SME promove palestra sobre bullying em Volta Redonda

A mestre em psicologia pela PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), Maria Tereza Maldonado, autora de mais de 30 livros, cujo mais recente é "Bullying e Cyberbullying: O que Fazemos Com o que Fazem Conosco?", ministrou uma palestra, durante a manhã e a tarde de hoje, no auditório do Colégio João XXIII. Cerca de 170 pessoas participaram da palestra que teve como tema "Educação em Valores".

De acordo com a secretária municipal de Educação, Therezinha dos Santos Gonçalves Assumpção, a Tetê, a secretaria já promove palestras para diretores, supervisores, orientadores educacionais e integrantes dos Conselhos Comunitários Escolares, da educação infantil ao ensino fundamental, durante o ano, e que o tema já estava previsto desde o início do ano.

- Todo início de ano fazemos a programação de palestras. Pela importância do tema e pela repercussão que tem tido, convidamos a Maria Tereza, que tem uma vasta experiência nessa área, tendo um livro sobre o assunto. Ela passou segurança aos presentes, para que pudessem compreender e trabalhar para evitar essas práticas, visando que o espaço escolar não seja um ambiente pesado, pois isso afasta o aluno da escola e interfere na formação do indivíduo - disse a secretária de Educação.




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Maria Tereza contou que sua linha de trabalho é justamente o que chamou de "cultura da paz", e que desenvolveu seu mais recente livro, no sentido de promover a paz nos espaços escolares. - Meu trabalho é promover a "cultura da paz", ou seja, a melhoria da qualidade dos relacionamentos. Trabalho com escolas, famílias e em ambientes diversos - contou a mestre em psicologia.

Para a orientadora educacional do Colégio João XXIII, Isa Ângela Rocha Alves, a palestra foi diretamente ao encontro do que os educadores precisam conhecer sobre o tema discutido: - Precisamos não só falar sobre, temos que conhecer como se dá o processo do bullying, para podermos detectar quando ele estiver acontecendo, saber, sobretudo, como agir. A palestra foi bem esclarecedora nesse sentido - observou Isa.

Ela ainda descreveu o bullying, após o entendimento da palestra, como acontecimentos que são constantes, que vão minando a personalidade da pessoa com o passar do tempo, e apontou para a importância da participação dos pais:
- Isso precisa ser também esclarecido aos pais, porque como foi exemplificado durante a palestra o próprio pai ou família pode colaborar para o bullying que o filho sofre na escola com frases aparentemente comuns como: "Você não é homem? Resolva isso". Ou então, quando a própria família contribui para apelidos como o conhecido "quatro olhos" para aqueles que usam óculos.

Na opinião de Rogéria Ferreira Marques, que participa do Conselho Comunitário Escolar da Escola Municipal Fernando de Noronha, no bairro Vila Brasília, o bullying está em todo o lugar, não importando o contexto social, e que a escola deve trabalhar contra essa prática. - É função da escola trabalhar contra, por meio da ética e da participação da família e da comunidade, que acaba sendo mais difícil. Mas o problema só pode ser resolvido, de fato, dentro da própria família - afirmou Rogéria.

Fonte: Diário do Vale