A Secretaria Municipal de Educação e Cultura deu, hoje ,mais um passo importante na luta para prevenir e coibir a violência no ambiente escolar. Durante todo o dia serão aplicados questionários, - respondidos e não nominados - permitirão as autoridades locais conhecerem profundamente os tipos de violência e suas causas. "Combater o desconhecido é muito difícil. Precisamos conhecer todas as faces do problema que decidimos enfrentar. Assim, aumentamos muito nossa chance de sucesso", diz o assessor técnico da Secretaria, Arsênio Boesing.
A aplicação dos questionários começou pela Escola Lúcia Faccio. Depois a equipe se dirigiu às Escolas Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade e Caminhos do Saber. O questionário respondido está sendo devolvido em meia hora em média. "A ideia é que as respostas nos permitam a composição do mapa da violência nas escolas da rede pública municipal", diz Arsênio reiterando a importância da colaboração de todos nesse processo.
Para obter maior fidelidade possível, optou-se por um método conhecido internacionalmente como kidscape, uma instituição inglesa de mesmo nome, que há vários anos dedica-se ao tema Bullying. Além das 14 questões, segundo o assessor técnico, que visam descobrir as causas e efeitos da violência, classificando-as também por tipo: intimidação, agressão ou assédio, a Secretaria de Educação de Novo Mutum pretende adicionar outras duas perguntas: bairro onde o aluno ou professor reside e cor da pele. "Queremos com isso, atacar todos os possíveis flancos, sem deixar de lado possíveis preconceitos velados que muitas vezes estão por trás de muitas agressões", observa Arsênio.
Por tudo que se acompanha pela mídia hoje em dia, acredita-se que bullying esteja por toda parte. Mas o interessante é que nem tudo é bullying, segundo Arsênio. "O bullying está presente, quando causa um efeito naquele que foi alvo, ou seja, depende como a pessoa (vítima) percebe a ação que lhe foi dirigida", esclarece. Outro detalhe: o bullying é a violência, agressão ou intimidação no ambiente escolar. Já no ambiente de trabalho, no caso de professores, por exemplo, de colega para colega, essas ações são conhecidas como mobbing. "Tudo isso será diagnosticado pelo questionário", resume o coordenador.
A sistematização desse trabalho, segundo Arsênio, deve ser concluída até a realização do Fórum Municipal que debaterá a violência nas escolas. "O mapa da violência deverá ser o plano de partida para debates, bem como um excelente suporte na hora de decidir as medidas a serem implantadas com vistas a coibir essa prática em Novo Mutum", conclui.
Fonte: Só Notícias
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