muitas vezes irreparáveis ao psiquismo das vítimas, comprometendo sua saúde física e mental e seu desenvolvimento socioeducacional. Ao contrário de outras ações violentas, ocasionais e reativas, o bullying se caracteriza por ações deliberadas e repetitivas, pelo desequilíbrio de poder - entre agressores e vítimas - e pela sutileza com que ocorre, sem que os adultos percebam, ou feitos de forma que as pessoas finjam não perceber.
Os critérios básicos para a prática do bullying foram estabelecidos pelo pesquisador Dan Olweus, da Universidade de Bergen, na Noruega, que trabalhou com esse tema entre 1978 a 1999. De acordo com o pesquisador, a vítima tem um medo constante de sofrer os assédios novamente e, por esse motivo, fica mobilizada por sentimentos de ansiedade, medo, insegurança, angústia, raiva e constrangimento, podendo também ter somatizações. Por continuar lembrando dos episódios de agressão, a vítima pode também alimentar o desejo de vingança.
Além das agressões entre alunos, Olweus estudou também a prática do bullying por professores e outros funcionários da escola contra alunos. Segundo o pesquisador, o fenômeno ocorre com maior frequência do que se supõe, e muitos alunos são agredidos, perseguidos, intimidados, ridicularizados, coagidos e acusados. Os professores, nesses casos, comparam, constrangem e chamam atenção publicamente, mostrando ainda preferência a determinados alunos em detrimento de outros.
Por outro lado, muitos professores também são assediados sexual e moralmente, humilhados e agredidos por alunos, conforme José Augusto Pedra e Cléo Fante. Os autores dizem que "é grande o número de profissionais que sofrem em seu ambiente de trabalho, sem saber o que fazer e a quem recorrer".
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizada em 2009 revelou que quase um terço dos estudantes brasileiros, equivalente a 30,8%, informou já ter sofrido bullying, sendo a maioria das vítimas do sexo masculino.
Os autores alertam para o aspecto epidêmico do bullying nas escolas e da violência entre jovens na sociedade em geral, uma vez que, segundo eles, 80% das vítimas tendem a reproduzir os maus tratos sofridos.
Helena Daltro Pontual / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
O bullying compreende, portanto, comportamentos com diversos níveis de violência que vão desde chateações inoportunas ou hostis até atos francamente agressivos, sob forma verbal ou não, sem motivação aparente, causando dor, angústia, exclusão, humilhação e discriminação. Na literatura especializada, adota-se também o termo vitimização.
O psicólogo José Augusto Pedra e a pedagoga Cléo Fante, autores do livro Bullying Escolar - Perguntas e respostas, dizem que os praticantes do bullying também mobilizam as opiniões dos colegas contra a vítima, por meio de boatos difamatórios ou apelidos que acentuam alguma característica física, psicológica ou trejeito considerado negativo, diferente ou esquisito. Esses boatos e agressões são, muitas vezes, expostos em sites de relacionamentos na internet.
Os autores explicam que a principal diferença entre o bullying e outros tipos de violência é a propriedade que o primeiro tem de causar traumas muitas vezes irreparáveis ao psiquismo das vítimas, comprometendo sua saúde física e mental e seu desenvolvimento socioeducacional. Ao contrário de outras ações violentas, ocasionais e reativas, o bullying se caracteriza por ações deliberadas e repetitivas, pelo desequilíbrio de poder - entre agressores e vítimas - e pela sutileza com que ocorre, sem que os adultos percebam, ou feitos de forma que as pessoas finjam não perceber.
Os critérios básicos para a prática do bullying foram estabelecidos pelo pesquisador Dan Olweus, da Universidade de Bergen, na Noruega, que trabalhou com esse tema entre 1978 a 1999. De acordo com o pesquisador, a vítima tem um medo constante de sofrer os assédios novamente e, por esse motivo, fica mobilizada por sentimentos de ansiedade, medo, insegurança, angústia, raiva e constrangimento, podendo também ter somatizações. Por continuar lembrando dos episódios de agressão, a vítima pode também alimentar o desejo de vingança.
Além das agressões entre alunos, Olweus estudou também a prática do bullying por professores e outros funcionários da escola contra alunos. Segundo o pesquisador, o fenômeno ocorre com maior frequência do que se supõe, e muitos alunos são agredidos, perseguidos, intimidados, ridicularizados, coagidos e acusados. Os professores, nesses casos, comparam, constrangem e chamam atenção publicamente, mostrando ainda preferência a determinados alunos em detrimento de outros.
Por outro lado, muitos professores também são assediados sexual e moralmente, humilhados e agredidos por alunos, conforme José Augusto Pedra e Cléo Fante. Os autores dizem que "é grande o número de profissionais que sofrem em seu ambiente de trabalho, sem saber o que fazer e a quem recorrer".
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizada em 2009 revelou que quase um terço dos estudantes brasileiros, equivalente a 30,8%, informou já ter sofrido bullying, sendo a maioria das vítimas do sexo masculino.
Os autores alertam para o aspecto epidêmico do bullying nas escolas e da violência entre jovens na sociedade em geral, uma vez que, segundo eles, 80% das vítimas tendem a reproduzir os maus tratos sofridos.
Helena Daltro Pontual / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Violência nas escolas é reflexo da sociedade, dizem especialistas
A violência existente nas escolas é reflexo da violência na sociedade disseram, nesta segunda-feira (18), especialistas que participaram de audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). O evento contou com a presença de profissionais de educação, pesquisadores e estudantes da rede pública do Distrito Federal.
Segundo o professor e representante da Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE), Antonio de Lisboa Amâncio Vale, por ser o serviço público mais presente no cotidiano da população, a escola é também o local onde fica mais evidente a violência social. Para o professor, combater a violência no ambiente escolar é antes de tudo combater a violência na sociedade
- Não é isolando a escola da sociedade e da sua comunidade que vamos combater o problema da violência. A escola tem que ser literalmente aberta à comunidade - assinalou.
A subsecretária para Educação Integral, Cidadania e Direitos Humanos do Distrito Federal, Gícia Falcão, disse que para reduzir os índices de violência, é necessário fortalecer os conselhos escolares e os grêmios estudantis, a fim de democratizar a gestão das escolas e promover maior integração entre professores, funcionários, estudantes e pais de alunos.
- Temos que abrir a escola não apenas para que a família venha no momento de festa e na hora de receber a nota no fim do bimestre, ela tem que construir, tem que pensar nas ações promovidas pela escola - disse.
De acordo com o representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Paolo Fontani, pesquisas demonstram que nos locais onde a comunidade participa mais ativamente da escola o índice de violência é menor. Ele afirmou ainda que a violência é um dos principais razões da evasão escolar no país.
- A violência ou ameaça de violência é uma das principais causas de perda de concentração, aumento de sensação de medo, perda de interesse na escola e finalmente de evasão e abandono das escolas - disse.
Rodrigo Baptista / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Segundo o professor e representante da Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE), Antonio de Lisboa Amâncio Vale, por ser o serviço público mais presente no cotidiano da população, a escola é também o local onde fica mais evidente a violência social. Para o professor, combater a violência no ambiente escolar é antes de tudo combater a violência na sociedade
- Não é isolando a escola da sociedade e da sua comunidade que vamos combater o problema da violência. A escola tem que ser literalmente aberta à comunidade - assinalou.
A subsecretária para Educação Integral, Cidadania e Direitos Humanos do Distrito Federal, Gícia Falcão, disse que para reduzir os índices de violência, é necessário fortalecer os conselhos escolares e os grêmios estudantis, a fim de democratizar a gestão das escolas e promover maior integração entre professores, funcionários, estudantes e pais de alunos.
- Temos que abrir a escola não apenas para que a família venha no momento de festa e na hora de receber a nota no fim do bimestre, ela tem que construir, tem que pensar nas ações promovidas pela escola - disse.
De acordo com o representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Paolo Fontani, pesquisas demonstram que nos locais onde a comunidade participa mais ativamente da escola o índice de violência é menor. Ele afirmou ainda que a violência é um dos principais razões da evasão escolar no país.
- A violência ou ameaça de violência é uma das principais causas de perda de concentração, aumento de sensação de medo, perda de interesse na escola e finalmente de evasão e abandono das escolas - disse.
Rodrigo Baptista / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
domingo, 17 de abril de 2011
Várzea Grande poderá ser o primeiro município do estado a preparar legislação contra bullying escolar
Para criar medidas de conscientização, prevenção e combate ao ‘bullying’ escolar, o vereador Toninho do Gloria líder da bancada do (PV) encaminhou na Câmara de Vereadores, um projeto de lei que propõe a elaboração de política pedagógico para as escolas públicas de Várzea Grande, coibindo essa prática de violência. O ‘bullying" é a prática de atos de violência física ou psicológica, de modo intencional e repetitivo, exercida por indivíduo ou grupos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir, causar dor, angústia ou humilhação à vítima.
O vereador destaca a importância de enfrentar esse tema nas escolas. "Essa é uma forma de agressão não só física, mas psicológica e pode provocar um sentimento de isolamento, deixando seqüelas emocionais a vítima reduzindo o rendimento escolar e produzindo atos de violência contra si e terceiros". O ‘bullying’ se caracteriza pela exclusão social, pela prática da humilhação, perseguição, discriminação, medo, destruição de pertences, atos de violência, inclusive com utilização de meios tecnológicos como internet e uso do celular.
Essas ações, conta Toninho do Gloria, têm aumentado o número de agressões e atos de discriminação e humilhação em ambiente escolar. Um estudo feito pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), no Rio de Janeiro, com 5875 estudantes de 5a a 8a séries, de onze escolas fluminenses, revelou que 40,5% dos entrevistados confessaram o envolvimento direto em atos de ‘bullying’.
Entre as propostas do projeto estão a capacitação dos docentes e equipe pedagógica para implementar as ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema. Também incluir regras contra o ‘bullying’ no regimento interno da escola e orientar as vítimas visando à recuperação de sua auto-estima para que não sofram prejuízos em seu desenvolvimento escolar.
Outra ação é de orientar os agressores envolvendo a família no processo de percepção, acompanhamento e crescimento. Para isso, a proposta é realizar palestras, debates, distribuição de cartilhas de orientação aos pais, alunos e professores. "A criação de programas de combate a essa prática nas escolas de Várzea Grande permitirá o desenvolvimento de ações que vão ao encontro das vítimas de maneira solidária, resgatando os valores de cidadania, tolerância, respeito mútuo entre alunos e docentes", afirma Toninho.
Cyber bullying:
Na Câmara Municipal esta tramitando também outro projeto de lei de autoria do vereador TONINHO DO GLORIA, que visa combater a pedofilia na internet e o cyber bullying, mediante a instituição do programa "Educação e Conscientização Digital - Segurança na Rede", na grade curricular das instituições de ensino municipais de Várzea Grande. A propositura aguarda parecer da consultoria jurídica do Legislativo para entrar na pauta de discussões.
O projeto responsabiliza o Poder Executivo Municipal pela educação e conscientização digital dos alunos por meio de palestras ou aulas temáticas, podendo incluí-las na grade curricular do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Caso aprovada a proposta, caberá à Secretaria de Educação oferecer as orientações necessárias aos professores para o desenvolvimento da referida disciplina.
Além do combate ao cyber bullying e pedofilia, o programa deverá fornecer informações que possibilitem a identificação dos perigos presentes na internet, como fraudes financeiras, envio de vírus, roubo de senhas, crimes contra a honra, calúnia, injúria e difamação, além de crimes de preconceito de gênero, raça e etnia.
O programa também deverá orientar o aluno para a identificação de oportunidades, como a relação interpessoal e preparação para o mercado de trabalho (como cursos online e à distância), e a construção de competências profissionais, habilidades sociais e marketing pessoal.
Fonte: Arquimedes OnLine
O vereador destaca a importância de enfrentar esse tema nas escolas. "Essa é uma forma de agressão não só física, mas psicológica e pode provocar um sentimento de isolamento, deixando seqüelas emocionais a vítima reduzindo o rendimento escolar e produzindo atos de violência contra si e terceiros". O ‘bullying’ se caracteriza pela exclusão social, pela prática da humilhação, perseguição, discriminação, medo, destruição de pertences, atos de violência, inclusive com utilização de meios tecnológicos como internet e uso do celular.
Essas ações, conta Toninho do Gloria, têm aumentado o número de agressões e atos de discriminação e humilhação em ambiente escolar. Um estudo feito pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), no Rio de Janeiro, com 5875 estudantes de 5a a 8a séries, de onze escolas fluminenses, revelou que 40,5% dos entrevistados confessaram o envolvimento direto em atos de ‘bullying’.
Entre as propostas do projeto estão a capacitação dos docentes e equipe pedagógica para implementar as ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema. Também incluir regras contra o ‘bullying’ no regimento interno da escola e orientar as vítimas visando à recuperação de sua auto-estima para que não sofram prejuízos em seu desenvolvimento escolar.
Outra ação é de orientar os agressores envolvendo a família no processo de percepção, acompanhamento e crescimento. Para isso, a proposta é realizar palestras, debates, distribuição de cartilhas de orientação aos pais, alunos e professores. "A criação de programas de combate a essa prática nas escolas de Várzea Grande permitirá o desenvolvimento de ações que vão ao encontro das vítimas de maneira solidária, resgatando os valores de cidadania, tolerância, respeito mútuo entre alunos e docentes", afirma Toninho.
Cyber bullying:
Na Câmara Municipal esta tramitando também outro projeto de lei de autoria do vereador TONINHO DO GLORIA, que visa combater a pedofilia na internet e o cyber bullying, mediante a instituição do programa "Educação e Conscientização Digital - Segurança na Rede", na grade curricular das instituições de ensino municipais de Várzea Grande. A propositura aguarda parecer da consultoria jurídica do Legislativo para entrar na pauta de discussões.
O projeto responsabiliza o Poder Executivo Municipal pela educação e conscientização digital dos alunos por meio de palestras ou aulas temáticas, podendo incluí-las na grade curricular do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Caso aprovada a proposta, caberá à Secretaria de Educação oferecer as orientações necessárias aos professores para o desenvolvimento da referida disciplina.
Além do combate ao cyber bullying e pedofilia, o programa deverá fornecer informações que possibilitem a identificação dos perigos presentes na internet, como fraudes financeiras, envio de vírus, roubo de senhas, crimes contra a honra, calúnia, injúria e difamação, além de crimes de preconceito de gênero, raça e etnia.
O programa também deverá orientar o aluno para a identificação de oportunidades, como a relação interpessoal e preparação para o mercado de trabalho (como cursos online e à distância), e a construção de competências profissionais, habilidades sociais e marketing pessoal.
Fonte: Arquimedes OnLine
Bullying motivou 87% de ataques em escolas, diz estudo
Estudo do serviço secreto dos Estados Unidos foi apresentado nesta sexta pelo psiquiatra americano Timothy Brewerton no Rio
O psiquiatra americano Timothy Brewerton, que tratou de alguns dos estudantes sobreviventes do massacre de Columbine, que deixou 13 mortos em 1999 nos Estados Unidos, apresentou nesta sexta-feira no Rio de Janeiro estudo realizado pelo serviço secreto do país cujo resultado apontou que, nos 66 ataques em escolas que ocorreram no mundo de 1966 a 2011, 87% dos atiradores sofriam bullying e foram movidos pelo desejo de vingança.
Trata-se da mesma motivação alegada pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. "O bullying pode ser considerado a chave para entender o problema e um enorme fator de risco, mas outras características são importantes, como tendências suicidas, problemas mentais e acessos de ira. Não acredito em um estereótipo ou perfil para um assassino potencial nas escolas."
A pesquisa apontou que em 76% dos ataques no mundo os assassinos eram adolescentes e tinham fácil acesso às armas de parentes. "Além do controle ao acesso às armas, recomendamos também que os pais fiquem atentos a alguns comportamentos, como maus-tratos contra animais, alternância de estados de humor, tendências incendiárias, isolamento e indiferença", disse Brewerton. Segundo ele, 70% dos ataques registrados em escolas no mundo aconteceram nos Estados Unidos. O levantamento apontou que naquele país 160 mil alunos faltam diariamente no colégio por medo de sofrer humilhações, surras ou agressões verbais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Agência Estado
O psiquiatra americano Timothy Brewerton, que tratou de alguns dos estudantes sobreviventes do massacre de Columbine, que deixou 13 mortos em 1999 nos Estados Unidos, apresentou nesta sexta-feira no Rio de Janeiro estudo realizado pelo serviço secreto do país cujo resultado apontou que, nos 66 ataques em escolas que ocorreram no mundo de 1966 a 2011, 87% dos atiradores sofriam bullying e foram movidos pelo desejo de vingança.
Trata-se da mesma motivação alegada pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. "O bullying pode ser considerado a chave para entender o problema e um enorme fator de risco, mas outras características são importantes, como tendências suicidas, problemas mentais e acessos de ira. Não acredito em um estereótipo ou perfil para um assassino potencial nas escolas."
A pesquisa apontou que em 76% dos ataques no mundo os assassinos eram adolescentes e tinham fácil acesso às armas de parentes. "Além do controle ao acesso às armas, recomendamos também que os pais fiquem atentos a alguns comportamentos, como maus-tratos contra animais, alternância de estados de humor, tendências incendiárias, isolamento e indiferença", disse Brewerton. Segundo ele, 70% dos ataques registrados em escolas no mundo aconteceram nos Estados Unidos. O levantamento apontou que naquele país 160 mil alunos faltam diariamente no colégio por medo de sofrer humilhações, surras ou agressões verbais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Agência Estado
sábado, 16 de abril de 2011
Apesar de lei determinar, escolas não notificam casos de bullying em conselhos tutelares ou na polícia
RIO - Mãe de um menino hoje com 11 anos, uma psicopedagoga, moradora da Zona Norte, conta que passou, entre 2009 e 2010, por um dos períodos mais difíceis de sua vida. Poucos meses após ter matriculado o filho numa nova escola, percebeu as primeiras marcas de agressão na criança. A situação foi se agravando e, apesar dos apelos, ela diz ter sofrido com o descaso do colégio. O relato exemplifica aquele que ainda parece ser um tabu em muitas salas de aula: o bullying. Apesar de uma lei estadual, sancionada em setembro do ano passado, determinar que as instituições de ensino públicas e particulares notifiquem todos os casos de bullying à polícia ou aos conselhos tutelares, um levantamento feito pelo GLOBO mostra que a regra não tem sido obedecida na prática.
— Meu filho chegou ao ponto de ter uma crise renal em consequência do que sofria na escola. Descobrimos que outros alunos não o deixavam ir ao banheiro, alegando que assim ele estaria cumprindo uma prova para poder pertencer a um grupo. Levando em conta que o bullying resulta em lesões corporais, ofensas morais e danos psicológicos, a escola não poderia ter ficado inerte aos fatos — reclama a psicopedagoga, que teve que trocar o colégio da criança e está finalizando um livro contando os problemas por que passou.
Sem encontrar eco na instituição de ensino, um dos caminhos adotados pela mãe foi procurar o Conselho Tutelar da região. A partir da lei do ano passado, a iniciativa obrigatoriamente deveria ser das próprias escolas, sob pena de multa de até 20 salários-mínimos, mas não é o que tem ocorrido. O GLOBO entrou em contato com os dez conselhos da capital. Em oito, a informação foi a mesma: com raríssimas exceções, os relatos de bullying sempre chegam somente através dos pais. Um conselho não quis passar informações sobre as notificações e no outro, ninguém atendeu às ligações.
O delegado Fábio Corsino, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), também afirma que não tem sido informado pelos colégios.
— Seria importante que essas notificações chegassem; a escola tem a obrigação de agir. O bullying em si não é tipificado como um crime, mas pode haver uma série de delitos envolvidos nessa prática, como lesão corporal ou constrangimento ilegal. O ideal é que possamos fazer uma avaliação caso a caso — diz Corsino, ressaltando que a unidade conta com profissionais de apoio, como psicólogos.
Apesar de a lei estar em vigor há mais de seis meses, o deputado autor do texto, André Corrêa (PPS), atual líder do governo na Alerj, admite que a regra não vingou. Até agora, segundo o parlamentar, nenhuma escola foi multada:
O bullying não é novidade nas escolas, mas a discussão em torno do problema voltou à tona nos últimos dias após a divulgação de relatos em que Wellington Menezes de Oliveira, responsável pelo massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, utiliza agressões sofridas no colégio como uma das justificativas para a carnificina. Autor do livro “Manual antibullying”, o psiquiatra Gustavo Teixeira afirma que, isoladamente, a prática não pode ser considerada responsável pela tragédia:
— O bullying pode ter sido um dos gatilhos, mas para uma pessoa que já tinha uma doença psiquiátrica. O que pode ter ocorrido é que a prática acabou fazendo com que aquela loucura fosse ambientada na escola, como ocorreu.
Fonte: Jornal Extra
— Meu filho chegou ao ponto de ter uma crise renal em consequência do que sofria na escola. Descobrimos que outros alunos não o deixavam ir ao banheiro, alegando que assim ele estaria cumprindo uma prova para poder pertencer a um grupo. Levando em conta que o bullying resulta em lesões corporais, ofensas morais e danos psicológicos, a escola não poderia ter ficado inerte aos fatos — reclama a psicopedagoga, que teve que trocar o colégio da criança e está finalizando um livro contando os problemas por que passou.
Sem encontrar eco na instituição de ensino, um dos caminhos adotados pela mãe foi procurar o Conselho Tutelar da região. A partir da lei do ano passado, a iniciativa obrigatoriamente deveria ser das próprias escolas, sob pena de multa de até 20 salários-mínimos, mas não é o que tem ocorrido. O GLOBO entrou em contato com os dez conselhos da capital. Em oito, a informação foi a mesma: com raríssimas exceções, os relatos de bullying sempre chegam somente através dos pais. Um conselho não quis passar informações sobre as notificações e no outro, ninguém atendeu às ligações.
O delegado Fábio Corsino, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), também afirma que não tem sido informado pelos colégios.
— Seria importante que essas notificações chegassem; a escola tem a obrigação de agir. O bullying em si não é tipificado como um crime, mas pode haver uma série de delitos envolvidos nessa prática, como lesão corporal ou constrangimento ilegal. O ideal é que possamos fazer uma avaliação caso a caso — diz Corsino, ressaltando que a unidade conta com profissionais de apoio, como psicólogos.
Apesar de a lei estar em vigor há mais de seis meses, o deputado autor do texto, André Corrêa (PPS), atual líder do governo na Alerj, admite que a regra não vingou. Até agora, segundo o parlamentar, nenhuma escola foi multada:
O bullying não é novidade nas escolas, mas a discussão em torno do problema voltou à tona nos últimos dias após a divulgação de relatos em que Wellington Menezes de Oliveira, responsável pelo massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, utiliza agressões sofridas no colégio como uma das justificativas para a carnificina. Autor do livro “Manual antibullying”, o psiquiatra Gustavo Teixeira afirma que, isoladamente, a prática não pode ser considerada responsável pela tragédia:
— O bullying pode ter sido um dos gatilhos, mas para uma pessoa que já tinha uma doença psiquiátrica. O que pode ter ocorrido é que a prática acabou fazendo com que aquela loucura fosse ambientada na escola, como ocorreu.
Fonte: Jornal Extra
Caminhos da Educação
Por Terezinha Hueb de Menezes
Com profunda tristeza, todos fomos surpreendidos com a terrível tragédia no Rio de Janeiro: doze crianças assassinadas dentro da escola por um, segundo dizem, psicopata.
Muito se falou dos distúrbios mentais do criminoso, entre eles, o fato de haver sofrido bullying na mesma escola, quando estudante. Evidentemente, não foi esse o fator determinante para a chacina. Mas a nós, como tenho dito sempre em meus artigos, preocupa-nos, como educadores, os caminhos pelos quais a educação se tem enveredado.
Uma de minhas preocupações se refere ao distanciamento de muitas famílias em relação à vida dos filhos, não apenas escolar, mas também em sociedade. Quantos há que ignoram onde estão os filhos, com quem estão, o que estão fazendo, a que hora saíram, em que horário chegarão. Em nome do trabalho, ou às vezes sem motivo algum, pais se dizem impedidos de acompanhar a trajetória dos filhos. E fica para as escolas o peso de suprir o que falta em casa.
É evidente que cabe às escolas promover a educação de crianças e jovens, mas complementando e reforçando o que recebem em casa. E quando nada recebem, sobra aos educadores um trabalho sobre-humano, muitas vezes ineficaz, pois funciona como uma caixa d’água que tenta abastecer-se, mas que vê o líquido escoar pela torneira. Diz Rui Barbosa que a família é a célula mater da sociedade. Os filhos necessitam do pai e da mãe, ainda que separados, mas precisam de ambos cuidando de seu crescimento intelectual, social, moral, religioso. Precisam receber orientações quanto a valores éticos. Precisam aprender a relacionar-se com base no respeito mútuo e na hierarquia educacional: filhos necessitam respeitar os pais; alunos necessitam respeitar os mestres.
Insisto em que o tripé da educação se constitui do aluno, da família e da escola. Se um deles, principalmente entre os dois últimos, falhar, fica, logicamente, comprometido o processo educacional.
Encerro minha crônica citando a fala inteligente da Maria Aparecida Alves de Brito, a propósito de meu último artigo: “Está na hora dos pais fazerem a lição de casa, pois é com eles que as crianças passam a maior parte do tempo.” Concordo plenamente. Assim, com pais e escolas assumindo suas responsabilidades, muitos entraves na condução educacional de crianças e jovens seriam extirpados.
(*) educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro email: thuebmenezes@hotmail.com
Com profunda tristeza, todos fomos surpreendidos com a terrível tragédia no Rio de Janeiro: doze crianças assassinadas dentro da escola por um, segundo dizem, psicopata.
Muito se falou dos distúrbios mentais do criminoso, entre eles, o fato de haver sofrido bullying na mesma escola, quando estudante. Evidentemente, não foi esse o fator determinante para a chacina. Mas a nós, como tenho dito sempre em meus artigos, preocupa-nos, como educadores, os caminhos pelos quais a educação se tem enveredado.
Uma de minhas preocupações se refere ao distanciamento de muitas famílias em relação à vida dos filhos, não apenas escolar, mas também em sociedade. Quantos há que ignoram onde estão os filhos, com quem estão, o que estão fazendo, a que hora saíram, em que horário chegarão. Em nome do trabalho, ou às vezes sem motivo algum, pais se dizem impedidos de acompanhar a trajetória dos filhos. E fica para as escolas o peso de suprir o que falta em casa.
É evidente que cabe às escolas promover a educação de crianças e jovens, mas complementando e reforçando o que recebem em casa. E quando nada recebem, sobra aos educadores um trabalho sobre-humano, muitas vezes ineficaz, pois funciona como uma caixa d’água que tenta abastecer-se, mas que vê o líquido escoar pela torneira. Diz Rui Barbosa que a família é a célula mater da sociedade. Os filhos necessitam do pai e da mãe, ainda que separados, mas precisam de ambos cuidando de seu crescimento intelectual, social, moral, religioso. Precisam receber orientações quanto a valores éticos. Precisam aprender a relacionar-se com base no respeito mútuo e na hierarquia educacional: filhos necessitam respeitar os pais; alunos necessitam respeitar os mestres.
Insisto em que o tripé da educação se constitui do aluno, da família e da escola. Se um deles, principalmente entre os dois últimos, falhar, fica, logicamente, comprometido o processo educacional.
Encerro minha crônica citando a fala inteligente da Maria Aparecida Alves de Brito, a propósito de meu último artigo: “Está na hora dos pais fazerem a lição de casa, pois é com eles que as crianças passam a maior parte do tempo.” Concordo plenamente. Assim, com pais e escolas assumindo suas responsabilidades, muitos entraves na condução educacional de crianças e jovens seriam extirpados.
(*) educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro email: thuebmenezes@hotmail.com
Altinópolis promove 1º Fórum sobre Bullying no dia 18
Evento ocorrerá em quatro horários sob o tema "quando a brincadeira é perigosa"
A Secretaria da Educação de Altinópolis promove na próxima segunda-feira (18) o 1º Fórum sobre Bullying do município, sob o tema "quando a brincadeira é perigosa". O termo bullying é utilizado para definir atos de violência física ou psicológica.
Confira a programação do evento
O fórum ocorrerá em quatro horários, às 9h, 10h, 17h30 e 19hh30, na rua rua Cel. Joaquim Alberto, 218, na região central da cidade. Estão previstas palestras com o professor e advogado, Marcos Gomes Guimarães, do Núcleo de Apoio à Municipalização do Ensino.
Informações podem ser obtidas por meio dos telefones (16) 3665-0277 e (16) 8119-2065.
A Secretaria da Educação de Altinópolis promove na próxima segunda-feira (18) o 1º Fórum sobre Bullying do município, sob o tema "quando a brincadeira é perigosa". O termo bullying é utilizado para definir atos de violência física ou psicológica.
Confira a programação do evento
O fórum ocorrerá em quatro horários, às 9h, 10h, 17h30 e 19hh30, na rua rua Cel. Joaquim Alberto, 218, na região central da cidade. Estão previstas palestras com o professor e advogado, Marcos Gomes Guimarães, do Núcleo de Apoio à Municipalização do Ensino.
Informações podem ser obtidas por meio dos telefones (16) 3665-0277 e (16) 8119-2065.
Seminário na Assembleia debate bullying nas escolas
Jacqueline Heluy
Agência Assembleia
As escolas brasileiras não estão preparadas para enfrentar e prevenir as práticas de bullying entre crianças e adolescentes. O alerta foi feito nesta sexta-feira, 15, durante o I Seminário Internacional sobre o Bullying Escolar e Cultura de Paz, realizado na Assembleia Legislativa.
O evento reuniu educadores do Maranhão e de vários estados, pesquisadores nacionais e internacionais, representantes do governo estadual e municipal e estudantes. Presente a deputada Eliziane Gama (PPS), autora da lei estadual de combate à prática de bullying nas escolas.
Apesar da realidade avassaladora e preocupante, durante o seminário foi informado que o Maranhão já está dando os primeiros passos para este enfrentamento. Oito escolas de cinco municípios estão desenvolvendo projeto de combate e prevenção à prática de bullying a partir de uma ação da organização Plan Brasil, com o apoio das respectivas Secretarias de Educação Municipal. O município de Codó é o primeiro do Maranhão a ter uma lei municipal de combate ao bullying.
De acordo com pesquisadora Cleo Fante, idealizadora do programa antibullying “Educar para a Paz”, o projeto nas escolas maranhenses tem atuado com 3.700 estudantes dos municípios de Codó, Timbiras, Peritoró, São Luís e São José de Ribamar. Os pesquisadores comprovaram que 11% deste total de alunos, equivalente a 407 estudantes, estão vivenciando bullying dentro das suas escolas, dos quais 3% são agressores.
PRÁTICAS AGRESSIVAS
Foram identificados vários tipos de práticas agressivas nas escolas, que vão do xingamento, apelidos à violência física e constrangimento às vítimas, tais como jogá-las em cestos de lixo e até em vasos sanitários.
O projeto desenvolvido no Maranhão envolve a adoção de estratégias, tais como a criação do grupo “Alunos Solidários”, responsável pela socialização e aprendizado dos colegas que se sentem excluídos e cujo rendimento escolar é menor. Cleo Fante informou que tais estratégias conseguiram reduzir 30% dos casos.
Outro ponto positivo criado nas escolas que integram o projeto é o sistema de denúncias em que as práticas de bullying podem ser denunciadas mantendo o anonimato de quem as denuncia. “As vítimas têm medo de denunciar por sofrer retaliações” informou.
O tema “Bullying no espaço escolar” foi abordado no seminário pelo pesquisador Alexandre Ventura, de Portugal, que chamou atenção para o efeito devastador que este tipo de violência causa nas vítimas até à fase adulta. Segundo ele, os malefícios atingem a todos os participantes, vítimas, agressores e testemunhas. Ele disse que enfrentar o bullying é um desafio difícil que exige dedicação e investimento na escola.
ATITUDE COVARDE
Alexandre Ventura informou que o bullying é uma atitude covarde, intencional e de difícil defesa, mas os professores têm que saber identificar a prática, que muitas das vezes ocorre dentro da própria sala de aula. Ele destacou algumas características apresentadas pelas vítimas, como medo, insegurança, notas baixas, rejeição à escola, choro, depressão. Algumas vítimas chegam ao extremo de tendências assassinas e suicidas. A evasão escolar é uma das conseqüências.
Ventura declarou que um programa de combate ao bullying só terá efeito se for incluído no contexto de cada escola como uma ação persistente e que envolva toda a comunidade - família, alunos, coordenadores e professores.
“As conseqüências psicossociais do bullying” foi outro tema abordado no seminário, desta vez pela psicóloga Sonia Makaron, de São Paulo, que chamou atenção para a necessidade de professores e pais não transformarem o bullying em brincadeira de criança. São atos de agressão física e psicológica de caráter intencional, repetitivo e sem motivação aparente. Causam dor e humilhação. Segundo ela, as seqüelas serão para toda a vida com um efeito devastador.
IMPLICAÇÕES JURÍDICAS
O procurador do Estado de Minas Gerais, João Viana da Cunha, destacou durante o seminário as implicações jurídicas do bullying, alertando sobre a necessidade das escolas terem regras internas claras e objetivas sobre o que não deve ser feito pelos alunos para efeito de punições futuras.
O advogado ressaltou que os educadores precisam perder o medo de se posicionarem de forma séria e que no próprio Estatuto da Criança e do Adolescente já há enquadramento para o bullying, Ele informa que o ECA define de forma clara as medidas que devem ser aplicadas às crianças e adolescentes que praticam atos de indisciplina e infração.
“O bullying ofende a dignidade da pessoa humana e o direito ao respeito à criança”, declarou Alexandre Ventura. Segundo ele, a escola é corresponsável nos casos que ocorrem dentro da instituição e aquela escola que se omite está prestando um desserviço à educação.
DESAFIO
Durante o seminário foram abordados também os temas “Cyberbullying e Violência Sexual Facilitada pela Tecnologia da Informação e Comunicação”, exposto pelo engenheiro maranhense Luiz Rossi; “Os aspectos do bullying na Vida de Crianças e Adolescentes” e “A Cultura de Paz no Enfrentamento do Bullying Escolar”, pelo pedagogo Carlos Aguerra, da Espanha. Todos os temas foram debatidos pela platéia com os palestrantes, encerrando com um painel sobre “Pedagogia da Paz”.
Os participantes saíram do seminário com um desafio lançado pelos palestrantes: cobrar das autoridades investimentos na educação, com a qualificação dos educadores e a formação de grupos multiprofissionais dentro das escolas para ajudar neste trabalho. Segundo os expositores, as escolas sozinhas não dão conta de solucionar o bullying.
Fonte: Jornal Pequeno
Agência Assembleia
As escolas brasileiras não estão preparadas para enfrentar e prevenir as práticas de bullying entre crianças e adolescentes. O alerta foi feito nesta sexta-feira, 15, durante o I Seminário Internacional sobre o Bullying Escolar e Cultura de Paz, realizado na Assembleia Legislativa.
O evento reuniu educadores do Maranhão e de vários estados, pesquisadores nacionais e internacionais, representantes do governo estadual e municipal e estudantes. Presente a deputada Eliziane Gama (PPS), autora da lei estadual de combate à prática de bullying nas escolas.
Apesar da realidade avassaladora e preocupante, durante o seminário foi informado que o Maranhão já está dando os primeiros passos para este enfrentamento. Oito escolas de cinco municípios estão desenvolvendo projeto de combate e prevenção à prática de bullying a partir de uma ação da organização Plan Brasil, com o apoio das respectivas Secretarias de Educação Municipal. O município de Codó é o primeiro do Maranhão a ter uma lei municipal de combate ao bullying.
De acordo com pesquisadora Cleo Fante, idealizadora do programa antibullying “Educar para a Paz”, o projeto nas escolas maranhenses tem atuado com 3.700 estudantes dos municípios de Codó, Timbiras, Peritoró, São Luís e São José de Ribamar. Os pesquisadores comprovaram que 11% deste total de alunos, equivalente a 407 estudantes, estão vivenciando bullying dentro das suas escolas, dos quais 3% são agressores.
PRÁTICAS AGRESSIVAS
Foram identificados vários tipos de práticas agressivas nas escolas, que vão do xingamento, apelidos à violência física e constrangimento às vítimas, tais como jogá-las em cestos de lixo e até em vasos sanitários.
O projeto desenvolvido no Maranhão envolve a adoção de estratégias, tais como a criação do grupo “Alunos Solidários”, responsável pela socialização e aprendizado dos colegas que se sentem excluídos e cujo rendimento escolar é menor. Cleo Fante informou que tais estratégias conseguiram reduzir 30% dos casos.
Outro ponto positivo criado nas escolas que integram o projeto é o sistema de denúncias em que as práticas de bullying podem ser denunciadas mantendo o anonimato de quem as denuncia. “As vítimas têm medo de denunciar por sofrer retaliações” informou.
O tema “Bullying no espaço escolar” foi abordado no seminário pelo pesquisador Alexandre Ventura, de Portugal, que chamou atenção para o efeito devastador que este tipo de violência causa nas vítimas até à fase adulta. Segundo ele, os malefícios atingem a todos os participantes, vítimas, agressores e testemunhas. Ele disse que enfrentar o bullying é um desafio difícil que exige dedicação e investimento na escola.
ATITUDE COVARDE
Alexandre Ventura informou que o bullying é uma atitude covarde, intencional e de difícil defesa, mas os professores têm que saber identificar a prática, que muitas das vezes ocorre dentro da própria sala de aula. Ele destacou algumas características apresentadas pelas vítimas, como medo, insegurança, notas baixas, rejeição à escola, choro, depressão. Algumas vítimas chegam ao extremo de tendências assassinas e suicidas. A evasão escolar é uma das conseqüências.
Ventura declarou que um programa de combate ao bullying só terá efeito se for incluído no contexto de cada escola como uma ação persistente e que envolva toda a comunidade - família, alunos, coordenadores e professores.
“As conseqüências psicossociais do bullying” foi outro tema abordado no seminário, desta vez pela psicóloga Sonia Makaron, de São Paulo, que chamou atenção para a necessidade de professores e pais não transformarem o bullying em brincadeira de criança. São atos de agressão física e psicológica de caráter intencional, repetitivo e sem motivação aparente. Causam dor e humilhação. Segundo ela, as seqüelas serão para toda a vida com um efeito devastador.
IMPLICAÇÕES JURÍDICAS
O procurador do Estado de Minas Gerais, João Viana da Cunha, destacou durante o seminário as implicações jurídicas do bullying, alertando sobre a necessidade das escolas terem regras internas claras e objetivas sobre o que não deve ser feito pelos alunos para efeito de punições futuras.
O advogado ressaltou que os educadores precisam perder o medo de se posicionarem de forma séria e que no próprio Estatuto da Criança e do Adolescente já há enquadramento para o bullying, Ele informa que o ECA define de forma clara as medidas que devem ser aplicadas às crianças e adolescentes que praticam atos de indisciplina e infração.
“O bullying ofende a dignidade da pessoa humana e o direito ao respeito à criança”, declarou Alexandre Ventura. Segundo ele, a escola é corresponsável nos casos que ocorrem dentro da instituição e aquela escola que se omite está prestando um desserviço à educação.
DESAFIO
Durante o seminário foram abordados também os temas “Cyberbullying e Violência Sexual Facilitada pela Tecnologia da Informação e Comunicação”, exposto pelo engenheiro maranhense Luiz Rossi; “Os aspectos do bullying na Vida de Crianças e Adolescentes” e “A Cultura de Paz no Enfrentamento do Bullying Escolar”, pelo pedagogo Carlos Aguerra, da Espanha. Todos os temas foram debatidos pela platéia com os palestrantes, encerrando com um painel sobre “Pedagogia da Paz”.
Os participantes saíram do seminário com um desafio lançado pelos palestrantes: cobrar das autoridades investimentos na educação, com a qualificação dos educadores e a formação de grupos multiprofissionais dentro das escolas para ajudar neste trabalho. Segundo os expositores, as escolas sozinhas não dão conta de solucionar o bullying.
Fonte: Jornal Pequeno
BULLYING: Extraindo o Mr. Hyde da inocência
Por: Vinicius Canova
A tragédia no Rio de Janeiro é só mais um dos casos que começaram na infância ou adolescência, no período escolar, onde os agressores também já foram vítimas
Não há como justificar o injustificável. Os crimes bárbaros, não importando os seus motivos, circunstâncias ou razões, devem ser coibidos da maneira mais enérgica possível, e quem os cometeu deve ser penalizado com toda eficácia da lei. Mas as tragédias podem ser evitadas, se as motivações do criminoso forem os tormentos causados por opressões físicas ou psicológicas na fase infanto-juvenil.
O tema bullying voltou a ficar em evidência no Brasil após o massacre do Realengo, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde fica a Escola Municipal Tasso da Silveira; palco da tragédia que envolveu a morte de 12 crianças pelas mãos do assassino Wellington Menezes de Oliveira – que se matou no fim de sua incursão.
O protagonista da tragédia, antes mesmo do massacre havia admitido em vídeo obtido pelas investigações da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, que as crianças que matou poderiam estar vivas se, autoridades escolares prestassem mais atenção à prática de ofensas e violência entre alunos nas escolas.
Doze crianças inocentes precisaram morrer para que o país começasse a refletir sobre possíveis causas e soluções para o problema. O bullying é tão grave e complexo, que extrai o Mr. Hyde de quem quer que seja o alvo – alterego maléfico do Dr. Jekyll, protagonista da obra de ficção científica “O médico e o monstro”, de autoria do escocês Robert Louis Stevenson –, trazendo à tona o pior de sua personalidade.
As crianças costumam ser muito cruéis uma com as outras, principalmente durante a sua fase nos ensinos fundamental e médio. Por isso é muito importante que haja de perto um acompanhamento psicopedagógico, para que se consiga antever eventuais desequilibrios psicológicos e emocionais que estejam prestes a criar outros Wellington’s, em qualquer que seja a região do mundo.
Mas só a sensibilidade de professores e outros profissionais da érea da Educação não é suficiente para lacrar e evitar a aparição do Mr. Hyde. É de extrema importância que os pais ou responsáveis por essas crianças tenham uma participação mais ativa em sua vida estudantil. Uma simples conversa ou qualquer tipo de demonstração de importância ao que essas crianças dizem ou expressam, podem fazer com que não se sintam tão sós, destinadas à enfrentar os problemas do cotidiano sem a ajuda de outras pessoas.
A união de familiares e a dedicação dos que trabalham na área da Educação podem evitar não só que apareçam outros assassinos, bandidos e terroristas em potêncial, municiados com todo o ódio e falta de sensibilidade que adquiriram pela indiferença da sociedade à eles, mas também cultivar e comemorar a participação na vida de adultos felizes, realizados e que perpetuam a educação, a tolerância e a bondade.
A tragédia no Rio de Janeiro é só mais um dos casos que começaram na infância ou adolescência, no período escolar, onde os agressores também já foram vítimas
Não há como justificar o injustificável. Os crimes bárbaros, não importando os seus motivos, circunstâncias ou razões, devem ser coibidos da maneira mais enérgica possível, e quem os cometeu deve ser penalizado com toda eficácia da lei. Mas as tragédias podem ser evitadas, se as motivações do criminoso forem os tormentos causados por opressões físicas ou psicológicas na fase infanto-juvenil.
O tema bullying voltou a ficar em evidência no Brasil após o massacre do Realengo, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde fica a Escola Municipal Tasso da Silveira; palco da tragédia que envolveu a morte de 12 crianças pelas mãos do assassino Wellington Menezes de Oliveira – que se matou no fim de sua incursão.
O protagonista da tragédia, antes mesmo do massacre havia admitido em vídeo obtido pelas investigações da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, que as crianças que matou poderiam estar vivas se, autoridades escolares prestassem mais atenção à prática de ofensas e violência entre alunos nas escolas.
Doze crianças inocentes precisaram morrer para que o país começasse a refletir sobre possíveis causas e soluções para o problema. O bullying é tão grave e complexo, que extrai o Mr. Hyde de quem quer que seja o alvo – alterego maléfico do Dr. Jekyll, protagonista da obra de ficção científica “O médico e o monstro”, de autoria do escocês Robert Louis Stevenson –, trazendo à tona o pior de sua personalidade.
As crianças costumam ser muito cruéis uma com as outras, principalmente durante a sua fase nos ensinos fundamental e médio. Por isso é muito importante que haja de perto um acompanhamento psicopedagógico, para que se consiga antever eventuais desequilibrios psicológicos e emocionais que estejam prestes a criar outros Wellington’s, em qualquer que seja a região do mundo.
Mas só a sensibilidade de professores e outros profissionais da érea da Educação não é suficiente para lacrar e evitar a aparição do Mr. Hyde. É de extrema importância que os pais ou responsáveis por essas crianças tenham uma participação mais ativa em sua vida estudantil. Uma simples conversa ou qualquer tipo de demonstração de importância ao que essas crianças dizem ou expressam, podem fazer com que não se sintam tão sós, destinadas à enfrentar os problemas do cotidiano sem a ajuda de outras pessoas.
A união de familiares e a dedicação dos que trabalham na área da Educação podem evitar não só que apareçam outros assassinos, bandidos e terroristas em potêncial, municiados com todo o ódio e falta de sensibilidade que adquiriram pela indiferença da sociedade à eles, mas também cultivar e comemorar a participação na vida de adultos felizes, realizados e que perpetuam a educação, a tolerância e a bondade.
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