Pesquisa divulgada hoje mostra que quase metade dos alunos já apanhou de cinto da mãe
Da Agência Brasil
Cerca de 70% das crianças e adolescentes envolvidos com bullying (violência física ou psicológica ocorrida repetidas vezes no colégio) nas escolas sofrem algum tipo de castigo corporal em casa. É o que mostra pesquisa feita com 239 alunos de ensino fundamental em São Carlos (SP) e divulgada nesta terça-feira (30) pela pesquisadora Lúcia Cavalcanti Williams, da Universidade Federal de São Carlos.
- As nossas famílias são extremamente violentas. Depois, a gente se espanta de o Brasil ter índices de violência tão altos.
A declaração da pesquisadora foi feita durante audiência pública na Câmara dos Deputados que debateu projeto de lei que tramita na Casa. A proposta proíbe o uso de castigos corporais ou tratamento cruel e degradante na educação de crianças e adolescentes.
Segundo Lúcia, meninos vítimas de violência severa em casa têm oito vezes mais chances de se tornar vítimas ou autores de bullying.
A declaração da pesquisadora foi feita durante audiência pública na Câmara dos Deputados que debateu projeto de lei que tramita na Casa. A proposta proíbe o uso de castigos corporais ou tratamento cruel e degradante na educação de crianças e adolescentes.
Segundo Lúcia, meninos vítimas de violência severa em casa têm oito vezes mais chances de se tornar vítimas ou autores de bullying.
- O castigo corporal é o método disciplinar mais antigo do planeta. Mas não torna as crianças obedientes a curto prazo, não promove a cooperação a longo prazo ou a internalização de valores morais, nem reduz a agressão ou o comportamento antissocial.
Para a secretária executiva da rede Não Bata, Eduque, Ângela Goulart, a violência está banalizada na sociedade. Ela citou diversas entrevistas feitas pela rede com pais de crianças e adolescentes e, em diversos momentos, frases como “desço a cinta” e “dou umas boas cintadas” aparecem. Em uma das entrevistas, um pai explica que bater no filho antes do banho é uma forma eficiente de “fazer com que ele se comporte”.
- Existem pais que cometem a violência sem saber. Acham que certas maneiras de bater, como a palmada, são aceitáveis.
Atualmente, 30 países em todo o mundo têm leis que proíbem castigos na educação de crianças e adolescentes, entre eles a Suécia e a Alemanha.
O pesquisador Paulo Sérgio Pinheiro, da Universidade de São Paulo, diz que "a lei é uma forma de o Estado educar os pais”.
Como forma de diminuir os índices de violência contra crianças e adolescentes em casa, os pesquisadores sugeriram a reforma legal, com a criação de leis que proíbam esse tipo de violência, a divulgação de campanhas nacionais, como as que já vêm sendo feitas, e a participação infantil, com crianças sendo encorajadas a falar sobre assuntos que lhes afetem.
- A principal reclamação das crianças é que elas não aguentam mais serem espancadas pelos pais.
Fonte: R7 Notícias
- Existem pais que cometem a violência sem saber. Acham que certas maneiras de bater, como a palmada, são aceitáveis.
Atualmente, 30 países em todo o mundo têm leis que proíbem castigos na educação de crianças e adolescentes, entre eles a Suécia e a Alemanha.
O pesquisador Paulo Sérgio Pinheiro, da Universidade de São Paulo, diz que "a lei é uma forma de o Estado educar os pais”.
Como forma de diminuir os índices de violência contra crianças e adolescentes em casa, os pesquisadores sugeriram a reforma legal, com a criação de leis que proíbam esse tipo de violência, a divulgação de campanhas nacionais, como as que já vêm sendo feitas, e a participação infantil, com crianças sendo encorajadas a falar sobre assuntos que lhes afetem.
- A principal reclamação das crianças é que elas não aguentam mais serem espancadas pelos pais.
Fonte: R7 Notícias