sábado, 31 de outubro de 2015
Pessoas que participaram da luta contra o #bullying na última semana da campanha #EUdigonãoaobullying #CiaAtoresdeMar'
Vejam algumas pessoas que participaram da luta contra o #bullying na última semana da campanha.
#EUdigonãoaobullying #CiaAtoresdeMar'
#EUdigonãoaobullying #CiaAtoresdeMar'
Diretora Regional da Juventude elogia projeto de erradicação de ‘bullying’ nas escolas dos Açores
A Diretora Regional da Juventude enalteceu o projeto ‘Educação Afetivossexual nos Açores e sua Diáspora’, realizado no âmbito do programa ‘Põe-te em Cena’, promovido pelo Governo...
por Gerson Ingrês do LOcal PT
por Gerson Ingrês do LOcal PT
PONTA DELGADA – A Diretora Regional da Juventude enalteceu o projeto ‘Educação Afetivossexual nos Açores e sua Diáspora’, realizado no âmbito do programa ‘Põe-te em Cena’, promovido pelo Governo dos Açores, no âmbito da estratégia de combate ao bullying e à violência física ou psicológica intencional e repetida.
Pilar Damião frisou que “um tema tão pertinente” como o que se refere ao bullying, para ser prevenido e combatido “necessita de uma constante discussão pública e sensibilização junto dos alunos e da comunidade em geral”.
“O aumento preocupante dos casos de bullying no contexto escolar tem sido objeto de investigação em várias partes do mundo”, afirmou a Diretora Regional, salientando que “a prática destas manifestações é um fenómeno que se verifica atualmente nas escolas portuguesas e tem vindo a preocupar pais, professores e investigadores, tendo cativado também o interesse da comunicação social”.
Pilar Damião, que falava, em Ponta Delgada, na apresentação dos resultados do projeto ‘Educação Afetivossexual nos Açores e sua Diáspora’, destacou o mérito desta iniciativa na mudança de mentalidades e na construção de relações interpessoais fraternais.
Segundo a Diretora Regional da Juventude, ao longo do tempo tem-se verificado uma evolução do conceito de escola, acrescentando que “antigamente, a preocupação central era ensinar, mas atualmente também surge a preocupação em educar e formar”.
“O caminho é complexo, mas através de projetos como o ‘Educação Afetivosexual nos Açores e sua Diáspora’, que envolve diretamente os alunos, tenho a certeza que estamos a gerar uma sociedade ainda mais inclusiva, pautada por princípios éticos, estéticos e morais, e orientada pelo respeito à singularidade e à dignidade humanas” afirmou Pilar Damião.
Este projeto debruça-se sobre o bullying como um flagelo de ordem social que invadiu a escola, originando um desenquadramento estrutural, político e pedagógico.
O fenómeno origina ainda os estereótipos de género como falsas crenças, enraizadas num determinado contexto social, que muitas vezes constituem o mote para a perpetuação de diversos tipos de violência por parte da população estudantil.
A iniciativa desenvolve-se através de várias atividades e etapas, como a criação de recursos didáticos em suporte digital, elaboração de um website, aplicação dos jogos didáticos nas escolas, junto dos jovens entre os 12 e os 15 anos, para a recolha de dados relacionados com os estereótipos de género e bullying, ações de sensibilização junto do público-alvo, avaliação da alteração de conceções, publicação de um livro e disseminação do projeto para outras ilhas do arquipélago.
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Lembra quem esteve na campanha nessa semana? #EUdigonãoaobullying #CiaAtoresdeMar'
Lembra quem esteve na campanha nessa semana? Assista aos vídeos em nosso canal e faça como eles!
Poste sua foto ou vídeo com #EUdigonãoaobullying #CiaAtoresdeMar'
Todos juntos contra o #bullying
Violência é 4ª maior causa de morte entre jovens no mundo, diz OMS
Edgard Júnior
Da Rádio ONU, em Nova York
Fonte: Uol
Da Rádio ONU, em Nova York
Fonte: Uol
Relatório da agência da ONU mostrou que 200 mil jovens entre 10 e 29 anos morrem assassinados por armas de fogo e brigas por ano; documento mostra que 83% das vítimas são homens.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou que a violência é a quarta maior causa de morte de jovens entre 10 e 29 anos no mundo. Segundo relatório "Prevenindo a violência na juventude: uma perspectiva da evidência" preparado pela agência da ONU, 200 mil jovens morrem todos os anos vítimas de assassinatos, brigas, bullying e violência entre namorados.
Problema generalizado
O documento mostra que o problema é generalizado: quatro em cada 10 jovens se envolveram em brigas no último ano e um em cada quatro passaram por situações de intimidação no último mês.
Os especialistas disseram que 83% dos que morrem por causa da violência são meninos e as consequências para os que sobrevivem são severas.
Os dados mostram que muitos efeitos são visíveis como, por exemplo, milhões de internações em hospitais por causa dos ferimentos. Mas outros efeitos são desconhecidos: uma em cada três vítimas de violência nunca contou a ninguém sobre o problema.
Brasil
O relatório cita que os casos de internações hospitalares no Brasil de jovens envolvidos em violência passam de 4.800 no período de um mês.
Programas de desenvolvimento infantil foram implementados em vários países de baixa e média rendas. A ausência e o baixo rendimento nas escolas representam fatores de risco para a violência.
Estudos feitos no Brasil e em outros países mostraram que ao conectar os alunos às escolas é possível reduzir as faltas, as brigas e o bullying.
O documento revela que programas como o Bolsa Escola conseguem reduzir o abandono escolar através da transferência de dinheiro para famílias em troca da permanência das crianças nos colégios.
O relatório cita ainda o programa "Abrindo Espaços" que tem o apoio da Unesco. Os adolescentes e jovens podem aprender novas profissões com as atividades extraescolares.
Impacto
Os especialistas declararam que a violência tem um impacto de longa duração que pode ser constatado em problemas de saúde mental, baixo rendimento escolar e o uso exagerado de cigarros, drogas e bebidas alcoólicas.
O relatório cita ainda o fato dessas pessoas se tornarem vítimas de violência quando adultos ou de cometerem esses atos violentos.
Para os especialistas, o problema é previsível. Os fatores de risco incluem comportamentos que podem ser vistos em notas baixas nas escolas, comportamento destrutivo ou amigos e colegas antissociais e no abuso de bebidas alcoólicas ou drogas.
Para completar a lista, o documento menciona problemas de comportamento e o envolvimento em atividades criminosas.
Punição
A OMS afirma que é possível evitar a violência entre os jovens. Os pais devem saber que punição somente não é a resposta porque não lida com as causas do problema.
São necessárias intervenções em várias etapas da vida para se evitar que a criança ou o jovem se tornem violentos.
Os especialistas dizem que são necessários programas para ajudar os pais a formarem relações mais sólidas com os filhos e também para ajudar crianças em situações mais difíceis a manter o mesmo nível dos colegas.
Na adolescência e no início da fase adulta é importante o desenvolvimento de programas que ensinem habilidades de convívio social e de vida para que os jovens possam ter relações saudáveis de amizade.
A OMS diz que para evitar o bullying é fundamental que as escolas tenham programas baseados na prevenção de violência assim como intervenções terapêuticas para ajudar crianças e adolescentes a controlar a raiva e outros problemas de comportamento.
O relatório mostrou ainda que são necessários também programas para reduzir o consumo de álcool e drogas e diminuir o acesso a armas de fogo.
Look straight ahead
Por Samir Naliato
Editora: Cuckoo’s Nest Press – Edição Especial (compila todos os capítulos da webcomic homônima, publicada no tumblr da autora, entre 2009 e 2012).
Autores: Elaine M. Will (roteiro e arte)
Preço: US$ 19,95
Número de páginas: 256
Data de lançamento: Outubro de 2013
Sinopse
Jeremy Knowles tem 17 anos e sonha em ser um grande desenhista. No entanto, a pressão dos pais e o bullying sofrido no colégio acabam provocando nele um esgotamento nervoso, o que irá colocar seus anseios e sua vida em cheque.
Positivo/Negativo
A canadense Elaine Will foi uma das últimas autoras a ganhar oXeric Award, o maior prêmio dos quadrinhos independentes norte-americanos, que durante 20 anos ajudou artistas iniciantes a viabilizar suas publicações impressas.
Ela concorreu com a webcomic de fôlego Look straight ahead, e em 2013 teve seu trabalho publicado pela editora independente Cuckoo’s Nest Press, em parceria com o Saskatchewan Arts Board e aXeric Foundation.
Look straight ahead foi um trabalho corajoso, pois Elaine ficcionou um esgotamento nervoso que ela mesma viveu, no final do ensino médio, e que à época não teve um diagnóstico preciso, mas atualmente poderia ser entendido como transtorno bipolar.
O protagonista da história, Jeremy Knowles, é um adolescente introvertido, com dificuldades para lidar com a pressão da escola, dos pais e da sociedade. Para piorar, ele sente uma paixão platônica pela namorada de um amigo, e sofre bullying diário de dois colegas.
Jeremy só tem paz ao divagar desenhando e após comer seu chocolate preferido, mas nessas divagações ele passa a delirar, pensando ter visto e falado com Deus.
Aos poucos, torna-se bastante agressivo em casa e na escola, até surtar durante uma aula de química, deixando todos preocupados. Ele também fica paranoico, achando que seus colegas opressores querem matá-lo. Isso leva seus pais a internarem-no numa clínica psiquiátrica, onde vai aprender a lidar e a lutar com seus demônios internos, por meio da arte.
O quebra-cabeça foi uma das ótimas metáforas empregadas nos delírios de Jeremy. No início, várias peças perpassam-no, mas não se encaixam, pois ele está vivenciando um momento de ruptura consigo e com a realidade.
Depois, ao ver duas peças se encaixando, o jovem interrompe o processo e se culpa por não estar à altura do que a sociedade espera dele. Contudo, ao conseguir se libertar do mundo ilusório que havia criado para si próprio e enxergar a realidade como ela é, as peças vão se completando até formar uma bela paisagem colorida.
E por falar em cor, merece menção a forma como a autora pontuou os poucos momentos coloridos na trama, estabelecendo o limite entre a fantasia exacerbada e a lucidez.
Os quatro anos que Elaine levou para produzir a HQ mostram a evolução de seu traço e atestam sua segurança na composição das páginas, em especial aquelas em que são retratados os delírios de Jeremy, pois ela emprega o surrealismo e a metalinguagem de forma soberba, assemelhando-se bastante a Mike Allred (Madman e Surfista Prateado) e Mario Cau (Terapia e Nós).
A edição impressa traz como bônus dez artes exclusivas, uma delas assinada por Jeff Lemire.
Para quem quiser conferir a HQ, há a opção de lê-la completa no Tumblr da autora.
Editora: Cuckoo’s Nest Press – Edição Especial (compila todos os capítulos da webcomic homônima, publicada no tumblr da autora, entre 2009 e 2012).
Autores: Elaine M. Will (roteiro e arte)
Preço: US$ 19,95
Número de páginas: 256
Data de lançamento: Outubro de 2013
Sinopse
Jeremy Knowles tem 17 anos e sonha em ser um grande desenhista. No entanto, a pressão dos pais e o bullying sofrido no colégio acabam provocando nele um esgotamento nervoso, o que irá colocar seus anseios e sua vida em cheque.
Positivo/Negativo
A canadense Elaine Will foi uma das últimas autoras a ganhar oXeric Award, o maior prêmio dos quadrinhos independentes norte-americanos, que durante 20 anos ajudou artistas iniciantes a viabilizar suas publicações impressas.
Ela concorreu com a webcomic de fôlego Look straight ahead, e em 2013 teve seu trabalho publicado pela editora independente Cuckoo’s Nest Press, em parceria com o Saskatchewan Arts Board e aXeric Foundation.
Look straight ahead foi um trabalho corajoso, pois Elaine ficcionou um esgotamento nervoso que ela mesma viveu, no final do ensino médio, e que à época não teve um diagnóstico preciso, mas atualmente poderia ser entendido como transtorno bipolar.
O protagonista da história, Jeremy Knowles, é um adolescente introvertido, com dificuldades para lidar com a pressão da escola, dos pais e da sociedade. Para piorar, ele sente uma paixão platônica pela namorada de um amigo, e sofre bullying diário de dois colegas.
Jeremy só tem paz ao divagar desenhando e após comer seu chocolate preferido, mas nessas divagações ele passa a delirar, pensando ter visto e falado com Deus.
Aos poucos, torna-se bastante agressivo em casa e na escola, até surtar durante uma aula de química, deixando todos preocupados. Ele também fica paranoico, achando que seus colegas opressores querem matá-lo. Isso leva seus pais a internarem-no numa clínica psiquiátrica, onde vai aprender a lidar e a lutar com seus demônios internos, por meio da arte.
O quebra-cabeça foi uma das ótimas metáforas empregadas nos delírios de Jeremy. No início, várias peças perpassam-no, mas não se encaixam, pois ele está vivenciando um momento de ruptura consigo e com a realidade.
Depois, ao ver duas peças se encaixando, o jovem interrompe o processo e se culpa por não estar à altura do que a sociedade espera dele. Contudo, ao conseguir se libertar do mundo ilusório que havia criado para si próprio e enxergar a realidade como ela é, as peças vão se completando até formar uma bela paisagem colorida.
E por falar em cor, merece menção a forma como a autora pontuou os poucos momentos coloridos na trama, estabelecendo o limite entre a fantasia exacerbada e a lucidez.
Os quatro anos que Elaine levou para produzir a HQ mostram a evolução de seu traço e atestam sua segurança na composição das páginas, em especial aquelas em que são retratados os delírios de Jeremy, pois ela emprega o surrealismo e a metalinguagem de forma soberba, assemelhando-se bastante a Mike Allred (Madman e Surfista Prateado) e Mario Cau (Terapia e Nós).
A edição impressa traz como bônus dez artes exclusivas, uma delas assinada por Jeff Lemire.
Para quem quiser conferir a HQ, há a opção de lê-la completa no Tumblr da autora.
Júlia é a nova amiga dos espectadores da Rua Sésamo e é autista
Conseguir que as crianças olhem mais para o que têm em comum do que para as suas diferenças será o principal papel da nova personagem dos desenhos animados
Tem cabelos cor de laranja, olhos verdes e pele amarela. Gosta de fazer construções, de brincar com carrinhos ou de jogos eletrónicos. Assim é a nova personagem da mítica série infantil Rua Sésamo. Além disso, Júlia é autista.
A nova amiga de Egas e de Becas, entre outras personagens marcantes da série, foi criada com o objetivo de sensibilizar as crianças e os adultos para o autismo, que provoca algumas dificuldades de interação social.
«Quando se vê uma crianças que não fixa o olhar em nós, podemos pensar que essa criança não quer brincar. Mas não é o caso», explicou à impresa norte-americana Sherrie Westin, vice-presidente da Sesame Workshop, a fundação sem fins lucrativos a que a série deu origem.
Júlia também está presente num livro, num site e numa aplicação móvel que integram a iniciativaSesame Street and Autism: See all in Amazing Children. Por enquanto, Júlia é uma personagem «digital», tendo em conta que é na internet que a maior parte das pessoas procura informação sobre a doença.
Os conteúdos digitais incluem conselhos para facilitar o quotidiano destas crianças, sobre como ser amigo delas ou ajudar os pais.
De acordo com a vice-presidente da Sesame Workshop, as crianças com autismo têm cinco vezes mais probabilidade de serem vítimas de bullying: «E com uma em cada 68 crianças a ter autismo [nos EUA], é muito bullying. O nosso objetivo é mostrar o que todas as crianças têm em comum e não as suas diferenças. Crianças com autismo partilham a alegria pelas brincadeiras, por terem amigos e fazerem parte de um grupo», afirmou Sherrie Westin.
No âmbito da iniciativa, a Rua Sésamo incentiva os espectadores a partilhares as suas histórias, vídeos e fotografias sobre o tema do autismo na hashtag #SeeAmazing
Tem cabelos cor de laranja, olhos verdes e pele amarela. Gosta de fazer construções, de brincar com carrinhos ou de jogos eletrónicos. Assim é a nova personagem da mítica série infantil Rua Sésamo. Além disso, Júlia é autista.
A nova amiga de Egas e de Becas, entre outras personagens marcantes da série, foi criada com o objetivo de sensibilizar as crianças e os adultos para o autismo, que provoca algumas dificuldades de interação social.
«Quando se vê uma crianças que não fixa o olhar em nós, podemos pensar que essa criança não quer brincar. Mas não é o caso», explicou à impresa norte-americana Sherrie Westin, vice-presidente da Sesame Workshop, a fundação sem fins lucrativos a que a série deu origem.
Júlia também está presente num livro, num site e numa aplicação móvel que integram a iniciativaSesame Street and Autism: See all in Amazing Children. Por enquanto, Júlia é uma personagem «digital», tendo em conta que é na internet que a maior parte das pessoas procura informação sobre a doença.
Os conteúdos digitais incluem conselhos para facilitar o quotidiano destas crianças, sobre como ser amigo delas ou ajudar os pais.
De acordo com a vice-presidente da Sesame Workshop, as crianças com autismo têm cinco vezes mais probabilidade de serem vítimas de bullying: «E com uma em cada 68 crianças a ter autismo [nos EUA], é muito bullying. O nosso objetivo é mostrar o que todas as crianças têm em comum e não as suas diferenças. Crianças com autismo partilham a alegria pelas brincadeiras, por terem amigos e fazerem parte de um grupo», afirmou Sherrie Westin.
No âmbito da iniciativa, a Rua Sésamo incentiva os espectadores a partilhares as suas histórias, vídeos e fotografias sobre o tema do autismo na hashtag #SeeAmazing
Comandante da Polícia Militar de Anastácio inclui escolas rurais no cartão-programa de policiamento escolar
Por Assessoria / Redação Pantanal News
Aquidauana (MS) – Nesta quarta-feira (28) o Comandante do 2º Pelotão de Polícia Militar, Tenente Evandro Freire Ferraz, visitou as escolas rurais “Manoel Valério”, “Novo Progresso” e “São Manoel”, todas compreendidas no município de Anastácio (área de atuação do 2º Pelotão) e localizadas em média há 20 km do município.
Em visita às escolas, o Tenente Ferraz, teve a oportunidade de conhecer os alunos, suas faixas etárias e as principais deficiências no que tange à segurança do local. O Tenente, ainda, dialogou com os diretores das escolas visitadas e colheu informações relacionadas à Segurança Pública, essas informações irão compor uma base de dados do Pelotão de Anastácio e serão objetos de estudo para uma inserção efetiva e eficiente do contingente Policial Militar. Quanto às ações emergenciais os professores relataram que as escolas rurais pouco se diferenciam das demais escolas e que os alunos necessitam, e muito, de orientações relacionadas à “prática de bullying e ao consumo de drogas”, pois infelizmente as escolas rurais também estão inseridas nesse contexto.
“Escutamos, dos diretores, as necessidades das suas unidades de ensino e, considerando essas necessidades e a disponibilidade logística e humana do 2º Pelotão PM de Anastácio, juntos traçamos as melhores metas e objetivos possíveis. Em caráter prioritário destacaremos o Proerd para orientar as crianças e adolescentes quanto aos temas bullying e drogas. Outro compromisso acatado seria, apesar da distância, a inclusão dessas escolas em nosso cartão-programa de policiamento escolar, ou seja, haverá policiamento nas escolas rurais, pois o objetivo da Polícia Militar é prestar um bom serviço à sociedade e com isso melhorar sua qualidade de vida” – disse o Tenente Ferraz.
Fotos: 7º BPM / CPA-3 Tenente Ferraz reunido com o Professor João Guilherme Gavino, diretor da escola Novo Progresso |
Tenente Ferraz reunido com a Professora Josiane de Morais Lima, diretora da escola São Manoel |
Tenente Ferraz reunido com o Professor Aroldo de Lima Brito, diretor da escola rural Manoel Valerio |
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
BULLYING – UMA HISTÓRIA DE HOJE
por Umbigo
O bullying é um dos fenómenos sociais e psicológicos mais falados na actualidade, essencialmente entre uma faixa etária jovem. Uma companhia de teatro decidiu pegar no tema e levá-lo a debate nas escolas de norte a sul do país. Bullying é o nome da peça que a ContraPalco estreia esta sexta-feira no Centro Cultural de Carnide.
A ContraPalco é uma companhia de teatro que existe há quatro anos e foi criada pelos actores Ricardo Figueira e Nellson de Souza, com o intuito de fazer uma descentralização cultural do teatro. Trabalha essencialmente para escolas mas também para o público em geral. Ricardo Figueira acredita que há pouca oferta de cultura principalmente a norte e a sul de Portugal, pois as pessoas acreditam que tudo se passa em Lisboa. A ContraPalco pretende completar essa lacuna, oferecendo Cultura pelo país fora, sobretudo com o género de espectáculos que cria e que lhe é próprio. A Umbigo esteve à conversa com Ricardo e Nellson.
Umbigo- Vocês percorrem Portugal com peças educativas que lidam com temas que têm a ver com o desenvolvimento e crescimento dos alunos/adolescentes. Este é o vosso público?
ContraPlaco- O nosso público é muito juvenil e os espectáculos focam temas muito críticos na adolescência. O objectivo dos nossos espectáculos é criar dúvidas nos adolescentes para que estes possam investigar e serem mais curiosos. As nossas peças passam para além daquelas que fazem parte do Plano Nacional de Leitura, como a A Menina do Mar de Sophia de Mello Breyner Andresen ou oAuto da Barca do Inferno de Gil Vicente, como outras que também façam o nosso público pensar.
Umbigo- Mas também têm peças com um cariz mais social como Revela-te e Bullying, ambas escritas por David Carronha.
ContraPalco- Exacto, Revela-te e Bullying são produções originais nossas. Revela-te trata de problemas da adolescência, em que são tratados temas como o aborto, a homossexualidade, as drogas, a igualdade de género e o abandono familiar, assim como a forma como estes assuntos são 'omitidos' nas relações entre amigos e a falta de diálogo com os pais. Todos temos os nossos segredos.
Umbigo- São espectáculos que provocam discussão e revelam problemas que, antes da peça, não seriam falados num grupo de amigos, num grupo de colegas e até na sala de aula.
ContraPalco- Exacto. Depois do espectáculo, costumamos criar uma zona de debate com o público e sabemos, através das professoras, que depois estes temas são abordados nas aulas. Elas conseguem abordar estes assuntos de forma diferente depois da visualização do espectáculo. Assistir a este é como uma 'ajuda' ao público mais novo para se revelar. Os jovens sentem-se mais verdadeiros e genuínos ao não terem as 'capas' que a maioria tem. Os afectos são muito retratados em Revela-te, e o público pensa logo com as emoções e com o coração. Emociona-se, deixa-se envolver pelas histórias que são tão verdadeiras e algumas muito cruéis. Histórias que talvez alguns viveram ou então conhecem alguém que já passou por algumas das situações retratadas.
Umbigo- O espectáculo que vão estrear na sexta-feira, dia 30, no Centro Cultural de Carnide, chama-seBullying, falem-nos sobre isto.
ContraPalco- A ideia surgiu depois de termos visto, no final do passado ano lectivo, um famoso vídeo, na cidade da Figueira da Foz, protagonizado por duas raparigas adolescentes, em que estas se agrediam. Sabemos que o que se passou nesse episódio se passa em mais escolas de norte a sul do país, daí a importância da criação deste espectáculo. E este é um tema muito crítico nos dias de hoje, sendo que o bullying foi algo que sempre existiu, mas sobre o qual agora já se fala mais, havendo uma maior abertura, devendo ser mais abordado nas escolas. É para nós muito difícil falar deste assunto, pois foi algo que assistimos durante a nossa adolescência e achamos que é importante alertar as pessoas para esta realidade. A taxa de suicídio causada pelo bullying é enorme e muitas das vezes passa-nos ao lado. A ContraPalco, sabe que não pode mudar o mundo, mas iremos despertar algumas consciências para a maldade que está intrínseca em muitos adolescentes, e esperamos poder mudar algo na mentalidade das pessoas. Este espectáculo aborda uma realidade muito triste e cruel: a falta de respeito e a falta de tolerância uns com os outros são reais nos jovens de hoje. Bullying conta com o apoio da APAV, Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, visto este tema ser uma realidade muito abordada por esta associação. Reunimo-nos com o autor David Carronha para ele criar o argumento desta peça. Nos dias de hoje, estamos muito desenvolvidos tecnologicamente, mas no que toca a relações humanas, estamos a recuar, e a tecnologia tem vindo a ajudar nisto. Hoje temos ocyberbullying, através das redes sociais. Atrás de um computador é tudo mais fácil, não é? Contudo, o nosso espectáculo não aborda esse lado, embora tratemos do assunto na sua essência geral abordando uma realidade nua e crua, que muitos jovens vivem. Através deste espectáculo, os alunos conseguirão defender-se de situações futuras, ao mesmo tempo que lhes é deixada uma mensagem de esperança.
Umbigo- Podem revelar um pouco da história?
ContraPalco- Sim, a história trata de um rapaz, o Pedro, que sofre de bullying por um grupo liderado pelo Rodrigo. E este vai fazer tudo para o prejudicar. No final da peça haverá uma grande reviravolta e o Pedro que sofreu de bullying acaba por revelar uma faceta de alguém que sofreu muito, acabando por ajudar o Rodrigo nesta situação. A razão de o Rodrigo ser bully será revelada na peça.
Umbigo- Este espectáculo estreia sexta-feira para o público em geral. E depois?
ContraPalco- Depois, partiremos para uma digressão nacional, pelas escolas do país. Mas depois voltaremos a Lisboa, no Centro Cultural de Carnide, onde abriremos as portas a quem não teve oportunidade de ver.
Estreia - Bullying
Sexta-feira, 30 de Outubro, às 21,30 no Centro Cultural de Carnide, em Lisboa.
Elenco: Ricardo Figueira; Nellson de Sousa, Tiago Pina, André Santos, Inês Fragata, Sara Monteiro e Marisa Carvalho
Reservas de espectáculos e mais informações:
934454447 ou 934455722
contrapalcoteatro@gmail.com
http://contrapalco.webs.com/
ContraPalco- Sim, a história trata de um rapaz, o Pedro, que sofre de bullying por um grupo liderado pelo Rodrigo. E este vai fazer tudo para o prejudicar. No final da peça haverá uma grande reviravolta e o Pedro que sofreu de bullying acaba por revelar uma faceta de alguém que sofreu muito, acabando por ajudar o Rodrigo nesta situação. A razão de o Rodrigo ser bully será revelada na peça.
Umbigo- Este espectáculo estreia sexta-feira para o público em geral. E depois?
ContraPalco- Depois, partiremos para uma digressão nacional, pelas escolas do país. Mas depois voltaremos a Lisboa, no Centro Cultural de Carnide, onde abriremos as portas a quem não teve oportunidade de ver.
Estreia - Bullying
Sexta-feira, 30 de Outubro, às 21,30 no Centro Cultural de Carnide, em Lisboa.
Elenco: Ricardo Figueira; Nellson de Sousa, Tiago Pina, André Santos, Inês Fragata, Sara Monteiro e Marisa Carvalho
Reservas de espectáculos e mais informações:
934454447 ou 934455722
contrapalcoteatro@gmail.com
http://contrapalco.webs.com/
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Campanha 2015 - EU DIGO NÃO AO BULLYING da Cia Atores de Mar' com WILLIAM VITA
Campanha 2015 - EU DIGO NÃO AO BULLYING da Cia Atores de Mar'
Faça como o ator WILLIAM VITA. Deixe seu recado, seu depoimento em vídeo, em seu mural, estimulando outras pessoas a fazerem o mesmo. Não esqueça. Todos juntos na campanha #EUdigonãoaobullying #CiaAtoresdeMar'
O que faria se visse uma criança a ser vítima de bullying?
SOL
Um vídeo da UPtv, que pertence a uma campanha anti-bullying, tornou-se viral nos últimos dias.
No vídeo surgem duas raparigas a gozar com outra. O objetivo era ver qual a reação das pessoas que se sentavam na mesma paragem de autocarro.
“As pessoas gozam contigo porque tu és um bocado estranha e estás sempre a ler”, dizem as duas amigas a rir. “Parem com isso. Continua a ler”, diz um homem que está a sentado a seu lado, a ouvir a conversa.
“Não façam isso. São essas atitudes que dão cabo da autoestima das outras pessoas”, diz outra mulher.
A maioria pediu às duas crianças para parar. Algumas pessoas chegam mesmo a chamar a menina que está a ser gozada, oferecendo-lhe um lugar ao seu lado.
O vídeo (em inglês) foi publicado no passado dia 23 e já tem mais de cinco milhões de visualizações.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Campanha 2015 - EU DIGO NÃO AO BULLYING da Cia Atores de Mar' com RONNIE MARRUDA
Campanha 2015 - EU DIGO NÃO AO BULLYING da Cia Atores de Mar'
Faça como o ator e cantor RONNIE MARRUDA. Deixe seu recado, seu depoimento em vídeo, em seu mural, estimulando outras pessoas a fazerem o mesmo. Não esqueça. Todos juntos na campanha #EUdigonãoaobullying #CiaAtoresdeMar'
Campanha 2015 - EU DIGO NÃO AO BULLYING da Cia Atores de Mar' com FABIANO JACAREZINHO
Campanha 2015 - EU DIGO NÃO AO BULLYING da Cia Atores de Mar'
Faça como o atleta de MMA FABIANO JACAREZINHO. Deixe seu recado, seu depoimento em vídeo, em seu mural, estimulando outras pessoas a fazerem o mesmo. Não esqueça. Todos juntos na campanha #EUdigonãoaobullying #CiaAtoresdeMar'
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
I Witness Bullying: criado o emoji contra o Bullying
Criado por Marisa Pinto
O Bullying é um fenómeno que, apesar de sempre ter existido, há poucos anos recebeu um nome podendo, assim, ser mais fácil denunciar e identificar estes comportamentos de abuso de poder para intimidar e humilhar terceiros.
Assim, nasceu mais um reforço na luta contra o bullying, tendo sido criado um emoji que alerta e denuncia esta situação.
Ao acederem ao site, podem ver uma pequena animação que explica, de uma forma animada, a função deste emoji. O emoji carateriza-se por ser um olho, uma simbologia para indicar que está atento e se viu algum caso de Bullying.
Ao instalarem a aplicação, o emoji ficará guardado no teclado do vosso telefone para o poderem utilizar.
Para além desta intenção de alerta, a iniciativa pretende ainda ser uma forma de consciencialização e sensibilização, ensinando que devemos ser simpáticos, bons e gentis para os outros, não fazendo aquilo que os maus fazem, mas tratando os outros com respeito.
Visitem o site e saibam todas as informações: I Witness Bullying
Quem pode parar o bullying? Todos podemos.
Um vídeo que prova que qualquer um pode ter um papel, ainda que pequeno, no combate ao bullying.
POR NOTÍCIAS AO MINUTOO canal UP TV decidiu levar a cabo uma experiência social que consistiu em colocar duas raparigas a gozar com uma terceira, numa paragem de autocarro. Chamavam-lhe anormal e perguntavam-lhe se tinha amigos sem ser a família, enquanto estranhos ouviam a conversa
A ideia era ver se os adultos intervinham na conversa. O resultado? Não podia ser melhor.
“Parem de se meter com ela”, “Querem que alguém vos faça isso? Acham que isso é engraçado?”, “Vocês têm alguma coisa de simpático para dizer?”, dizem as pessoas que se vão sentado ao lado das raparigas.
Uma prova de que o bullying, um fenómeno cada vez mais presente no dia a dia de crianças e jovens, também pode ser enfrentado por quem está de fora.
domingo, 25 de outubro de 2015
Vejam algumas pessoas que entraram na luta contra o #bullying nessa terceira semana de campanha
Vejam algumas pessoas que entraram na luta contra o #bullying nessa terceira semana de campanha. E você? Está esperando o que? Poste a sua! #EUdigonãoaobullying #CiaAtoresdeMar'
Fim do bullying requer controle de toda a rede de agressões
Maria Tereza Maldonado, psicóloga autora do livro “Bullying e Ciberbullying: O que Fazemos com o que Fazem Conosco”? Falar sobre o assunto
LITZA MATTOS - O TEMPO
A falta de uma política pública nacional que freie as agressões e os diversos comportamentos da sociedade atual estimulam o comportamento, fazendo com que bullying e ciberbullying se propaguem para além dos muros das escolas.
Quais são as manifestações mais comuns desse tipo de agressividade entre alunos?No bullying agressões verbais, xingamentos, intimidação e exclusão são as manifestações mais comuns, e, eventualmente, também podem ocorrer as agressões físicas. No ciberbullying, são mensagens muito agressivas pelas redes sociais, às vezes de ódio mesmo, xingamentos, humilhação, divulgação de fotos, imagens e mensagens de texto e intimidação, até no sentido de chantagem e de ameaças. Geralmente, são manifestações muito baseadas em preconceitos e discriminações, como, por exemplo, as direcionadas às pessoas negras ou homossexuais, que já são descriminados socialmente.
Quais são as fronteiras entre brincadeira e agressão? Normalmente, os autores de bullying e ciberbullying dizem que o que eles fizeram foi só uma brincadeira e que as outras pessoas é que não sabem brincar. Mas existe diferença, sim. Brincadeira é quando todo mundo se diverte. Já quando alguém se diverte à custa de atacar o outro não é brincadeira, é padrão de agressão. Outra confusão muito frequente é em relação à liberdade de expressão. Essa rede de ódio é crime, não é liberdade de expressão, nem fazer e dizer o que bem entender, porque exclui o respeito pelos outros.
Há um padrão de repetição que configura os ataques?
O bullying é um padrão repetitivo de agressão, configurando relação desigual de poder. Porém, o ciberbullying já é outra coisa. Éle é a propagação instantânea para uma plateia gigantesca, que pode ser facilmente compartilhada. Então, mesmo que o ataque seja feito uma única vez, caracteriza ciberbullying.
Os comportamentos descritos como bullying existem desde sempre. O que mudou nos últimos anos? O bullying sempre existiu, mas a maneira de olhar mudou. Antigamente era visto como uma brincadeira de criança, e elas que resolvessem entre si. Mas, após uma observação mais criteriosa, começou a ficar claro que não é brincadeira de criança, mas um padrão de agressão que, se não for trabalhado como precisa ser, pode migrar para outros tipos de relacionamento. Já foi percebida uma correlação: os autores de bullying na época da escola são também as pessoas que mais frequentemente irão exibir padrões de agressão mais tarde, em relacionamentos afetivos, no local de trabalho ou no trato com a vizinhança.
E no ciberbullying?
O ciberbullying começou a acontecer quando apareceu a tecnologia. É o uso inadequado da internet, dos smartphones, dos computadores e dos tablets com o intuito de atacar, agredir, destruir e humilhar. Quando começaram os ataques por esses meios eletrônicos é que o problema aumentou de dimensão, pois a criança vai para casa e continua sendo atacada pelas redes sociais, até mesmo nos sábados, domingos e nos feriados. Cresceu imensamente, e então os especialistas começaram a estudar o que poderia ser feito com relação a isso.
Muitas pessoas contam que sempre sofreram bullying e que nem por isso ficaram traumatizadas. Por que as pessoas acham que isso só se tornou um problema hoje?Esse é um argumento parcialmente verdadeiro. Da mesma forma que algumas pessoas dizem que apanhavam dos pais e que nem por isso cresceram traumatizadas. Só que algumas crianças morrem, e muitos ficam traumatizados, sim. Algumas crianças e adolescentes que sofrer bullying não tiveram maiores consequências, mas outras, sim. A questão é: o que eu faço com o que fizeram comigo? Para algumas não afeta, mas para outras afeta a autoestima, elas desenvolvem quadros depressivos a partir dessa experiência, um profundo mal-estar, dificuldade em permanecer na escola. Para algumas pessoas, dependendo da gravidade da agressão, podem sofrer consequências em curto, médio e longo prazos. Além disso, muitas pessoas dizem que não acham que não sofreram com o que aconteceu, porque eles passaram a ser autores de bullying.
O que fazemos com o que fazem conosco?
Temos escolhas de caminhos a seguir. Vamos dar a alguém o poder de nos deixar arrasados e com baixa autoestima? Vamos permanecer em silêncio, sofrendo calados, ou vamos buscar maneiras eficazes de ajuda? Vamos nos isolar ainda mais ou pensar em maneiras de nos fortalecermos e buscar recursos que nos permitam sair dessa situação?
Em que as gerações anteriores falharam ao lidarem com esse problema? O que está sendo feito para lidar com o bullying é muito menos do que o necessário. Então, o que precisa ser feito é um trabalho de conscientização do problema. Entender que não é uma brincadeira, mas um padrão de agressão. Algumas escolas até fazem trabalhos consistentes, mas, infelizmente, ainda não são a maioria.
Como deve ser essa forma de abordagem? Por meio de um programa que envolva toda a rede de relacionamentos do aluno. Não adianta tratar apenas aquele que sofre ou quem faz, mas é preciso olhar para toda a rede de relações e toda a equipe escolar. Muitas vezes, o bullying não acontece somente na sala de aula, mas também no banheiro, durante o recreio. Por isso, outras pessoas precisam ser sensibilizadas, e, principalmente, a massa de alunos que presenciam os colegas fazendo e sofrendo bullying. Essa plateia, quando bem trabalhada, consegue inibir as agressões.
Como a sociedade atual influencia esse tipo de comportamento? São vários aspectos: a impunidade, esse conceito distorcido do que é liberdade de expressão, a falta de educação com relação ao uso das redes sociais e os preconceitos que vigoram na sociedade (sexual, racial, geográfico, religioso etc.); achar que é normal e aceitável. Todos esses preconceitos e comportamentos de discriminação são baseados nos preconceitos que estão na sociedade e acabam virando matéria-prima para os comportamento de bullying e de ciberbullying.
É possível que seja feito algum trabalho para que as crianças e os adolescentes não se deixem afetar negativamente pelo bullying ou ciberbullying? Há recursos a serem desenvolvidos por quem sofre bullying: encarar o problema como oportunidade de desenvolver novos recursos de ação, tais como assertividade; a reflexão de que tipos de conduta podem facilitar que ela seja escolhida como alvo; medidas de autoproteção e ampliação de sua rede de apoio.
Existe um projeto de lei em tramitação (PLC 68/2013) que busca prevenir e combater a prática de bullying nas escolas. O que ele prevê?O projeto cria o Programa de Combate à Intimidação Sistemática – o bullying. Participei com uma fala no Congresso quando o PL estava na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, mas o projeto ainda não está completo. Ele prevê que se tornem obrigatórios, ou seja, que as escolas façam programas consistentes e em longo prazo de prevenção ao bullying.
Justiça condena Fundação Bradesco a indenizar aluna que sofreu bullying
Estudante sofreu agressões físicas e verbais por oito anos, na Fundação Bradesco
JAD LARANJEIRA
DA REDAÇÃO Midia News
A juíza Ana Paula Carlota Miranda, da 3ª Vara Cível de Cuiabá, condenou a Escola de Educação Básica e Profissional da Fundação Bradesco, em Cuiabá, a indenizar, em R$ 15 mil, uma aluna que foi vítima de bullying pelos colegas.
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.
A decisão atendeu a uma ação ingressada pelo defensor público Cláudio Aparecido Souto. A Fundação Bradesco está localzada no bairro Jardim Vitória, no trevo da MT-215 (Cuiabá-Chapada dos Guimarães).
Na ação, o defensor afirmou que, desde os oito anos de idade, a aluna sofria agressões verbais por parte dos colegas. Anos depois, as agressões verbais evoluíram para a violência física contra ela.
“Em certa ocasião, a aluna saiu da escola, umas 15 meninas a cercaram e disseram que ela iria morrer. Em seguida, deram socos, chutes, puxaram seu cabelo, rasgaram completamente sua camiseta deixando-a quase seminua, chegando a machucá-la. Em outra ocasião, a assistida chegou a apanhar dentro da escola, tendo ficado com o pescoço arranhado”, explicou o defensor.
"Quando os pais souberam do ocorrido, foram até a escola, mas nenhuma providência foi tomada. A criança teve um sofrimento psíquico grave, que, inclusive, foi constatado por meio de consulta médica", disse Cláudio Souto.
Danos constatados
Em sua decisão, a juíza Ana Paula Carlota Miranda explicou que comentários inoportunos, piadas ácidas e apelidos vexatórios podem e devem fazer parte do amadurecimento de todos nós, "desde que não ofendam os direitos de nossa personalidade".
No caso em questão, ela apontou que houve excessos que configuram a prática do bullying.
"É importante que saibamos distinguir essas situações ordinárias, típicas da tenra idade das crianças/adolescentes, daquelas que ultrapassam a barreira do que entendemos razoavelmente comum na vida escolar”, acrescentou.
Para a juíza Ana Miranda, os danos psicológicos se encontravam visíveis no caso, pois a aluna chegava ao ponto de ir a biblioteca para chorar, além de chorar muito para não ir mais a escola.
Segundo a magistrada, a instituição de ensino tinha a obrigação de prestar um serviço educacional com responsabilidade e compromisso, logo, deveria ter impedido a ocorrência do bullying contra a estudante.
"De nada adianta repudiar o bullying, se permite diante de seus olhos tal prática todos os dias", afirmou.
“Uma instituição que presta serviços educacionais para crianças e adolescentes e reconhece a importância de combater o bullying, mas, na prática, deixa seus alunos serem submetidos a tal prática sem tomar as atitudes adequadas”, disse a juíza, ao classificar a conduta da escola.
De acordo a decisão, a indenização foi fixada para que a Fundação Bradesco não repita a mesma conduta em casos futuros.
“Assim, é de bom alvitre que a indenização seja fixada no montante de R$ 15 mil, de modo que seja conferido à vítima um conforto adequado e satisfeita a indignação pelos abalos sofridos, além de reprimir a ré pelas omissões praticadas, para que não repita a mesma conduta em casos futuros”, diz trecho da decisão.
Outro lado
A Fundação Bradesco informou, por meio da assessoria de imprensa, ao MidiaNews que não irá se manifestar sobre o caso.
JAD LARANJEIRA
DA REDAÇÃO Midia News
A juíza Ana Paula Carlota Miranda, da 3ª Vara Cível de Cuiabá, condenou a Escola de Educação Básica e Profissional da Fundação Bradesco, em Cuiabá, a indenizar, em R$ 15 mil, uma aluna que foi vítima de bullying pelos colegas.
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.
A decisão atendeu a uma ação ingressada pelo defensor público Cláudio Aparecido Souto. A Fundação Bradesco está localzada no bairro Jardim Vitória, no trevo da MT-215 (Cuiabá-Chapada dos Guimarães).
Na ação, o defensor afirmou que, desde os oito anos de idade, a aluna sofria agressões verbais por parte dos colegas. Anos depois, as agressões verbais evoluíram para a violência física contra ela.
“Em certa ocasião, a aluna saiu da escola, umas 15 meninas a cercaram e disseram que ela iria morrer. Em seguida, deram socos, chutes, puxaram seu cabelo, rasgaram completamente sua camiseta deixando-a quase seminua, chegando a machucá-la. Em outra ocasião, a assistida chegou a apanhar dentro da escola, tendo ficado com o pescoço arranhado”, explicou o defensor.
"Quando os pais souberam do ocorrido, foram até a escola, mas nenhuma providência foi tomada. A criança teve um sofrimento psíquico grave, que, inclusive, foi constatado por meio de consulta médica", disse Cláudio Souto.
Danos constatados
Em sua decisão, a juíza Ana Paula Carlota Miranda explicou que comentários inoportunos, piadas ácidas e apelidos vexatórios podem e devem fazer parte do amadurecimento de todos nós, "desde que não ofendam os direitos de nossa personalidade".
No caso em questão, ela apontou que houve excessos que configuram a prática do bullying.
"É importante que saibamos distinguir essas situações ordinárias, típicas da tenra idade das crianças/adolescentes, daquelas que ultrapassam a barreira do que entendemos razoavelmente comum na vida escolar”, acrescentou.
Para a juíza Ana Miranda, os danos psicológicos se encontravam visíveis no caso, pois a aluna chegava ao ponto de ir a biblioteca para chorar, além de chorar muito para não ir mais a escola.
Segundo a magistrada, a instituição de ensino tinha a obrigação de prestar um serviço educacional com responsabilidade e compromisso, logo, deveria ter impedido a ocorrência do bullying contra a estudante.
"De nada adianta repudiar o bullying, se permite diante de seus olhos tal prática todos os dias", afirmou.
“Uma instituição que presta serviços educacionais para crianças e adolescentes e reconhece a importância de combater o bullying, mas, na prática, deixa seus alunos serem submetidos a tal prática sem tomar as atitudes adequadas”, disse a juíza, ao classificar a conduta da escola.
De acordo a decisão, a indenização foi fixada para que a Fundação Bradesco não repita a mesma conduta em casos futuros.
“Assim, é de bom alvitre que a indenização seja fixada no montante de R$ 15 mil, de modo que seja conferido à vítima um conforto adequado e satisfeita a indignação pelos abalos sofridos, além de reprimir a ré pelas omissões praticadas, para que não repita a mesma conduta em casos futuros”, diz trecho da decisão.
Outro lado
A Fundação Bradesco informou, por meio da assessoria de imprensa, ao MidiaNews que não irá se manifestar sobre o caso.
Beja: estudante vítima de bullying
Aluno de 14 anos sofreu fratura grave no nariz.
Por Alexandre M. Silva, António Lúcio
Desde o início do ano letivo que escondia dos pais as perseguições e ameaças de que era vítima por parte de três colegas na escola de Santiago Maior, em Beja. Mas, na quinta-feira, o caso de bullying acabou por ser descoberto pelos piores motivos. O adolescente, de 14 anos, foi agredido à cabeçada por um colega desse grupo, sofrendo uma fratura grave no nariz. Devido à gravidade das lesões, foi transferido para o Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, onde ontem foi sujeito a uma intervenção cirúrgica.
"Eu andava desconfiado de que o meu filho era vítima de bullying, apesar de nunca me ter dito nada. A minha filha, que anda na mesma escola, é que me chamou a atenção", conta, revoltado, o pai do rapaz, Zélio Ramos, inconformado com "a falta de atitude em relação a este caso" por parte dos responsáveis do estabelecimento de ensino.
Depois de ter sido informado da agressão, Zélio Ramos deslocou-se à escola. Mas, segundo o progenitor, só passados 45 minutos é que o deixaram entrar no recinto escolar. "Fui à sala onde o meu filho estava a ter aulas e tive de ser eu a levá-lo às urgências do hospital de Beja", referiu.
O pai do jovem não esconde, por isso, a revolta com a direção da escola. "Como é possível verem o meu filho naquele estado e não terem tomado alguma iniciativa?", interroga.
O CM tentou, sem sucesso, obter uma reação dos responsáveis do agrupamento escolar. Segundo foi apurado junto de fonte da Escola C+S de Santiago Maior, vai agora ser aberto um processo disciplinar aos alunos agressores.
Ler mais
Desde o início do ano letivo que escondia dos pais as perseguições e ameaças de que era vítima por parte de três colegas na escola de Santiago Maior, em Beja. Mas, na quinta-feira, o caso de bullying acabou por ser descoberto pelos piores motivos. O adolescente, de 14 anos, foi agredido à cabeçada por um colega desse grupo, sofrendo uma fratura grave no nariz. Devido à gravidade das lesões, foi transferido para o Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, onde ontem foi sujeito a uma intervenção cirúrgica.
"Eu andava desconfiado de que o meu filho era vítima de bullying, apesar de nunca me ter dito nada. A minha filha, que anda na mesma escola, é que me chamou a atenção", conta, revoltado, o pai do rapaz, Zélio Ramos, inconformado com "a falta de atitude em relação a este caso" por parte dos responsáveis do estabelecimento de ensino.
Depois de ter sido informado da agressão, Zélio Ramos deslocou-se à escola. Mas, segundo o progenitor, só passados 45 minutos é que o deixaram entrar no recinto escolar. "Fui à sala onde o meu filho estava a ter aulas e tive de ser eu a levá-lo às urgências do hospital de Beja", referiu.
O pai do jovem não esconde, por isso, a revolta com a direção da escola. "Como é possível verem o meu filho naquele estado e não terem tomado alguma iniciativa?", interroga.
O CM tentou, sem sucesso, obter uma reação dos responsáveis do agrupamento escolar. Segundo foi apurado junto de fonte da Escola C+S de Santiago Maior, vai agora ser aberto um processo disciplinar aos alunos agressores.
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