segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Thaila Ayala exibe o corpão e relembra: ''Na escola sofria bullying por ser muito magra''
Aos 27 anos e pesando 55 quilos, atriz conta seus truques de beleza e revela que não segue nenhuma dieta | ||||||||||
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segunda-feira, 25 de novembro de 2013
domingo, 24 de novembro de 2013
Thalyta Pugliesi diz que sofreu bullying: 'Era a menina que ninguém queria ficar'
Modelo conta que sofria com os apelidos que recebia por ser magra e alta
Thalyta Pugliesi participa do programa Altas Horas deste sábado (Foto: TV Globo/Altas Horas)
Qual mulher não gostaria de receber o elogio de estar magérrima? Muitas, pelo menos na adolescência. A modelo Thalyta Pugliesi é um exemplo de que as palavras que a fazem se orgulhar de seu corpo hoje em dia, um dia já a machucaram.
“Na escola, sofri muito bullying, porque sempre fui muito comprida e magra. Eu tinha vários apelidos que me incomodavam, mas hoje em dia quando falam isso, agradeço, porque virou um elogio”, explica a modelo no Altas Horas.
Segundo Thalyta, ela sofreu na adolescência pela rejeição dos meninos. Dá para acreditar? “Eu era a menina que ninguém queria ficar. Acho que resolvi ser modelo para me aceitar por ser magra e alta”, declara.
Thalyta encontra a amiga Taís Araújo na gravação do programa (Foto: TV Globo/Altas Horas)
Comissão aprova inclusão do crime de bullying no Código Penal
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou nesta semana proposta que inclui no Código Penal (Decreto-lei 2.848/40) o crime de intimidação vexatória (ou bullying).
O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Assis do Couto (PT-PR), ao Projeto de Lei 1011/11, do deputado Fábio Faria (PSD-RN). O projeto original falava em intimidação escolar, porém o relator considera o termo intimidação vexatória mais abrangente. “A incidência dessas agressões não se dá exclusivamente no interior de estabelecimentos escolares”, argumenta.
Pela proposta, o crime consiste em intimidar, constranger, ofender, castigar, submeter, ridicularizar ou expor alguém, entre pares, a sofrimento físico ou moral, de forma reiterada. A pena prevista é de detenção de um a três anos e multa. Se o crime ocorrer em ambiente escolar, a pena será aumentada em 50%.
Cyberbullying
Se o crime for praticado por meio de comunicação (prática conhecida como cyberbullying), a pena será aumentada em dois terços. O cyberbullying não estava previsto na proposta original e foi incluído pelo relator. Se a vítima for deficiente físico ou mental, menor de 12 anos, ou se o crime ocorrer explicitando preconceito de raça, etnia, cor, religião, procedência, gênero, idade, orientação sexual ou aparência física, a pena será aplicada em dobro.
Se do crime de intimidação vexatória resultar lesão corporal ou sequela psicológica grave de natureza temporária, a pena será de reclusão de 1 a 5 anos. Se a lesão for de natureza permanente, a pena aumentará para reclusão de 2 a 8 anos. Já se a intimidação resultar em morte, a pena será de reclusão de 4 a 12 anos.
Em qualquer caso, o juiz poderá deixar de aplicar a pena se a própria vítima do bullying tiver provocado a intimidação, de forma reprovável.
Responsabilidade do diretor
Em seu primeiro substitutivo, o relator previa que o diretor de escola que deixasse de tomar as providências necessárias para cessar o bullying poderia ser responsabilizado e a ele seria aplicada a mesma pena prevista para o crime. Porém, nas negociações durante a votação, Assis do Couto optou por retirar essa responsabilização.
Tramitação
A proposta será analisada agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.
Fonte: Brasília em tempo Real
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
domingo, 17 de novembro de 2013
Beyoncé vai até escola defender sua irmã mais nova que sofria bullying
Por Ache Belém
Beyoncé enfrentou um valentão que estava irritando sua irmã mais nova.
A cantora, que alcançou a fama muito cedo, defendeu sua irmã Solange, que pediu para ela ir até a escola e dar um susto em um menino que estava fazendo da sua vida um inferno.
Solange, que também é cantora, contou à estação americana de rádio Hot 97: "Quando eu estava na sétima ou oitava série eu usei esse artifício. Porque lá havia esse garoto desagradável, que constantemente fazia bullying. Eu escrevi várias reclamações pedindo para colocarem esse garoto fora da escola. Eu realmente não poderia estar junto com esse garoto. Seu nome era Brandon, eu me lembro disso".
A cantora disse que depois de muito sofrer nas mãos desse garoto, ela decidiu chamar Beyoncé na escola. "Minha irmã vai vir aqui e você vai ficar realmente surpreso ao ver quem ela é", disse Solange ao menino.
A irmã mais nova de Beyoncé conta que a diva do pop foi até a escola e conversou com o menino, que ficou chocado. "Ele parou de brigar comigo e eu nunca vou esquecer o rosto que o Brandon fez", finalizou.
E falando em Beyoncé, a cantora teria, supostamente, criado uma restrição quanto ao uso de câmeras fotográficas nos bastidores de seus shows.
Uma fonte disse à revista In Touch que a estrela, de 32 anos, teria proibido a sua equipe de "tirar qualquer foto" sua.
A cantora de "Diva" - que é mãe de Blue Ivy Carter, com seu marido, o rapper Jay Z - também estaria exigindo que suas refeições fossem servidas em toalhas de mesa brancas em um camarim todo branco em todos os lugares em que for se apresentar durante sua turnê mundial, "Mrs. Carter Show".
A fonte acrescentou que a diva exigiu "que seu camarim estivesse não só completamente adaptado para crianças, mas também mobiliado todo em branco", e que a temperatura teria que estar exatamente 22.2 graus Celsius.
O informante ainda revelou que a cantora de "Single Ladies" também pediu um segundo camarim, bem grande, com espelhos para todos os lados e luzes simulando a do palco para que ela pudesse ter certeza de que estava perfeita antes de encontrar seus fãs.
Beyoncé atualmente está na Nova Zelândia e Austrália e deve terminar sua turnê em Nova York, no dia 22 de dezembro.
Apesar dos rumores de estrelismo, Beyoncé deu um show de simpatia e conquistou o público brasileiro com performances para lá de sensuais em sua curta passagem pelo país. No Rock In Rio, a cantora mostrou que estava mesmo disposta a agradar seus fãs, e dançou, no fim de sua apresentação, o funk do "Lek Lek", para delírio da plateia.
Beyoncé enfrentou um valentão que estava irritando sua irmã mais nova.
A cantora, que alcançou a fama muito cedo, defendeu sua irmã Solange, que pediu para ela ir até a escola e dar um susto em um menino que estava fazendo da sua vida um inferno.
Solange, que também é cantora, contou à estação americana de rádio Hot 97: "Quando eu estava na sétima ou oitava série eu usei esse artifício. Porque lá havia esse garoto desagradável, que constantemente fazia bullying. Eu escrevi várias reclamações pedindo para colocarem esse garoto fora da escola. Eu realmente não poderia estar junto com esse garoto. Seu nome era Brandon, eu me lembro disso".
A cantora disse que depois de muito sofrer nas mãos desse garoto, ela decidiu chamar Beyoncé na escola. "Minha irmã vai vir aqui e você vai ficar realmente surpreso ao ver quem ela é", disse Solange ao menino.
A irmã mais nova de Beyoncé conta que a diva do pop foi até a escola e conversou com o menino, que ficou chocado. "Ele parou de brigar comigo e eu nunca vou esquecer o rosto que o Brandon fez", finalizou.
E falando em Beyoncé, a cantora teria, supostamente, criado uma restrição quanto ao uso de câmeras fotográficas nos bastidores de seus shows.
Uma fonte disse à revista In Touch que a estrela, de 32 anos, teria proibido a sua equipe de "tirar qualquer foto" sua.
A cantora de "Diva" - que é mãe de Blue Ivy Carter, com seu marido, o rapper Jay Z - também estaria exigindo que suas refeições fossem servidas em toalhas de mesa brancas em um camarim todo branco em todos os lugares em que for se apresentar durante sua turnê mundial, "Mrs. Carter Show".
A fonte acrescentou que a diva exigiu "que seu camarim estivesse não só completamente adaptado para crianças, mas também mobiliado todo em branco", e que a temperatura teria que estar exatamente 22.2 graus Celsius.
O informante ainda revelou que a cantora de "Single Ladies" também pediu um segundo camarim, bem grande, com espelhos para todos os lados e luzes simulando a do palco para que ela pudesse ter certeza de que estava perfeita antes de encontrar seus fãs.
Beyoncé atualmente está na Nova Zelândia e Austrália e deve terminar sua turnê em Nova York, no dia 22 de dezembro.
Apesar dos rumores de estrelismo, Beyoncé deu um show de simpatia e conquistou o público brasileiro com performances para lá de sensuais em sua curta passagem pelo país. No Rock In Rio, a cantora mostrou que estava mesmo disposta a agradar seus fãs, e dançou, no fim de sua apresentação, o funk do "Lek Lek", para delírio da plateia.
Jornalista lança livro-reportagem sobre bullying na escola
Sâmara Azevedo lança livro-reportagem sobre bulliyng dentro da escola (foto: Weber Sian / A Cidade)
O livro-reportagem “Violência na escola - O desafio de enfrentar o bullying e reconstruir a paz”, assinado pela jornalista Sâmara Azevedo, será lançado em Ribeirão Preto nesta quinta-feira (14), às 18h20, na Livraria Cultura do shopping Iguatemi.
A obra busca promover uma reflexão acerca das mortes e casos de agressão, física e psicológica, provocados pela intolerância dentro de instituições de ensino.
O Massacre de Realengo, na Escola Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, em 7 de abril de 2011, que teve repercussão internacional, é o ponto de partida para uma ampla discussão sobre o problema.
Fonte: Jornal A Cidade - Da reportagem
Encontro desta segunda-feira terá debate sobre críticas e bullying
Fátima Bernardes (Foto: Encontro com Fátima Bernardes/TV Globo)
Você sabe lidar bem com as críticas? Criticar, seja de forma construtiva ou não, é sempre muito delicado. OEncontro desta segunda-feira, 18, vai ter um debate sobre bullying e também sobre críticas. Será que existe uma fórmula para criticar sem agredir?
Fátima também vai conversar sobre um assunto do coração. Sabe aquele amor do passado, que você jura que ficou esquecido e não tem mais nenhuma importância? Às vezes, ele volta com força total. São as famosas recaídas. Você já sofreu desse mal? O que acha de reatar um relacionamento com um ex? Fique ligado no Encontro!
Prevenir para incluir: o papel da família e o papel da escola em Odemira
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Odemira vai assinalar, no dia 20 de novembro, oito anos de intervenção no concelho e a comemoração da Convenção dos Direitos das Crianças, com a realização de um seminário sobre o papel da família e o papel da escola, na ótica de prevenir para incluir.
“8 anos de intervenção – prevenir para incluir: o papel da família e o papel da escola” será pois o tema do seminário, que irá decorrer no auditório da Biblioteca Municipal de Odemira, a partir das 9.00 horas. A sessão de abertura contará com intervenções de Carmo Gamas (Presidente da CPCJ de Odemira), do Juiz Conselheiro Armando Leandro (Presidente da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco), de Maria Helena Barreto (Diretora do Centro Distrital de Segurança Social de Beja) e de José Alberto Guerreiro (Presidente da Câmara Municipal de Odemira).
O primeiro painel terá como tema “8 anos de intervenção” com intervenções de Manuel Coelho (advogado e ex-Presidente da Assembleia Municipal, entidade que promoveu a criação da CPCJ de Odemira), Laura Fino (psicóloga, a primeira Presidente da CPCJ de Odemira) e Telma Guerreiro (comissária desde a criação da CPCJ). Ainda durante a manhã será debatido o tema “O papel das comissões na sociedade atual”, apresentado por Noémia Bandeira (técnica da Comissão Nacional).
No painel da tarde serão apresentados os temas “Equidade e inclusão – educação para os valores”, por Maria Odete Valente (professora do Departamento de Educação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa), “Igualdade parental e a educação dos filhos” (pela Associação Portuguesa para a Igualdade Parental e Direitos dos Filhos) e “Maus tratos na infância e juventude – papel da escola, da deteção à intervenção” por Leonor Brito (mestranda em Psicologia Comunitária e Proteção de Menores, ex-coordenadora em Centro de Acolhimento e ex-comissária na CPCJ do Seixal).
O último tema em debate será “Como prevenir o bullying em contexto escolar”, por Luís Fernandes (mestre em Observação e Análise da Relação Educativa, Docente do ISPA, Psicólogo na Associação Sementes de Vida em Beja e coordenador de projetos na área do bullying e da violência na escola). Neste contexto será apresentada a obra “Plano Bullying - Como apagar o Bullying da Escola", do qual Luís Fernandes é coautor.
Ao longo do dia, o seminário contará com momentos culturais, com a participação de crianças do Jardim de Infância Nossa Senhora da Piedade (de Odemira).
Fonte: Barlavento de Portugal
domingo, 3 de novembro de 2013
“Eu sofri bullying na escola”, revela Lívian Aragão
Em entrevista ao R7, filha de Renato Aragão contou com apoio dos pais para superar assédio
R7 - Você passou por alguma situação parecida como a dela na escola?
Filha de Renato Aragão, Lívian Aragão comemora dez anos de carreira em 2013. A teen de 14 anos estreou cedo como atriz e, desde então, engatou diversos trabalhos no cinema e na TV, sempre com o apoio do pai. Neste ano, Lívian aceitou o desafio de fazer sua primeira novela, independente da ajuda do humorista, e deu vida a Marizé em Flor do Caribe (Globo).
Em entrevista ao R7, Lívian abre o jogo sobre sua carreira e revela que já sofreu bullying na escola por ser filha de Renato Aragão.
R7 – Lívian, qual balanço que você faz da sua primeira novela?
Lívian Aragão - Sinto muita saudade da rotina de gravações e de todos com quem eu trabalhava. A novela só me trouxe coisas boas: marcou minha estreia em novelas em uma trama muito bem escrita e envolvente, me presenteou com uma personagem doce e batalhadora e proporcionou uma convivência deliciosa com profissionais incríveis, desde atores e diretores até câmeras e maquiadores. Foi uma experiência inesquecível.
R7 - A Marizé teve cenas fortes e abordou assuntos importantes, como bullying. Acha que é importante tocar nestes assuntos, até para abrir os olhos dos pais e das crianças?
Lívian - A Marizé teve um papel social muito importante e isso fez com que eu apaixonasse ainda mais por essa personagem. Acho fundamental discutir esse tema, esse é um dos serviços prestados pela novela, tão importante quando o entretenimento, e fico feliz que o meu papel foi responsável por isso.
R7 - Você passou por alguma situação parecida como a dela na escola?
Lívian - Eu sofri bullying na escola, onde estudo há anos, por ser do meio artístico e por ser filha de quem sou. Muitos queriam me excluir de algumas atividades e faziam piadinhas. Mas isso não afetou o meu psicológico, só me deixou mais forte para enfrentar o bullying. Meus pais me ajudaram muito nesse momento e hoje conto com naturalidade esse acontecimento.
Fonte: R7
Atirador do aeroporto de Los Angeles teria sido vítima de bullying
O jovem de 23 anos que provocou um caos no aeroporto de Los Angeles ao disparar contra um agente de segurança e ferir pelo menos sete pessoas teria sido vítima de bullying na escola, informou o jornal “Los Angeles Times” neste sábado (2), citando um ex-colega do atirador. A polícia ainda está a investigando as motivações do crime. De acordo com a fonte, o atirador Paul Anthony Ciancia era um menino solitário.
“Em quatro anos, nunca ouvi uma palavra de sua boca”, disse o ex-colega David Hamilton, que se formou com Ciancia na Salesianum School, em Wilmington, em 2008. “Ele guardava tudo para si e almoçava muito sozinho. Eu realmente não me lembro de nenhuma pessoa que estava perto dele.”
A maioria dos feridos trabalha na TSA, a agência responsável pela segurança dos aeroportos, criada depois do atentado de 11 de setembro de 2001 para reforçar a segurança e combater o terrorismo. Um agente, de 40 anos, morreu. A polícia investiga se a TSA era o alvo do ataque já que foram encontrados com o atirador folhetos contra a agência.
“Em quatro anos, nunca ouvi uma palavra de sua boca”, disse o ex-colega David Hamilton, que se formou com Ciancia na Salesianum School, em Wilmington, em 2008. “Ele guardava tudo para si e almoçava muito sozinho. Eu realmente não me lembro de nenhuma pessoa que estava perto dele.”
A maioria dos feridos trabalha na TSA, a agência responsável pela segurança dos aeroportos, criada depois do atentado de 11 de setembro de 2001 para reforçar a segurança e combater o terrorismo. Um agente, de 40 anos, morreu. A polícia investiga se a TSA era o alvo do ataque já que foram encontrados com o atirador folhetos contra a agência.
Jogador da NFL sofre bullying dos colegas e abandona o desporto por depressão
- Escrito por João Serra
O linha ofensivo Jonathan Martin, de 24 anos, abandonou temporariamente os Miami Dolphins esta semana e suspendeu a sua actividade no desporto. E tudo devido a ser o alvo preferido de piadas dos seus companheiros de equipa.
A gota de água ocorreu quando os restantes jogadores o convidaram a acompanhá-los à mesa no refeitório. Porém quando o Martin se sentou, os demais atletas levantaram-se e deixaram-no sozinho. Segundo testemunhas, Martin não aguentou mais esta brincadeira e saiu do local irritado e insultando os colegas, tendo o jogador dos Dolphins indo directamente para um hospital local à procura de tratamento psicológico.
Desta feita, Martin abandonou a equipa a meio da competição, tendo sido substituído por Tyson Clabo no jogo de quinta-feira, contra o Cincinnati Bengals. Até aí tinha participado em todos os jogos dos Dolphins desde o ano passado.
E seria desde 2012 (ano em que foi contratado), segundo fontes da Fox Sports, que Jonathan Martin seria vítima constante de bullying no balneário dos Miami Dolphins Contudo os seus companheiros de equipa, como o defesa Nate Garner, negaram tudo e alegaram que se tratavam de meras de “brincadeiras normais dentro de um grupo”.
O futuro de Martin no desporto é assim uma incógnita e a sua permanência nos Dolphins algo difícil de continuar.
Porém a direcção dos Dolphins ainda não abordou oficialmente o tema, mas o técnico do Miami Dolphins, Joe Philbin, disse que a “primeira preocupação é com a saúde” de Martin, sem dar mais nenhuns detalhes sobre a situação.
Fonte: Modalidades de Portugal
Site de bullying é o 3º mais acessado no país e bate Twitter
Agressões proliferam no Ask.fm , que atrai cada vez mais jovens e preocupa os pais e professores
Fonte: O Tempo
LITZA MATTOS
O antigo caderno de perguntas e respostas muito comum nas escolas há alguns anos virou uma rede social que tem sido motivo de muita dor de cabeça para pais e professores. O Ask.fm permite que os usuários utilizem o site de forma anônima, e as conexões com outras redes sociais propiciaram um cenário bastante favorável para a prática do bullying virtual (cyberbullying). Segundo especialistas, as agressões também podem ocorrer por mensagens de texto, e-mails, fotos e vídeos.
Apenas em 2012, as mortes de 41 adolescentes em todo o mundo foram relacionadas aos ataques provocados pelo cyberbullying, segundo pesquisa da Academia Americana de Pediatria. Além disso, 80% dos atendimentos feitos de julho de 2012 a setembro de 2013 pelo canal de orientação da Organização Não Governamental (ONG) Safernet Brasil são referentes às agressões virtuais pelo Ask.fm.
No Brasil, o site já é o terceiro mais acessado pelos internautas, com 1,86% da fatia, ultrapassando Orkut e Twitter. O Facebook é o líder absoluto, com 68,2% das visitas, seguido pelo YouTube (18,2%), segundo dados da Hitwise – ferramenta de inteligência em marketing digital da Serasa Experian.
Ter atenção ao comportamento dos filhos é fundamental para que pais e mães identifiquem se o filho é vítima ou pratica o cyberbullying, afirma a pesquisadora Cleo Fante. “Infelizmente, são poucos os pais que identificam comportamentos abusivos e tentam corrigir os filhos que praticam. A maioria tende a acreditar que é próprio da idade ou que com o tempo passa. Por outro lado, deixar de fazer uso do computador ou celular, se recusar a atender chamadas telefônicas ou querer mudar de escola são algumas características das vítimas”, diz.
No caso da gestora de Recursos Humanos Cristiane Ferreira da Silva, 35, não foi possível agir antes e ela teve que trocar o filho de colégio e iniciar um tratamento psicológico após a criança sofrer bullying aos 8 anos.
Para ela, as causas da agressão gratuita são a falta de respeito, de aceitar o próximo e a capacidade de conviver com as escolhas do colega. “As crianças têm se tornado muito agressivas, estão levando armas para a escola e postam vídeos das brigas marcadas pela internet. Também tem a questão do ambiente. Quando fui conhecer, a situação do menino que praticava bullying contra meu filho, vi que ele não tinha pai, o irmão estava no crime, ou seja, vivia em um ambiente conturbado”, conta a mãe, que após o problema fundou a ONG “Educar contra o bullying”.
Cleo Fante afirma que, talvez, os motivos das práticas do cyberbullying estejam, sim, relacionados à dinâmica familiar, como: atitudes de permissividade, intolerância, ausência de regras e limites, abusos na educação e exemplos negativos. Nesses casos, ao suspeitar do envolvimento, os pais devem manter a calma e se colocar em posição de igualdade e diálogo. “Caso não surta efeito positivo, eles devem recorrer à escola em busca de informações e orientações ou a um profissional”, orienta a pesquisadora.
Educação. Frente a um cenário com algumas queixas de alunos que postavam coisas desagradáveis e inadequadas, e antes que isso se tornasse uma prática da maioria, o colégio Magnum, em Belo Horizonte, desenvolveu um trabalho com cada série para conscientizar cerca de 200 alunos quanto à adequação para o uso da internet e das redes sociais.
Ação nas escolas
Cartilha. O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) distribuiu neste ano 185 mil cartilhas para as 670 escolas associadas como uma ação de combate ao bullying nas instituições particulares do Estado.
Outro lado
“O que torna o nosso site exclusivo é a capacidade de fazer perguntas anônimas. A maioria dos usuários é adolescente e é importante para nós que eles sejam capazes de fazer isso com segurança. Infelizmente, o bullying pode ocorrer em qualquer lugar, por isso é importante que pais e usuários trabalharem juntos para combatê-lo. Estamos trabalhando na implementação de sistemas manuais e automáticos para recompensar o bom comportamento online e em um sistema para lidar com usuários que se comportem de forma inadequada”, disse o porta-voz do Ask.fm, Ross Hall.
Outro lado
“O que torna o nosso site exclusivo é a capacidade de fazer perguntas anônimas. A maioria dos usuários é adolescente e é importante para nós que eles sejam capazes de fazer isso com segurança. Infelizmente, o bullying pode ocorrer em qualquer lugar, por isso é importante que pais e usuários trabalharem juntos para combatê-lo. Estamos trabalhando na implementação de sistemas manuais e automáticos para recompensar o bom comportamento online e em um sistema para lidar com usuários que se comportem de forma inadequada”, disse o porta-voz do Ask.fm, Ross Hall.
Assédio moral: um drama silencioso
Por - Vinícius Corrêa - vinicius.correa@folhadirigida.com.br
Formada em Direito e Psicologia, Lidia Pereira Galindo tornou-se uma das poucas pesquisadoras de um tema que aflige muitos profissionais, nas mais diferentes áreas: o assédio moral. No caso de quem atua na área de educação, a linha de pesquisa dela é ainda mais importante: ela estuda o problema com foco específico nas instituições de ensino.
Em sua linha de pesquisa, ela vê como fenômenos da mesma natureza, o assédio moral e o bullying. Para a especialista, praticamente não há diferença entre eles, embora estes fenômenos. Um dos aspectos que ela aborda do tema, por exemplo, é como as perseguições sistemáticas feitas no ambiente de trabalho, geralmente protagonizadas por pessoas de em posição superior na hierarquia profissional, podem influenciar na prática do professor, em sala de aula.
Segundo ela, o assédio moral pode ir muito além de desestabilizar emocionalmente o profissional de educação, prejudicando o trabalho com os conteúdos pedagógicos em sala. O profissional pode, com o tempo, sofrer com males como depressão e síndrome do pânico, entre outros. De acordo com a especialista, é fundamental que os educadores entendam que assédio moral é crime e que deve ser denunciado às autoridades.
“De certo o assédio moral/bullying não é um tipo penal, entretanto as condutas que o caracterizam são tipificadas no Código Penal Brasileiro como por exemplo, Maus-tratos (Art. 136); Calúnia (Art. 138); Difamação (Art. 139); Injúria (Art. 140); Constrangimento ilegal (Art. 146); Ameaça (Art. 147); Divulgação de segredo (Art. 153); Furto (Art. 155); Extorsão (Art. 158) e Dano (Art. 163). As condutas do assédio moral/bullying estão tipificadas no Código Penal e, portanto, estamos diante de condutas criminosas”, destacou Lidia Galindo.
A ideia de estudar o assédio moral surgiu em seu consultório de Psicologia, quando ouvia vários relatos de perseguição, humilhação e desrespeito, sofridos por seus pacientes. O resultado deste esforço veio em 2006, quando fez seu trabalho de conclusão de curso em Direito, intitulado “Assédio Moral nas Instituições de Ensino”. Seu objetivo com o trabalho era evidenciar que este é um problema que faz parte da realidade das instituições educacionais de diferentes níveis.
Nesta entrevista, Lidia Galindo fala das motivações que teve para enveredar-se nos estudos desta área, destaca o impacto do problema na vida dos professores que são vítimas dele, explica como o profissional pode provar que sofre perseguição, entre outros temas.
FOLHA LADO — A senhora escreveu, em 2006, o estudo “Assédio moral nas instituições de ensino”. Como surgiu a motivação para realizar esta pesquisa?Lídia Pereira Gallindo — Ao longo da minha caminhada de escuta no consultório como psicóloga e no convívio entre amigos e familiares, ouvi histórias carregadas de sofrimento que remontam a acontecimentos na fase escolar. Histórias com viés muito semelhantes e que chamam a atenção por sua reprodução, passível de ser constatada geração após geração, e em muito se assemelhando a um traço cultural. Nos anos noventa amadureci o desejo de tornar público o quanto os abusos e agressões ocorridas nas instituições de ensino são responsáveis por traumas e angústias significativas, repercutindo na vida emocional, social e econômica das vítimas, muitas vezes por toda a vida. O caminho que visualizei para auxiliar nesse propósito foi o curso de Direito que concluí em meados de 2007 com a apresentação do trabalho de conclusão de curso, em outubro de 2006, sob o título “Assédio Moral nas Instituições de Ensino” publicado em 2009 Revista Ciência Jurídica, Ano XXIII, Número 149, Set/Out de 2009, p.163-256. Edições Ciência Jurídica: Belo Horizonte, MG. Recordo-me do sentimento de estranheza junto aos colegas e docentes quando revelei que queria pesquisar o tema assédio moral nas instituições de ensino.
Por que a senhora acredita que houve este estranhamento?
Alguns ouviram de forma desconfiada, deduzindo erroneamente que a intenção vinculava-se a uma atitude de protesto pelo protesto e no bojo uma pitada de crítica aos professores, coordenadores e demais pessoas envolvidas no processo educacional. Causou-me estranheza a estranheza suscitada pelo tema. Até então, eu não tinha noção que se tratava de um tema pouco estudado, o que ficou claro quando iniciei a busca por literatura sobre o assédio moral. Recordei-me então de um encontro que ocorreu em uma sala de espera de um hospital na cidade de São Paulo. Sentei-me ao lado de uma senhora que estudava sua dissertação de mestrado e que iria defendê-la nos dias seguintes, em maio de 2000, sob o título “Uma Jornada de Humilhações”, publicada em 2001: “Violência, Saúde e Trabalho - Uma jornada de humilhações”. Este encontro marcou-me pelo fato de ter me deparado com uma pessoa capaz de dialogar com intimidade sobre o assédio moral e pelo incentivo para continuar com o meu projeto. Naquele momento eu tive plena convicção que estava diante de mais uma estudiosa sobre o assédio moral. Tempos depois fui perceber que o destino me presenteara quando reservou um lugar ao lado daquela que viria a ser a expoente do assédio moral no Brasil e por quem guardo singular apreço: a doutora Margarida Barreto. Durante o meu processo de pesquisa, ficou nítido que era preciso fazer do trabalho de conclusão de curso um instrumento para divulgar o assédio moral nas instituições de ensino. Era preciso esclarecer e afirmar que ele existe, é real, não é uma brincadeira e não faz parte de um comportamento sadio. Pode-se dizer que o final do século XX revelou o tema do assédio moral, iniciando-se pelo ambiente laboral e em seguida às outras instituições.
De que forma o assédio moral pode interferir no trabalho pedagógico e na qualidade de vida dos professores?
Respondo com o exemplo. Certa vez, acompanhei uma professora depois de um pedido de ajuda, após um encontro com professores onde discutimos o tema do bullying. Ela me relatou a sua angústia diante de uma determinada classe: a 6ª série. Seus alunos tinham entre 12 e 15 anos. No dia da aula ela sentia enjoos, vomitava, sentia muito medo e por vezes saia correndo para sua casa deixando a classe abandonada. Classe sem professor, trabalho pedagógico não realizado. A vida para essa professora parecia não fazer mais sentido dentro e fora da escola ao se sentir um quase nada e experimentar o que denominava pânico e tristeza profunda.
O assédio moral é crime? Se for, é um crime difícil de ser tipificado?
O Código Penal Brasileiro no seu artigo 1º. Inciso XXXIX estabelece que não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. De certo o assédio moral/bullying não é um tipo penal, entretanto as condutas que o caracterizam são tipificadas no Código Penal Brasileiro como por exemplo, Maus-tratos (Art. 136); Calúnia (Art. 138); Difamação (Art. 139); Injúria (Art. 140); Constrangimento ilegal (Art. 146); Ameaça (Art. 147); Divulgação de segredo (Art. 153); Furto (Art. 155); Extorsão (Art. 158) e Dano (Art. 163). As condutas do assédio moral/bullying estão tipificadas no Código Penal e, portanto, estamos diante de condutas criminosas.
Se um professor quiser levar à Justiça a denúncia de um assédio moral que tenha sofrido, o que ele precisa fazer? Que tipo de provas é importante que ele procure reunir?
Ele precisa colecionar todos os tipos de provas possíveis para demonstrar o alegado, como por exemplo, atestados médicos, advertências de superiores, mudança de função, carga horária, testemunhas, vídeos produzidos por câmara de segurança, bilhetes ou cartas ameaçadoras, mensagens eletrônicas, interações em redes sociais e outros. A prova no mundo jurídico é de importância fundamental e sem ela a postulação pode ser inócua.
A senhora também fala do assédio moral entre estudantes. De que forma ele ocorre?
As três caracterizações têm o objetivo de ressaltar a complexidade do fenômeno. O fator comum entre todas as manifestações é que o assédio está vinculado a uma percepção de força e poder do assediador/ofensor sobre o assediado/vítima. As formas como ocorre o assédio se multiplicam e se recriam com criatividade e velocidade tais que nos deixam atônitos.
A sua pesquisa foi feita no início da década passada. Desde então, consegue observar alguma melhoria no quadro do assédio moral nas escolas? Ou os professores estão ainda mais expostos? Houve alguma novidade de lá pra cá?
É importante conhecer para diagnosticar e tratar o assédio moral. Nesse sentido, a produção literária e legislativa foram fundamentais para o processo de conscientização, prevenção e combate ao assédio moral nas instituições de ensino. São inúmeros os projetos nesse sentido. As escolas estão muito mais atentas e com programas que envolvem não só os alunos mais também os pais. Temos os tribunais julgando casos de assédio moral/bullying, condenando escolas e alunos e pais de alunos. No meu blog, encontram-se alguns julgados. No meu trabalho de conclusão do 4º Curso de Especialização em Direito Público na Escola Superior do Ministério Público de São Paulo sob o título “Bullying - Sedimentação do Fenômeno Social e Análise Crítica Frente ao Direito” (2011) eu faço um retrospecto do assédio moral nas instituições de ensino/bullying.
Qual o balanço que a senhora faz, nesta retrospectiva?
Por exemplo, em 2002, Henrique Carivaldo de Miranda Neto defendeu sua Dissertação de Mestrado na Unit – Centro Universitário do Triângulo, Uberlândia, em Minas Gerais, sob o título “Assédio Moral: Constrangimento e Humilhação em Instituições de Ensino Superior”; em 2004, criação do projeto bullying pela Cia Atores de Mar; em 2006, visando à conclusão do curso de Direito produzimos a monografia sob o título “Assédio Moral nas Instituições de Ensino”. A partir de 2008 observamos um aumento significativo de publicações e produções legislativas. Em 2009, foi realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em convênio com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), pesquisa sobre preconceito e discriminação em contexto escolar. “A pesquisa abrangeu 18.599 respondentes em 501 escolas de 27 Estados, incluindo estudantes, professores, diretores, demais profissionais de educação e pais ou responsáveis”. Também em 2009, foi realizado o Simpósio da Comissão do Jovem Advogado da OAB/SP, Coordenadoria de Direito Educacional, que abordou o tema do assédio moral nas instituições de ensino. Em outubro de 2009, o Ministério Público do Estado do Mato Grosso realizou audiência pública para discutir a questão do bullying nos estabelecimentos de ensino devido às constantes reclamações sobre atos de violência física e psicológica praticados pelos próprios alunos nas escolas municipais e por ter sido procurado por diversas mães para reclamar que seus filhos vêm sofrendo atos de violência (física e psicológica) por parte de outros colegas e que as escolas não estão adotando as providências necessárias para combater o problema. Em 2010 foi publicado pela Casa do Psicólogo o livro “Bullying – razão instrumental e preconceito” escrito por Deborah Christina Antunes, uma obra indispensável para quem se dedica ao tema do assédio moral nas instituições de ensino. Em 2012, demonstrei no meu trabalho de conclusão de Master in Business Administration em Gestão e Direito Educacional pela Escola Paulista de Direito (EPD), sob o título “O Gestor e o Direito Educacional Frente ao Bullying”, que a produção legislativa sobre o bullying que se iniciou em 2008 com a lei do Município de João Pessoa, na Paraíba. Em 2009 foram produzidas 13 leis, em 2010, 33 leis e em 2011, 19 leis. A produção legislativa de 2010 para 2011 diminuiu, mas ainda assim é maior do que nos anos de 2008 e 2009.
Que ações o poder público ou outras instituições da sociedade poderiam colocar em prática para o combate ao assédio moral nas instituições de ensino?
Se por um lado temos a iniciativa de criminalizar o bullying, por outro é louvável a criação de leis que têm como objetivo a conscientização, a prevenção e o combate ao assédio moral/bullying lançando mão dos métodos alternativos de solução de conflitos. Isso demonstra que, de certa forma, a sociedade anseia e tem esperança que seja possível educar o indivíduo para que ele exerça a sua cidadania plena e que cultive uma sociedade fundamentada no diálogo, na tolerância e na convivência pacífica. Eu penso que o exemplo é a melhor maneira de se educar, e nesse sentido, não há melhor ação por parte do poder público, das instituições de ensino, das comunidades e da família de serem modelos positivos. É preciso ter em mente que o preconceito e a intolerância estão no âmago das práticas de assédio moral.
Em sua linha de pesquisa, ela vê como fenômenos da mesma natureza, o assédio moral e o bullying. Para a especialista, praticamente não há diferença entre eles, embora estes fenômenos. Um dos aspectos que ela aborda do tema, por exemplo, é como as perseguições sistemáticas feitas no ambiente de trabalho, geralmente protagonizadas por pessoas de em posição superior na hierarquia profissional, podem influenciar na prática do professor, em sala de aula.
Segundo ela, o assédio moral pode ir muito além de desestabilizar emocionalmente o profissional de educação, prejudicando o trabalho com os conteúdos pedagógicos em sala. O profissional pode, com o tempo, sofrer com males como depressão e síndrome do pânico, entre outros. De acordo com a especialista, é fundamental que os educadores entendam que assédio moral é crime e que deve ser denunciado às autoridades.
“De certo o assédio moral/bullying não é um tipo penal, entretanto as condutas que o caracterizam são tipificadas no Código Penal Brasileiro como por exemplo, Maus-tratos (Art. 136); Calúnia (Art. 138); Difamação (Art. 139); Injúria (Art. 140); Constrangimento ilegal (Art. 146); Ameaça (Art. 147); Divulgação de segredo (Art. 153); Furto (Art. 155); Extorsão (Art. 158) e Dano (Art. 163). As condutas do assédio moral/bullying estão tipificadas no Código Penal e, portanto, estamos diante de condutas criminosas”, destacou Lidia Galindo.
A ideia de estudar o assédio moral surgiu em seu consultório de Psicologia, quando ouvia vários relatos de perseguição, humilhação e desrespeito, sofridos por seus pacientes. O resultado deste esforço veio em 2006, quando fez seu trabalho de conclusão de curso em Direito, intitulado “Assédio Moral nas Instituições de Ensino”. Seu objetivo com o trabalho era evidenciar que este é um problema que faz parte da realidade das instituições educacionais de diferentes níveis.
Nesta entrevista, Lidia Galindo fala das motivações que teve para enveredar-se nos estudos desta área, destaca o impacto do problema na vida dos professores que são vítimas dele, explica como o profissional pode provar que sofre perseguição, entre outros temas.
FOLHA LADO — A senhora escreveu, em 2006, o estudo “Assédio moral nas instituições de ensino”. Como surgiu a motivação para realizar esta pesquisa?Lídia Pereira Gallindo — Ao longo da minha caminhada de escuta no consultório como psicóloga e no convívio entre amigos e familiares, ouvi histórias carregadas de sofrimento que remontam a acontecimentos na fase escolar. Histórias com viés muito semelhantes e que chamam a atenção por sua reprodução, passível de ser constatada geração após geração, e em muito se assemelhando a um traço cultural. Nos anos noventa amadureci o desejo de tornar público o quanto os abusos e agressões ocorridas nas instituições de ensino são responsáveis por traumas e angústias significativas, repercutindo na vida emocional, social e econômica das vítimas, muitas vezes por toda a vida. O caminho que visualizei para auxiliar nesse propósito foi o curso de Direito que concluí em meados de 2007 com a apresentação do trabalho de conclusão de curso, em outubro de 2006, sob o título “Assédio Moral nas Instituições de Ensino” publicado em 2009 Revista Ciência Jurídica, Ano XXIII, Número 149, Set/Out de 2009, p.163-256. Edições Ciência Jurídica: Belo Horizonte, MG. Recordo-me do sentimento de estranheza junto aos colegas e docentes quando revelei que queria pesquisar o tema assédio moral nas instituições de ensino.
Por que a senhora acredita que houve este estranhamento?
Alguns ouviram de forma desconfiada, deduzindo erroneamente que a intenção vinculava-se a uma atitude de protesto pelo protesto e no bojo uma pitada de crítica aos professores, coordenadores e demais pessoas envolvidas no processo educacional. Causou-me estranheza a estranheza suscitada pelo tema. Até então, eu não tinha noção que se tratava de um tema pouco estudado, o que ficou claro quando iniciei a busca por literatura sobre o assédio moral. Recordei-me então de um encontro que ocorreu em uma sala de espera de um hospital na cidade de São Paulo. Sentei-me ao lado de uma senhora que estudava sua dissertação de mestrado e que iria defendê-la nos dias seguintes, em maio de 2000, sob o título “Uma Jornada de Humilhações”, publicada em 2001: “Violência, Saúde e Trabalho - Uma jornada de humilhações”. Este encontro marcou-me pelo fato de ter me deparado com uma pessoa capaz de dialogar com intimidade sobre o assédio moral e pelo incentivo para continuar com o meu projeto. Naquele momento eu tive plena convicção que estava diante de mais uma estudiosa sobre o assédio moral. Tempos depois fui perceber que o destino me presenteara quando reservou um lugar ao lado daquela que viria a ser a expoente do assédio moral no Brasil e por quem guardo singular apreço: a doutora Margarida Barreto. Durante o meu processo de pesquisa, ficou nítido que era preciso fazer do trabalho de conclusão de curso um instrumento para divulgar o assédio moral nas instituições de ensino. Era preciso esclarecer e afirmar que ele existe, é real, não é uma brincadeira e não faz parte de um comportamento sadio. Pode-se dizer que o final do século XX revelou o tema do assédio moral, iniciando-se pelo ambiente laboral e em seguida às outras instituições.
De que forma o assédio moral pode interferir no trabalho pedagógico e na qualidade de vida dos professores?
Respondo com o exemplo. Certa vez, acompanhei uma professora depois de um pedido de ajuda, após um encontro com professores onde discutimos o tema do bullying. Ela me relatou a sua angústia diante de uma determinada classe: a 6ª série. Seus alunos tinham entre 12 e 15 anos. No dia da aula ela sentia enjoos, vomitava, sentia muito medo e por vezes saia correndo para sua casa deixando a classe abandonada. Classe sem professor, trabalho pedagógico não realizado. A vida para essa professora parecia não fazer mais sentido dentro e fora da escola ao se sentir um quase nada e experimentar o que denominava pânico e tristeza profunda.
O assédio moral é crime? Se for, é um crime difícil de ser tipificado?
O Código Penal Brasileiro no seu artigo 1º. Inciso XXXIX estabelece que não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. De certo o assédio moral/bullying não é um tipo penal, entretanto as condutas que o caracterizam são tipificadas no Código Penal Brasileiro como por exemplo, Maus-tratos (Art. 136); Calúnia (Art. 138); Difamação (Art. 139); Injúria (Art. 140); Constrangimento ilegal (Art. 146); Ameaça (Art. 147); Divulgação de segredo (Art. 153); Furto (Art. 155); Extorsão (Art. 158) e Dano (Art. 163). As condutas do assédio moral/bullying estão tipificadas no Código Penal e, portanto, estamos diante de condutas criminosas.
Se um professor quiser levar à Justiça a denúncia de um assédio moral que tenha sofrido, o que ele precisa fazer? Que tipo de provas é importante que ele procure reunir?
Ele precisa colecionar todos os tipos de provas possíveis para demonstrar o alegado, como por exemplo, atestados médicos, advertências de superiores, mudança de função, carga horária, testemunhas, vídeos produzidos por câmara de segurança, bilhetes ou cartas ameaçadoras, mensagens eletrônicas, interações em redes sociais e outros. A prova no mundo jurídico é de importância fundamental e sem ela a postulação pode ser inócua.
A senhora também fala do assédio moral entre estudantes. De que forma ele ocorre?
As três caracterizações têm o objetivo de ressaltar a complexidade do fenômeno. O fator comum entre todas as manifestações é que o assédio está vinculado a uma percepção de força e poder do assediador/ofensor sobre o assediado/vítima. As formas como ocorre o assédio se multiplicam e se recriam com criatividade e velocidade tais que nos deixam atônitos.
A sua pesquisa foi feita no início da década passada. Desde então, consegue observar alguma melhoria no quadro do assédio moral nas escolas? Ou os professores estão ainda mais expostos? Houve alguma novidade de lá pra cá?
É importante conhecer para diagnosticar e tratar o assédio moral. Nesse sentido, a produção literária e legislativa foram fundamentais para o processo de conscientização, prevenção e combate ao assédio moral nas instituições de ensino. São inúmeros os projetos nesse sentido. As escolas estão muito mais atentas e com programas que envolvem não só os alunos mais também os pais. Temos os tribunais julgando casos de assédio moral/bullying, condenando escolas e alunos e pais de alunos. No meu blog, encontram-se alguns julgados. No meu trabalho de conclusão do 4º Curso de Especialização em Direito Público na Escola Superior do Ministério Público de São Paulo sob o título “Bullying - Sedimentação do Fenômeno Social e Análise Crítica Frente ao Direito” (2011) eu faço um retrospecto do assédio moral nas instituições de ensino/bullying.
Qual o balanço que a senhora faz, nesta retrospectiva?
Por exemplo, em 2002, Henrique Carivaldo de Miranda Neto defendeu sua Dissertação de Mestrado na Unit – Centro Universitário do Triângulo, Uberlândia, em Minas Gerais, sob o título “Assédio Moral: Constrangimento e Humilhação em Instituições de Ensino Superior”; em 2004, criação do projeto bullying pela Cia Atores de Mar; em 2006, visando à conclusão do curso de Direito produzimos a monografia sob o título “Assédio Moral nas Instituições de Ensino”. A partir de 2008 observamos um aumento significativo de publicações e produções legislativas. Em 2009, foi realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em convênio com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), pesquisa sobre preconceito e discriminação em contexto escolar. “A pesquisa abrangeu 18.599 respondentes em 501 escolas de 27 Estados, incluindo estudantes, professores, diretores, demais profissionais de educação e pais ou responsáveis”. Também em 2009, foi realizado o Simpósio da Comissão do Jovem Advogado da OAB/SP, Coordenadoria de Direito Educacional, que abordou o tema do assédio moral nas instituições de ensino. Em outubro de 2009, o Ministério Público do Estado do Mato Grosso realizou audiência pública para discutir a questão do bullying nos estabelecimentos de ensino devido às constantes reclamações sobre atos de violência física e psicológica praticados pelos próprios alunos nas escolas municipais e por ter sido procurado por diversas mães para reclamar que seus filhos vêm sofrendo atos de violência (física e psicológica) por parte de outros colegas e que as escolas não estão adotando as providências necessárias para combater o problema. Em 2010 foi publicado pela Casa do Psicólogo o livro “Bullying – razão instrumental e preconceito” escrito por Deborah Christina Antunes, uma obra indispensável para quem se dedica ao tema do assédio moral nas instituições de ensino. Em 2012, demonstrei no meu trabalho de conclusão de Master in Business Administration em Gestão e Direito Educacional pela Escola Paulista de Direito (EPD), sob o título “O Gestor e o Direito Educacional Frente ao Bullying”, que a produção legislativa sobre o bullying que se iniciou em 2008 com a lei do Município de João Pessoa, na Paraíba. Em 2009 foram produzidas 13 leis, em 2010, 33 leis e em 2011, 19 leis. A produção legislativa de 2010 para 2011 diminuiu, mas ainda assim é maior do que nos anos de 2008 e 2009.
Que ações o poder público ou outras instituições da sociedade poderiam colocar em prática para o combate ao assédio moral nas instituições de ensino?
Se por um lado temos a iniciativa de criminalizar o bullying, por outro é louvável a criação de leis que têm como objetivo a conscientização, a prevenção e o combate ao assédio moral/bullying lançando mão dos métodos alternativos de solução de conflitos. Isso demonstra que, de certa forma, a sociedade anseia e tem esperança que seja possível educar o indivíduo para que ele exerça a sua cidadania plena e que cultive uma sociedade fundamentada no diálogo, na tolerância e na convivência pacífica. Eu penso que o exemplo é a melhor maneira de se educar, e nesse sentido, não há melhor ação por parte do poder público, das instituições de ensino, das comunidades e da família de serem modelos positivos. É preciso ter em mente que o preconceito e a intolerância estão no âmago das práticas de assédio moral.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Bullying vira caso de polícia no Grande ABC
Rafael Ribeiro
A gerente de produção, 37 anos, pensa, coça o rosto e, só depois de muita hesitação, aceita falar com o Diário. O anonimato é uma exigência. Precaução, alega. A mãe quer esquecer o que passara no início deste mês. Sua filha caçula, 16, cansou-se das ofensas na escola, em Rio Grande da Serra. E, para tentar intimidar o agressor, foi ao local armada. Escondia uma faca de cozinha em seu calçado.
O alvo era um companheiro de sala, de 18. A mãe explica que o bullying acontecia há três anos. Desde que a menina ingressou na Escola Estadual Alziro Barbosa do Nascimento para cursar o Ensino Médio. “Eu nunca esperaria algo assim”, disse. “Tinha ido ao médico naquele dia. E quando saía do hospital me ligaram pedindo para comparecer urgentemente à escola. Fiquei chocada.”
A inspiração, acredita ela, pode ter vindo de outro caso de repercussão na região. Em 30 de abril, outra estudante, 17, cansada de ser ofendida por conta de seu sotaque pernambucano, esfaqueou um colega de sala, 16, na altura do coração, em escola de Ribeirão Pires. O menino sobreviveu. E a menina acabou apreendida pelas autoridades por tentativa de homicídio.
A própria mãe acredita que a menina usou o caso da cidade vizinha como inspiração para cometer o fato. E concorda que a filha errou. Principalmente porque o assunto já tinha sido resolvido, mesmo que temporariamente, antes. No fim de 2012, ela procurou a direção e repassou as reclamações da caçula. Uma reunião foi marcada entre os pais da vítima e do agressor, que prometeu parar. “Para chegar a esse ponto, as coisas devem ter passado do limite”, disse.
O crime só não aconteceu porque funcionários da escolas flagraram a menina exibindo a faca para amigas e resolveram chamar a Ronda Escolar da Polícia Militar.
“A conversa é fundamental para que esses incidentes não cheguem a um ponto como esse”, disse a dirigente regional de Ensino de Mauá, responsável pela escola, Marilene Pinto Ceccon. “O trabalho preventivo deve ser feito e é fundamental.”
Marilene refere-se a adoção de agente mediador na rede estadual de ensino. São 142 atualmente nas escolas do Grande ABC. Em 2010 eram 87. Sua função é avaliar queda de desempenho, problemas de disciplina, casos de bullying entre os alunos e acionar os pais para conversar sobre o que acontece. Segundo Marilene, é parte dos programas e projetos movidos pela Pasta para combater essa prática nas unidades de ensino públicas. “Temos de avançar ainda mais. Ensinar aos alunos o respeito às diferenças”, disse.
Para a psicoterapeuta Vivien Bonafer Ponzoni, Coordenadora do Núcleo de Psicodrama de Família e Casal da Associação Brasileira de Psicodrama e Sociodrama, a questão é mais complexa e mostra precariedade tanto do apoio institucional do Estado às escolas quanto das famílias em repassar valores a seus filhos.
“Temos crianças inseguras e reproduzindo comportamentos que expressam muito mais seus instintos do que sua capacidade lógica e de abstração. O corpo fala e responde intensamente sem nenhuma análise e reconhecimento da existência do outro”, analisou. “(As agressões, verbais e com uso de ameaças com arma) são frutos de um meio violento, da insegurança, da vingança e da raiva.”
Psicoterapeuta e dirigente de ensino concordam, no entanto, que um ponto é primordial para resolver o problema: aumentar o diálogo entre as famílias. “A criança e o jovem é carente de modelos para seguir, imitar e se orientar”, disse Vivien. “Jovens que crescem sem espaço para falar de suas dores (emocionais), aprendem a sentirem-se desamparadas e inseguras. Tendem a resolver sozinhas suas questões e encontram dificuldades em colocar-se no lugar do outro”, concluiu.
Fonte: DG ABC
domingo, 20 de outubro de 2013
Alunos ganham CD BULLYING autografado depois de assistirem ao espetáculo BULLYING da Cia Atores de Mar'
Todos os alunos que assistem BULLYING e participam do DEBATE, ganham autografado pelo atores Patrick Moraes, Junior Beéfierri e Adriana Raquel; e do diretor, roteirista Mar'Junior, o CD BULLYING com as músicas e letras do espetáculo. - informe-se com o nosso escritório no Rio de Janeiro (21) 24246254 (Tim) 69107833 (Vivo) 98135413 (nextel) 78167987 ID 24*72586
‘Amigos se afastaram’, diz vítima de bullying por problema na coluna
Tatiane viveu uma infância tranquila até os oito anos, mas um problema na coluna obrigou a jovem a enfrentar uma mudança com sabedoria de adulto.
Fonte: Globo Repórter
Osório, Rio Grande do Sul. Terra onde o vento sopra sem dó. Até os 8 anos, Tati viveu aqui uma infância tranquila. Mas um problema na coluna transformou seu corpo. E a criança teve que enfrentar a mudança com sabedoria de adulto.
"Eu ía continuar sendo a mesma pessoa, com um ossinho a mais nas costas, somente", diz Tatiane.
Jundiaí, interior de São Paulo. É farra na hora do recreio. Paulinho e Carol são novatos nesta escola. Acolhidos pela turma com muito carinho.
Carol: Eu não queria ser outra pessoa, queria ser do jeito que eu sou.
Globo Repórter: Tá bom assim?
Carol: Tá bom assim.
Globo Repórter: Tá bom assim?
Carol: Tá bom assim.
Globo Repórter: Você se acha gordinho?
Paulinho: Não, não acho!
Paulinho: Não, não acho!
Tati, Carol e Paulinho provaram cedo o gosto amargo do preconceito.
"Muito preconceito! Muitos amigos se afastaram, porque, ‘ah, ela é a corcundinha! Corcundinha de notre-dame!, tartaruga’", diz Tatiane Picinatto, monitora de educação especial.
Paulinho, 8 anos: Na minha escola, me chamavam de gordinho.
Globo Repórter: E você fazia o quê?
Paulinho, 8 anos: Chamava a professora, a diretora, mas elas não faziam nada!
Globo Repórter: Mas eu sei também que você pegava a sua mochila e...
Paulinho, 8 anos: ...atacava na bunda deles!
Globo Repórter: e eles paravam quando você fazia isso? E aí você ficava triste o tempo inteiro na escola?
Paulinho, 8 anos: Ficava, eu era um menino chateado, todos os dias.
Globo Repórter: E você fazia o quê?
Paulinho, 8 anos: Chamava a professora, a diretora, mas elas não faziam nada!
Globo Repórter: Mas eu sei também que você pegava a sua mochila e...
Paulinho, 8 anos: ...atacava na bunda deles!
Globo Repórter: e eles paravam quando você fazia isso? E aí você ficava triste o tempo inteiro na escola?
Paulinho, 8 anos: Ficava, eu era um menino chateado, todos os dias.
"Ninguém gostava de mim, eu chegava perto de alguém, saíam correndo", conta Carol, 10 anos.
Gozações e isolamento são coisas do passado. Nesta escola, bullying é assunto sério, coibido com firmeza.
"A tolerância é imprescindível, é saber exatamente até onde posso ir, até onde também o outro pode, conhecer o que o outro sente, e saber os limites também. Tolerar naquilo que é possível. Eu sou diferente de você, e você é diferente, né? E saber que não existe duas pessoas iguais”, conta Elaine Cardoso, diretora pedagógica.
"Eu nunca fiquei constrangida com nada. Eu sempre falei ‘se eu tenho, eu tenho que mostrar’. Não tenho que esconder. Se alguém perguntar, eu vou explicar; se alguém ficar olhando, eu vou perguntar se ela quer saber, vou procurar explicar", diz Tatiane.
Tati hoje é professora. Auxilia alunos com necessidades especiais a superarem os desafios.
Tati hoje é professora. Auxilia alunos com necessidades especiais a superarem os desafios.
"Como eu venci os meus, eu quero que eles também vençam os deles. Porque eles também são uma crianças normais. Com as limitações deles, mas especiais tanto quanto os outros", conta Tatiane.
Globo Repórter: E no começo, você sabia fazer as atividades da sala?
Hosana Cristina, 9 anos: Não.
Globo Repórter: E agora?
Hosana Cristina: Agora, eu sei.
Globo Repórter: E quem te ensinou?
Hosana Cristina: A professora Tati.
Globo Repórter: Faz tempo que vc conhece a Tati?
Hosana Cristina: Sim.
Globo Repórter: E você gostou dela logo de cara, porquê?
Hosana Cristina: Porque ela é muito bonita."
Hosana Cristina, 9 anos: Não.
Globo Repórter: E agora?
Hosana Cristina: Agora, eu sei.
Globo Repórter: E quem te ensinou?
Hosana Cristina: A professora Tati.
Globo Repórter: Faz tempo que vc conhece a Tati?
Hosana Cristina: Sim.
Globo Repórter: E você gostou dela logo de cara, porquê?
Hosana Cristina: Porque ela é muito bonita."
Outra criança, foi ainda mais inspirada.
"Quando eu fazia magistério, uma menina de apenas 6 anos chegou em mim e relatou o seguinte: ‘Tia! Eu sei que essa coisa que tu tem nas costas não é um problema, é as asas que você esconde pra ninguém saber que você é um anjo”, conta Tatiane.
O professor Jonathan é amigo de Tati desde sempre. Cresceram juntos. Ele lembra bem dos dias difíceis.
Jonathan: Sempre alvo de piadas, de risos, deboche, na escola, o professor tinha que estar intervindo, sempre essa situação de confronto.
Globo Repórter: Mas você defendia ela das...
Jonathan: Claro! Sempre! Sempre! Arrumei até muita briga na escola por causa disso.
Globo Repórter: Mas você defendia ela das...
Jonathan: Claro! Sempre! Sempre! Arrumei até muita briga na escola por causa disso.
Na casa da Tati, ganhamos um churrasco dos bons e entendemos um pouco mais essa história de superação.
Globo Repórter: O que vocês fizeram pra que ela ficasse tão forte? Tão resistente às críticas?
Fátima de Ávila, doméstica: Olha, tanto da parte de mim e do pai dela, tanto dos avós, sempre lutamos junto com ela pra enfrentar, tudo que a gente pode fazer por ela, fez! E a gente nunca disse assim, ‘não’. Quando falassem alguma coisa pra ela que eu não tivesse por perto, era pra dizer isso aí, ‘ó, eu não pedi pra ser assim, e eu tou bem, e eu não posso fazer nada, Deus me fez assim.’"
Fátima de Ávila, doméstica: Olha, tanto da parte de mim e do pai dela, tanto dos avós, sempre lutamos junto com ela pra enfrentar, tudo que a gente pode fazer por ela, fez! E a gente nunca disse assim, ‘não’. Quando falassem alguma coisa pra ela que eu não tivesse por perto, era pra dizer isso aí, ‘ó, eu não pedi pra ser assim, e eu tou bem, e eu não posso fazer nada, Deus me fez assim.’"
Globo Repórter: O olhinho do pai parece que até enche de água, né?
Anésio Picinatto, vigilante: É, não é fácil, né? Ver ela desse jeito?! Quem é que não gostaria de ter ela perfeita?
Globo Repórter: Mas o senhor tem uma filha muito forte, muito alegre, muito vibrante, um exemplo.
Anésio Picinatto: Ah não, isso não posso me queixar, é muito especial mesmo! É que nem diz, ‘é um anjo que caiu ali e ficou pra nós’.
Anésio Picinatto, vigilante: É, não é fácil, né? Ver ela desse jeito?! Quem é que não gostaria de ter ela perfeita?
Globo Repórter: Mas o senhor tem uma filha muito forte, muito alegre, muito vibrante, um exemplo.
Anésio Picinatto: Ah não, isso não posso me queixar, é muito especial mesmo! É que nem diz, ‘é um anjo que caiu ali e ficou pra nós’.
Globo Repórter: Se você tivesse que dar um adjetivo pra você, você daria o quê: normal ou anormal?
Tatiane: Normal!
Globo Repórter: Bonita ou feia?
Tatiane: Bonita!
Globo Repórter: Feliz ou triste?
Tatiane: Feliz!
Globo Repórter: A vida é boa ou ruim?
Tatiane: Maravilhosa!"
Tatiane: Normal!
Globo Repórter: Bonita ou feia?
Tatiane: Bonita!
Globo Repórter: Feliz ou triste?
Tatiane: Feliz!
Globo Repórter: A vida é boa ou ruim?
Tatiane: Maravilhosa!"
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