segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Uma a cada cinco crianças é alvo de bullying no Brasil

Da Rádio Bandeirantes
cidades@eband.com.br

Uma a cada cinco crianças brasileiras sofre algum tipo de constrangimento no ambiente escolar. Segundo reportagem especial da Rádio Bandeirantes, agredidos e agressores estão em sua maioria na adolescência entre 11 e 15 anos. Mas a ação é verificada com menor frequência entre crianças de 6 e 7 anos.

De acordo especialistas, tirar sarro ou fazer chacota com amigos da mesma idade são atitudes naturais, mas apenas até um determinado momento. Quando a brincadeira provoca humilhação ou menosprezo está configurada a prática de bullying, termo em inglês para um fenômeno que passou a ser pesquisado recentemente.

O bullying faz parte do dia-dia de estudantes de todas as classes sociais e é definido por uma série de ações intencionais e repetitivas cometidas contra um colega. O objetivo do autor é causar dor, medo e sofrimento, além de assegurar poder dentro de um determinado grupo.

A série de reportagens "Ação sem Reação" vai ao ar pela Rádio Bandeirantes ao longo desta semana, quando muitas escolas iniciam o ano letivo. Na 1ª reportagem, vítimas de bullying contam os traumas que ficaram depois de serem assediadas.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Escolas do concelho de Vila Franca sensibilizadas contra a violência

As escolas do concelho de Vila Franca de Xira vão receber nos dias 27 e 28 de Janeiro várias iniciativas destinadas a sensibilizar, informar e fazer reflectir a comunidade escolar sobre os perigos da violência escolar, também conhecida por “bullying”.

Discutir, identificar casos, descodificar as formas de manifestação, causas, consequências e formas de prevenção são outros dos objectivos do conjunto de iniciativas que vão correr as escolas do concelho.

O “bullying” é um termo inglês usado para definir actos de violência física ou psicológica repetidos e intencionais, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos a outro colega da escola, com o objectivo único de intimidar ou agredir sem que a vítima tenha capacidade de se defender. A iniciativa apresentada pelo município de Vila Franca foi a forma encontrada para assinalar o dia mundial da não violência, que se comemora a 30 de Janeiro.

No dia 27 de Janeiro as actividades arrancam pelas 18h30 nas escolas do segundo e terceiro ciclos do Forte da Casa, D. António de Ataíde (Castanheira do Ribatejo) e na escola secundária Gago Coutinho, em Alverca do Ribatejo.

No dia 28 pelas 18h30 será a vez das escolas EB 2,3 Aristides Sousa Mendes (Póvoa de Santa Iria), Soeiro Pereira Gomes (Alhandra) e na secundária Reynaldo dos Santos (Vila Franca de Xira). De todas as actividades previstas destaca-se, no dia 28 de Janeiro, pelas 18h30, na Escola Secundária Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira, um debate aberto aos pais, alunos, professores e auxiliares de educação, que contará com a presença da vereadora com o pelouro de acção social da Câmara Municipal, Conceição Santos.

O programa completo inclui a construção de um mural nas escolas com cartazes alusivos à prevenção da violência e a colocação de uma caixa de correio onde os jovens poderão colocar postais de denúncia de situações de “bullying”. No intervalo das aulas haverá lugar ao teatro com simulação de episódios de violência e serão realizados inquéritos aos alunos das turmas do 2º e 3º ciclo e do secundário sobre casos de violência que detectem nas suas escolas. O programa da câmara municipal encerra-se com workshops sobre o bullying hómofóbico promovidos pela associação “Exaequo”.

A iniciativa é realizada no âmbito de uma parceria entre o projecto “Prevenir Xira” do plano integrado de prevenção das toxicodependências da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, as escolas, equipas da escola segura da PSP e GNR, com a colaboração da Comissão para a Igualdade e Cidadania e a associação “Exequo”.

Fonte: O Mirante de Portugal

Prefeitura de Teresina quer escolas municipais livres do preconceito

Na manhã desta quinta-feira, 27.01, o secretário municipal de Educação, Ribamar Torres, se reuniu com integrantes de entidades de diversidade com o objetivo de colher sugestões que possam ser utilizadas em sala de aula para minimizar o bullying nas escolas, um dos fatores que pode contribuir para a evasão escolar.

Na ocasião, Ribamar Torres afirmou que, na SEMEC, já existem alguns trabalhos no sentido de minimizar o preconceito, no entanto, a ideia é que em 2011, essas ações possam ser expandidas. “O que nós queremos é superar essa visão fragmentada e estabelecer realmente políticas públicas em educação voltadas ao combate do preconceito”, disse o secretário.

Já Marinalva Veras, presidente do Grupo Matizes, principal representante do movimento homossexual no Piauí, afirmou que “é de grande importância discutir e combater o bullying, principalmente porque quando a discriminação acontece com gays e lésbicas, eles não encontram apoio nem na própria família”.

A representante do Matizes também sugeriu a intensificação da inclusão das temáticas relacionadas às diversidades nas formações dos professores, “porque às vezes, eles vêem os alunos discriminando os colegas, mas não sabem como proceder”.

Fonte: Portal AZ

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Bullying - criminalização aplica-se apenas a maiores de 16 anos

O secretário de Estado Adjunto e da Educação afirmou, em Coimbra, que a proposta de lei do Governo de criminalização da violência escolar se aplica apenas a maiores de 16 anos e a situações de "grande violência".

A proposta de lei, aprovada na semana passada na Assembleia da República, "é apenas para ser aplicada aos indivíduos com mais de 16 anos", afirmou Alexandre Ventura, em declarações aos jornalistas após a sessão de encerramento do curso de ensino à distância "Violência e Gestão de Conflitos na Escola", na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

Destina-se - adiantou o membro do Governo - a "situações de absoluta excepcionalidade, de grande violência", ou com carácter fortuito ou reiterado.

"Sendo com carácter fortuito, normalmente prende-se com situações de violência física, com carácter reiterado diz respeito ao bullying escolar", esclareceu.

Na sua intervenção, o secretário de Estado Adjunto e da Educação frisou que a alteração recente do Código Penal se destina a resolver "questões de excepcional violência" e "não a criminalizar todas as situações de violência" na escola, o que justifica a proposta de lei em causa.

"É necessário que as pessoas entendam que não é intenção do Ministério da Educação passar a resolver as situações de indisciplina nas escolas ou de violência mais banal - 'banal' não desculpabilizando essa violência - , através da aplicação do Código Penal", disse aos jornalistas, lembrando os instrumentos já existentes neste domínio, nomeadamente o estatuto do aluno, os regulamentos internos dos estabelecimentos de ensino e a lei tutelar educativa.

Contudo, segundo Alexandre Ventura, "há situações de absoluta excepcionalidade que, de facto, ultrapassam a capacidade das escolas, das direcções e dos professores, de resolver".

"Nesses casos de absoluta excepcionalidade deve ser equacionada a possibilidade de aplicação do Código Penal, mas caberá aos tribunais e aos juízes tomarem as decisões a este propósito", considerou, ao salientar também o "carácter dissuasor" da criminalização.

O curso encerrado pelo membro do Governo teve a duração de 90 horas e foi frequentado por professores com função de direcção de turma de 15 escolas do país, segundo uma nota do Ministério da Educação (ME).

Inserido no âmbito de um protocolo firmado entre o Ministério da Educação e a Universidade de Coimbra, este projecto-piloto de formação de docentes "insere-se na opção estratégica do ME de prevenir comportamentos agressivos ou violentos, em espaços educativos".

Fonte: educare.pt

95 por cento de crianças de Cascais envolvidas em bullying

Mais de 95 por cento dos adolescentes estiveram envolvidos em, pelo menos, uma situação de violência, como vítimas ou agressores, nos primeiros quatro meses do ano passado, refere um estudo divulgado esta quinta-feira pela Câmara de Cascais.

Esta foi uma das conclusões do estudo "Violência, Género e Adolescência", realizado pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e apoiado pela Câmara de Cascais.

Durante quatro meses - Dezembro de 2009 e Março de 2010 - foram inquiridos 501 alunos de 12 escolas do concelho de Cascais, correspondendo a 36% da população inscrita no ensino público, com o objectivo de apurar a realidade da violência nas relações entre os jovens.

O estudo mostra ainda que "pouco mais de metade dos jovens declarou nunca se ter envolvido em situações de violência com parceiros numa relação de namoro".

Sobre o tipo de violência, a que mais ocorre é a do tipo emocional e de exclusão social, sendo que é mais frequente verificar-se nas relações entre pares do que nas relações de namoro.

Fonte: Correio da Manhã de Portugal

sábado, 22 de janeiro de 2011

P!nk - F**kin' Perfect - clip sobre BULLYING

Casos de violência na escola ficam impunes por falta de queixa

Com criminalização da violência escolar passa a ser possível agir nos casos mais graves de bullying, diz o procurador coordenador do Tribunal de Família e Menores de Lisboa, Celso Manata. "Em muitas situações não é legalmente possível actuar de forma consistente no momento em que o jovem pratica o crime" afirma. E as faltas ficam impunes por falta de queixa.
Com a criminalização será mais fácil punir o  bullying
Com a criminalização será mais fácil punir o bullying (Raquel Esperança (arquivo))

É uma lei inútil que "faz tanta falta às escolas e ao ordenamento jurídico como uma gaita num funeral", como disse hoje o deputado socialista Sérgio Sousa Pinto durante o debate no Parlamento, ou é “altamente positiva”, como considera o procurador coordenador do Tribunal de Família e Menores de Lisboa, Celso Manata?

A discussão sobre a criação do crime de violência escolar proposta pelo Governo que o torna num crime público (punível independentemente da queixa) colocou, esta tarde, em confronto as diferentes opiniões dos deputados dos vários grupos parlamentares.

A violência escolar abrange os maus tratos físicos ou psíquicos, castigos corporais , privações da liberdade e ofensas sexuais. Abrange o fenómeno designado como bullying com efeitos na integridade pessoal das vítimas, no funcionamento das escolas e na vida diária das famílias. É um fenómeno cada vez mais frequente nas escolas portuguesas.

Segundo os subscritores do projecto, a resposta penal é a “última linha” para tentar resolver o problema da violência na escola, mas é importante para combater os actos de indisciplina e de grande violência física e psíquica nas escolas, como notou Alexandre Ventura, secretário de Estado da Educação.

A favor da criminalização está também o CDS/PP que defende que nos casos mais graves, deverá ser aplicável a quem de forma grave e reiterada infligir maus tratos, ofensas corporais, sexuais e outras contra membros da comunidade educativa.

Iniciativa inútil, no entender de João Oliveira, deputado do PCP, atendendo a que a lei actual já "permite a aplicação de medidas tutelares educativas" previstas na proposta do Governo.

Em vésperas da votação, as dúvidas subsistem. A violência na escola, no qual assume especial importância o bullying, deve ou não ser criminalizada?

Celso Manata, procurador coordenador do Tribunal de Família e Menores de Lisboa, não tem dúvidas: “Concordo. É altamente positivo porque nos vai permitir actuar em situações onde não podemos actuar de todo, embora não vá resolver totalmente o problema” explica, em declarações ao PÚBLICO.

Sucede que, no caso dos menores entre os 12 e 16 anos que pratiquem factos considerados crimes é aplicável a lei tutelar educativa. Por isso, os comportamentos que não estiverem previstos no Código Penal não podem ser alvo de responsabilização por aquela lei, esclarece o magistrado.

Por outro lado, nota, em muitos casos é necessária queixa por parte do ofendido para que seja aplicado procedimento disciplinar. E a experiência, mostra a Celso Manata, que frequentemente as pessoas não apresentam queixa ou desistem dela.

Em muitos casos não é assim “legalmente possível actuar de forma consistente e consequente no momento em que o jovem pratica o facto”, esclarece o responsável pelo Tribunal de Menores, explicando porque com a criminalização “estamos a ir ao mais importante”.

Manata chama ainda a atenção para o facto de o bullying se revestir de várias formas e não se circunscrever ao espaço da escola, estendendo-se a muitos outros locais, como ao sector militar ou as instituições de acolhimento.

Fonte: Publico 20 - Portugal

Sérgio Sousa Pinto compara diploma do Governo sobre "bullying" a "gaita num funeral"

O deputado socialista Sérgio Sousa Pinto considerou hoje "absolutamente desnecessária" a proposta do Governo de criminalização da violência escolar, considerando que "faz tanta falta às escolas e ao ordenamento jurídico como uma gaita num funeral".
Sérgio Sousa Pinto considera o diploma "desnecessário"
Sérgio Sousa Pinto considera o diploma "desnecessário" (Fernando Veludo)

Sérgio Sousa Pinto, que obteve palmas da bancada parlamentar do PCP, dirigia-se ao secretário de Estado adjunto e da Educação, Alexandre Ventura, que, antes, havia sublinhado no debate em plenário as vantagens do diploma que, entre outros pontos, transforma a violência escolar num crime público, à semelhança da violência doméstica.

Sérgio Sousa Pinto declarou ter "muitas dúvidas quanto à aptidão para se resolver os problemas nacionais com golpes legislativos à esquerda e à direita", acrescentando que, depois de ouvir também um projecto do CDS/PP sobre o tema, percebeu que esta proposta em discussão é "absolutamente desnecessária".

Ana Drago (Bloco de Esquerda), que já havia criticado a proposta do Governo por ser uma "resposta meramente penalista", pegou nas palavras de Sérgio Sousa Pinto para dizer que "até no PS há pessoas que não conseguem vislumbrar qualquer estratégia" nesta proposta do Governo.

João Oliveira (PCP) destacou que a lei actual já "permite a aplicação de medidas tutelares educativas" previstas na proposta do Governo, dando a entender que o diploma é redundante e inútil em vários aspectos e que não resolve o problema.

O CDS-PP, através de Nuno Magalhães, apresentou um projecto relativo à violência escolar que prevê, em termos de prevenção, a criação de um Gabinete de Apoio ao Aluno e às Famílias no 2.º e 3.º ciclo que envolva equipas multidisciplinares na detecção dos casos mais problemáticos.

Os centristas querem ainda uma maior observação do problema, envolvendo o Parlamento e obrigando o Governo a fornecer dados semestrais sobre as ocorrências criminais das escolas.

Na repressão dos crimes mais graves, o CDS/PP propõe um novo crime de violência escolar para quem de forma grave e reiterada infligir maus tratos, ofensas corporais, sexuais e outras contra membros da comunidade educativa.

Ricardo Rodrigues (PS) enfatizou que a resposta penal não é a primeira, mas a "última linha", apelando para que em sede de especialidade se possam encontrar as melhores soluções para resolver o problema da violência escolar, pois é isso que a sociedade exige.

Alexandre Ventura justificou a iniciativa legislativa do Governo com a necessidade de combater actos de indisciplina e de grande violência física e psíquica nas escolas, dizendo que as medidas avançadas se adequam à realidade actual.

Quanto à nova natureza de crime público da violência escolar, o governante salientou que a mesma evita a pressão psicológica que representa o ato de apresentar queixa às autoridades judiciárias.

Face às alterações penais propostas pelo Governo, alguns deputados, como Ana Drago, questionaram a ausência do ministro da Justiça, Alberto martins, na discussão pública deste diploma.

Fonte: Portugal

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Violência nas escolas. Prisão é o novo castigo para pais e alunos

Parlamento debate hoje a criação de um novo crime público: o bullying

Penas podem ir até dez anos em caso de morte















Penas até dez anos para os alunos, prisão para pais e familiares condenados pela prática de bullying ou trabalho comunitário para adolescentes são algumas das sanções que os deputados vão discutir hoje no parlamento. Governo e CDS-PP preparam-se para criar um novo crime público: a violência escolar. Os adolescentes entre os 12 e os 16 anos - que até agora eram inimputáveis à luz da lei penal - podem ser penalizados através de medidas tutelares educativas.

Duas propostas para criminalizar a violência escolar do governo e do CDS-PP e ainda uma recomendação do Bloco de Esquerda em defesa de medidas preventivas, como o trabalho comunitário ou a redução de alunos por turma, são os temas que vão subir hoje a plenário. Agressões físicas ou psicológicas contra alunos, professores ou pessoal não docente podem vir a ser punidos com um a cinco anos de prisão, de acordo com a proposta de lei do governo. As ofensas à integridade física consideradas graves têm uma moldura penal entre os dois e os oito anos de prisão e, em caso de morte, o agressor pode ser condenado a dez anos de prisão.

Pais e adultos O crime de violência escolar segue o modelo já utilizado pelo Código Penal para os casos de violência doméstica e de maus-tratos e estende-se também às famílias dos alunos, que podem vir a ser acusados da prática de bullying. Para isso basta que sejam igualmente protagonistas de agressões a qualquer "membro da comunidade escolar". As penas, que vão até cinco anos, atingem os familiares dos alunos até ao terceiro grau de parentesco, segundo a proposta do governo.

A proibição de contacto com a vítima, a inibição de uso e porte de armas, pelo período de seis meses a cinco anos, ou a obrigação de frequência de programas específicos de prevenção da violência escolar são outras das medidas que o executivo de José Sócrates quer ver traduzidas na legislação.

Governo e CDS-PP entendem que os menores devem passar a ficar submetidos à aplicação de sanções adequadas à respectiva faixa etária, ou seja, a medidas tutelares educativas. Os populares defendem também que os criminosos podem ser punidos com penas de prisão até dez anos, em caso de morte.

Contra a penalização da violência escolar está o Bloco de Esquerda (BE), que prefere apostar na prevenção e, por isso, apresenta hoje uma recomendação ao governo para que tome "medidas urgentes" para combater o bullying nas escolas. "Nos últimos anos, há quem tenha vindo a sugerir soluções meramente repressivas ou criminalizadoras para a questão da violência escolar. Esta é a estratégia da ilusão e da desistência. A criação de novos tipos penais não resolve nada, não responde a nenhum problema", advertem os bloquistas na sua recomendação.

Mais do que punir, o BE está convencido de que se deve investir sobretudo no reforço dos auxiliares de acção educativa ou na formação em gestão e prevenção de conflitos para professores e pessoal não docente. Reduzir o número de alunos por turma e criar equipas multidisciplinares com capacidade de intervenção e acompanhamento personalizado de situações problemáticas são outras soluções que o Bloco apresenta hoje no parlamento. Os bloquistas defendem que devem ser as escolas a decidir quais as sanções mais adequadas para responsabilizar os agressores e propõem medidas como a privação do convívio com os colegas e a atribuição de trabalho comunitário.

Fonte: http://www.ionline.pt - Portugal.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Violência por celular já é fenômeno comum entre adolescentes

Parece difícil imaginar que as agressões, antes conhecidas somente como bullying, pudesse ganhar propagação ainda maior. É que 24,6% dos adolescentes entrevistados na pela Universidade de Valência, na Espanha, disseram já ter sido vitima de agressões por celular.

O cyberbullying é um fenômeno novo, as mensagens de texto são recebidas com tom de ameaças por celular. “Na grande maioria dos casos, esse tipo de ataque durava em torno de um mês continuamente”, explica Sofia Buelga, coautora do estudo.

Entre os dois mil adolescentes com idades entre 11 e 17 anos entrevistados, 24,6% receberam as ameaças por celular, já 29% via internet. Segundo os pesquisadores, o cyberbullying pode ser um problema passageiro para a maioria dos adolescentes, mas alguns entrevistados indicaram sofrer com um ataque desse tipo de violência virtual ao menos uma vez por semana.

Sobre a peculiaridade de a violência ser cometida por celular a autora explica: “esse tipo de
tecnologia está mais perto deles e estudos anteriores já mostraram que adolescentes entre 12 e 14 anos podem ter até mais de uma linha de celular disponível”, explica Buelga.

As meninas também sofrem mais esse tipo de violência virtual, aliás, mais do que os garotos, e as formas mais comuns são ofensas verbais, invasão de privacidade, rumores e fofocas e exclusão social.

Para a psicóloga Denise Marcon, tutora do
Portal Educação, o que acontece é que o mau uso destas ferramentas acaba gerando sofrimento e traumas às vítimas do cyberbullying. “É importante que os pais orientem seus filhos a utilizar a internet de forma positiva para não prejudicar as pessoas. Já no caso dos adultos que praticam este ato violento nos resta apenas pedir que tenham consciência e que repensem seus valores morais”, completa Marcon.

De acordo com a pesquisa, a prevalência do cyberbullying, dependendo do público pesquisado, pode variar entre 5% e 34%. Na Espanha, por exemplo, considera-se que esse tipo de violência é abaixo da média encontrada no continente europeu.

Fonte: Pantanal News

domingo, 16 de janeiro de 2011

Conferência sobre Violência Escolar

O Instituto de Criminologia da Universidade Lusófona realiza na próxima sexta-feira, dia 7 de Janeiro, a Conferência 'Comportamentos Desviantes e Lei Tutelar Educativa: O Bullying'.

Patrícia Susano Ferreira | pferreira@destak.pt

O evento realiza-se no Auditório Agostinho da Silva, pelas 18h30, e tem por orador o Procurador – Coordenador do Tribunal de Família e Menores de Lisboa, Celso Manata, e apresentação e comentários do especialista em Direito de Menores e director do In stituto de Criminologia, Jorge Cabral.

De salientar que o Governo vai avançar com a tipificação do 'bullying' como crime no âmbito da violência escolar, acompanhando uma proposta da Procuradoria-Geral da República.

Fonte: O Destak - Portugal

Projeto Golfinho do CB inova e ensina a combater o bullying


Ascom CBMAL
Ascom CBMAL
Crianças recebem ensinamentos em primeiros socorros
As 500 crianças e adolescentes que farão parte da 6ª edição do Projeto Golfinho, coordenada pelo Grupo de Salvamento Aquático (GSA) do Corpo de Bombeiros vão receber, no período de 10 deste mês a 5 de fevereiro, além das instruções de cidadania e patriotismo; primeiros socorros e combate a incêndio e acidentes domésticos noções de como reconhecer e combater o bullying.

O termo em inglês descreve atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - “tiranete” ou “valentão”) ou um grupo com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo ou grupo incapaz de se defender.

O mal tem se alastrado nas escolas da rede pública e privada e, na maioria das vezes, sem que os pais desconfiem das humilhações e maus tratos por que passam os seus filhos nos bastidores da vida escolar. Para difundir o conceito e ensinar como ele ocorre na prática, a soldado Carlene Vasconcelos do CB, psicóloga, vai ministrar palestra sobre o assunto. Outras inovações do projeto – lançado em 2005 e que vem sendo aprimorado ao longo dos anos – incluem instruções sobre como resistir às drogas.

Pelo menos 2.100 crianças já passaram pelo projeto e hoje são multiplicadoras dos conhecimentos assimilados, aplicando-os em sua comunidade, família e escola. A capitã Cristiane Sampaio disse que a Colônia de Férias Operacional CB Projeto Golfinho tem três pelotões e durará quatro semanas. Cada um tem uma semana de curso e acontece na praia da Pajuçara.

De acordo com a capitã, o projeto contempla crianças de todas as classes sociais, econômicas e culturais interessadas em ser um Nemo (criança na faixa etária de 8 a 9 anos); um flíper (dos 10 aos 11 anos) e o Cação (dos 12 aos 13 anos), mas as vagas para esta edição já foram preenchidas.

Durante o curso, os golfinhos – como carinhosamente são chamados pelos 30 instrutores do CB – aprendem a interagir com os de outros pelotões como estratégia de derrubar barreiras sobre classes sociais diferentes e combater qualquer tipo de preconceito, promovendo assim a competição saudável.

Segundo a capitã Cristiane, no dia da formatura, prevista para 5 de fevereiro, os três primeiros colocados de cada faixa etária recebem brindes a exemplo de eletroeletrônicos, aparelho celular, patins, skates, jogos lúdicos, entre outros.

A oficial explica que cada pelotão premiará ainda uma criança que mais se destacou nas atividades desenvolvidas durante o curso. Todos os participantes recebem diploma, medalha e uma mochila com biquíni, sunga e toalha de rosto. Ela assegura que após as aulas teóricas e práticas os alunos têm condições de reconhecer quando uma pessoa está se afogando no mar e chamar o profissional salva-vidas mais próximo, bem como quando a mangueira do botijão de gás está com prazo de validade vencida e avisar aos pais e instruí-los sobre como evitar acidentes domésticos com fogo, por exemplo.

“Os pais comentam que após a participação no projeto Golfinho os filhos ajudam mais em casa, mostrando que assimilaram o espírito de cooperação. É importante que os pais dêem continuidade ao senso de responsabilidade que os filhos aprenderam durante o projeto”, destacou a capitã.

A estudante de 10 anos, Maria Beatriz, vai integrar a próxima turma do projeto e, apesar de saber pouco sobre as aulas e atividades recreativas que terá, justifica a adesão. “Meus primos são do CB e resolvi conhecer o projeto, ter uns dias de férias diferentes e aprender coisas novas”, disse a menina.

Fonte: Primeira Edição, agencia Alagoas

Escola é acionada por permitir bullying

Vítima de agressões verbais e até físicas no espaço escolar por 8 anos, adolescente resolveu buscar seus direitos na Justiça, com indenização


Hoje, jovem tem medo de andar sozinha. Xingamentos e surra perduraram, sem que instituição se posicionasse
DHIEGO MAIA
Da Reportagem

Uma adolescente ingressou na Justiça com uma ação para reparar danos psicológicos sofridos em uma escola em Cuiabá. Ameaçada até de morte, a adolescente de 17 anos tem medo de andar sozinha. A família está abalada com o caso.

Durante oito anos, P.S.P. foi chamada de balofa, sardenta, perebenta, Mafalda e X-9 na Fundação Bradesco, escola localizada no Jardim Vitória. O caso de bullying – caracterizado por ofensas verbais e agressões físicas a uma pessoa por motivos banais - contra a adolescente chegou até as últimas consequências. Por duas vezes, P.S.P. foi agredida fisicamente. Em uma das oportunidades, até dentro da sala de aula.

A adolescente falou à reportagem. Ela disse que os xingamentos abalaram seu comportamento. “Eu só choro e às vezes tenho vontade de só comer”, disse. Segundo a vítima, as ofensas começaram pelo desempenho dela na sala. Sempre conseguiu tirar boas notas e isso teria provocado ciúmes em parte da turma. Cerca de 15 meninas perseguiam a vítima.

Depois de ameaçada até de morte, a família da adolescente procurou a polícia e registrou boletim de ocorrência. E não ficou só por aí. A família da vítima, por meio da Defensoria Pública, ingressou na Justiça com uma ação contra a administração escolar da Fundação Bradesco. No entendimento do defensor público Cláudio Aparecido Souto, a escola foi omissa nos casos de agressão contra a adolescente. “O colégio tem que responder nesse caso porque é o guardião do menor. A escola tem que resguardar a integridade física das pessoas”, justifica o defensor público.

P.S. confirma a omissão da instituição. “Eu fui suspensa no dia em que eu mesmo apanhei. Procurei ajuda da escola e eles não fizeram nada. Até fui ameaçada de perder a vaga no banco”, relata a adolescente.

Ela sonhava em trabalhar na instituição bancária que mantém a escola, mas o sonho não mais será possível. “Depois de tudo isso, não vou mais conseguir trabalhar lá”, reforça.

A ação que tramita desde ontem na Justiça pede uma indenização de R$ 50 mil como forma de reparação dos danos morais aos quais a adolescente foi submetida. Um laudo emitido pela psicóloga da Defensoria Pública detectou que a adolescente sofreu danos psicológicos gravíssimos. Com medo, P.S.P. decidiu não mais estudar na Fundação. Ela vai cursar o 3º ano do ensino médio em outra escola.

OUTRO LADO – A reportagem tentou contato telefônico com a Fundação Bradesco por diversas vezes, mas ninguém foi encontrado para responder sobre o assunto. Em seu site, a Fundação Bradesco enfatiza que insere em seu quadro, principalmente alunos de baixa renda.

Fonte: Diário de Cuiabá

Vítima de bullying pede R$ 50 mil de indenização a escola em Mato Grosso

Uma jovem, que estudava em uma escola particular em Cuiabá, estava sofrendo frequente discriminação desde que foi matriculada na instituição, com 08 anos de idade, em 2002.

Quando ela tinha 10 anos, algumas alunas a apelidavam de “baleia, orca, tribufu”, humilhando-a perante os demais colegas, inclusive dentro da sala de aula. O tempo foi passando e as agressões não cessavam. Xingamentos como “perebenta e sarnenta” estavam causando constrangimentos perante o restante da classe. Também lhe chamavam de “X-9”, “Pamonha”, “Mafalda”, entre outros.

Ao receber ameaças na sala de aula, P.S.P. foi orientada por um professor a procurar a orientação pedagógica para relatar os fatos. Nenhuma providencia foi tomada e a ameaça se concretizou no horário de saída das aulas. Em torno de 15 meninas cercaram a estudante e lhe deram socos, chutes, puxão de cabelo e rasgaram-lhe a camiseta.

Os pais, assim que tomaram conhecimento dos fatos procuraram o diretor da escola para que fossem adotadas as providências necessárias, porém nada foi feito, nenhuma atitude foi tomada pela instituição de ensino.

Sem vislumbrar outros meios de resolver a situação, a família solicitou a transferência da aluna para outra escola e também buscou auxílio jurídico na Defensoria Pública, sendo atendida pela equipe multidisciplinar da Instituição.

Em consulta com a psicóloga, foi constatado que P.S.P. passa por um sofrimento psíquico grave, consequência dos fatos ilícitos praticados pelas outras alunas dentro e fora da escola.

O Defensor Público Cláudio Aparecido Souto afirma que está clara a prática de bullying: atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra ou outro.

Assim, Souto propôs uma Ação de Indenização por Danos Morais contra a instituição de ensino pela inequívoca omissão quanto aos fatos, e explicitou que várias pessoas confirmam frequentes brigas na escola sem nenhuma solução por parte da direção.

“O maltrato intimidatório o fará sentir dor angústia, medo, a tal ponto que, em alguns casos, pode levá-los a consequências devastadoras como o suicídio. (...) Para que este tipo de violência diminua é necessária uma atuação mais forte da escola”, cita trecho da ação.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no seu art. 5, é expresso no sentido de proibir qualquer forma de discriminação, violência, por ação ou omissão aos seus direitos fundamentais.

O Defensor Público deu à causa o valor de R$ 50 mil e afirmou que a indenização pleiteada, “além de buscar a reparação justa pelos danos causados, deve servir como reprimenda pelos atos praticados”.

Fonte: O Nortão

‘Cyberbullying’: violência também pode ser perpetrada por celular

O cyberbullying é um fenômeno que parece cada vez mais comum entre os adolescentes os indicavam ter sofrido algum tipo de violência no período de um ano anterior ao estudo.

“Os dados colhidos pelo nosso estudo mostrou que esse tipo de bullying ‘tecnológico’ afetou 24,6% dos adolescentes – no caso de mensagens de texto e ameaças por celular – e em torno de 29% quando falamos de internet. Na grande maioria dos casos, esse tipo de ataque durava em torno de um mês continuamente”, explica Sofia Buelga, coautora do estudo que foi publicado no periódico Psicothema e que entrevistou mais de 2 mil adolescentes com idades entre 11 e 17 anos.

De acordo com os pesquisadores, o cyberbullying pode ser um problema passageiro para a maioria dos adolescentes, mas alguns entrevistados indicaram sofrer com um ataque desse tipo de violência virtual ao menos uma vez por semana (considerado casos “moderados”) enquanto outros afirmavam serem vítimas frequentes (mais de um ataque por semana).

No caso dos ataques “moderados” e que duravam mais de três meses, o meio mais comum para a violência era por meio dos celulares. “Isso pode ser explicado pela popularidade desse tipo de tecnologia e a importância que isso tem para a vida deles. Estudos anteriores mostraram que adolescentes entre 12 e 14 anos podem ter até mais de uma linha de celular disponível”, explica Buelga.

Novatos são os principais alvos

“O cyberbullying é mais comum nos primeiros anos em uma escola. Com o tempo, isso parece diminuir”, explica a pesquisadora. O estudo indicou também que as garotas sofrem mais esse tipo de violência virtual do que os garotos, e as formas mais comuns são ofensas verbais, invasão de privacidade, rumores e fofocas e exclusão social.

“É importante explicar para esse público a importância de se estar alerta com o tipo de informação que eles disponibilizam na rede de computadores”, afirma Buelga, que lembra também que os números coletados pela pesquisa podem variar de acordo com o país. A prevalência do cyberbullying, dependendo do público pesquisado, pode variar entre 5% e 34%. Na Espanha, por exemplo, considera-se que esse tipo de violência é abaixo da média encontrada no continente europeu.

“A tecnologia está cada vez mais presente na vida das pessoas, então é importante que saibamos ensinar as pessoas a usar isso de forma responsável e positiva”, conclui Buelga.

Fonte: O que eu tenho?/Uol

Defensor vê omissão do Estado em caso de "bullying"

Violência contra P., 17, na Fundação Bradesco, em Cuiabá, é exemplo do descaso, diz Cláudio Aparecido Souto



  • MidiaNews/Reprodução

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    Caso de agressão na Fundação Bradesco, em Cuiabá, é exemplo do descaso, segundo defensor

    ISA SOUSA DA REDAÇÃO

    A falta de uma legislação estadual específica para o bullying (palavra inglesa utilizada para descrever ações de violência física ou psicológica por motivos banais) pode ser um dos pontos essenciais no crescimento e/ou omissão dos casos em Mato Grosso.

    A opinião é do defensor público Cláudio Aparecido Souto, responsável pela defesa de P. S. P., 17, que, durante sete anos, sofreu violência verbal e física na Fundação Bradesco, no bairro Jardim Vitória, em Cuiabá.

    O caso da jovem, que foi matriculada na instituição em 2002 e, após dois anos, começou a ser apelidada de "balofa, sardenta, perebenta, Mafalda", dentre outros, faz parte de uma dura estatística brasileira: no país, um terço dos estudantes entre a 5ª e a 8ª séries do Ensino Fundamental já sofreu maus tratos.

    Os números, divulgados no primeiro semestre de 2010, são da Organização Não-Governamental Plan Brasil, que apontou ainda que 28% dos 5.168 entrevistados na pesquisa já tinham sido agredidos alguma vez.

    A região Centro-Oeste é a primeira em casos da violência, com 14% dos entrevistados confessando a prática de bullying, que só se caracteriza quando ocorre por mais de três vezes. O Sudeste aparece em segundo lugar, com 12,1%.

    Legislação no país

    Para o defensor Cláudio Souto, os atos violentos ocorrem por uma série de fatores que atuam em conjunto. Ele citou o Estado do Rio de Janeiro como exemplar, já que, em setembro do ano passado, uma lei foi sancionada para obrigar diretores de escolas públicas e particulares a notificarem a Polícia e o Conselho Tutelar, em casos de bullying.

    "Os pais têm que conhecer a realidade escolar de seus filhos, conhecer os amigos dos filhos, o comportamento dele na escola e em casa, se estão diferentes. Por outro lado, a escola não pode ser omissa, como ocorreu no caso da jovem P. S. P. Mesmo com os atos, não houve encaminhamento para secretaria da instituição e nem os pais foram chamados para conversar", afirmou Souto.

    No caso da lei no Rio de Janeiro, se a medida não for cumprida, os estabelecimentos podem pagar multas de três a 20 salários mínimos, pena prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para omissão em caso de maus-tratos. O texto abrange tanto agressões físicas contra os jovens quanto pressões psicológicas, sem restringi-las ao ambiente escolar.

    Em Cuiabá, o defensor propôs uma Ação de Indenização por Danos Morais contra a instituição de ensino pela inequívoca omissão quanto aos fatos, e explicitou que várias pessoas confirmam frequentes brigas na escola, sem nenhuma solução por parte da direção.

    Para ele, não resta dúvida de que houve o bullying: atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra ou outro.

    "O maltrato intimidatório o fará sentir dor, angústia, medo, a tal ponto que, em alguns casos, pode levá-los a consequências devastadoras como o suicídio. (...) Para que este tipo de violência diminua é necessária uma atuação mais forte da escola", cita trecho da ação.

    Caso P. S. P.

    A reportagem do MidiaNews tentou entrar em contato com a família de P. S. P., porém nem ela e nem seus familiares foram localizados.

    Fundação Bradesco

    Por meio da assessoria de imprensa, em São Paulo, a Fundação Bradesco afirmou que o bullying é tratado na instituição de forma preventiva em todas as unidades do país.

    A respeito do caso envolvendo a adolescente P. S. P., 17, em Cuiabá, a fundação informou que "houve reflexão e ação de trabalho da equipe escolar, que contou com intervenção, inclusive, da família".

    Confira a íntegra da nota da Fundação Bradesco:

    "A temática do bullying é abordada de forma preventiva e amplamente discutida com os alunos das 40 unidades escolares da Fundação Bradesco em todo o Brasil.

    Além disso, nossos educadores são orientados a manterem-se atentos para o caso de surgimento de qualquer indício ou comportamento desse tipo de conduta, tanto por parte de vítimas quanto de agressores.

    Quanto ao presente caso, declaramos que o mesmo foi objeto de reflexão e ação de trabalho da equipe escolar, que adotou todos os procedimentos de intervenção, inclusive, envolvendo as famílias e os órgãos competentes para sanar a questão".

Fonte: Midia News

Semusc promove Caminhada Antibullying em São Luís

A Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), por meio do Grupamento de Segurança Escolar – GSE, da Guarda Municipal de São Luís, e em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), promove, nesta sexta-feira (14), às 15h, uma Caminhada pela Cultura da Paz no Centro de São Luís. O evento tem como objetivo principal alertar a comunidade sobre o bullying, um mal que assola diariamente as escolas.

A caminhada sairá do Parque do Bom Menino, às 15h, em direção à Maria Aragão, onde deve chegar às 17h. Ao todo, mais de 1.500 estudantes de 17 escolas da rede municipal de ensino vão participar do evento antibullying.

Na chegada à Praça Maria Aragão, os estudantes da Unidade de Ensino Básico (UEB) Camélia Costa Viveiros entregarão às autoridades presentes cartilhas do Projeto Antibullying, desenvolvido em parceria pela Semusc e Semed.

O bullying é uma palavra de língua inglesa utilizada em muitos países para caracterizar comportamentos agressivos e antissociais que maltratam uma ou mais pessoas.

“Este é um momento importante que estamos vivenciando, pois, por meio desta Caminhada pela Cultura da Paz, os alunos poderão expressar sua indignação contra este tipo de violência disfarçada de brincadeira através de um ato cívico”, disse o idealizador do projeto “Bullying escolar: isto não é brincadeira!”, disse o coordenador do Projeto Antibullying, Bergson Rios.

O projeto, iniciado na Unidade de Ensino Básico (UEB) Camélia Costa Viveiros em agosto de 2010, terá sua culminância através da caminhada que deverá contar com mais de 1.500 alunos de escolas municipais.

Fonte: Jornal Pequeno

Bullying pode trazer danos futuros

Tanto o “Bully”, quanto a “vítima” podem sofrer sérios problemas quando adultos

Por Priscila Fantato

Os “bullies”, pessoas que tem um comportamento de intimidar outras com a intenção de humilhar estão cada vez mais frequentes. O problema maior é que no futuro, tanto o bully, quanto sua vítima podem sofrer grandes danos psicológicos, físicos e de relacionamento com a sociedade.

“Identificar o bully e a vítima é muito importante para a descaracterização do problema. Identificar quem é quem, em qualquer situação, pode ajudar a melhorar sentimentos opostos de superioridade e de inferioridade”, disse Mauro de Almeida, psicólogo clínico.

Para Mauro, do lado do bully existe uma expectativa de poder e de liderança que consiste na necessidade de afirmação. “Os bullies sempre irão procurar suas vítimas que não terão poder de reação”, explicou. “Já a vítima acaba sendo inferiorizada por alguma característica. Como por exemplo ser gordo, baixo, ruim em matemática, com espinhas, magro e por aí vai, além das deficiências físicas”, completou.

O psicólogo ainda ressaltou que nos dois casos é importante tratamento psicológico, já que em muitos casos a criança, ou o adolescente, tornam-se adultos criminosos, pessoas frustradas, ou até mesmo mudam sua sexualidade. “A vítima é o grande problema. Deve-se cuidar de sua auto-estima e mostrar suas características positivas. Eles acabam sendo os mais perigosos no futuro, porque explodem de repente”, garantiu Mauro.

No caso dos bullies, o importante é tirar as características de poder. “Certamente se a sociedade reagir a uma ação do bully, ele irá recuar, pois ele só se sentirá superior se conseguir humilhar a outra parte”, destacou Mauro.

Para identificar, tanto o bully quanto a vítima, tanto pais quanto educadores devem ficar atentos às atitudes e reações das crianças, que cada vez estão praticando mais cedo. “Crianças de 9 e 10 anos já estão praticando o bully. Então, no caso dos pais, o importante é perceber através de conversas de internet, principalmente se ele está sendo opressor ou oprimido. Além de verificar se isso ocorre repetidas vezes. Mudanças repentinas de comportamento também devem ser observadas. Ouvi-los, prestar atenção e não metralhá-los de perguntas, podem ajudar a identificar o problema”, ressaltou o psicólogo.

Mauro aconselha para minimizar os problemas, tanto dentro quanto fora da escola, duas coisas: primeiro criar um código disciplinar, regras para melhorar o bem estar. “Certamente a criança se tornará um adulto seguro se aprender a ter limites e regras”, avisou. Em segundo lugar, Mauro aconselha a levantar a auto-estima de qualquer pessoa. “Trabalhar as inferioridades de cada indivíduo pode transformar em pessoas melhores. Todos temos pontos positivos que devem ser trabalhados. As vezes dizer para o CDF da classe que ele não é somente isso, mas é uma pessoa inteligente, o ajudará a entender este seu ponto. Descobrir outros em gordinhos, magrinhos, e etc, também é necessário. Incluir significa descaracterizar um problema”, destacou.

No caso dos meninos, a frequência é maior, já que estão ligados aos hormônios de masculinidade. Neles, o bully é identificado como direto, já que manifesta com escolha de sua vítima, como predador e presa. Nas meninas, o bully é indireto. Geralmente elas são mais sutis e fazem o bullying através de intrigas e fofocas.

Nos dois casos o bullying não é necessariamente físico. Pode ser de moral também. Mas Mauro alerta que bullying é diferente de agressão social, por tanto, observar atentamente é importantíssimo. Tanto que o psicólogo tem muitos pacientes do gênero. “Muito mais vítimas do que bullies. E não é só crianças que atendo com este problema. Adultos também. E neste caso, as pessoas mais velhas se sentem impotentes, agressivas e marginalizadas”, finalizou.

Fonte: A Tribuna

Psicóloga dá orientações aos pais sobre bullying

Redação site TVCA

O bullying é um problema que pode influenciar na vida escolar e pessoais de crianças e adolescentes. O nome é um pouco complicado, mas o significado é simples. Bullying é o nome dado as agressões, físicas ou psicológicas, no ambiente escolar praticadas por alunos contra colegas, repetidamente e sem motivação. Essa semana, a família de uma estudante de Cuiabá buscou a justiça. A vítima teria sofrido agressões por anos.

De acordo com a psicóloga Eliane Andréia Guerra, as consequências do bullying podem se estender até a vida adulta da vítima. A psicóloga alerta os pais sobre a importância que deve ser dada aos sinais dados pelos filhos. O isolamento, a dificuldade de aprendizado, a falta de apetite e o medo de ir à escola podem ser sinais de uma criança que sofre bullying. “Às vezes os pais pensam que é uma brincadeira de criança, mas não é”, afirmou.

Segundo Eliane, o ciberbullyig, agressões pela internet, podem ser mais prejudiciais as vítimas do que as agressões feitas pessoalmente. “O ciberbullying pode ser mais prejudicial já que não se sabe quanto tempo aquilo [a agressão] pode ficar ali, circulando pela rede”.

A psicóloga falou também sobre os sinais que os pais devem notar para descobrir se os seus filhos são os agressores. “Crianças que são perversas, que insistentemente maltratam animais, que gostam de provocar, ofender e machucar normalmente são os agressores. Os pais e educadores devem ter um olhar não só para saber quem é a vítima, mas também para saber quem é agressor”. Eliane afirmou também que o bullying pode começar dentro de casa, através das explosões emocionais e pela falta de limite das crianças.

Aos pais que estão levando os filhos para a escola pela primeira vez, ou não, e estão preocupados com esse tipo de agressão, a psicóloga orienta. “Os pais devem estar sempre em parceria com a escola, ouvir os seus filhos, dar atenção aos sinais dados por eles”.

Fonte: tosabendo.com