sábado, 20 de agosto de 2011

Cidades do recôncavo participam de audiência para discutir a violência nas escolas




A audiência pública territorial, realizada nesta sexta-feira (19), teve a participação de professores, pais, coordenadores, diretores, representantes das policia Militar e Civil, Conselho Tutelar, alunos, promotores, juízes, e representantes das secretarias de educação das cidades de Santo Antonio de Jesus e Nazaré.

A realização desta Assembléia é uma das propostas do Plano Plurianual do Estado da Bahia, e tem por objetivo promover debates públicos entre as diversas instituições sociais como, o poder público, a escola e à família, a fim de se combater as diversas situações de violência no âmbito escolar.

Iniciando Assembléia, a juíza Kátia Regina Mendes trouxe discussões a respeito do papel da família, do Estado, da sociedade e dos educadores, explanando qual a função de cada uma dessas instituições de acordo com o que rege a Constituição Federal.

Já os professores, apresentaram fatos que fazem parte da realidade vivenciada nas escolas dos municípios, com relatos e estudos de casos de situações de violência, que geraram muitas discussões e questionamentos. Afinal, esses alunos são realmente os causadores de toda essa violência ou eles são simplesmente vítimas, de um sistema que os oprime? De quem é o papel de educar as nossas crianças, do Estado ou a família, interrogou Gerlan, estudante de Psicologia da UFRB.

Diante dessa situação, encontrar uma resposta para esta pergunta é quase impossível, o que se pode afirmar é essa discussão não se encerra por aqui, pelo visto muitas Assembléias terão que acontecer para que, finalmente essa resposta seja encontrada. Uma vez que, os pais se isentam do papel de educar seus filhos e a escola diz que não pode agir só nessa jornada, o que fazer diante desse impasse, é que é o grande problema.

O que acontece é que a educação brasileira não sofre somente o descaso das autoridades públicas, mas também da família, que por muitas vezes não se vê como a primeira e principal responsável na educação dos seus filhos e isso pode ser constatado nessa Assembléia. A presença de pais de alunos foi insignificante e de acordo com Clóvis Ezequiel, diretor regional de educação da cidade, a ausência dos pais no processo educacional de seus filhos é um dos maiores obstáculos enfrentados para combater à violência nas escolas.

Ele disse ainda, que essa ausência é constante, e não se resumi apenas, a momentos como este, “Em todas as atividades na escola os pais não comparecem, muitos só vem aqui para matricular filho no início do ano e no final do período letivo para reclamar de reprovações”, afirmou Clóvis.  Como se pode notar está uma situação delicada, que precisa de soluções eficazes o quanto antes.

Reportagem e Fotos: 'Voz da Bahia' - Daniela Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário