Da Assessoria
Cumprir o que já está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de que é preciso garantir a integridade psíquica dos menores e coibir a prática do bullying nas escolas são apenas alguns benefícios que a oferta de atendimento psicológico aos estudantes pode proporcionar.
É o que defende o deputado estadual, Zeca Viana (PDT), que apresentou à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa o projeto de lei que visa garantir atendimento psicológico às crianças e aos adolescentes matriculados no Ensino Fundamental e Médio das escolas da rede estadual de ensino de Mato Grosso.
“O objetivo é de assegurar aos estudantes ações e serviços com vistas à promoção, proteção ou recuperação da integridade física e psíquica por meio de atendimento psicológico. Essa deve ser uma preocupação da sociedade, assim estaremos contribuindo para evitar atos de violência”, diz.
O deputado cita a recente tragédia que aconteceu no Rio de Janeiro - que culminou na morte de 12 alunos da escola Tasso da Silveira - como um ponto de alerta e que deve ser tratado com atenção. “É necessário a implantação de medidas para auxiliar os estudantes que apresentam dificuldade de comportamento e os que sofrem agressão psíquica no âmbito escolar”.
De acordo com Zeca Viana, algumas escolas privadas já oferecem o atendimento psicológico aos seus alunos. Também existem os casos em que os pais procuram os consultórios particulares que oferecem o atendimento às crianças e aos adolescentes. “Contudo, a realidade financeira da maioria dos alunos de escola pública não permite o acesso aos psicólogos particulares. Os alunos de escolas públicas são as que mais necessitam da gratuidade desses serviços”.
LEI – Caso aprovado, o projeto de Zeca Viana prevê que as escolas devem ter instalações adequadas para o atendimento aos alunos e devem contar com psicólogos em todos os turnos de funcionamento. Porém, o atendimento prestado por psicólogos deverá ser realizado, preferencialmente, em turno oposto ao da aula, para que os estudantes não percam aulas.
“Os professores da rede pública, que muitas vezes têm melhor formação que os responsáveis pelos alunos, são as pessoas ideais para avaliar os comportamentos que levam a problemas psicológicos (atitudes anti-sociais, agressividade, megalomanias, cleptomania etc)”, dispõe a minuta do projeto.
Fonte: O Documento
terça-feira, 31 de maio de 2011
PJ desmente pais no caso de bullying
by pontofinalmacau
.Stephanie Lai
A Polícia Judiciária (PJ) disse ontem que o rapaz de 17 anos acusado de ter agredido uma rapariga numa escola secundária de Macau não tem qualquer relação com o órgão de investigação criminal. A declaração surge depois de o jornal Ou Mun ter referido que o caso de bullying deveria ser arquivado, devido a alegados contactos privilegiados dos pais do suspeito junto das autoridades.
No passado dia 24, uma estudante de 17 anos da Sam Yuk terá sido agredida no olho esquerdo por um rapaz, após uma discussão. O caso foi tornado público no domingo pelo Ou Mun. O diário em língua chinesa referia ainda que, desde o incidente, a rapariga tem recebido mensagens de escárnio de alegados amigos do jovem, através da Internet.
O jornal citava ainda uma fonte anónima que dizia que os pais do rapaz conheciam agentes da polícia. A PJ confirma o caso de bullying – afirma que o jovem “é responsável pelo murro” – e adianta que o processo será entregue “em breve” ao Ministério Público para mais investigações. Mas rejeita qualquer associação com a família do suspeito. “Os pais do estudante não são agentes da PJ e o rapaz não tem qualquer relação com esta polícia”, garante o porta-voz do organismo. “Pelo contrário”, ressalva Suen Kam Fai, as autoridades descobriram que “o pai da rapariga é polícia”.
Ainda de acordo com o responsável, os pais da vítima já “admitiram que forneceram informação falsa ao jornal, numa tentativa de persuadir a polícia – apesar de não terem qualquer intenção de difamar a PJ”.
A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) garante que está a acompanhar o caso de bullying junto da escola. O organismo adianta que a direcção da instituição de ensino vai reunir-se com os pais dos dois alunos. No entanto, a DSEJ escusou-se a referir se haverá algum encontro entre a rapariga, o suspeito da agressão e os alegados autores das mensagens que estarão a ser dirigidas contra a estudante.
Fonte: Ponto Final
.Stephanie Lai
A Polícia Judiciária (PJ) disse ontem que o rapaz de 17 anos acusado de ter agredido uma rapariga numa escola secundária de Macau não tem qualquer relação com o órgão de investigação criminal. A declaração surge depois de o jornal Ou Mun ter referido que o caso de bullying deveria ser arquivado, devido a alegados contactos privilegiados dos pais do suspeito junto das autoridades.
No passado dia 24, uma estudante de 17 anos da Sam Yuk terá sido agredida no olho esquerdo por um rapaz, após uma discussão. O caso foi tornado público no domingo pelo Ou Mun. O diário em língua chinesa referia ainda que, desde o incidente, a rapariga tem recebido mensagens de escárnio de alegados amigos do jovem, através da Internet.
O jornal citava ainda uma fonte anónima que dizia que os pais do rapaz conheciam agentes da polícia. A PJ confirma o caso de bullying – afirma que o jovem “é responsável pelo murro” – e adianta que o processo será entregue “em breve” ao Ministério Público para mais investigações. Mas rejeita qualquer associação com a família do suspeito. “Os pais do estudante não são agentes da PJ e o rapaz não tem qualquer relação com esta polícia”, garante o porta-voz do organismo. “Pelo contrário”, ressalva Suen Kam Fai, as autoridades descobriram que “o pai da rapariga é polícia”.
Ainda de acordo com o responsável, os pais da vítima já “admitiram que forneceram informação falsa ao jornal, numa tentativa de persuadir a polícia – apesar de não terem qualquer intenção de difamar a PJ”.
A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) garante que está a acompanhar o caso de bullying junto da escola. O organismo adianta que a direcção da instituição de ensino vai reunir-se com os pais dos dois alunos. No entanto, a DSEJ escusou-se a referir se haverá algum encontro entre a rapariga, o suspeito da agressão e os alegados autores das mensagens que estarão a ser dirigidas contra a estudante.
Fonte: Ponto Final
Deputados vão discutir bullying nesta quarta-feira
A violência nas escolas – o chamado bullying – e as formas de enfrentamento deste problema é tema de uma audiência pública que acontece na Assembleia Legislativa no próximo dia 1º de junho. O evento é uma proposição do deputado Evandro Júnior (PSDB) e tem o apoio do deputado Professor Lemos (PT), ambos integrantes da Comissão de Educação.
Bullying é um termo em inglês (bully = valentão), que invadiu o cotidiano dos brasileiros nos últimos anos, e descreve atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos. A audiência pública será aberta às 9 horas no Plenarinho do Poder Legislativo.
Da Assessoria de Imprensa da Alep
Fonte: O Diário
Bullying é um termo em inglês (bully = valentão), que invadiu o cotidiano dos brasileiros nos últimos anos, e descreve atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos. A audiência pública será aberta às 9 horas no Plenarinho do Poder Legislativo.
Da Assessoria de Imprensa da Alep
Fonte: O Diário
BULLYING - Em Ji-Paraná, aluno esfaqueia suposto opressor
"A vítima de bullyng, um adolescente de 15 anos de idade, estava sendo ridicularizando, por outro aluno de 16 anos de idade, há vários dias e hoje (30), decidiu esfaquear o agressor."
Mais um caso de "bullying" que quase termina em tragédia. Desta vez, o fato ocorreu hoje (30), por volta das 13h30, em frente à Escola Jardim dos Migrantes, no bairro homônimo, em Ji-Paraná.
De acordo com testemunhas, quatro alunos, de idade entre 14 e 16 anos, e de outra escola estavam próximo a UNIR, quando começaram uma briga com um aluno da escola Jardim dos Migrantes. Em um determinado momento, o aluno que estava sozinho, puxou um canivete que trazia em seu bolso e desferiu um golpe no agressor. Depois, entrou na escola e esperou a chegada da Polícia dentro da sala da direção.
Em entrevista à equipe de reportagem do comando190, o adolescente "E. T. G." , de 15 anos de idade, disse que desde a semana passada, vem sofrendo ameaças. Também informou que, devido gostar de usar calças apertadas e coloridas, era ridicularizado pelo grupo.
"Desde terça-feira passada, os garotos me xingam e falam que vão me bater se eu continuar usando esse tipo de calça. Na sexta-feira, um deles me deu um soco e falou que se na segunda, se eu viesse com esta calça, iria me bater muito. Então, decidi levar um canivete. Hoje, eu não sei direito o que houve, mas acabei ferindo o garoto," disse o adolescente, abalado com a situação.
A direção da escola informou que o menor "E. T. G.", é um ótimo aluno e nunca demonstrou qualquer outro tipo de agressividade. "Ele é um menino de ouro, quieto e nunca arrumou confusão na escola. Ficamos assustados com o que aconteceu", comentou a diretora.
O outro aluno que foi furado, recebeu os primeiros socorros pelo Corpo de Bombeiros e foi levado até ao Hospital Municipal para atendimento médico e não corre risco de morte.
A guarnição da Polícia Militar composta pelo SD PM Leite e SD PM Luciano, compareceu no local e conduziram todos para a delegacia de plantão.
Fonte: rondoniadinamica.com
Mais um caso de "bullying" que quase termina em tragédia. Desta vez, o fato ocorreu hoje (30), por volta das 13h30, em frente à Escola Jardim dos Migrantes, no bairro homônimo, em Ji-Paraná.
De acordo com testemunhas, quatro alunos, de idade entre 14 e 16 anos, e de outra escola estavam próximo a UNIR, quando começaram uma briga com um aluno da escola Jardim dos Migrantes. Em um determinado momento, o aluno que estava sozinho, puxou um canivete que trazia em seu bolso e desferiu um golpe no agressor. Depois, entrou na escola e esperou a chegada da Polícia dentro da sala da direção.
Em entrevista à equipe de reportagem do comando190, o adolescente "E. T. G." , de 15 anos de idade, disse que desde a semana passada, vem sofrendo ameaças. Também informou que, devido gostar de usar calças apertadas e coloridas, era ridicularizado pelo grupo.
"Desde terça-feira passada, os garotos me xingam e falam que vão me bater se eu continuar usando esse tipo de calça. Na sexta-feira, um deles me deu um soco e falou que se na segunda, se eu viesse com esta calça, iria me bater muito. Então, decidi levar um canivete. Hoje, eu não sei direito o que houve, mas acabei ferindo o garoto," disse o adolescente, abalado com a situação.
A direção da escola informou que o menor "E. T. G.", é um ótimo aluno e nunca demonstrou qualquer outro tipo de agressividade. "Ele é um menino de ouro, quieto e nunca arrumou confusão na escola. Ficamos assustados com o que aconteceu", comentou a diretora.
O outro aluno que foi furado, recebeu os primeiros socorros pelo Corpo de Bombeiros e foi levado até ao Hospital Municipal para atendimento médico e não corre risco de morte.
A guarnição da Polícia Militar composta pelo SD PM Leite e SD PM Luciano, compareceu no local e conduziram todos para a delegacia de plantão.
Fonte: rondoniadinamica.com
Mãe de jovem espancado não consegue fazer B.O
O relato de grave caso de Bullying chocou os participantes da reunião do Conseg Monte Alegre no dia (26). Ainda assustada com a violência uma moradora de Taboão relatou que o filho adolescente foi brutalmente espancado com paus e pedras por 12 estudantes e quase morreu em consequência do espancamento. Indignada a mãe contou que esteve nas delegacias da cidade e não conseguiu registrar Boletim de Ocorrência. O escrivão teriam exigido provas para registrar a violência contra o jovem.
O menino foi vítima de Bullying quando saia da escola Estadual Professor Alípio de Oliveira e Silva, situada na rua Miquelina Tulio Christillo, em Taboão da Serra.
De acordo com a mãe do adolescente que sofreu agressão quatro dos 12 agressores foram expulsos e os demais continuam na escola atemorizando e espancando outras crianças. “A diretora me ajudou me deu nomes de alunos e pais. A mãe de um deles implorou que eu não procurasse a polícia para não prejudicar o filho dela. Eu procurei, mas, a escrivã me pediu provas contundentes. Liguei para a escola na frente dela. Ela me chamou de mentirosa, com meu filho todo arranhando ao meu lado”, desabafou a mãe.
Ela contou que o adolescente fez exames médicos e mudou de escola há mais de um mês, mesmo assim ainda sente medo.
“Agora ele está vomitando sangue. Eles só não mataram o meu filho porque passou um carro e o motorista parou os agressores. Não consigo parar de pensar que meu filho quase morreu”, contou.A mãe do adolescente relatou que ele é estudioso, educado e prestativo, características que incomodavam os agressores. “Diziam que ele não podia ser assim. Ameaçavam ele dizendo que iam catá-lo e cataram mesmo. Ele foi atacado com paus e pedras, felizmente não morreu”, finalizou.
O Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, "tiranete" ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.
Fonte: Jornal na Net
O menino foi vítima de Bullying quando saia da escola Estadual Professor Alípio de Oliveira e Silva, situada na rua Miquelina Tulio Christillo, em Taboão da Serra.
De acordo com a mãe do adolescente que sofreu agressão quatro dos 12 agressores foram expulsos e os demais continuam na escola atemorizando e espancando outras crianças. “A diretora me ajudou me deu nomes de alunos e pais. A mãe de um deles implorou que eu não procurasse a polícia para não prejudicar o filho dela. Eu procurei, mas, a escrivã me pediu provas contundentes. Liguei para a escola na frente dela. Ela me chamou de mentirosa, com meu filho todo arranhando ao meu lado”, desabafou a mãe.
Ela contou que o adolescente fez exames médicos e mudou de escola há mais de um mês, mesmo assim ainda sente medo.
“Agora ele está vomitando sangue. Eles só não mataram o meu filho porque passou um carro e o motorista parou os agressores. Não consigo parar de pensar que meu filho quase morreu”, contou.A mãe do adolescente relatou que ele é estudioso, educado e prestativo, características que incomodavam os agressores. “Diziam que ele não podia ser assim. Ameaçavam ele dizendo que iam catá-lo e cataram mesmo. Ele foi atacado com paus e pedras, felizmente não morreu”, finalizou.
O Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, "tiranete" ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.
Fonte: Jornal na Net
Adolescente é suspeito de agredir criança em escola particular do Rio
Caso foi parar na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.
Escola diz que considera caso um acidente grave e suspendeu o aluno.
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) investiga o caso de um aluno de 6 anos que teria sido agredido por um outro estudante adolescente no Colégio São Bento, no Centro do Rio. De acordo com a delegada titular Valéria de Aragão Sádio, a denúncia foi feita pelo pai do menor um dia após o episódio que teria sido agredido.
Procurada pelo G1, a coordenadora de marketing do Colégio São Bento, Lílian Areias, informou que não iria se manifestar sobre o assunto. Segundo ela, na segunda-feira (30), uma carta explicando o caso foi enviada aos pais de todos os alunos do colégio.
A íntegra da carta pode ser encontrada no blog do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, que divulgou inicialmente a notícia. Na carta, o colégio trata o episódio como um "acidente considerado grave" e diz que suspendeu o aluno. A escola avisa também que é o posicionamento oficial e definitivo do colégio sobre o caso.
Segundo a delegada, ainda nesta terça, o menor suspeito de agressão, seus responsáveis e a direção do colégio devem ser intimados para prestar esclarecimentos na delegacia na quarta-feira (1º). Ainda segundo ela, como o acusado é menor, não é caso de instaurar inquérito. “Trata-se de um ato infracional análogo ao crime de lesão corporal”.
"Para apurar o caso foi aberto um Auto de Investigação de Ato Infracional (AIAI), o inquérito para menores de idade. Com o laudo concluído, o AIAI é então enviado ao Ministério Público e ao juiz da Vara da Infância e Juventude, que decidirão se o adolescente deve ser punido. Ele pode receber uma advertência ou até ficar internado provisoriamente”, explicou a delegada.
Fonte: G1
Escola diz que considera caso um acidente grave e suspendeu o aluno.
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) investiga o caso de um aluno de 6 anos que teria sido agredido por um outro estudante adolescente no Colégio São Bento, no Centro do Rio. De acordo com a delegada titular Valéria de Aragão Sádio, a denúncia foi feita pelo pai do menor um dia após o episódio que teria sido agredido.
Procurada pelo G1, a coordenadora de marketing do Colégio São Bento, Lílian Areias, informou que não iria se manifestar sobre o assunto. Segundo ela, na segunda-feira (30), uma carta explicando o caso foi enviada aos pais de todos os alunos do colégio.
A íntegra da carta pode ser encontrada no blog do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, que divulgou inicialmente a notícia. Na carta, o colégio trata o episódio como um "acidente considerado grave" e diz que suspendeu o aluno. A escola avisa também que é o posicionamento oficial e definitivo do colégio sobre o caso.
Segundo a delegada, ainda nesta terça, o menor suspeito de agressão, seus responsáveis e a direção do colégio devem ser intimados para prestar esclarecimentos na delegacia na quarta-feira (1º). Ainda segundo ela, como o acusado é menor, não é caso de instaurar inquérito. “Trata-se de um ato infracional análogo ao crime de lesão corporal”.
"Para apurar o caso foi aberto um Auto de Investigação de Ato Infracional (AIAI), o inquérito para menores de idade. Com o laudo concluído, o AIAI é então enviado ao Ministério Público e ao juiz da Vara da Infância e Juventude, que decidirão se o adolescente deve ser punido. Ele pode receber uma advertência ou até ficar internado provisoriamente”, explicou a delegada.
Fonte: G1
Mar´Junior e a Vereadora Teresa Bergher se reúnem para elaboração do Projeto de Lei contra o BULLYING
O Presidente da Cia Atores de Mar´ e Vice-Presidente da Alpha - AAC, Mar´Junior, esteve nesta 2º feira à tarde se reunindo na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro com a Vereadora Teresa Bergher sugerindo um Projeto de Lei com sanções adminstrativas de combate ao BULLYING nas instituições de ensino do município.
Mar´Junior foi muito bem recebido pela Vereadora Teresa Bergher que prometeu se esforçar ao máximo para que o projeto saia do papel.
No dia 14 de junho, Mar´Junior se reunirá com a Secretária de Educação do município Claudia Costin para estreitar este projeto.
DIGA NÃO AO BULLYING!
Mar´Junior foi muito bem recebido pela Vereadora Teresa Bergher que prometeu se esforçar ao máximo para que o projeto saia do papel.
No dia 14 de junho, Mar´Junior se reunirá com a Secretária de Educação do município Claudia Costin para estreitar este projeto.
DIGA NÃO AO BULLYING!
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Escola com que eu sonho
Há inúmeros fatores que contribuem para o bom desempenho dos alunos e das escolas que participam de avaliações. Entre eles: professores com boa formação, que dominem plenamente o conteúdo da disciplina ou disciplinas que lecionam, que tenham uma boa prática docente para saber ensinar, motivando seus alunos e mantendo-lhes o interesse permanente.
Alunos motivados não faltam, não se evadem.
Outro fator que tem influência: escolas que ofereçam boas condições para ensino e aprendizagem.
Turmas com, no máximo, 35 alunos para os anos escolares finais do ensino fundamental. Turmas menores para os anos iniciais.
Biblioteca, laboratórios, quadras esportivas, sala de leitura, materiais pedagógicos variados. Utilização de novas tecnologias para enriquecer a prática docente.
É preciso que os professores tornem suas aulas tão atraentes e coloridas como é o mundo. Chega de escola funcionando em preto e branco, sem qualquer atrativo. A escola tem que ser o local atraente e prazeroso para professores e alunos e para as famílias dos alunos.
É indispensável que os professores conheçam seus alunos. Como vivem, suas possibilidades e limitações.
Não basta conhecer a turma como um todo. Tem que conhecer cada aluno. Não só o nome, mas sua vida.
No momento em que o professor conhece os alunos, encontra o melhor caminho para despertar seu interesse, afastar seus bloqueios e fazê-los aprender.
Motivado, estimulado, bem ensinado, ocorre a aprendizagem.
Evidente que um aluno que vive estimulado pelo ambiente cultural da sua casa, bem alimentado, amado, com uma família que acompanha seus estudos tem mais probabilidade de um bom desempenho escolar.
Entretanto, um aluno que não tenha essas condições, se amado e estimulado pelo professor, conseguirá obter um bom desempenho.
Terezinha Saraiva é educadora e ex-secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro
Fonte: Blog do Noblat
Alunos motivados não faltam, não se evadem.
Outro fator que tem influência: escolas que ofereçam boas condições para ensino e aprendizagem.
Turmas com, no máximo, 35 alunos para os anos escolares finais do ensino fundamental. Turmas menores para os anos iniciais.
Biblioteca, laboratórios, quadras esportivas, sala de leitura, materiais pedagógicos variados. Utilização de novas tecnologias para enriquecer a prática docente.
É preciso que os professores tornem suas aulas tão atraentes e coloridas como é o mundo. Chega de escola funcionando em preto e branco, sem qualquer atrativo. A escola tem que ser o local atraente e prazeroso para professores e alunos e para as famílias dos alunos.
É indispensável que os professores conheçam seus alunos. Como vivem, suas possibilidades e limitações.
Não basta conhecer a turma como um todo. Tem que conhecer cada aluno. Não só o nome, mas sua vida.
No momento em que o professor conhece os alunos, encontra o melhor caminho para despertar seu interesse, afastar seus bloqueios e fazê-los aprender.
Motivado, estimulado, bem ensinado, ocorre a aprendizagem.
Evidente que um aluno que vive estimulado pelo ambiente cultural da sua casa, bem alimentado, amado, com uma família que acompanha seus estudos tem mais probabilidade de um bom desempenho escolar.
Entretanto, um aluno que não tenha essas condições, se amado e estimulado pelo professor, conseguirá obter um bom desempenho.
Terezinha Saraiva é educadora e ex-secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro
Fonte: Blog do Noblat
Psicóloga participa de evento sobre bullying e cyberbullying
Discussão é voltada principalmente aos profissionais de educação
A psicóloga Josiane Barbosa Oliveira, especialista em psicologia clinica e escolar participa de um debate sobre bullying e cyberbullying, nesta terça-feira (31), às 19h30, no Senac de Franca.
O evento discutirá o fenômeno mundial que é marcado principalmente por repetidas agressões físicas e psicológicas e que atinge crianças e adultos em vários ambientes, inclusive o escolar.
A discussão é voltada principalmente aos profissionais da área de educação, para que um olhar mais sensível sobre a questão possa ser adquirido.
O Senac de Franca fica na rua Alfredo Lopes Pinto, 1.345, na Vila Teixeira
Fonte: EPTV
A psicóloga Josiane Barbosa Oliveira, especialista em psicologia clinica e escolar participa de um debate sobre bullying e cyberbullying, nesta terça-feira (31), às 19h30, no Senac de Franca.
O evento discutirá o fenômeno mundial que é marcado principalmente por repetidas agressões físicas e psicológicas e que atinge crianças e adultos em vários ambientes, inclusive o escolar.
A discussão é voltada principalmente aos profissionais da área de educação, para que um olhar mais sensível sobre a questão possa ser adquirido.
O Senac de Franca fica na rua Alfredo Lopes Pinto, 1.345, na Vila Teixeira
Fonte: EPTV
Vereador solicitou ações e projetos para enfrentar o Bullying
O vereador Prof. Guerinosolicitou que a UNDIME-MS, articule com todos os Secretários Municipais de Educação
O vereador Prof. Guerinosolicitou que a UNDIME-MS, articule com todos os Secretários Municipais de Educação do Estado de MS, ações e projetos que sirvam de guia para Educadores e Pais, como enfrentar o Bullyinge a Violência nas Escolas.
Frisou que como educador e ex dirigente da Secretaria Municipal de Educação e da UNDIME-MS, sabes das dificuldades e os desafios que os professores enfrentam no dia-a-dia nas escolas.
Destacou entender que a UNDIME-MS, através de sua competência, sensibilidade e parceria com os municípios, consiga aprofundar esse debate, juntamente com o modelo de gestão da SEMED de Campo Grande, auxilie os gestores e amplie para todos os municípios a cartilha para estudantes “Bullying eu não pratico”.
Natália Leal – Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal.
Fonte: Correio News
O vereador Prof. Guerinosolicitou que a UNDIME-MS, articule com todos os Secretários Municipais de Educação do Estado de MS, ações e projetos que sirvam de guia para Educadores e Pais, como enfrentar o Bullyinge a Violência nas Escolas.
Frisou que como educador e ex dirigente da Secretaria Municipal de Educação e da UNDIME-MS, sabes das dificuldades e os desafios que os professores enfrentam no dia-a-dia nas escolas.
Destacou entender que a UNDIME-MS, através de sua competência, sensibilidade e parceria com os municípios, consiga aprofundar esse debate, juntamente com o modelo de gestão da SEMED de Campo Grande, auxilie os gestores e amplie para todos os municípios a cartilha para estudantes “Bullying eu não pratico”.
Natália Leal – Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal.
Fonte: Correio News
Aluno de escola de Realengo tenta suicídio após sofrer bullying
Abalado, um aluno de 13 anos da escola municipal Rondon, em Realengo, no Rio, tentou suicídio recentemente. Ele sofreu agressões por ser o “CDF” - o mais inteligente - da turma.
A Coordenadoria Regional de Educação abriu sindicância para apurar se o estudante foi vítima de bullying. O adolescente teve parada cardíaca e foi internado num hospital na Zona Oeste
Fonte: Jornal do Brasil
A Coordenadoria Regional de Educação abriu sindicância para apurar se o estudante foi vítima de bullying. O adolescente teve parada cardíaca e foi internado num hospital na Zona Oeste
Fonte: Jornal do Brasil
domingo, 29 de maio de 2011
Brigas entre alunos têm se tornado frequentes em Campos do Jordão
50 alunos foram agredidos nos últimos 2 meses, diz Conselho Tutelar
Pais de estudantes de Campos do Jordão estão preocupados com o aumento da violência nas escolas. Esta semana o vídeo de uma briga entre duas adolescentes foi parar na internet.
As imagens foram gravadas pelo celular de um aluno da escola municipal da Vila Sodipe. As duas jovens, uma de 12 anos e a outra de 13, estudam na mesma classe. "Ela disse que eu fiz coisas pra ela, mas eu não fiz. Ela veio pra cima de mim", diz a garota agredida.
A briga aconteceu a poucos metros da escola. A mãe da adolescente registrou a ocorrência como lesão corporal e procurou um advogado.
"Está acontecendo todos os dias. Eles saem e já vai um pessoal atrás querendo briga", diz Danielle César Ferreira, mãe da aluna agredida.
A aluna agredida foi transferida de escola. De acordo com o Conselho Tutelar, as brigas tem sido frequentes em Campos do Jordão. Nos últimos dois meses 50 alunos foram agredidos. Recentemente uma menina chegou a ser encaminhada para o Pronto Socorro.
Os casos serão encaminhados para o Ministério Público. O Conselho Tutelar acredita que grupos estão agindo na cidade.
"Certamente é uma gangue que visa expor, além de ir às vias de fato, que é expor esta monstruosidade na internet, que é pra se promover. Eles podem responder por ato infracional", define Vinícius José do Prado, presidente do Conselho Tutelar.
A Secretaria de Educação não tem uma estatística da violência nas escolas. O secretário afirma que os conflitos ocorrem fora do ambiente escolar.
"Foi fato um isolado, devido a acontecer perto de uma escola. As providências estão sendo tomadas quanto a agressão. Quanto aos menores, a família tem que ter uma participação maior no desenvolvimento dos filhos", diz Sérgio Gomes, secretário adjunto de educação.
A Polícia Militar tem registro de apenas uma ocorrência de discussão dentro de uma escola. "Se der algum movimento estranho, alguma briga, a gente pede para que a escola e até os pais entrem em contato através do 190", orienta a Tenente Aline Franco, da Polícia Militar.
Fonte: V News
Pais de estudantes de Campos do Jordão estão preocupados com o aumento da violência nas escolas. Esta semana o vídeo de uma briga entre duas adolescentes foi parar na internet.
As imagens foram gravadas pelo celular de um aluno da escola municipal da Vila Sodipe. As duas jovens, uma de 12 anos e a outra de 13, estudam na mesma classe. "Ela disse que eu fiz coisas pra ela, mas eu não fiz. Ela veio pra cima de mim", diz a garota agredida.
A briga aconteceu a poucos metros da escola. A mãe da adolescente registrou a ocorrência como lesão corporal e procurou um advogado.
"Está acontecendo todos os dias. Eles saem e já vai um pessoal atrás querendo briga", diz Danielle César Ferreira, mãe da aluna agredida.
A aluna agredida foi transferida de escola. De acordo com o Conselho Tutelar, as brigas tem sido frequentes em Campos do Jordão. Nos últimos dois meses 50 alunos foram agredidos. Recentemente uma menina chegou a ser encaminhada para o Pronto Socorro.
Os casos serão encaminhados para o Ministério Público. O Conselho Tutelar acredita que grupos estão agindo na cidade.
"Certamente é uma gangue que visa expor, além de ir às vias de fato, que é expor esta monstruosidade na internet, que é pra se promover. Eles podem responder por ato infracional", define Vinícius José do Prado, presidente do Conselho Tutelar.
A Secretaria de Educação não tem uma estatística da violência nas escolas. O secretário afirma que os conflitos ocorrem fora do ambiente escolar.
"Foi fato um isolado, devido a acontecer perto de uma escola. As providências estão sendo tomadas quanto a agressão. Quanto aos menores, a família tem que ter uma participação maior no desenvolvimento dos filhos", diz Sérgio Gomes, secretário adjunto de educação.
A Polícia Militar tem registro de apenas uma ocorrência de discussão dentro de uma escola. "Se der algum movimento estranho, alguma briga, a gente pede para que a escola e até os pais entrem em contato através do 190", orienta a Tenente Aline Franco, da Polícia Militar.
Fonte: V News
Escola Municipal de Belford Roxo debate a violência infantil e o BULLYING
A Escola Municipal Márcia de Brito, no bairro Nova esperança, em Belford Roxo, realizou nesta sexta-feira (27/05), um evento denominado “Enfrentamento à Violência Infantil na Escola”. Um dos principais temas abordado foi o bulliyng (termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por uma pessoa).
Enfrentamento à violência infantil. Foto: Márcio Viana.
A professora Maria de Fátima Soares Dionísio destacou que as crianças sofrem bullyimg até em casa quando os pais brigam com os filhos chamando-os até de burros quando não consgeuem realizar os trabalhos estudantis. “Os alunos fizeram diversos trabalhos sobre a violência sexual e bullying. Até uma história em quadrinhos foi elaborada para mostrar como o bullying está presente no dia-a-dia”, comentou.
As alunas do 8º ano, Hélda Santiago, Evelyn de Lima e Renata Ricardo fizeram uma parábola sobre a história do lobo mau. Elas explicaram que uma pessoa quando sofre violência na infância tem a tendência de se tornar um adulto violento. “O bullying está presente em diversos locais. Eu sofro bullying quando corto o cabelo curtinho, mas não me aborreço, pois não me importa o que os outros dizem”, disse Hélida Dantiago. Já Evelyn de Lima ensinou a um grupo de professores a fazer um pássaro de papel usando a técnica do origami. O Pássaro da Felicidade na lenda chinesa chama-se Tsuru. Segundo a lenda, quem consegue fazer mil pássaros pode pedir para realizar um desejo. “Nosso desejo é a a paz”, disse Evelyn.
O diretor da escola, Victor Almeida, enfatizou que a campanha de enfrentamento contra contra a violência sexual tem que ser diária. “O momento é de conscientização e de ação”, resumiu.
Fonte: Site da Baixada
Enfrentamento à violência infantil. Foto: Márcio Viana.
A professora Maria de Fátima Soares Dionísio destacou que as crianças sofrem bullyimg até em casa quando os pais brigam com os filhos chamando-os até de burros quando não consgeuem realizar os trabalhos estudantis. “Os alunos fizeram diversos trabalhos sobre a violência sexual e bullying. Até uma história em quadrinhos foi elaborada para mostrar como o bullying está presente no dia-a-dia”, comentou.
As alunas do 8º ano, Hélda Santiago, Evelyn de Lima e Renata Ricardo fizeram uma parábola sobre a história do lobo mau. Elas explicaram que uma pessoa quando sofre violência na infância tem a tendência de se tornar um adulto violento. “O bullying está presente em diversos locais. Eu sofro bullying quando corto o cabelo curtinho, mas não me aborreço, pois não me importa o que os outros dizem”, disse Hélida Dantiago. Já Evelyn de Lima ensinou a um grupo de professores a fazer um pássaro de papel usando a técnica do origami. O Pássaro da Felicidade na lenda chinesa chama-se Tsuru. Segundo a lenda, quem consegue fazer mil pássaros pode pedir para realizar um desejo. “Nosso desejo é a a paz”, disse Evelyn.
O diretor da escola, Victor Almeida, enfatizou que a campanha de enfrentamento contra contra a violência sexual tem que ser diária. “O momento é de conscientização e de ação”, resumiu.
Fonte: Site da Baixada
Bullying vira problema de saúde pública
Vivemos tempos especiais em todos os sentidos. É o caso da do dia a dia nas salas de aula. No tempo de escola de muitos mestres com 40 anos de idade ou mais, eventuais brincadeiras com maldade entre colegas eram consideradas “normais” e, no máximo, implicavam em advertência na sala do diretor ou comunicação aos pais. Contornava-se o problema de acordo com a conscientização da época; ou ficavam as sequelas psicológicas nas vítimas de maus-tratos e assédio de mau gosto. Só nos últimos anos é que o bullying se transformou num problema sério na educação, a partir de relatos vindos do Exterior.
No Brasil, nas últimas duas ou três décadas, a sociedade se preocupou apenas com os trotes universitários feitos violência. A imprensa passou a divulgar as ocorrências e alertas sobre os riscos psicológicos e físicos na recepção desses jovens calouros. Há registros até de morte, no Brasil e Exterior. O problema ainda continua, em muitos centros universitários do País. Alguns conseguiram reverter o comportamento com o incentivo dos chamados trotes educativos - campanhas pelo meio ambiente, ações sociais, doação de sangue, etc.
O conceito
De repente, no mesmo ritmo do surgimento da Internet e outros fatores comportamentais do novo século, a convivência entre crianças e adolescentes ganhou novos aspectos. Apareceu o conceito de bullying. O assunto é tão novo que foi necessário buscar uma palavra no dicionário da língua inglesa para explicar o fenômeno. Bullying formalmente se refere a todo e qualquer ato de violência psicológica ou física, cometido por um ou mais indivíduos contra outra pessoa, sem possibilidade de defesa, com a intenção de intimidá-la ou agredi-la.
Na saúde
Detectado e discutido inicialmente entre especialistas, rapidamente alcançou o universo dos professores e passou a ser um problema a ser considerado pelos pais e até polícia. Agora, e esta é a novidade, o bullying se transformou em um tema também da saúde pública. Saiu da esfera da educação. Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo sobre as dúvidas dos jovens, recebidas por meio de ligações para o Disque-Adolescente, mostra que eles estão cada vez mais preocupados com o bullying. Os dados foram coletados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2010, e divulgados esta semana. No período, o serviço telefônico recebeu 1,7 mil telefonemas de jovens de 10 a 20 anos de idade. Das dúvidas classificadas como psicológicas, 20% eram sobre dificuldades de relacionamento na escola.
Prejuízo
“O bullying, principalmente no ambiente escolar, é extremamente prejudicial para o desenvolvimento dos adolescentes, podendo inclusive criar traumas e problemas psicológicos graves que necessitem de acompanhamento médico”, diz Albertina Duarte, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria. “Este é um problema sério, que incomodam muito os jovens”.
Castigo
Autoridades educacionais e a Justiça tentam encontrar formas também modernas de lidar com os infratores, para não repetir o erro de tentar resolver a violência com mais violência. Nessa hora, soluções criativas da pedagogia são bem-vindas. Exemplo disso é a atitude de um promotor de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, da Vara da Infância e da Adolescência. Ele determinou que um adolescente de 13 anos flagrado extorquindo um colega de escola, será punido com tarefas na escola, como limpeza de pátios e lavagem de louça da merenda escolar.
Debate
Nesta segunda-feira (30), será promovido em São Bernardo do Campo o I Simpósio sobre Bullying no Grande ABC, com palestras do juiz da Vara de Infância e Juventude do município, Luiz Carlos Ditommaso, de Cleo Fonte, pesquisadora e autora de livros sobre o tema, e Juliana Abrusio, professora especializada em direito e tecnologia da informação. O evento, promovido pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara Federal, será na Escola Senai Mario Amato, entre 8h e 12h30. Informações: dib@williamdib.com.br
Discussão
Esta coluna continua estimulando a troca de experiências para ajudar pais e educadores no enfrentamento do problema no Interior paulista. Se você tiver sugestões ou opiniões sobre o tema, pode participar enviando o texto para Contexto Paulista, no e-mail wmarini@apj.inf.br
Fonte: Jornal da Cidade de Bauru
No Brasil, nas últimas duas ou três décadas, a sociedade se preocupou apenas com os trotes universitários feitos violência. A imprensa passou a divulgar as ocorrências e alertas sobre os riscos psicológicos e físicos na recepção desses jovens calouros. Há registros até de morte, no Brasil e Exterior. O problema ainda continua, em muitos centros universitários do País. Alguns conseguiram reverter o comportamento com o incentivo dos chamados trotes educativos - campanhas pelo meio ambiente, ações sociais, doação de sangue, etc.
O conceito
De repente, no mesmo ritmo do surgimento da Internet e outros fatores comportamentais do novo século, a convivência entre crianças e adolescentes ganhou novos aspectos. Apareceu o conceito de bullying. O assunto é tão novo que foi necessário buscar uma palavra no dicionário da língua inglesa para explicar o fenômeno. Bullying formalmente se refere a todo e qualquer ato de violência psicológica ou física, cometido por um ou mais indivíduos contra outra pessoa, sem possibilidade de defesa, com a intenção de intimidá-la ou agredi-la.
Na saúde
Detectado e discutido inicialmente entre especialistas, rapidamente alcançou o universo dos professores e passou a ser um problema a ser considerado pelos pais e até polícia. Agora, e esta é a novidade, o bullying se transformou em um tema também da saúde pública. Saiu da esfera da educação. Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo sobre as dúvidas dos jovens, recebidas por meio de ligações para o Disque-Adolescente, mostra que eles estão cada vez mais preocupados com o bullying. Os dados foram coletados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2010, e divulgados esta semana. No período, o serviço telefônico recebeu 1,7 mil telefonemas de jovens de 10 a 20 anos de idade. Das dúvidas classificadas como psicológicas, 20% eram sobre dificuldades de relacionamento na escola.
Prejuízo
“O bullying, principalmente no ambiente escolar, é extremamente prejudicial para o desenvolvimento dos adolescentes, podendo inclusive criar traumas e problemas psicológicos graves que necessitem de acompanhamento médico”, diz Albertina Duarte, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria. “Este é um problema sério, que incomodam muito os jovens”.
Castigo
Autoridades educacionais e a Justiça tentam encontrar formas também modernas de lidar com os infratores, para não repetir o erro de tentar resolver a violência com mais violência. Nessa hora, soluções criativas da pedagogia são bem-vindas. Exemplo disso é a atitude de um promotor de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, da Vara da Infância e da Adolescência. Ele determinou que um adolescente de 13 anos flagrado extorquindo um colega de escola, será punido com tarefas na escola, como limpeza de pátios e lavagem de louça da merenda escolar.
Debate
Nesta segunda-feira (30), será promovido em São Bernardo do Campo o I Simpósio sobre Bullying no Grande ABC, com palestras do juiz da Vara de Infância e Juventude do município, Luiz Carlos Ditommaso, de Cleo Fonte, pesquisadora e autora de livros sobre o tema, e Juliana Abrusio, professora especializada em direito e tecnologia da informação. O evento, promovido pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara Federal, será na Escola Senai Mario Amato, entre 8h e 12h30. Informações: dib@williamdib.com.br
Discussão
Esta coluna continua estimulando a troca de experiências para ajudar pais e educadores no enfrentamento do problema no Interior paulista. Se você tiver sugestões ou opiniões sobre o tema, pode participar enviando o texto para Contexto Paulista, no e-mail wmarini@apj.inf.br
Fonte: Jornal da Cidade de Bauru
Justiça é quem decide quem paga pelo bullying
Por Camila Mendonça
Bullying: Palavra inglesa que significa usar o poder ou força para intimidar, excluir, implicar e humilhar. Utilizada para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos. O verbo poderia ser traduzido simplesmente como bulir, que o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define como fazer caçoada, brincar, zombar.
O termo, até pouco tempo desconhecido foi motivo de clamor popular quando se soube que Wellington de Oliveira, o autor da chacina de 12 crianças numa escola de Realengo, no Rio de Janeiro, era uma suposta vítima de bulliing. Depois disso, virou moda, ganhou destaque na mídia, e entrou na pauta da política e da justiça. Como os culpados de bullying são, via de regra, menores de idade, quem afinal deve ser punido nesses casos? As escolas? Os pais dos agressores? Os próprios agressores? O assunto deve ser levado à Justiça ou há outros meios para solucioná-lo? A reportagem tentará trazer à luz alguns aspectos desse tema.
Para começar é bom saber que no Rio Grande do Sul, em alguns municípios paulistas, como Ribeirão Preto, e em Belo Horizonte já estão em vigor leis anti-bullying. Vale destacar que nenhuma dessas leis considera a prática um crime. É justamente o que pretende fazer o Ministério Público de São Paulo que patrocina um anteprojeto de lei para regulamentar e que prevê a criminalização do bullying.
Justiça decide
Na falta de leis mais abrangentes, a Justiça começa a construir seu caminho jurisprudencial. Em fevereiro deste ano a 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou, por unanimidade, que uma escola pagasse indenização a uma garota vítima de bullying. Os autores da ação alegam que a partir do início de março de 2003, a menina, com 7 anos na época, foi vítima de sucessivas agressões físicas e verbais de outros colegas de classe, na escola em que estudava.
Consta dos autos que a menina foi espetada com um lápis na cabeça e arrastada, era xingada, levava socos, chutes e gritos no ouvido. Como conseqüência dos maus tratos dos colegas precisou de ajuda médica. O diagnóstico apontou manifestação de fobias; dificuldade para ir à escola; insônia; terror noturno; e sintomas psicossomáticos, como enxaqueca e dores abdominais. Passou a ser tratada com antidepressivos e no fim do ano letivo, mudou de colégio.
Para o relator do recurso no T-RJ, desembargador Ademir Paulo pimentel, a escola onde a menina estudava tinha culpa nos fatos: “Com efeito, o colégio réu tomou algumas medidas na tentativa de contornar a situação, contudo, tais providências foram inócuas para solucionar o problema, tendo em vista que as agressões se perpetuaram pelo ano letivo. Talvez porque o estabelecimento de ensino apelado não atentou para o papel da escola como instrumento de inclusão social, sobretudo no caso de crianças tidas como diferentes”, sustentou em seu voto.
Em Campo Grande, um estudante do 8º ano do ensino fundamental de uma escola pública foi forçado a entregar ao menos R$ 1 mil a um ex-colega de sala da mesma idade por conta de seguidas ameaças de espancamento e até de morte. As ameaças já duravam um ano, até que um policial apreendeu o adolescente pegando R$ 50,00 da vítima num terminal de ônibus da cidade.
A delegada Aline Finnott Lopes, chefe da Delegacia de Atendimento a Infância e Juventude concluiu o inquérito e mandou para Ministério Público Estadual. Lá, o promotor Sérgio Harfouche, da 27ª Vara da Infância e da Adolescência firmou Termo de Ajuste de Conduta pelo qual o adolescente terá de cumprir tarefas na escola, como limpar pátio e lavar louça da merenda escolar, além de participar de curso de orientação contra bullying.
Houve também um caso de cyberbullying. Um adolescente entrou com ação de indenização na Comarca de Carazinho alegando que fotos suas foram copiadas e alteradas, dando origem a um fotolog criado em seu nome e hospedado na página do provedor Terra Networks Brasil S.A.
No endereço foram postadas mensagens levianas e ofensivas. Além disso, foram feitas montagens fotográficas nas quais o autor aparece ora com chifres, ora com o rosto ligado a um corpo de mulher.
Segundo ele, após insistência e denúncias por mais de um mês, o provedor cancelou o fotolog. Na sequência, o autor começou a receber e-mails com conteúdo ofensivo, razão pela qual providenciou registro de ocorrência policial e ingressou com Ação Cautelar para que o provedor fornecesse dados sobre a identidade do proprietário do computador de onde as mensagens foram postadas, chegando ao nome da mãe de um colega de classe.
Os fatos ocorreram enquanto o autor ainda era adolescente e, segundo ele, foram muito prejudiciais, a ponde dele procurar ajuda psicológica para se reerguer. Por essas razões, sustentou que a mãe do criador da página deveria ser responsabilizada, já que as mensagens partiram de seu computador, bem como o provedor, por permitir a divulgação do fotolog. A justiça entendeu e proferiu em sentença que mãe deveria de pagar indenização de R$ 5 mil pelos danos causados ao colega de classe de seu filho.
A defensora pública Tânia Regina de Matos, de Campo Grande (MS), que faz parte do projeto “Defensoria vai à Escola”, afirma: “É importante haver proporcionalidade, ou seja, a punição aplicada tem de ser proporcional ao bullying praticado”. Essa é uma questão delicada, pois gozações e chacotas sempre fizeram parte do universo das escolas e até da natureza humana.
Tânia Regina explica que há todo um trâmite antes que a Defensoria entre com ação contra a escola por danos morais. Primeiro, é recomendado ao aluno vítima de bullying travar diálogo com o agressor. Se não apresentar resultado, a vítima deve procurar a coordenadora e por fim, a diretora da escola. Se todas as instâncias não resolverem, é a vez de a Defensoria, que tentará intimar o autor das agressões. Se ainda assim não resolver, o órgão entrará com ação contra a escola. Para Tânia, seria interessante uma lei tipificando o que é bullying e o que não é.
A tipificação é um dos diferenciais do anteprojeto de lei proposto pelo MP de São Paulo. Segundo Mario Augusto Bruno Neto, promotor de Justiça da Infância e Juventude da Capital, não existem projetos com esse enfoque. O MP quer que o bullying sejam considerado crime, com pena de um a quatro anos de reclusão, além de multa.
Prevê ainda que caso o bullying seja cometido por mais de uma pessoa, por meio eletrônico ou outro tipo de mídia (caso do cyberbullying), a pena será aumentada de um terço até a metade. Para uma lesão grave, é previsto reclusão de cindo a dez anos. Em caso de morte, reclusão de 12 a 30 anos, além de multa prevista para homicídios.
Como o bullying e o cyberbullying são praticados na imensa maioria dos casos por crianças e adolescentes, os promotores vão precisar adaptar a tipificação penal dessas práticas ao que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O anteprojeto será submetido, no dia 3 de junho a aprovação na promotoria e depois, encaminhado ao procurador-geral do MP-SP, Fernando Grella, que deverá enviar o texto a um deputado para que o documento seja encaminhado ao Congresso.
Atualmente, a justiça enquadra casos desse tipo como crime de injúria ou lesão corporal. Entende-se como sendo injúria ofensa verbal, ou escrita, agravada por atos de violência ou utilização de elementos que denotem preconceito de cor, raça, etnia e religião. A pena varia de seis meses a três anos ou multa. Já lesão corporal consiste em ofender a integridade corporal ou a saúde. Pena de detenção de três meses a um ano. Se for grave, reclusão, de um a cinco anos.
Para o advogado Mauro César Arjona, professor de Direito Penal e Prática Penal e Processual Penal na PUC-SP, o anteprojeto do MP é ilógico e desnecessário. Diz também que a iniciativa nasceu no clamor da chacina de Realengo. “Não precisamos de lei para isso, a Constituição já possui as ferramentas necessárias para punir esses casos”, argumenta Arjona. O advogado acredita que o assunto deve ser tratado por pedagogos e psicólogos.
Ele concorda que a escola deve ser responsável civilmente e em circunstâncias específicas, talvez o pai, caso demonstrado que ele incita esse tipo de comportamento, já que em 90% dos casos quem pratica bullying é inimputável.
Fonte: Consultor Jurídico
Bullying: Palavra inglesa que significa usar o poder ou força para intimidar, excluir, implicar e humilhar. Utilizada para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos. O verbo poderia ser traduzido simplesmente como bulir, que o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define como fazer caçoada, brincar, zombar.
O termo, até pouco tempo desconhecido foi motivo de clamor popular quando se soube que Wellington de Oliveira, o autor da chacina de 12 crianças numa escola de Realengo, no Rio de Janeiro, era uma suposta vítima de bulliing. Depois disso, virou moda, ganhou destaque na mídia, e entrou na pauta da política e da justiça. Como os culpados de bullying são, via de regra, menores de idade, quem afinal deve ser punido nesses casos? As escolas? Os pais dos agressores? Os próprios agressores? O assunto deve ser levado à Justiça ou há outros meios para solucioná-lo? A reportagem tentará trazer à luz alguns aspectos desse tema.
Para começar é bom saber que no Rio Grande do Sul, em alguns municípios paulistas, como Ribeirão Preto, e em Belo Horizonte já estão em vigor leis anti-bullying. Vale destacar que nenhuma dessas leis considera a prática um crime. É justamente o que pretende fazer o Ministério Público de São Paulo que patrocina um anteprojeto de lei para regulamentar e que prevê a criminalização do bullying.
Justiça decide
Na falta de leis mais abrangentes, a Justiça começa a construir seu caminho jurisprudencial. Em fevereiro deste ano a 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou, por unanimidade, que uma escola pagasse indenização a uma garota vítima de bullying. Os autores da ação alegam que a partir do início de março de 2003, a menina, com 7 anos na época, foi vítima de sucessivas agressões físicas e verbais de outros colegas de classe, na escola em que estudava.
Consta dos autos que a menina foi espetada com um lápis na cabeça e arrastada, era xingada, levava socos, chutes e gritos no ouvido. Como conseqüência dos maus tratos dos colegas precisou de ajuda médica. O diagnóstico apontou manifestação de fobias; dificuldade para ir à escola; insônia; terror noturno; e sintomas psicossomáticos, como enxaqueca e dores abdominais. Passou a ser tratada com antidepressivos e no fim do ano letivo, mudou de colégio.
Para o relator do recurso no T-RJ, desembargador Ademir Paulo pimentel, a escola onde a menina estudava tinha culpa nos fatos: “Com efeito, o colégio réu tomou algumas medidas na tentativa de contornar a situação, contudo, tais providências foram inócuas para solucionar o problema, tendo em vista que as agressões se perpetuaram pelo ano letivo. Talvez porque o estabelecimento de ensino apelado não atentou para o papel da escola como instrumento de inclusão social, sobretudo no caso de crianças tidas como diferentes”, sustentou em seu voto.
Em Campo Grande, um estudante do 8º ano do ensino fundamental de uma escola pública foi forçado a entregar ao menos R$ 1 mil a um ex-colega de sala da mesma idade por conta de seguidas ameaças de espancamento e até de morte. As ameaças já duravam um ano, até que um policial apreendeu o adolescente pegando R$ 50,00 da vítima num terminal de ônibus da cidade.
A delegada Aline Finnott Lopes, chefe da Delegacia de Atendimento a Infância e Juventude concluiu o inquérito e mandou para Ministério Público Estadual. Lá, o promotor Sérgio Harfouche, da 27ª Vara da Infância e da Adolescência firmou Termo de Ajuste de Conduta pelo qual o adolescente terá de cumprir tarefas na escola, como limpar pátio e lavar louça da merenda escolar, além de participar de curso de orientação contra bullying.
Houve também um caso de cyberbullying. Um adolescente entrou com ação de indenização na Comarca de Carazinho alegando que fotos suas foram copiadas e alteradas, dando origem a um fotolog criado em seu nome e hospedado na página do provedor Terra Networks Brasil S.A.
No endereço foram postadas mensagens levianas e ofensivas. Além disso, foram feitas montagens fotográficas nas quais o autor aparece ora com chifres, ora com o rosto ligado a um corpo de mulher.
Segundo ele, após insistência e denúncias por mais de um mês, o provedor cancelou o fotolog. Na sequência, o autor começou a receber e-mails com conteúdo ofensivo, razão pela qual providenciou registro de ocorrência policial e ingressou com Ação Cautelar para que o provedor fornecesse dados sobre a identidade do proprietário do computador de onde as mensagens foram postadas, chegando ao nome da mãe de um colega de classe.
Os fatos ocorreram enquanto o autor ainda era adolescente e, segundo ele, foram muito prejudiciais, a ponde dele procurar ajuda psicológica para se reerguer. Por essas razões, sustentou que a mãe do criador da página deveria ser responsabilizada, já que as mensagens partiram de seu computador, bem como o provedor, por permitir a divulgação do fotolog. A justiça entendeu e proferiu em sentença que mãe deveria de pagar indenização de R$ 5 mil pelos danos causados ao colega de classe de seu filho.
A defensora pública Tânia Regina de Matos, de Campo Grande (MS), que faz parte do projeto “Defensoria vai à Escola”, afirma: “É importante haver proporcionalidade, ou seja, a punição aplicada tem de ser proporcional ao bullying praticado”. Essa é uma questão delicada, pois gozações e chacotas sempre fizeram parte do universo das escolas e até da natureza humana.
Tânia Regina explica que há todo um trâmite antes que a Defensoria entre com ação contra a escola por danos morais. Primeiro, é recomendado ao aluno vítima de bullying travar diálogo com o agressor. Se não apresentar resultado, a vítima deve procurar a coordenadora e por fim, a diretora da escola. Se todas as instâncias não resolverem, é a vez de a Defensoria, que tentará intimar o autor das agressões. Se ainda assim não resolver, o órgão entrará com ação contra a escola. Para Tânia, seria interessante uma lei tipificando o que é bullying e o que não é.
A tipificação é um dos diferenciais do anteprojeto de lei proposto pelo MP de São Paulo. Segundo Mario Augusto Bruno Neto, promotor de Justiça da Infância e Juventude da Capital, não existem projetos com esse enfoque. O MP quer que o bullying sejam considerado crime, com pena de um a quatro anos de reclusão, além de multa.
Prevê ainda que caso o bullying seja cometido por mais de uma pessoa, por meio eletrônico ou outro tipo de mídia (caso do cyberbullying), a pena será aumentada de um terço até a metade. Para uma lesão grave, é previsto reclusão de cindo a dez anos. Em caso de morte, reclusão de 12 a 30 anos, além de multa prevista para homicídios.
Como o bullying e o cyberbullying são praticados na imensa maioria dos casos por crianças e adolescentes, os promotores vão precisar adaptar a tipificação penal dessas práticas ao que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O anteprojeto será submetido, no dia 3 de junho a aprovação na promotoria e depois, encaminhado ao procurador-geral do MP-SP, Fernando Grella, que deverá enviar o texto a um deputado para que o documento seja encaminhado ao Congresso.
Atualmente, a justiça enquadra casos desse tipo como crime de injúria ou lesão corporal. Entende-se como sendo injúria ofensa verbal, ou escrita, agravada por atos de violência ou utilização de elementos que denotem preconceito de cor, raça, etnia e religião. A pena varia de seis meses a três anos ou multa. Já lesão corporal consiste em ofender a integridade corporal ou a saúde. Pena de detenção de três meses a um ano. Se for grave, reclusão, de um a cinco anos.
Para o advogado Mauro César Arjona, professor de Direito Penal e Prática Penal e Processual Penal na PUC-SP, o anteprojeto do MP é ilógico e desnecessário. Diz também que a iniciativa nasceu no clamor da chacina de Realengo. “Não precisamos de lei para isso, a Constituição já possui as ferramentas necessárias para punir esses casos”, argumenta Arjona. O advogado acredita que o assunto deve ser tratado por pedagogos e psicólogos.
Ele concorda que a escola deve ser responsável civilmente e em circunstâncias específicas, talvez o pai, caso demonstrado que ele incita esse tipo de comportamento, já que em 90% dos casos quem pratica bullying é inimputável.
Fonte: Consultor Jurídico
Simpósio em São Bernardo discute bullying
Assunto em alta no momento, principalmente no ambiente escolar, será discutido amanhã em São Bernardo. Trata-se do 1° Simpósio sobre Bullying no Grande ABC, que ocorre entre 8h30 e 12h30, no auditório da Escola Senai Mario Amato (Avenida José Odorizzi, 1.555, no bairro Assunção). Paralelamente, tramita na Câmara dos Deputados projeto de lei que dispõe sobre o desenvolvimento de políticas de combate ao problema mundial por parte das instituições de ensino público e privado.
Sem termo equivalente na língua portuguesa, define-se universalmente por bullying como "conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento". Essa violência é encontrada em todas as escolas e vem se disseminado nos últimos anos, mas só recentemente está sendo estudado no Brasil.
Para discutir o tema e buscar soluções, o encontro reunirá especialistas das áreas de Educação e Jurídica. O juiz da Vara da Infância e da Juventude de São Bernardo, Luiz Carlos Ditommaso, abre o simpósio. Em seguida, a palestra será comandada pela educadora Cléo Fante, autora do livro Fenômeno Bullying, que desde 2000 pesquisa sobre a violência nas escolas. O encerramento se dará com a advogada Juliana Abrusio, professora da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
A organização é da Comissão de Segurança Pública e Cidadania da Câmara Federal. A autora do projeto de lei é a deputada Sueli Vidigal (PDT-ES), que tem o deputado William Dib (PSDB-SP), ex-prefeito de São Bernardo, como relator. O parlamentar pretende realizar plenárias para discutir o tema com especialistas e incluir as soluções no documento.
O problema do bullying ainda carece de informações consistentes para esclarecer mitos e criar programas e multiplicadores no combate aos casos de violência nas escolas. Segundo especialistas, as causas desse tipo de comportamento são inúmeras e variadas. Entre elas, carência afetiva, ausência de limites e de práticas educativas dos pais, como maus-tratos físicos e explosões emocionais violentas.
Para a autora Cléo, as consequências as vítimas de bullying são graves e abrangentes. No âmbito escolar, provoca desde o desinteresse pela instituição e deficit de concentração e aprendizagem até a queda de rendimento, absentismo e evasão escolar.
Fonte: Diário do Grande ABC
Sem termo equivalente na língua portuguesa, define-se universalmente por bullying como "conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento". Essa violência é encontrada em todas as escolas e vem se disseminado nos últimos anos, mas só recentemente está sendo estudado no Brasil.
Para discutir o tema e buscar soluções, o encontro reunirá especialistas das áreas de Educação e Jurídica. O juiz da Vara da Infância e da Juventude de São Bernardo, Luiz Carlos Ditommaso, abre o simpósio. Em seguida, a palestra será comandada pela educadora Cléo Fante, autora do livro Fenômeno Bullying, que desde 2000 pesquisa sobre a violência nas escolas. O encerramento se dará com a advogada Juliana Abrusio, professora da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
A organização é da Comissão de Segurança Pública e Cidadania da Câmara Federal. A autora do projeto de lei é a deputada Sueli Vidigal (PDT-ES), que tem o deputado William Dib (PSDB-SP), ex-prefeito de São Bernardo, como relator. O parlamentar pretende realizar plenárias para discutir o tema com especialistas e incluir as soluções no documento.
O problema do bullying ainda carece de informações consistentes para esclarecer mitos e criar programas e multiplicadores no combate aos casos de violência nas escolas. Segundo especialistas, as causas desse tipo de comportamento são inúmeras e variadas. Entre elas, carência afetiva, ausência de limites e de práticas educativas dos pais, como maus-tratos físicos e explosões emocionais violentas.
Para a autora Cléo, as consequências as vítimas de bullying são graves e abrangentes. No âmbito escolar, provoca desde o desinteresse pela instituição e deficit de concentração e aprendizagem até a queda de rendimento, absentismo e evasão escolar.
Fonte: Diário do Grande ABC
sábado, 28 de maio de 2011
Ministério Público pune a prática com decisão inédita, rápida e rigorosa
Em decisão inédita, rápida e rigorosa, o Ministério Público Estadual (MPE) puniu a prática de bullying em Mato Grosso do Sul. No contexto da medida, um adolescente de 13 anos acusado de extorquir dinheiro de um outro menor da mesma idade, colega de escola, será obrigado a ajudar no atendimento à merenda no estabelecimento e também a devolver o dinheiro que foi tomado da vítima mediante ameaças de agressão.
O adolescente acabou sendo inserido no programa de Práticas de Ações Educativas (PAE), onde o objetivo não é necessariamente punir, mas sim, educar. Com isso o MPE deixou de representar judicialmente contra ele pela prática de ato infracional
Fonte: Correio do Estado MS
O adolescente acabou sendo inserido no programa de Práticas de Ações Educativas (PAE), onde o objetivo não é necessariamente punir, mas sim, educar. Com isso o MPE deixou de representar judicialmente contra ele pela prática de ato infracional
Fonte: Correio do Estado MS
Filme de agressão de adolescentes reacende dores do bullying
Vídeo de rapariga de 13 anos a ser agredida por duas adolescentes de 15 e 16 anos voltou a abrir feridas. Como enfrentar o bullying? Como reagir a tanta violência? Como explicar a passividade de quem observa? Como encarar o problema? Todos os intervenientes foram identificados e os pais da menor já apresentaram queixa.
O filme colocado no Facebook e no YouTube, entretanto retirado, da agressão a uma aluna de 13 anos, do 8.º ano da Escola Secundária Padre Alberto Neto, em Queluz, voltou a trazer à superfície o fenómeno do bullying. Os comentários dos especialistas sucedem-se nos meios de comunicação social e as perguntas multiplicam-se. Como lidar com a situação? Como explicar tamanha violência? Que apoio dar à vítima, que ajuda psicológica prestar às agressoras? Qual o verdadeiro objetivo de quem publicou as imagens nas redes sociais: denunciar ou divertir-se? É necessário punir ou responsabilizar? O debate está, uma vez mais, lançado. E as respostas não são fáceis.
Tudo aconteceu nas traseiras de uma rua em Benfica, perto do centro comercial Colombo. Não foi em nenhuma escola. A agressão começa com uma troca amarga de palavras e a rapariga mais nova, de 13 anos, acaba por ser pontapeada na cabeça e em várias zonas do corpo. Vários jovens assistem ao episódio sem nada fazerem para que o episódio de violência termine. E há quem registe o momento que está a chocar o país. As autoridades policiais já identificaram todos os intervenientes: as agressoras de 15 e 16 anos, que frequentam um Curso de Educação e Formação numa escola da Póvoa de Santo Adrião; e o autor do vídeo, um ex-aluno da Alberto Neto, de 18 anos, com antecedentes criminais pela prática de crimes violentos - e que, no início desta semana, tinha sido detido pelo roubo de um telemóvel, libertado de seguida e sujeito a apresentações periódicas na esquadra da sua área de residência.
Estaladas, puxões de cabelo e pontapés. A vítima já foi submetida a exames médico-legais, para se perceber a gravidade das agressões, e os seus pais já apresentaram queixa nas autoridades policiais, depois de terem sido ouvidos pela PSP. A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa informou, entretanto, que como uma das agressoras ainda não tem 16 anos está a ser extraída uma certidão para remessa, ao Tribunal de Família e Menores de Lisboa, para que seja instaurado um inquérito tutelar educativo. A cena de violência numa rua de Benfica poderá configurar um crime de ofensas corporais qualificadas e o caso está a ser investigado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP). Os factos provados e a avaliação da personalidade dos agressores serão determinantes e as "penas" podem passar por uma admoestação ao internamento num centro educativo.
O diretor da Escola Padre Alberto Neto, José Brazão, garante que "está tudo tranquilo" e que não houve reações por parte dos alunos e dos pais. E quando a situação chegou ao seu conhecimento, avisou a associação de pais do estabelecimento de ensino. O responsável considera que não se pode chamar bullying ao que aconteceu com a aluna da sua escola. "Aplica-se o bullying a todos os acontecimentos. O bullying é uma ação continuada de um grupo e não penso ser esse o caso, penso tratar-se de uma agressão isolada - e não é bullying", referiu ao EDUCARE.PT. José Brazão lamenta o que aconteceu à aluna agredida e garante que o quotidiano escolar decorre na normalidade.
Para Tânia Paias, psicóloga clínica e coordenadora do Portal Bullying, o vídeo mostra um incitamento à violência e, em seu entender, é muito preocupante que os jovens que assistem não tenham assumido uma postura ativa. "Retiram a gravidade da situação e observam-na como se de um desentendimento se tratasse." "Do meu ponto de vista, parece haver um défice ao nível da perceção da violência para estes jovens, uma vez que nenhum foi capaz de se aperceber da gravidade da situação, assim como observam-na com a intenção de fazê-la chegar ao Facebook para que outros tantos possam ver um 'luta entre raparigas'", refere ao EDUCARE.PT.
O que fazer? A responsável defende que é necessário trabalhar com esses jovens na contenção de impulsos, na perceção da realidade, na capacidade de autorregulação, a encontrar formas mais adequadas para expressar o desagrado. "Num caso destes, temos de responsabilizar os intervenientes, é necessário que percebam a gravidade da situação." Em seu entender, é importante ajudar esses adolescentes ao nível dos comportamentos disruptivos. "Faz parte da adolescência transgredir, testar os limites, mas o essencial é que se perceba quais são esses limites e adequá-los ao viver em sociedade", afirma.
A coordenadora do Portal Bullying defende que os pais devem ensinar os filhos a refletirem sobre os seus atos e as escolas trabalhar a adequação da agressividade e ensinar a partilha, a empatia e o viver em sociedade. "É importante explorar esta questão da violência, adequá-la, trabalhá-la mediante programas de prevenção; existem disciplinas excelentes para podermos criar dinâmicas que abordem esta problemática", sublinha.
Cinco agressões por dia
A agressão está a agitar a sociedade portuguesa. O Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados disponibilizou apoio jurídico aos pais da adolescente agredida e classificou de brutal e chocante a forma como os meios de comunicação social estão a divulgar o que aconteceu. E emitiu a sua opinião em comunicado: "A divulgação, pública e reiterada, pela comunicação social, de uma filmagem em que uma menor é brutalmente espancada por duas outras perante a passividade - e até o incitamento - dos restantes circunstantes é merecedora de um indignado comentário do Conselho Distrital da Ordem dos Advogados por ser atentatória dos Direitos Humanos."
Armando Leandro, presidente da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), também reagiu e lembrou que todos têm um papel na comunidade. "As famílias, os jovens, as instituições e os tribunais devem ter em conta situações como as de Benfica, porque todos são responsáveis pela prevenção primária", referiu, em declarações ao jornal Público. Os últimos dados da CNPCJR, relativos a 2009, revelam que os maus-tratos físicos são a quinta problemática mais sinalizada, entre 17 identificadas, e que são mais frequentes na faixa etária dos seis aos dez anos. Todos os dias, há cinco episódios de maus-tratos físicos entre crianças e jovens.
O mais recente estudo coordenado pela psicóloga, investigadora e professora da Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa, Margarida Gaspar de Matos, revela que 59,4% dos adolescentes portugueses já assistiram a situações de provocação na escola ou num local próximo. E cerca de metade dessa percentagem confessou nada ter feito nesse momento e 10,7% admitiram ter incentivado o provocador.
O tempo que os processos judiciais que envolvem menores demoram a ser resolvidos também acaba por entrar na conversa. "O conhecimento que tenho do que se passa nos tribunais de família e menores é que não conseguem cumprir o prazo e duram mais do que seria aconselhável e, às vezes, perdem o efeito educador", alertou Joana Vidal, presidente da Associação de Apoio à Vítima e especialista em Direito de Menores, em declarações à Lusa. A responsável defende apoio psicológico para problemas complexos e mais importante do que punir, importa responsabilizar. "O que observamos na experiência de apoio às vítimas é que a transmissão potencia o grau de humilhação e vitimação, porque esses sentimentos são muito mais profundos", acrescentou.
"Proteja o seu filho do bullying" é um livro de Allan Beane, editado pela Porto Editora. Beane teve um filho vítima de bullying que acabou por se refugiar numa substância ilegal e perdeu a vida. O pai não quis deixar passar em claro a dor do filho e publicou a obra. "O bullying pode ser encontrado em qualquer vizinhança, área educativa e escola. Para que se consiga prevenir e reduzir o bullying, é necessário que haja um esforço sistemático em cada escola. É imperativo que haja um empenho global, ao nível de todo o sistema, para que seja possível prevenir e acabar com o bullying", escreve no prefácio. "O facto de negar ou ignorar o bullying é a pior coisa que pode acontecer que pode acontecer a uma criança, escola ou comunidade", acrescenta. Ao longo de 13 capítulos, o autor fala de sinais de alerta, comportamentos, e de qual deve ser o papel da escola, da família, dos amigos.
Fonte: educare.pt
O filme colocado no Facebook e no YouTube, entretanto retirado, da agressão a uma aluna de 13 anos, do 8.º ano da Escola Secundária Padre Alberto Neto, em Queluz, voltou a trazer à superfície o fenómeno do bullying. Os comentários dos especialistas sucedem-se nos meios de comunicação social e as perguntas multiplicam-se. Como lidar com a situação? Como explicar tamanha violência? Que apoio dar à vítima, que ajuda psicológica prestar às agressoras? Qual o verdadeiro objetivo de quem publicou as imagens nas redes sociais: denunciar ou divertir-se? É necessário punir ou responsabilizar? O debate está, uma vez mais, lançado. E as respostas não são fáceis.
Tudo aconteceu nas traseiras de uma rua em Benfica, perto do centro comercial Colombo. Não foi em nenhuma escola. A agressão começa com uma troca amarga de palavras e a rapariga mais nova, de 13 anos, acaba por ser pontapeada na cabeça e em várias zonas do corpo. Vários jovens assistem ao episódio sem nada fazerem para que o episódio de violência termine. E há quem registe o momento que está a chocar o país. As autoridades policiais já identificaram todos os intervenientes: as agressoras de 15 e 16 anos, que frequentam um Curso de Educação e Formação numa escola da Póvoa de Santo Adrião; e o autor do vídeo, um ex-aluno da Alberto Neto, de 18 anos, com antecedentes criminais pela prática de crimes violentos - e que, no início desta semana, tinha sido detido pelo roubo de um telemóvel, libertado de seguida e sujeito a apresentações periódicas na esquadra da sua área de residência.
Estaladas, puxões de cabelo e pontapés. A vítima já foi submetida a exames médico-legais, para se perceber a gravidade das agressões, e os seus pais já apresentaram queixa nas autoridades policiais, depois de terem sido ouvidos pela PSP. A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa informou, entretanto, que como uma das agressoras ainda não tem 16 anos está a ser extraída uma certidão para remessa, ao Tribunal de Família e Menores de Lisboa, para que seja instaurado um inquérito tutelar educativo. A cena de violência numa rua de Benfica poderá configurar um crime de ofensas corporais qualificadas e o caso está a ser investigado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP). Os factos provados e a avaliação da personalidade dos agressores serão determinantes e as "penas" podem passar por uma admoestação ao internamento num centro educativo.
O diretor da Escola Padre Alberto Neto, José Brazão, garante que "está tudo tranquilo" e que não houve reações por parte dos alunos e dos pais. E quando a situação chegou ao seu conhecimento, avisou a associação de pais do estabelecimento de ensino. O responsável considera que não se pode chamar bullying ao que aconteceu com a aluna da sua escola. "Aplica-se o bullying a todos os acontecimentos. O bullying é uma ação continuada de um grupo e não penso ser esse o caso, penso tratar-se de uma agressão isolada - e não é bullying", referiu ao EDUCARE.PT. José Brazão lamenta o que aconteceu à aluna agredida e garante que o quotidiano escolar decorre na normalidade.
Para Tânia Paias, psicóloga clínica e coordenadora do Portal Bullying, o vídeo mostra um incitamento à violência e, em seu entender, é muito preocupante que os jovens que assistem não tenham assumido uma postura ativa. "Retiram a gravidade da situação e observam-na como se de um desentendimento se tratasse." "Do meu ponto de vista, parece haver um défice ao nível da perceção da violência para estes jovens, uma vez que nenhum foi capaz de se aperceber da gravidade da situação, assim como observam-na com a intenção de fazê-la chegar ao Facebook para que outros tantos possam ver um 'luta entre raparigas'", refere ao EDUCARE.PT.
O que fazer? A responsável defende que é necessário trabalhar com esses jovens na contenção de impulsos, na perceção da realidade, na capacidade de autorregulação, a encontrar formas mais adequadas para expressar o desagrado. "Num caso destes, temos de responsabilizar os intervenientes, é necessário que percebam a gravidade da situação." Em seu entender, é importante ajudar esses adolescentes ao nível dos comportamentos disruptivos. "Faz parte da adolescência transgredir, testar os limites, mas o essencial é que se perceba quais são esses limites e adequá-los ao viver em sociedade", afirma.
A coordenadora do Portal Bullying defende que os pais devem ensinar os filhos a refletirem sobre os seus atos e as escolas trabalhar a adequação da agressividade e ensinar a partilha, a empatia e o viver em sociedade. "É importante explorar esta questão da violência, adequá-la, trabalhá-la mediante programas de prevenção; existem disciplinas excelentes para podermos criar dinâmicas que abordem esta problemática", sublinha.
Cinco agressões por dia
A agressão está a agitar a sociedade portuguesa. O Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados disponibilizou apoio jurídico aos pais da adolescente agredida e classificou de brutal e chocante a forma como os meios de comunicação social estão a divulgar o que aconteceu. E emitiu a sua opinião em comunicado: "A divulgação, pública e reiterada, pela comunicação social, de uma filmagem em que uma menor é brutalmente espancada por duas outras perante a passividade - e até o incitamento - dos restantes circunstantes é merecedora de um indignado comentário do Conselho Distrital da Ordem dos Advogados por ser atentatória dos Direitos Humanos."
Armando Leandro, presidente da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), também reagiu e lembrou que todos têm um papel na comunidade. "As famílias, os jovens, as instituições e os tribunais devem ter em conta situações como as de Benfica, porque todos são responsáveis pela prevenção primária", referiu, em declarações ao jornal Público. Os últimos dados da CNPCJR, relativos a 2009, revelam que os maus-tratos físicos são a quinta problemática mais sinalizada, entre 17 identificadas, e que são mais frequentes na faixa etária dos seis aos dez anos. Todos os dias, há cinco episódios de maus-tratos físicos entre crianças e jovens.
O mais recente estudo coordenado pela psicóloga, investigadora e professora da Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa, Margarida Gaspar de Matos, revela que 59,4% dos adolescentes portugueses já assistiram a situações de provocação na escola ou num local próximo. E cerca de metade dessa percentagem confessou nada ter feito nesse momento e 10,7% admitiram ter incentivado o provocador.
O tempo que os processos judiciais que envolvem menores demoram a ser resolvidos também acaba por entrar na conversa. "O conhecimento que tenho do que se passa nos tribunais de família e menores é que não conseguem cumprir o prazo e duram mais do que seria aconselhável e, às vezes, perdem o efeito educador", alertou Joana Vidal, presidente da Associação de Apoio à Vítima e especialista em Direito de Menores, em declarações à Lusa. A responsável defende apoio psicológico para problemas complexos e mais importante do que punir, importa responsabilizar. "O que observamos na experiência de apoio às vítimas é que a transmissão potencia o grau de humilhação e vitimação, porque esses sentimentos são muito mais profundos", acrescentou.
"Proteja o seu filho do bullying" é um livro de Allan Beane, editado pela Porto Editora. Beane teve um filho vítima de bullying que acabou por se refugiar numa substância ilegal e perdeu a vida. O pai não quis deixar passar em claro a dor do filho e publicou a obra. "O bullying pode ser encontrado em qualquer vizinhança, área educativa e escola. Para que se consiga prevenir e reduzir o bullying, é necessário que haja um esforço sistemático em cada escola. É imperativo que haja um empenho global, ao nível de todo o sistema, para que seja possível prevenir e acabar com o bullying", escreve no prefácio. "O facto de negar ou ignorar o bullying é a pior coisa que pode acontecer que pode acontecer a uma criança, escola ou comunidade", acrescenta. Ao longo de 13 capítulos, o autor fala de sinais de alerta, comportamentos, e de qual deve ser o papel da escola, da família, dos amigos.
Fonte: educare.pt
Diretora diz que "bullying" foi provocado pela própria vítima
Menino passava por orientação psicológica devido ao comportamento que apresentava, afirma diretora
Por Andréia Foeger (afoeger@eshoje.com.br).
"Ele é sempre o mentor das brigas", essa é a firmação da diretora da escola estadual Elice Baptista Gáudio, em Serra dourada II, na Serra, em relação ao aluno de 8 anos que apanhou do pai na tarde desta quarta-feira (26), durante horário de aula na instituição. Ao flagrar o filho brigando com outros alunos, o representante comercial, de 42 anos, deu duas chineladas no menino. O pai justificou o ato alegando que a criança sempre apanhou de outros colegas e de tanto ser vítima, acabou tornando-se agressor.
Entretanto, a diretora Márcia Amaral de Assis, que ocupa o cargo desde novembro do ano passado, diz que a história não exatamente essa. Ela garante que o menino sempre foi o responsável pelas brigas, e que nunca foi vítima de bullying. "Muito pelo contrário. Ele sempre era o mentor das brigas. Ele tem problemas por conta da família", afirmou. Após o episódio a diretora acionou o Conselho Tutelar do município solicitando acompanhamento do caso.
Segundo Márcia, a mãe do estudante visitava a instituição com freqüência dado o comportamento do filho. Além disso, acrescentou que o menino já passava por acompanhamento psicológico. "Ele já vem sendo acompanhado. Temos parcerias com psicólogos e terapeutas. Inclusive nossa escola é referência em tratamento para alunos com necessidades especiais", disse a diretora.
Márcia informou ainda que, ao identificar casos de bullying na escola, a família é imediatamente acionada e incentivada a comparecer à instituição de ensino para o acompanhamento do estudante.
Por meio de nota a Sedu informou que a direção da escola não havia sido informada sobre as supostas ameaças ao garoto. A presença do pai do aluno na instituição é parte de um projeto pedagógico, desenvolvido a fim de que o menino melhorasse seu desempenho.
A direção destaca que esse método é adotado em casos de estudantes com algum problema na escola e sempre apresenta resultados positivos. Diante do episódio de ontem, a direção tomou todas as providências para resolver o problema e comunicou o caso ao Conselho Tutelar.
A direção ressalta ainda que os pais desse aluno solicitaram a transferência do filho para outra escola. A direção se coloca à disposição para ajudar no processo de transferência e na busca de vaga em outra unidade de ensino. A Superintendência Regional de Educação de Carapina e a direção da escola informam que vão apurar o caso e tomar as medidas necessárias.
Entenda o caso
Na tarde desta quarta-feira (26), um menino de 8 ano foi agredido pelo próprio pai dentro da unidade de ensino Elice Baptista Gáudio, na Serra. O menino tomou duas chineladas na frente dos colegas, ao ser flagrado brigando com outra criança.
Dadas as constantes brigas nas quais o garoto se envolvia, a família precisou assinar um termo, se comprometendo em acompanhar a rotina do filho na escola. E no cumprimento de uma dessas vistas rotineiras, o pai presenciou a cena. Além de insultos e agressões físicas, o menino diz que era obrigado pelos colegas a pagar R$ 10,00 por dia para não apanhar. Contudo, a direção da escola nega que os fatos estivessem ocorrendo.
Fonte: ESHoje
Por Andréia Foeger (afoeger@eshoje.com.br).
"Ele é sempre o mentor das brigas", essa é a firmação da diretora da escola estadual Elice Baptista Gáudio, em Serra dourada II, na Serra, em relação ao aluno de 8 anos que apanhou do pai na tarde desta quarta-feira (26), durante horário de aula na instituição. Ao flagrar o filho brigando com outros alunos, o representante comercial, de 42 anos, deu duas chineladas no menino. O pai justificou o ato alegando que a criança sempre apanhou de outros colegas e de tanto ser vítima, acabou tornando-se agressor.
Entretanto, a diretora Márcia Amaral de Assis, que ocupa o cargo desde novembro do ano passado, diz que a história não exatamente essa. Ela garante que o menino sempre foi o responsável pelas brigas, e que nunca foi vítima de bullying. "Muito pelo contrário. Ele sempre era o mentor das brigas. Ele tem problemas por conta da família", afirmou. Após o episódio a diretora acionou o Conselho Tutelar do município solicitando acompanhamento do caso.
Segundo Márcia, a mãe do estudante visitava a instituição com freqüência dado o comportamento do filho. Além disso, acrescentou que o menino já passava por acompanhamento psicológico. "Ele já vem sendo acompanhado. Temos parcerias com psicólogos e terapeutas. Inclusive nossa escola é referência em tratamento para alunos com necessidades especiais", disse a diretora.
Márcia informou ainda que, ao identificar casos de bullying na escola, a família é imediatamente acionada e incentivada a comparecer à instituição de ensino para o acompanhamento do estudante.
Por meio de nota a Sedu informou que a direção da escola não havia sido informada sobre as supostas ameaças ao garoto. A presença do pai do aluno na instituição é parte de um projeto pedagógico, desenvolvido a fim de que o menino melhorasse seu desempenho.
A direção destaca que esse método é adotado em casos de estudantes com algum problema na escola e sempre apresenta resultados positivos. Diante do episódio de ontem, a direção tomou todas as providências para resolver o problema e comunicou o caso ao Conselho Tutelar.
A direção ressalta ainda que os pais desse aluno solicitaram a transferência do filho para outra escola. A direção se coloca à disposição para ajudar no processo de transferência e na busca de vaga em outra unidade de ensino. A Superintendência Regional de Educação de Carapina e a direção da escola informam que vão apurar o caso e tomar as medidas necessárias.
Entenda o caso
Na tarde desta quarta-feira (26), um menino de 8 ano foi agredido pelo próprio pai dentro da unidade de ensino Elice Baptista Gáudio, na Serra. O menino tomou duas chineladas na frente dos colegas, ao ser flagrado brigando com outra criança.
Dadas as constantes brigas nas quais o garoto se envolvia, a família precisou assinar um termo, se comprometendo em acompanhar a rotina do filho na escola. E no cumprimento de uma dessas vistas rotineiras, o pai presenciou a cena. Além de insultos e agressões físicas, o menino diz que era obrigado pelos colegas a pagar R$ 10,00 por dia para não apanhar. Contudo, a direção da escola nega que os fatos estivessem ocorrendo.
Fonte: ESHoje
As marcas indeléveis do bullying
Jacir J. Venturi
A vítima do bullying sofre pela rejeição, pelo não pertencimento ao grupo. É um sentimento que dói intensamente, mais do que se infere das palavras do filósofo norte-americano William James : “O princípio mais profundamente enraizado na natureza humana é a ânsia de ser apreciado.”
Onde mais se pratica o bullying é na escola e esta é um laboratório para a vida adulta. Evidentemente o mundo do trabalho é competitivo e em determinados momentos a tolerância às hostilidades é necessária. Esse aprendizado deve ser gradual – não pontualmente intenso, uma característica do bullying – para que a consciência e a razão introjetem os ensinamentos de que o caminho a ser percorrido na vida não é plano, florido e pavimentado. Quem não foi alvo de apelidos, gozações, ofensas em sua trajetória escolar? Em boa medida, a escola deve punir. No entanto, a palavra bullying está sendo empregada indiscriminadamente. O ambiente escolar é um cadinho dos humanos e é ilusão aspirar a que estudantes se comportem como noviças numa clausura.
Num crescendo, o educando vai assimilando as oportunas lições das alegrias e agruras na convivência com outras crianças e adolescentes e destarte torna-se mais robusto para o enfrentamento dos desafios e frustrações. As raízes de um carvalho só se fortalecem pela ação das inclementes rajadas de vento. E cada vitória tem o sabor de uma perdoável vingança, como as palavras de Kate Winslet – vítima de bullying por ser uma adolescente rechonchudinha – ao receber o Oscar de melhor atriz, por sua atuação em Titanic: “Lá do palco, quando olhei a plateia, não vi nenhum dos meus agressores.”
Neste espectro, há um outro extremo, fruto de bullies (agressores) sistemáticos e que agem sadicamente sobre vítimas portadoras de desequilíbrios ou com elevada sensibilidade. É um solo minado, com consequências nefastas, como a tragédia numa escola de Realengo (RJ). Wellington de Oliveira, franzino e introspectivo, foi alvo constante na escola de seus colegas algozes. Um legado trágico sucede suas palavras escritas na véspera: “Muitas vezes aconteceu comigo de ser agredido por um grupo e todos os que estavam por perto se divertiam com as humilhações que eu sofria, sem se importar com os meus sentimentos.
Essa violência repetida e praticada entre iguais deixaram marcas leves em Kate e profundas em Wellington. São marcas que geraram sofrimento, provocadas pela insensibilidade moral do bully (agressor). Nós, educadores, devemos atacar as causas para que a consciência não nos acuse quando vierem as consequências. A intensidade do bullying indica o quanto moralmente a escola está comprometida. É responsabilidade dos gestores e professores duas frentes de combate: prevenção e ação. É preventiva a implementação de uma cultura de respeito, tolerância e aceitação de que somos diversos, mas não adversos. Ação vigilante, pro-ativa e punitiva sobre os agressores. Em resumo: ação como remédio e prevenção pelo comportamento ético.
*Jacir J. Venturi é diretor de escola, professor e autor de livros.
Fonte: Agora Paraná
A vítima do bullying sofre pela rejeição, pelo não pertencimento ao grupo. É um sentimento que dói intensamente, mais do que se infere das palavras do filósofo norte-americano William James : “O princípio mais profundamente enraizado na natureza humana é a ânsia de ser apreciado.”
Onde mais se pratica o bullying é na escola e esta é um laboratório para a vida adulta. Evidentemente o mundo do trabalho é competitivo e em determinados momentos a tolerância às hostilidades é necessária. Esse aprendizado deve ser gradual – não pontualmente intenso, uma característica do bullying – para que a consciência e a razão introjetem os ensinamentos de que o caminho a ser percorrido na vida não é plano, florido e pavimentado. Quem não foi alvo de apelidos, gozações, ofensas em sua trajetória escolar? Em boa medida, a escola deve punir. No entanto, a palavra bullying está sendo empregada indiscriminadamente. O ambiente escolar é um cadinho dos humanos e é ilusão aspirar a que estudantes se comportem como noviças numa clausura.
Num crescendo, o educando vai assimilando as oportunas lições das alegrias e agruras na convivência com outras crianças e adolescentes e destarte torna-se mais robusto para o enfrentamento dos desafios e frustrações. As raízes de um carvalho só se fortalecem pela ação das inclementes rajadas de vento. E cada vitória tem o sabor de uma perdoável vingança, como as palavras de Kate Winslet – vítima de bullying por ser uma adolescente rechonchudinha – ao receber o Oscar de melhor atriz, por sua atuação em Titanic: “Lá do palco, quando olhei a plateia, não vi nenhum dos meus agressores.”
Neste espectro, há um outro extremo, fruto de bullies (agressores) sistemáticos e que agem sadicamente sobre vítimas portadoras de desequilíbrios ou com elevada sensibilidade. É um solo minado, com consequências nefastas, como a tragédia numa escola de Realengo (RJ). Wellington de Oliveira, franzino e introspectivo, foi alvo constante na escola de seus colegas algozes. Um legado trágico sucede suas palavras escritas na véspera: “Muitas vezes aconteceu comigo de ser agredido por um grupo e todos os que estavam por perto se divertiam com as humilhações que eu sofria, sem se importar com os meus sentimentos.
Essa violência repetida e praticada entre iguais deixaram marcas leves em Kate e profundas em Wellington. São marcas que geraram sofrimento, provocadas pela insensibilidade moral do bully (agressor). Nós, educadores, devemos atacar as causas para que a consciência não nos acuse quando vierem as consequências. A intensidade do bullying indica o quanto moralmente a escola está comprometida. É responsabilidade dos gestores e professores duas frentes de combate: prevenção e ação. É preventiva a implementação de uma cultura de respeito, tolerância e aceitação de que somos diversos, mas não adversos. Ação vigilante, pro-ativa e punitiva sobre os agressores. Em resumo: ação como remédio e prevenção pelo comportamento ético.
*Jacir J. Venturi é diretor de escola, professor e autor de livros.
Fonte: Agora Paraná
Agressão física e psicológica caracteriza bullying no relacionamento
Muito se tem discutido sobre como a prática do bullying está afetando a sociedade de modo geral. Geralmente, associamos a prática a situações escolares e a grupos de jovens, mas, ao analisar o significado da palavra, podemos compreender como a prática pode ser mais abrangente e afetar outros grupos de pessoas.
A palavra bullying deriva do inglês "bully", que significa ameaçar, maltratar, oprimir e assustar. O termo tem sido utilizado em diversos países para classificar atitudes e comportamentos agressivos, ameaçadores, amedrontadores e cruéis em todos os tipos de relações interpessoais.
Portanto, como a própria definição da palavra esclarece, o bullying é algo que pode estar presente e afetar de forma negativa qualquer tipo de relação, inclusive o relacionamento do casal.
Muitas relações são marcadas por violência física e psicológica. O bullying tende a agredir principalmente o aspecto psicológico da pessoa, através de ameaças constantes, comentários excessivamente negativos, atitudes de rebaixamento e humilhação.
As vitimas de bullying no relacionamento, assim como as crianças e jovens vitimas de bullying na escola, apresentam sinais de timidez, baixa autoestima, sensação de incapacidade e impotência, fobia social, dificuldade de relacionamento interpessoal, insegurança e até pensamentos suicidas.
Para muitas pessoas, a violência psicológica pode causar mais danos e deixar mais sequelas que a violência física, pois, infelizmente, é mais difícil de ser comprovada, denunciada, punida e superada.
As vítimas têm dificuldades para se defender e colocar um fim às ameaças porque, geralmente, são pessoas estruturalmente mais delicadas, que ficam ainda mais fragilizadas diante das ameaças e que se sentem pequenas, inferiores e incapazes diante do agressor, que costuma se mostrar forte, inabalável e indestrutível.
Outros fatores que dificultam a procura de ajuda pela vítima são:
- Sensação de merecimento: A pessoa acredita que as suas atitudes são erradas e inadequadas e por isso ela merece ser punida e castigada. Nesse caso a pessoa não procura ajuda porque acredita que as reações negativas são naturais diante de seus constantes erros. No geral, a pessoa tem a sensação de fracasso e inadequação social.
- Sensação de pouca importância: Nesse caso, a autoestima da pessoa é baixa a ponto dela acreditar que, ao buscar ajuda, fará com que as pessoas procuradas percam tempo com algo sem importância. É a sensação de que as pessoas têm coisas mais importantes com que se preocupar e ocupar, uma vez que ela não é importante para ninguém.
- Desconfiança: O excesso de ameaça faz com que a vitima passe a ver todos a sua volta como ameaça e não procura ajudar por não acreditar que existam pessoas que irão se preocupar com ela, não irão feri-la de nenhuma forma e, principalmente, que não utilizarão suas palavras e sentimentos contra ela mesma.
- Sentimento de impotência: A pessoa se sente sem forças para tomar alguma medida capaz de acabar com a situação. O sentimento de impotência e desvalorização geralmente está acompanhando da supervalorização do agressor.
- Negação: Essa atitude age como um forte e importante mecanismo de defesa para que a pessoa não entre em contato com o seu sofrimento já que, através da negação, os aspectos negativos do parceiro são ignorados e as qualidades são exaltadas. Ex.: Quando a mulher sofre algum tipo de violência em casa, ela define e vê a figura do marido como "um homem exemplar, porque é trabalhador, honesto e não bebe."
- Sensação de Ridicularização: Acomete as pessoas que têm todas as suas atitudes ridicularizadas e são alvo constante de piada e deboche por parte do parceiro. Como essas pessoas passam a acreditar que não são dignas de serem levadas a sério, não procuram ajuda por achar que, ao contar as suas aflições e medos, serão alvo de piada.
- Vergonha de seus sentimentos: Quando a pessoa está muito fragilizada tende a sentir vergonha de seus sentimentos e, por isso, sente dificuldade para compartilhar com outras pessoas suas angustias.
- Associação de violência e afeto: Um fator importante que dificulta a constatação da violência psicológica é o fato da vitima ter crescido em um ambiente familiar agressivo, ter se casado com uma pessoa também agressiva e associar ameaça e violência a afeto, não percebendo que está sendo vítima de atitudes violentas.
Nesse caso, a pessoa percebe como algo positivo as ações do companheiro (ou companheira) porque as associa a provas de amor. Tomo como exemplo as mulheres que permitem que o marido ciumento a acompanhe a todos os lugares e as impeça de ter contato com outras pessoas além dele, por interpretarem que essas atitudes são uma forma de proteção e afeto.
Para auxiliar as pessoas que são vitimas de bullying no relacionamento é preciso trabalhar a dissociação de atitudes negativas e destrutivas de afeto, resgate da autoestima, devolver o sentimento de autonomia sobre a própria vida e fortalecimento da personalidade entre outros aspectos, para que a pessoa sinta segurança e confiança em si própria e tenha condições de dar fim às agressões.
Um trabalho com o agressor também é importante para que ele perceba os motivos que o levam a se relacionar e agir dessa forma e desenvolva diferentes formas de lidar com as pessoas a sua volta, colocar a sua opinião e ser respeitado.
É importante esclarecer que tanto mulheres quanto homens podem ser vítimas de bullying no relacionamento e que ambos precisam ser auxiliados e acolhidos da mesma forma
Fonte: Correio do Estado
A palavra bullying deriva do inglês "bully", que significa ameaçar, maltratar, oprimir e assustar. O termo tem sido utilizado em diversos países para classificar atitudes e comportamentos agressivos, ameaçadores, amedrontadores e cruéis em todos os tipos de relações interpessoais.
Portanto, como a própria definição da palavra esclarece, o bullying é algo que pode estar presente e afetar de forma negativa qualquer tipo de relação, inclusive o relacionamento do casal.
Muitas relações são marcadas por violência física e psicológica. O bullying tende a agredir principalmente o aspecto psicológico da pessoa, através de ameaças constantes, comentários excessivamente negativos, atitudes de rebaixamento e humilhação.
As vitimas de bullying no relacionamento, assim como as crianças e jovens vitimas de bullying na escola, apresentam sinais de timidez, baixa autoestima, sensação de incapacidade e impotência, fobia social, dificuldade de relacionamento interpessoal, insegurança e até pensamentos suicidas.
Para muitas pessoas, a violência psicológica pode causar mais danos e deixar mais sequelas que a violência física, pois, infelizmente, é mais difícil de ser comprovada, denunciada, punida e superada.
As vítimas têm dificuldades para se defender e colocar um fim às ameaças porque, geralmente, são pessoas estruturalmente mais delicadas, que ficam ainda mais fragilizadas diante das ameaças e que se sentem pequenas, inferiores e incapazes diante do agressor, que costuma se mostrar forte, inabalável e indestrutível.
Outros fatores que dificultam a procura de ajuda pela vítima são:
- Sensação de merecimento: A pessoa acredita que as suas atitudes são erradas e inadequadas e por isso ela merece ser punida e castigada. Nesse caso a pessoa não procura ajuda porque acredita que as reações negativas são naturais diante de seus constantes erros. No geral, a pessoa tem a sensação de fracasso e inadequação social.
- Sensação de pouca importância: Nesse caso, a autoestima da pessoa é baixa a ponto dela acreditar que, ao buscar ajuda, fará com que as pessoas procuradas percam tempo com algo sem importância. É a sensação de que as pessoas têm coisas mais importantes com que se preocupar e ocupar, uma vez que ela não é importante para ninguém.
- Desconfiança: O excesso de ameaça faz com que a vitima passe a ver todos a sua volta como ameaça e não procura ajudar por não acreditar que existam pessoas que irão se preocupar com ela, não irão feri-la de nenhuma forma e, principalmente, que não utilizarão suas palavras e sentimentos contra ela mesma.
- Sentimento de impotência: A pessoa se sente sem forças para tomar alguma medida capaz de acabar com a situação. O sentimento de impotência e desvalorização geralmente está acompanhando da supervalorização do agressor.
- Negação: Essa atitude age como um forte e importante mecanismo de defesa para que a pessoa não entre em contato com o seu sofrimento já que, através da negação, os aspectos negativos do parceiro são ignorados e as qualidades são exaltadas. Ex.: Quando a mulher sofre algum tipo de violência em casa, ela define e vê a figura do marido como "um homem exemplar, porque é trabalhador, honesto e não bebe."
- Sensação de Ridicularização: Acomete as pessoas que têm todas as suas atitudes ridicularizadas e são alvo constante de piada e deboche por parte do parceiro. Como essas pessoas passam a acreditar que não são dignas de serem levadas a sério, não procuram ajuda por achar que, ao contar as suas aflições e medos, serão alvo de piada.
- Vergonha de seus sentimentos: Quando a pessoa está muito fragilizada tende a sentir vergonha de seus sentimentos e, por isso, sente dificuldade para compartilhar com outras pessoas suas angustias.
- Associação de violência e afeto: Um fator importante que dificulta a constatação da violência psicológica é o fato da vitima ter crescido em um ambiente familiar agressivo, ter se casado com uma pessoa também agressiva e associar ameaça e violência a afeto, não percebendo que está sendo vítima de atitudes violentas.
Nesse caso, a pessoa percebe como algo positivo as ações do companheiro (ou companheira) porque as associa a provas de amor. Tomo como exemplo as mulheres que permitem que o marido ciumento a acompanhe a todos os lugares e as impeça de ter contato com outras pessoas além dele, por interpretarem que essas atitudes são uma forma de proteção e afeto.
Para auxiliar as pessoas que são vitimas de bullying no relacionamento é preciso trabalhar a dissociação de atitudes negativas e destrutivas de afeto, resgate da autoestima, devolver o sentimento de autonomia sobre a própria vida e fortalecimento da personalidade entre outros aspectos, para que a pessoa sinta segurança e confiança em si própria e tenha condições de dar fim às agressões.
Um trabalho com o agressor também é importante para que ele perceba os motivos que o levam a se relacionar e agir dessa forma e desenvolva diferentes formas de lidar com as pessoas a sua volta, colocar a sua opinião e ser respeitado.
É importante esclarecer que tanto mulheres quanto homens podem ser vítimas de bullying no relacionamento e que ambos precisam ser auxiliados e acolhidos da mesma forma
Fonte: Correio do Estado
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Praticante de bullying terá que cumprir castigo
O adolescente de 13 anos, flagrado ao extorquir dinheiro de um colega de escola, em Campo Grande (MS), terá que limpar o pátio e lavar as louças da merenda do colégio durante o período de três meses. Além disso, a quantia retirada do colega durante um ano, cerca de R$ 500, será pago pela mãe do autor aos pais da vítima. As punições foram determinadas nesta sexta-feira (26) pelo titular da 27º Promotoria da Infância e Juventude do município, Sérgio Harfouche. "O menino se mostrou arrependido. Essa medida é uma oportunidade para ele aprender a não realizar novos atos como este, o que não aconteceria em uma Unei [Unidade Educacional de Internação", justificou o promotor. De acordo com o promotor, a adoção dos castigos ao invés de medidas sócioeducativas é parte do programa contra violência e evasão escolar, em vigor no município há dois anos. O garoto também deverá participar de um curso sobre bullying. Informações da Folha de São Paulo.
Fonte: Justiça Atuante
Fonte: Justiça Atuante
Por medo, salas de aula ficam vazias após explosão em escola de Jundiaí
Após incidente na Cecília Rolemberg, poucos alunos apareceram na quinta-feira
Muitos alunos da escola estadual Cecília Rolemberg Porto Guelli não foram à aula na quinta-feira (26). O clima de tensão continua, devido à explosão de uma bomba no banheiro masculino que deixou quatro alunos feridos, na quarta-feira . Os estudantes estão com medo, mas para as mães a preocupação é ainda maior.
A dona de casa Lucimara Gonçalves está inconformada com o fato do aluno que soltou a bomba não ser expulso. Ela diz ter medo e não deixou sua filha Mayara, de 13 anos, ir para a aula ontem. A mesma atitude foi tomada por Vilma Martins Ferreira, que tem dois filhos estudando no Cecília, um de 13 e outro 14 anos. “Não vão para a aula de jeito nenhum, nem hoje, nem amanhã”, afirmou.
Atitudes como a dessas duas mães fez com que a frequência à aula fosse pequena. Na classe da aluna G.V.B., de 16 anos, apenas 6 dos 40 estudantes compareceram. Ela conta que o restante das salas também estava bastante vazio. “Todo mundo está se sentindo inseguro”.
O medo é que outra situação como esta venha a acontecer. As mães alegam que falta segurança na escola e apoiam até mesmo medidas extremas como revistar os alunos. “Este entrou com uma bomba. E se outro entrar com uma arma como tem acontecido em outros lugares? Pode acontecer coisa pior”, diz Lucimara Gongalves. Apesar de alegarem que é o normal, duas viaturas da Ronda Escolar da Polícia Militar permaneceram estacionadas em frente à escola estadual durante todo o dia.
Falta correção/A mãe e dona de casa Mara Luciana Picolo afirma que falta uma lei para regular atitudes de menores de idade. “Professor não pode corrigir aluno, diretor não pode corrigir aluno, nem mesmo nós pais podemos corrigir nossos filhos. Se damos um tapa já é ilegal”, afirma. Com um filho de 5 anos e outro de 9 anos que está prestes a entrar no Cecília, Mara não sabe o que fazer. “Ano que vem ele vai para lá, mas estou com medo”.
Pequenos por perto/As mães das crianças que estudam na escola municipal de educação básica Vereador José Pedro Raymundo também estão amedrontadas. A escola infantil fica ao lado da escola estadual Cecília Rolemberg, na Vila Rio Branco. “E se essa bomba tivesse sido explodida no banheiro da escola infantil? Tenho um filho pequeno que estuda lá”, afirmou dona Mara Picolo.
Estrondo/A estudante G.V.B. estava presente na hora da explosão. Segundo ela, mesmo com o rádio ligado com música alta foi possível ouvir o forte estrondo provocado pela bomba.
Violência preocupa as autoridades
A violência nas escolas de Jundiaí está assustando pais, alunos e autoridades. Para a psicóloga Carla Faccini Furlan, é preciso uma maior fiscalização nas unidades de ensino. "De uns anos pra cá, temos sentido que os adolescentes estão mais ativos e, nas escolas, não respondem bem a autoridade. Isso dá margem para uma liberdade maior e, com isso, há o abuso. É preciso uma maior fiscalização e punição nas unidades de ensino. Os professores ficam acuados com as ameaças e não conseguem impor limites", explicou.
De acordo com a Plan, organização não governamental voltada a defesa dos direitos da infância, 84% dos 12 mil alunos ouvidos em seis estados do Brasil classificaram seus colégios como "violentos".
Fonte: Bom Dia
Muitos alunos da escola estadual Cecília Rolemberg Porto Guelli não foram à aula na quinta-feira (26). O clima de tensão continua, devido à explosão de uma bomba no banheiro masculino que deixou quatro alunos feridos, na quarta-feira . Os estudantes estão com medo, mas para as mães a preocupação é ainda maior.
A dona de casa Lucimara Gonçalves está inconformada com o fato do aluno que soltou a bomba não ser expulso. Ela diz ter medo e não deixou sua filha Mayara, de 13 anos, ir para a aula ontem. A mesma atitude foi tomada por Vilma Martins Ferreira, que tem dois filhos estudando no Cecília, um de 13 e outro 14 anos. “Não vão para a aula de jeito nenhum, nem hoje, nem amanhã”, afirmou.
Atitudes como a dessas duas mães fez com que a frequência à aula fosse pequena. Na classe da aluna G.V.B., de 16 anos, apenas 6 dos 40 estudantes compareceram. Ela conta que o restante das salas também estava bastante vazio. “Todo mundo está se sentindo inseguro”.
O medo é que outra situação como esta venha a acontecer. As mães alegam que falta segurança na escola e apoiam até mesmo medidas extremas como revistar os alunos. “Este entrou com uma bomba. E se outro entrar com uma arma como tem acontecido em outros lugares? Pode acontecer coisa pior”, diz Lucimara Gongalves. Apesar de alegarem que é o normal, duas viaturas da Ronda Escolar da Polícia Militar permaneceram estacionadas em frente à escola estadual durante todo o dia.
Falta correção/A mãe e dona de casa Mara Luciana Picolo afirma que falta uma lei para regular atitudes de menores de idade. “Professor não pode corrigir aluno, diretor não pode corrigir aluno, nem mesmo nós pais podemos corrigir nossos filhos. Se damos um tapa já é ilegal”, afirma. Com um filho de 5 anos e outro de 9 anos que está prestes a entrar no Cecília, Mara não sabe o que fazer. “Ano que vem ele vai para lá, mas estou com medo”.
Pequenos por perto/As mães das crianças que estudam na escola municipal de educação básica Vereador José Pedro Raymundo também estão amedrontadas. A escola infantil fica ao lado da escola estadual Cecília Rolemberg, na Vila Rio Branco. “E se essa bomba tivesse sido explodida no banheiro da escola infantil? Tenho um filho pequeno que estuda lá”, afirmou dona Mara Picolo.
Estrondo/A estudante G.V.B. estava presente na hora da explosão. Segundo ela, mesmo com o rádio ligado com música alta foi possível ouvir o forte estrondo provocado pela bomba.
Violência preocupa as autoridades
A violência nas escolas de Jundiaí está assustando pais, alunos e autoridades. Para a psicóloga Carla Faccini Furlan, é preciso uma maior fiscalização nas unidades de ensino. "De uns anos pra cá, temos sentido que os adolescentes estão mais ativos e, nas escolas, não respondem bem a autoridade. Isso dá margem para uma liberdade maior e, com isso, há o abuso. É preciso uma maior fiscalização e punição nas unidades de ensino. Os professores ficam acuados com as ameaças e não conseguem impor limites", explicou.
De acordo com a Plan, organização não governamental voltada a defesa dos direitos da infância, 84% dos 12 mil alunos ouvidos em seis estados do Brasil classificaram seus colégios como "violentos".
Fonte: Bom Dia
Trotes de veteranos obrigam atleta a abandonar centro de judô em SP
Jovem de 16 anos sofria humilhações e foi aconselhado a mudar para outra unidade
Um atleta de Mococa, na região Central do Estado de São Paulo, diz que deixou os treinamentos de judô em São Paulo após sofrer constantes trotes dos veteranos.
Lucas Ribeiro tem 16 anos e desde os 4 treina judô com o incentivo do pai. Ele sonhou com uma carreira no esporte. “Queria disputar olimpíada, um mundial”, disse.
Para atingir o objetivo, sempre treinou muito e conseguiu uma vaga no Centro de Excelência Esportiva, em São Paulo. O local tem atletas de alto rendimento, com potencial de representar o Brasil. Lucas é tímido e, em vez de brincadeiras, preferia o estudo. “Ficava na minha, estudando.”
Ele só conseguiu ficar na capital por dois meses, porque foi vítima de bullying. Primeiro teve que cortar os cabelos e depois as agressões dos veteranos ficaram mais graves. “Teve uma noite que ficaram até 3 horas da manhã lavando quimono, fazendo brincadeiras. Eles também depilaram uma parte da minha perna”, relatou.
O pai dele, Glauco Ribeiro, procurou os responsáveis pelo centro, que tem no artigo 4 do regulamento interno a determinação de exclusão de atletas que participam de trotes. “Eles disseram que tomariam as providências para que os trotes cessassem.”
Em nota, o Centro de Excelência de Esportiva diz que advertiu os judocas por escrito e informou que eles poderiam ser expulsos em caso de reincidência.
Depois disso, Lucas alega que continuou sendo incomodado, mas o centro indicou que ele procurasse outras unidades porque não tinha como apurar as acusações. “Lá é o lugar top para treinar. Perder o sonho nunca, mas diminui as chances”, lamentou.
O Ministério Público do estado confirmou que já recebeu uma representação sobre o caso, mas ainda está analisando quais medidas serão tomadas.
Fonte: EPTV.com
Um atleta de Mococa, na região Central do Estado de São Paulo, diz que deixou os treinamentos de judô em São Paulo após sofrer constantes trotes dos veteranos.
Lucas Ribeiro tem 16 anos e desde os 4 treina judô com o incentivo do pai. Ele sonhou com uma carreira no esporte. “Queria disputar olimpíada, um mundial”, disse.
Para atingir o objetivo, sempre treinou muito e conseguiu uma vaga no Centro de Excelência Esportiva, em São Paulo. O local tem atletas de alto rendimento, com potencial de representar o Brasil. Lucas é tímido e, em vez de brincadeiras, preferia o estudo. “Ficava na minha, estudando.”
Ele só conseguiu ficar na capital por dois meses, porque foi vítima de bullying. Primeiro teve que cortar os cabelos e depois as agressões dos veteranos ficaram mais graves. “Teve uma noite que ficaram até 3 horas da manhã lavando quimono, fazendo brincadeiras. Eles também depilaram uma parte da minha perna”, relatou.
O pai dele, Glauco Ribeiro, procurou os responsáveis pelo centro, que tem no artigo 4 do regulamento interno a determinação de exclusão de atletas que participam de trotes. “Eles disseram que tomariam as providências para que os trotes cessassem.”
Em nota, o Centro de Excelência de Esportiva diz que advertiu os judocas por escrito e informou que eles poderiam ser expulsos em caso de reincidência.
Depois disso, Lucas alega que continuou sendo incomodado, mas o centro indicou que ele procurasse outras unidades porque não tinha como apurar as acusações. “Lá é o lugar top para treinar. Perder o sonho nunca, mas diminui as chances”, lamentou.
O Ministério Público do estado confirmou que já recebeu uma representação sobre o caso, mas ainda está analisando quais medidas serão tomadas.
Fonte: EPTV.com
FEIRA DO ESTUDANTE começa nesta sexta-feira
A 14ª Feira do Estudante – Expo CIEE 2011 começa nesta semana, dia 27, e é o maior evento dedicado a estágios e informação profissional do Brasil. Organizada pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), a feira vai oferecer cinco mil vagas de estágio, além do encaminhamento preferencial dos visitantes para processos seletivos por seis meses. No local serão aplicadas provas que pré-selecionarão candidatos para programas de estágio da prefeitura de São Paulo e do Tribunal de Justiça.
Durante o evento, serão realizadas 88 palestras que abordarão temas como capacitação, empregabilidade, profissões e mercado de trabalho. Também assuntos que estão na ordem do dia como o bullying, as drogas e criminalidade e até educação financeira para o jovem.
O desembargador Wálter Fanganiello Maierovitch abordará a questão da criminalidade. O presidente do Conselho de Administração do CIEE, Ruy Martins Altenfelder Silva, leva aos jovens a discussão sobre a importância da ética, e o presidente Executivo do CIEE, Luiz Gonzaga Bertelli, fala sobre as profissões mais promissoras.
A Feira segue até domingo, dia 29, no Pavilhão da Bienal do Parque Ibirapuera, com entrada gratuita; na sexta e no sábado, funciona das 10 às 20 horas e no domingo, das 10 às 18 horas.
Informações: www.ciee.org.br
Fonte: BrasilTuris Jornal
Durante o evento, serão realizadas 88 palestras que abordarão temas como capacitação, empregabilidade, profissões e mercado de trabalho. Também assuntos que estão na ordem do dia como o bullying, as drogas e criminalidade e até educação financeira para o jovem.
O desembargador Wálter Fanganiello Maierovitch abordará a questão da criminalidade. O presidente do Conselho de Administração do CIEE, Ruy Martins Altenfelder Silva, leva aos jovens a discussão sobre a importância da ética, e o presidente Executivo do CIEE, Luiz Gonzaga Bertelli, fala sobre as profissões mais promissoras.
A Feira segue até domingo, dia 29, no Pavilhão da Bienal do Parque Ibirapuera, com entrada gratuita; na sexta e no sábado, funciona das 10 às 20 horas e no domingo, das 10 às 18 horas.
Informações: www.ciee.org.br
Fonte: BrasilTuris Jornal
CARTILHA SOBRE BULLYING JÁ PODE SER SOLICITADA À FMU
Instituição disponibiliza exemplares da cartilha para pais, professores e demais interessados na prevenção e erradicação da prática agressiva entre jovens
Lançada na última segunda-feira, 23/5, a Cartilha Bullying – Justiça nas Escolas, da professora Ana Beatriz Barbosa Silva, em edição conjunta do Complexo Educacional FMU e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), já encontra-se disponível na Instituição.
A publicação tem como objetivo auxiliar familiares e educadores a identificar possíveis casos de bullying no ambiente escolar e impedir ou minimizar os efeitos dessa prática. Para adquirir um exemplar, o interessado deve encaminhar um e-mail para cartilha@fmu.br informando nome, endereço completo e telefone.
O idealizador do Projeto, professor Edevaldo Alves da Silva, presidente do Complexo Educacional FMU, afirma que o papel do ensino superior vai além das salas de aula e, por conta disso, a Instituição decidiu abraçar essa causa com ações de combate ao problema e a participação de especialistas e doutores nas áreas envolvidas.
O Complexo Educacional FMU, que reúne as Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), Faculdades Integradas de São Paulo (FISP) e Faculdades Integradas Alcântara Machado e Faculdade de Artes Alcântara Machado (FIAM FAAM), é referência na qualidade de ensino e empregabilidade de seus alunos há mais de 40 anos. Atualmente, a instituição oferece mais de 80 cursos de Graduação, 50 opções de Pós-graduação (Especialização e MBA), 40 cursos de Extensão e Mestrado em Direito. Possui estrutura moderna, campi de fácil acesso e professores mestres e doutores, que oferecem aos estudantes um ensino diferenciado e inovador.
Informações para a imprensa:
Casa da Notícia Comunicação / Complexo Educacional FMU
Joice Guimarães / Ana Carolina Ferreira / Denise Corrêa
Tels: (11) 3346-6210 / 3346-6253 / 2503-7611
E-mail: imprensa@fmu.br
Fonte: inteligemcia
Lançada na última segunda-feira, 23/5, a Cartilha Bullying – Justiça nas Escolas, da professora Ana Beatriz Barbosa Silva, em edição conjunta do Complexo Educacional FMU e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), já encontra-se disponível na Instituição.
A publicação tem como objetivo auxiliar familiares e educadores a identificar possíveis casos de bullying no ambiente escolar e impedir ou minimizar os efeitos dessa prática. Para adquirir um exemplar, o interessado deve encaminhar um e-mail para cartilha@fmu.br informando nome, endereço completo e telefone.
O idealizador do Projeto, professor Edevaldo Alves da Silva, presidente do Complexo Educacional FMU, afirma que o papel do ensino superior vai além das salas de aula e, por conta disso, a Instituição decidiu abraçar essa causa com ações de combate ao problema e a participação de especialistas e doutores nas áreas envolvidas.
O Complexo Educacional FMU, que reúne as Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), Faculdades Integradas de São Paulo (FISP) e Faculdades Integradas Alcântara Machado e Faculdade de Artes Alcântara Machado (FIAM FAAM), é referência na qualidade de ensino e empregabilidade de seus alunos há mais de 40 anos. Atualmente, a instituição oferece mais de 80 cursos de Graduação, 50 opções de Pós-graduação (Especialização e MBA), 40 cursos de Extensão e Mestrado em Direito. Possui estrutura moderna, campi de fácil acesso e professores mestres e doutores, que oferecem aos estudantes um ensino diferenciado e inovador.
Informações para a imprensa:
Casa da Notícia Comunicação / Complexo Educacional FMU
Joice Guimarães / Ana Carolina Ferreira / Denise Corrêa
Tels: (11) 3346-6210 / 3346-6253 / 2503-7611
E-mail: imprensa@fmu.br
Fonte: inteligemcia
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Palestra em Londrina trata questão do bullying
A Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, em parceria com o Núcleo Regional de Educação de Londrina e o Colégio Maxi, inicia o ciclo de palestras denominado "Educação em Debate", que começa neste dia 26 (quinta) com o tema "A postura da escola frente ao bullying", a ser proferida pelo professor e educador londrinense Virgílio Tomasetti Junior.
O evento, aberto ao público, mas destinado especialmente a pais, diretores, pedagogos e professores da rede estadual de educação, será às 19h30 no auditório do Maxi (Av. Duque de Caxias, 1589). A entrada é franca e as inscrições podem ser feitas no local.
O Educação em Debate deverá ser realizado bimestralmente, sempre com palestrantes especiais como convidados.
Fonte: Bonde o Seu Portal
O evento, aberto ao público, mas destinado especialmente a pais, diretores, pedagogos e professores da rede estadual de educação, será às 19h30 no auditório do Maxi (Av. Duque de Caxias, 1589). A entrada é franca e as inscrições podem ser feitas no local.
O Educação em Debate deverá ser realizado bimestralmente, sempre com palestrantes especiais como convidados.
Fonte: Bonde o Seu Portal
Ícones das artes marciais fazem campanha contra bullying
As academias dos grandes ícones das artes marciais no mundo criaram uma campanha contra um problema que tem sido recorrente: o bullying. Criada pelo mestre Rolker Gracie, irmão da lenda do UFC, Royce Gracie, o projeto é dar aulas especiais aos alunos que enfrentarem esta dificuldade.
Em entrevista ao Portal Uol, o brasileiro destacou a importância do trabalho realizado. "Essas aulas ensinam as crianças a se defenderem contra agressões, seja de uma pessoa, como de duas, três ou até mais. É uma aula com muita prática de defesa pessoal", disse Rolker.
Outro grande ícone das artes marciais que tem encabeçado essa campanha é o canadense Georges St-Pierre. Segundo o campeão dos meio-médios do Ultimate Fight Championship(UFC), que ressaltou os problemas que viveu na infância, as artes marciais podem ajudar na luta contra o bullying. "Não quero apenas ajudar as criança que sofrem bullying, mas também mudar a cabeça de quem pratica, mostrar que o que eles fazem é algo ruim", disse GSP, em entrevista ao site Yahoo.
Fonte: Paraná OnLine
Em entrevista ao Portal Uol, o brasileiro destacou a importância do trabalho realizado. "Essas aulas ensinam as crianças a se defenderem contra agressões, seja de uma pessoa, como de duas, três ou até mais. É uma aula com muita prática de defesa pessoal", disse Rolker.
Outro grande ícone das artes marciais que tem encabeçado essa campanha é o canadense Georges St-Pierre. Segundo o campeão dos meio-médios do Ultimate Fight Championship(UFC), que ressaltou os problemas que viveu na infância, as artes marciais podem ajudar na luta contra o bullying. "Não quero apenas ajudar as criança que sofrem bullying, mas também mudar a cabeça de quem pratica, mostrar que o que eles fazem é algo ruim", disse GSP, em entrevista ao site Yahoo.
Fonte: Paraná OnLine
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Vereador propõe criação de comitê anti-bullying
A proposta tem objetivo de incluir nas responsabilidades da escola a promoção de um ambiente seguro
Adriano Júnior
adriano@gazetaam.com.br
Câmara de Vereadores de Santa Cruz analisa projeto de lei que busca combater o chamado bullying, ou violência física ou psicológica no ambiente escolar. O projeto, do vereador Hildo Ney Caspary (PP), cria o Comitê Municipal Anti-Bullying. A proposta tem como objetivo incluir entre as responsabilidades das instituições de ensino a promoção de um ambiente escolar seguro, além da adoção de estratégias de prevenção e combate a agressões e intimidações. Conforme Caspary, o bullying é uma prática nefasta. Ele afirma que o combate é um passo fundamental para enfrentamento da violência escolar.
O Brasil ainda não tem uma lei federal sobre o combate ao bullying, contudo alguns estados e municípios já adotaram leis de combate a prática. No Rio Grande do Sul existe a lei sancionada no ano passado que prevê políticas públicas contra este tipo de violência nas escolas estaduais e privadas de ensino básico e de educação infantil. O projeto proposto pelo vereador deve tramitar por mais duas sessões antes de ir à votação.
Fonte: Redação Gazeta AM - SC
Adriano Júnior
adriano@gazetaam.com.br
Câmara de Vereadores de Santa Cruz analisa projeto de lei que busca combater o chamado bullying, ou violência física ou psicológica no ambiente escolar. O projeto, do vereador Hildo Ney Caspary (PP), cria o Comitê Municipal Anti-Bullying. A proposta tem como objetivo incluir entre as responsabilidades das instituições de ensino a promoção de um ambiente escolar seguro, além da adoção de estratégias de prevenção e combate a agressões e intimidações. Conforme Caspary, o bullying é uma prática nefasta. Ele afirma que o combate é um passo fundamental para enfrentamento da violência escolar.
O Brasil ainda não tem uma lei federal sobre o combate ao bullying, contudo alguns estados e municípios já adotaram leis de combate a prática. No Rio Grande do Sul existe a lei sancionada no ano passado que prevê políticas públicas contra este tipo de violência nas escolas estaduais e privadas de ensino básico e de educação infantil. O projeto proposto pelo vereador deve tramitar por mais duas sessões antes de ir à votação.
Fonte: Redação Gazeta AM - SC
Debate sobre bullying promovido pelo "Amigos da Escola" será transmitido pela internet
Transmissão acontece nesta sexta-feira (27), no site do projeto
Internautas de todo o país poderão participar de um debate promovido pelo projeto amigos da escola sobre bullying e cyberbullying, nesta sexta-feira (27), das 16h às 18h.
Mediado pelo apresentador Serginho Groisman, o debate terá as participações de duas profissionais - a psicóloga Ana Beatriz Barbosa e a especialista em educação Andrea Ramal, além do estudante Felipe, que iniciou a campanha anti bullying no programa Altas Horas.
O site do projeto amigos da escola transmite o evento ao vivo e além de assistir, os internautas também poderão enviar perguntas.
Fonte: EP Ribeirão
Internautas de todo o país poderão participar de um debate promovido pelo projeto amigos da escola sobre bullying e cyberbullying, nesta sexta-feira (27), das 16h às 18h.
Mediado pelo apresentador Serginho Groisman, o debate terá as participações de duas profissionais - a psicóloga Ana Beatriz Barbosa e a especialista em educação Andrea Ramal, além do estudante Felipe, que iniciou a campanha anti bullying no programa Altas Horas.
O site do projeto amigos da escola transmite o evento ao vivo e além de assistir, os internautas também poderão enviar perguntas.
Fonte: EP Ribeirão
Bullying pode trazer graves consequências para o futuro
Leonardo Meira
Da Redação, com reportagem de Catarina Jatobá
Bullying é cada vez mais comum na realidade escolarApelidos e chacotas podem não ser tão inocentes assim. "Magrelos", "gordinhos" e "feios" que o digam. Quando o cenário faz surgir um quadro psicológico repressor, é bom abrir o olho e verificar se o bullying ganhou terreno.
O bullying (do inglês bully = valentão, brigão) descreve comportamentos com diversos níveis de violência, que vão desde as chateações inoportunas até episódios abertamente agressivos, verbais ou não, intencionais e repetidos, sem motivação aparente, provocados por uma pessoa ou um grupo em relação a outras. Causa dor, humilhação, discriminação. Não é à toa que a literatura especializada também adota o termo vitimização para quem é alvo da prática.
A expressão é cada vez mais comum no cotidiano das escolas mundo afora, embora também possa acontecer em qualquer outro contexto social (vizinhança, local de trabalho, forças armadas, etc).
Só para se ter uma ideia, no Brasil, três em cada 10 estudantes afirma ter sido vítima de bullying, segundo a última edição da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2009. A PeNSE também revelou que a prática é mais frequente entre os escolares do sexo masculino (32,6%) do que entre os escolares do sexo feminino (28,3%). A ocorrência é verificada em maior proporção em escolas privadas (35,9%) do que em escolas públicas (29,5%).
Consequências
De acordo com o psicólogo Marcos Uriostes, as consequências são basicamente duas: física e emocional. "A personalidade de cada um já é resultado dos modos de interação com a família, a sociedade, e as referências que daí surgem e vão nos formando. Imagine então o transtorno causado por uma ação, como o bullying, que já tem a característica da deformação propriamente dita? Quem passa por isso pode ter diversos problemas, desde a evasão da escola até a intimidação no relacionamento inter-pessoal", explica.
A psicopedagoga Edivoneide Andrade dos Santos indica que, com o tempo, a vítima tende a se sentir solitária, excluída do contexto. "Há reflexos negativos no processo de socialização e aprendizagem, bem como na saúde física e emocional. O pior é nos casos em que a pessoa vai se isolando, o que compromete a estruturação da personalidade e a autoestima, além da falta de certeza de se estar em um ambiente educativo seguro".
A escola não deve admitir esse comportamento e deve tratá-lo como assunto sério. Caso torne-se ameaça à integridade física e moral, deve-se inclusive denunciar à Vara da Infância e Juventude mais próxima, para que os episódios não continuem acontecendo e denegrindo a integridade da criança agredida.
"Os pais também devem estar atentos ao comportamento dos filhos, se está normal ou diferente. Caso mude, caso a criança fique inibida, os pais devem conversar com jeito, entrar no mundo do filho para descobrir o que há e buscar as medidas cabíveis, de modo diplomático e efetivo", complementa Edivoneide.
Testemunho
A jovem jornalista Ariane Fonseca foi vítima de bullying entre os 7 e os 11 anos, aproximadamente. De família humilde, morava em uma cidade do interior de São Paulo, tinha roupas simples e ainda usava um óculos no estilo "fundo de garrafa".
"Ninguém queria papo comigo, as meninas não me aceitavam. Esse era um problema que eu tentava compensar estudando, para alguém me dar atenção de alguma forma. Mas o tiro saiu pela culatra. Os professores gostavam de mim, mas a situação com os colegas piorou, porque eles achavam que eu 'puxava saco', queria me sobressair", conta.
Um dos episódios que mais marcou foi quando uma das meninas mais "patricinhas" do colégio entrou no banheiro, arrancou os óculos do rosto de Ariane e pisoteou-os, sem motivo algum. Apesar de sofrer com a situação, ela evitava contar os episódios para os pais com medo de a exclusão aumentar, pois os pais poderiam levar o problema até a escola.
No entanto, ela não aconselha ninguém a manter silêncio. Sofrer calado não é a melhor opção, pois muito do que se sofre nesse período de formação humana ganha maior proporção no futuro. A jovem aconselha a busca de um profissional e não ter vergonha de falar com os pais.
"Na infância, eu não tinha muita noção do que isso causaria na minha vida hoje. Por exemplo, eu me cobro demais pelo estudo, de ser sempre boa, inteligente. Também tenho um certo problema com críticas, especialmente nos estudos, já que eles foram minha válvula de escape contra o bullying. Se ninguém me via como 'bonitinha', ao menos me viam como a 'inteligente'. Também tenho necessidade de aceitação por parte das outras pessoas, tanto que muitas vezes desagrado a mim mesma tentando agradar os outros", explica.
Fonte: Canção Nova Notícias
Da Redação, com reportagem de Catarina Jatobá
Bullying é cada vez mais comum na realidade escolarApelidos e chacotas podem não ser tão inocentes assim. "Magrelos", "gordinhos" e "feios" que o digam. Quando o cenário faz surgir um quadro psicológico repressor, é bom abrir o olho e verificar se o bullying ganhou terreno.
O bullying (do inglês bully = valentão, brigão) descreve comportamentos com diversos níveis de violência, que vão desde as chateações inoportunas até episódios abertamente agressivos, verbais ou não, intencionais e repetidos, sem motivação aparente, provocados por uma pessoa ou um grupo em relação a outras. Causa dor, humilhação, discriminação. Não é à toa que a literatura especializada também adota o termo vitimização para quem é alvo da prática.
A expressão é cada vez mais comum no cotidiano das escolas mundo afora, embora também possa acontecer em qualquer outro contexto social (vizinhança, local de trabalho, forças armadas, etc).
Só para se ter uma ideia, no Brasil, três em cada 10 estudantes afirma ter sido vítima de bullying, segundo a última edição da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2009. A PeNSE também revelou que a prática é mais frequente entre os escolares do sexo masculino (32,6%) do que entre os escolares do sexo feminino (28,3%). A ocorrência é verificada em maior proporção em escolas privadas (35,9%) do que em escolas públicas (29,5%).
Consequências
De acordo com o psicólogo Marcos Uriostes, as consequências são basicamente duas: física e emocional. "A personalidade de cada um já é resultado dos modos de interação com a família, a sociedade, e as referências que daí surgem e vão nos formando. Imagine então o transtorno causado por uma ação, como o bullying, que já tem a característica da deformação propriamente dita? Quem passa por isso pode ter diversos problemas, desde a evasão da escola até a intimidação no relacionamento inter-pessoal", explica.
A psicopedagoga Edivoneide Andrade dos Santos indica que, com o tempo, a vítima tende a se sentir solitária, excluída do contexto. "Há reflexos negativos no processo de socialização e aprendizagem, bem como na saúde física e emocional. O pior é nos casos em que a pessoa vai se isolando, o que compromete a estruturação da personalidade e a autoestima, além da falta de certeza de se estar em um ambiente educativo seguro".
A escola não deve admitir esse comportamento e deve tratá-lo como assunto sério. Caso torne-se ameaça à integridade física e moral, deve-se inclusive denunciar à Vara da Infância e Juventude mais próxima, para que os episódios não continuem acontecendo e denegrindo a integridade da criança agredida.
"Os pais também devem estar atentos ao comportamento dos filhos, se está normal ou diferente. Caso mude, caso a criança fique inibida, os pais devem conversar com jeito, entrar no mundo do filho para descobrir o que há e buscar as medidas cabíveis, de modo diplomático e efetivo", complementa Edivoneide.
Testemunho
A jovem jornalista Ariane Fonseca foi vítima de bullying entre os 7 e os 11 anos, aproximadamente. De família humilde, morava em uma cidade do interior de São Paulo, tinha roupas simples e ainda usava um óculos no estilo "fundo de garrafa".
"Ninguém queria papo comigo, as meninas não me aceitavam. Esse era um problema que eu tentava compensar estudando, para alguém me dar atenção de alguma forma. Mas o tiro saiu pela culatra. Os professores gostavam de mim, mas a situação com os colegas piorou, porque eles achavam que eu 'puxava saco', queria me sobressair", conta.
Um dos episódios que mais marcou foi quando uma das meninas mais "patricinhas" do colégio entrou no banheiro, arrancou os óculos do rosto de Ariane e pisoteou-os, sem motivo algum. Apesar de sofrer com a situação, ela evitava contar os episódios para os pais com medo de a exclusão aumentar, pois os pais poderiam levar o problema até a escola.
No entanto, ela não aconselha ninguém a manter silêncio. Sofrer calado não é a melhor opção, pois muito do que se sofre nesse período de formação humana ganha maior proporção no futuro. A jovem aconselha a busca de um profissional e não ter vergonha de falar com os pais.
"Na infância, eu não tinha muita noção do que isso causaria na minha vida hoje. Por exemplo, eu me cobro demais pelo estudo, de ser sempre boa, inteligente. Também tenho um certo problema com críticas, especialmente nos estudos, já que eles foram minha válvula de escape contra o bullying. Se ninguém me via como 'bonitinha', ao menos me viam como a 'inteligente'. Também tenho necessidade de aceitação por parte das outras pessoas, tanto que muitas vezes desagrado a mim mesma tentando agradar os outros", explica.
Fonte: Canção Nova Notícias
Proerd desenvolve trabalho sobre os efeitos do bullying em Glória de Dourados
Demerval Nogueira / Fátima News
O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) vem trabalhando em Glória de Dourados, de forma especial sobre o bullying. O instrutor soldado PM José Roberto dos Santos, 2ª Cia. PM de Glória de Dourados vinculada ao 16º Batalhão de Polícia Militar (16º BPM) localizado em Fátima do Sul exerce uma função digna e um trabalho brilhante à frente do referido programa e, dentro do próprio currículo disponibiliza aulas sobre os efeitos produzidos pelo propalado bullying.
O Proerd é um programa de caráter social e preventivo posto em prática em todos os estados do Brasil, por policiais militares devidamente selecionados e capacitados. É desenvolvido uma vez por semana em sala de aula, durante quatro meses em média, nas escolas de ensino público e privado para os alunos que estejam cursando quinto ou sétimo anos do ensino fundamental.
Através do livro do estudante Proerd, os conteúdos são desenvolvidos de forma dinâmica em grupos cooperativos, onde nas aulas são realizadas atividades voltadas ao desenvolvimento das habilidades individuais para que as crianças e os jovens possam tomar suas decisões de forma consciente, segura e responsável. Dentro desta responsabilidade, o instrutor soldado PM Santos faz questão de explicitar os efeitos nocivos e as sequelas deixadas através da terrível prática do bullying.
O bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”), que se referem todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças e poder.
O instrutor soldado PM Santos destaca, “o bullying não é um problema de caráter nacional, mas sim, um problema mundial, principalmente nas escolas e universidades”, disse o instrutor dimensionando ainda, “nosso objetivo específico é desenvolver atividades que contemplam as crianças e jovens para que possam tomar decisões conscientes, com maturidade e responsabilidade, entretanto o bullying não pode fugir da nossa alçada, mesmo porque vêm causando sérias preocupações aos professores, pais e a sociedade em geral”.
A Prefeitura local, via Secretaria Municipal de Educação e Cultura tem dado suporte aos projetos desenvolvidos na esfera municipal, principalmente na Rede Municipal de Ensino (Reme), onde também se solidifica com o projeto Paz e Amor na Escola.
Fonte: Fátima News
O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) vem trabalhando em Glória de Dourados, de forma especial sobre o bullying. O instrutor soldado PM José Roberto dos Santos, 2ª Cia. PM de Glória de Dourados vinculada ao 16º Batalhão de Polícia Militar (16º BPM) localizado em Fátima do Sul exerce uma função digna e um trabalho brilhante à frente do referido programa e, dentro do próprio currículo disponibiliza aulas sobre os efeitos produzidos pelo propalado bullying.
O Proerd é um programa de caráter social e preventivo posto em prática em todos os estados do Brasil, por policiais militares devidamente selecionados e capacitados. É desenvolvido uma vez por semana em sala de aula, durante quatro meses em média, nas escolas de ensino público e privado para os alunos que estejam cursando quinto ou sétimo anos do ensino fundamental.
Através do livro do estudante Proerd, os conteúdos são desenvolvidos de forma dinâmica em grupos cooperativos, onde nas aulas são realizadas atividades voltadas ao desenvolvimento das habilidades individuais para que as crianças e os jovens possam tomar suas decisões de forma consciente, segura e responsável. Dentro desta responsabilidade, o instrutor soldado PM Santos faz questão de explicitar os efeitos nocivos e as sequelas deixadas através da terrível prática do bullying.
O bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”), que se referem todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças e poder.
O instrutor soldado PM Santos destaca, “o bullying não é um problema de caráter nacional, mas sim, um problema mundial, principalmente nas escolas e universidades”, disse o instrutor dimensionando ainda, “nosso objetivo específico é desenvolver atividades que contemplam as crianças e jovens para que possam tomar decisões conscientes, com maturidade e responsabilidade, entretanto o bullying não pode fugir da nossa alçada, mesmo porque vêm causando sérias preocupações aos professores, pais e a sociedade em geral”.
A Prefeitura local, via Secretaria Municipal de Educação e Cultura tem dado suporte aos projetos desenvolvidos na esfera municipal, principalmente na Rede Municipal de Ensino (Reme), onde também se solidifica com o projeto Paz e Amor na Escola.
Fonte: Fátima News
Palestra em Londrina fala de bullying para profissionais de educação
A Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, em parceria com o Núcleo Regional de Educação de Londrina e o Colégio Maxi, inicia nesta quinta-feira (26) o ciclo de palestradas "Educação em Debate". O tema desta quinta-feira será "A postura da escola frente ao bullying", proferida pelo professor e educador londrinense Virgílio Tomasetti Júnior.
O evento é aberto ao público, mas voltado principalmente a pais, diretores, pedagogos e professores da rede estadual de educação. A palestra acontece às 19h30 no auditório do Colégio Maxi (Avenida Duque de Caxias, 1589) e a entrada é franca. As inscrições podem ser feitas no local.
O ciclo é uma idealização do presidente da Frente Parlamentar de Educação, deputado federal Alex Canziani (PTB), e tem por objetivo de formatar propostas relevantes e aplicáveis para o desenvolvimento qualitativo da educação pública.
O Educação em Debate deverá ser realizado bimestralmente, sempre com palestrantes especiais como convidados.
Fonte: O Diário
O evento é aberto ao público, mas voltado principalmente a pais, diretores, pedagogos e professores da rede estadual de educação. A palestra acontece às 19h30 no auditório do Colégio Maxi (Avenida Duque de Caxias, 1589) e a entrada é franca. As inscrições podem ser feitas no local.
O ciclo é uma idealização do presidente da Frente Parlamentar de Educação, deputado federal Alex Canziani (PTB), e tem por objetivo de formatar propostas relevantes e aplicáveis para o desenvolvimento qualitativo da educação pública.
O Educação em Debate deverá ser realizado bimestralmente, sempre com palestrantes especiais como convidados.
Fonte: O Diário
Adolescente paga R$1.000 para evitar bullying
Um estudante de 13 anos pagou R$1.000 para não ser agredido na escola. O aluno foi ameaçado durante um ano por um colega que exigia que a vítima pagasse pequenas quantias que somadas chegavam a esse valor.
A extorsão aconteceu dentro da escola Estadual Vespasiano Martins, em Campo Grande MS. O autor das ameaças pediu transferência de escola em dezembro do ano passado.
Mesmo assim ele continuou a ameaçar a vítima. Na última semana ele ligou para o estudante pedindo mais dinheiro, dessa vez o aluno ameaçado gravou a conversa.
Depois de marcar um encontro em um terminal de ônibus eles discutem o preço a ser pago. A vítima pergunta de quanto seria a quantia dessa vez e o agressor responde que exigiria R$1.000.
Denúncia
O caso foi denunciado por uma vizinha. Ela descobriu que o filho – aluno do mesmo colégio - também era extorquido.
A denúncia foi registrada na Deaji (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente) como extorsão. O autor das ameaças foi chamado para prestar depoimento e confessou que pedia dinheiro para não bater nos colegas.
A delegada Aline Lopes, conta que o autor essa atitude como normal.
-Ele afirmou que não ameaçava, para ele isso não era ameaça, era norma para ele. Mas confessou dizendo que podia ter dito que ia bater, mas que nunca os ameaçou de morte.
O inquérito foi enviado ao Ministério Público. A delegada não pediu a detenção do autor por ele não ter passagem pela polícia. O estudante que cometia bullying tem a mesma idade e tipo físico que a vítima, o que chamou a atenção da polícia.
Para a psicóloga, Valéria Rezende da Silva, ainda que a vítima não tenha sido agredida fisicamente o caso se configura como bullying.
-Este rapaz agressor devia ter um poder de persuasão muito forte, porque ele conseguiu realmente dominar este outro garoto da mesma idade e tipo físico. Esta é uma característica clássica de bullying.
Fonte: R7
A extorsão aconteceu dentro da escola Estadual Vespasiano Martins, em Campo Grande MS. O autor das ameaças pediu transferência de escola em dezembro do ano passado.
Mesmo assim ele continuou a ameaçar a vítima. Na última semana ele ligou para o estudante pedindo mais dinheiro, dessa vez o aluno ameaçado gravou a conversa.
Depois de marcar um encontro em um terminal de ônibus eles discutem o preço a ser pago. A vítima pergunta de quanto seria a quantia dessa vez e o agressor responde que exigiria R$1.000.
Denúncia
O caso foi denunciado por uma vizinha. Ela descobriu que o filho – aluno do mesmo colégio - também era extorquido.
A denúncia foi registrada na Deaji (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente) como extorsão. O autor das ameaças foi chamado para prestar depoimento e confessou que pedia dinheiro para não bater nos colegas.
A delegada Aline Lopes, conta que o autor essa atitude como normal.
-Ele afirmou que não ameaçava, para ele isso não era ameaça, era norma para ele. Mas confessou dizendo que podia ter dito que ia bater, mas que nunca os ameaçou de morte.
O inquérito foi enviado ao Ministério Público. A delegada não pediu a detenção do autor por ele não ter passagem pela polícia. O estudante que cometia bullying tem a mesma idade e tipo físico que a vítima, o que chamou a atenção da polícia.
Para a psicóloga, Valéria Rezende da Silva, ainda que a vítima não tenha sido agredida fisicamente o caso se configura como bullying.
-Este rapaz agressor devia ter um poder de persuasão muito forte, porque ele conseguiu realmente dominar este outro garoto da mesma idade e tipo físico. Esta é uma característica clássica de bullying.
Fonte: R7
terça-feira, 24 de maio de 2011
Bullying será tema de audiência na Alerj
A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio vai realizar, nesta quarta-feira, às 10h, na sala 316 do Palácio Tiradentes, uma audiência pública sobre o bullying, forma de abuso comum entre crianças e jovens no período escolar que consiste em atitudes de agressividade física ou verbal, praticadas por um ou mais indivíduos, com o objetivo de humilhar a vítima.
Segundo o presidente da comissão, deputado Comte Bittencourt (PPS), durante a reunião será apresentada uma pesquisa realizada pelo diretor-presidente do Instituto Informa, Fábio Gomes, sobre o tema. "Nossa ideia é discutir na reunião esse tema que vem sendo enfrentado pela nossa sociedade, principalmente nas escolas. Vamos trazer uma pesquisa realizada pelo Instituto Informa sobre o bullying, para conhecer mais sobre o assunto", disse o parlamentar.
Fonte: http://www.sidneyrezende.com/noticia/132168+bullying+sera+tema+de+audiencia+na+alerj
Segundo o presidente da comissão, deputado Comte Bittencourt (PPS), durante a reunião será apresentada uma pesquisa realizada pelo diretor-presidente do Instituto Informa, Fábio Gomes, sobre o tema. "Nossa ideia é discutir na reunião esse tema que vem sendo enfrentado pela nossa sociedade, principalmente nas escolas. Vamos trazer uma pesquisa realizada pelo Instituto Informa sobre o bullying, para conhecer mais sobre o assunto", disse o parlamentar.
Fonte: http://www.sidneyrezende.com/noticia/132168+bullying+sera+tema+de+audiencia+na+alerj
Armanda Matos: “O cyberbullying acompanha as crianças e os jovens até casa”
Pode ser um problema multiplicado tantas vezes quantas o meio permitir. Emails insultuosos. SMS difamatórios. São exemplos de agressões que praticadas de forma repetida podem ser consideradas atos de cyberbullying e estar a vitimizar qualquer jovem e criança.
A intenção pode ser a de agredir, ameaçar ou insultar a vítima. O cyberbullying "é um ato agressivo intencional perpetrado através do recurso a dispositivos eletrónicos de comunicação, como a Internet e o telemóvel", define Armanda Matos, investigadora da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, da Universidade de Coimbra.
Mas algumas situações de cyberbullying podem estar a ser "encaradas com alguma ligeireza", alerta a investigadora que, em Portugal, integra uma equipa que participou na elaboração de um manual europeu sobre esta problemática. "Qualquer suspeita de que possa estar a acontecer um ato de cyberbullying tem de ser levada muito a sério."
"Agir Contra o Cyberbullying", assim se intitula o manual, foi pensado para a formação de formadores que trabalham a problemática com diferentes grupos-alvo: pais, famílias, escolas, jovens e crianças. Inserido no projeto CyberTraining, a criação do manual envolveu oito países: Alemanha (coordenação), Portugal, Espanha, Reino Unido, Irlanda, Bulgária, Suíça e Noruega. E foi apoiado pela Comissão Europeia através do Lifelong Learning Programm e do sub-programa Leonardo da Vinci.
A importância do tema tem suscitado a atenção de Bruxelas. Depois da elaboração do manual, os países envolvidos na iniciativa vão agora desenvolver cursos de formação em dirigidos aos pais. "As situações de cyberbullying estão envoltas em algum secretismo, as vítimas e os agressores não contam a ninguém o que está a acontecer. Mas quando contam, fazem-no aos pais." E, aqui reside, segundo Armanda Matos, a justificação para este novo projeto.
A participação portuguesa no CyberTrainning for Parents fez-se através da mesma equipa da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, da Universidade de Coimbra, que participou na criação do manual. Para além de Armanda Matos, Teresa Pessoa e João Amado compõem o grupo de investigadores portugueses.
Portugal terá a seu cargo a avaliação dos cursos que já estão a ser implementados nos diferentes países envolvidos no projeto. Armanda Matos adianta que estes cursos podem vir a acontecer em sessões presenciais mas também em regime de e-learning. Vão também ser dirigidos a formadores de pais. "Com vista a ter um efeito multiplicador", explica.
Em entrevista ao EDUCARE.PT, Armanda Matos, investigadora na área da educação para os media e das tecnologias da informação e comunicação, lançou algumas pistas para a compreensão do cyberbullying. Um fenómeno desvalorizado que faz da Internet um aliado cruel.
EDUCARE.PT (E): O que é o cyberbullying?
Armanda Matos (AM): É um ato agressivo intencional perpetrado através do recurso a dispositivos eletrónicos de comunicação, como a Internet e o telemóvel. Um dos critérios para se considerar estarmos perante uma situação de cyberbullying é o facto de esses atos acontecerem mais do que uma vez. Essa repetição pode ser quantificada através do número de vezes em que uma mensagem insultuosa ou imagens colocadas online são encaminhadas e visionadas.
E: Uma repetição que sendo feita através da Internet pode ser infinita...
AM: Para além deste aspeto da repetição, há a intenção de agredir, ameaçar ou insultar, enfim, de causar danos à outra pessoa.
E: Que formas assume?
AM: Depende do critério a considerar. Se nos centrarmos nos dispositivos utilizados podemos distinguir entre o cyberbullying cometido através da Internet, dos chats, do e-mail, das redes sociais, ou através do telemóvel, por SMS ou MMS enviados.
Mas podemos falar em diferentes modalidades em função da ação que é exercida. E, nesse caso, podem ser atos que visam o denegrir a imagem do outro, enviando mensagens ou colocando imagens que, de alguma forma, são insultuosas. Podem ser atos que consistam em discussões muito inflamadas no Messenger, ou na violação da privacidade e divulgação de dados ou de informação pessoal.
E existe ainda a despersonificação que é o ato de tomar a identidade da vítima e enviar e-mails ou mensagens fazendo-se passar por ela, dizendo mal dos seus amigos, e colocando-a numa situação muito delicada. Portanto, existem diferentes formas de exercer atos deste género recorrendo às tecnologias da informação e comunicação.
E: Este tipo de atos é mais comum do que se pensa?
AM: É mais comum do que se pensa porque as características do cyberbullying não estão devidamente divulgadas. Por isso, é natural que aconteçam atos deste género em diferentes contextos, mas que não são assim catalogados por não existir essa informação.
Em termos de frequência, há números diversos, porque as investigações partem de diferentes conceitos e instrumentos para medir o cyberbullying. Por exemplo, uma coisa é perguntar se no último ano foi vítima de alguma ação deste género, outra é perguntar se alguma vez foi vítima de uma ação deste género. Isto conduzirá a resultados diferentes.
Mas há vários estudos que apontam para números que rondam os 10%, em diferentes países, sendo que um realizado pela Microsoft, em 2009, refere percentagens bem mais elevadas que rondam os 30%. Em Portugal, estão feitos estudos com amostras relativamente pequenas e que não são representativas, mas que têm apontado para os 6%.
E: De que modo se distingue do bullying?
AM: O cyberbullying tem várias características que lhe são específicas e que estão associadas ao seu impacto. Alguns autores consideram até que há um maior impacto no cyberbullying, embora esta posição não seja consensual. Uma das características é a possibilidade do anonimato, que não acontece sempre, mas verifica-se em muitas situações.
Por um lado, a vítima não sabe quem a está a agredir, a perseguir, a ameaçar ou a denegrir. Por outro lado, o agressor sente que está a atuar num ambiente relativamente protegido, uma vez que não sabem quem ele é. Esta situação deixa as vítimas numa grande vulnerabilidade. Outro aspeto interessante é que no cyberbullying o agressor tem assim poucas possibilidades de perceber as consequências dos seus atos, ou seja, o impacto que pode ter na vítima.
E: Enquanto no bullying o impacto é visível...
AM: E, por isso, a possibilidade de empatia em relação à vítima e de compreensão do seu sofrimento no cyberbulling é menor. Mas para além do anonimato, há outra característica que é particularmente importante: o facto de o cyberbullying poder ocorrer a qualquer hora e em qualquer lugar, ao contrário do que se passa com o bullying, onde há possibilidade de proteção uma vez que acontece nos recreios, nos pátios ou na saída da escola.
E: Para evitar o bullying pode-se mudar o aluno de escola...
AM: O cyberbullying também tem levado a consequências desse género. Mas o que acontece muitas vezes é que os atos de bullying estão associados aos de cyberbullying, ou seja, acontecem simultaneamente.
E: Alguns atos de cyberbullying são desvalorizados por serem vistos como brincadeiras. Isto é grave?
AM: Isso tem a ver com a falta de informação e a necessidade de sensibilização para a gravidade destes casos. Situações que podem ser encaradas com alguma ligeireza não o devem ser. Qualquer suspeita de que possa estar a acontecer um ato de cyberbullying tem de ser levada muito a sério. É obvio que quanta mais consciencialização houver para o problema mais fácil será identificá-lo e apoiar as vítimas.
E: É a pensar na consciencialização que surge o manual europeu "Agir Contra o Cyberbullying".
AM: O manual foi pensado de forma a responder às necessidades dos diferentes grupos-alvo a que se destina. A construção foi fundamentada em dois estudos. O primeiro envolveu uma análise de necessidades de formadores de diferentes países da Europa, e foi conduzido pela equipa portuguesa. O segundo estudo foi conduzido pela equipa alemã, que é a coordenadora do projeto, e juntou diferentes especialistas para conhecer o estado da arte em relação ao problema e as abordagens que têm sido adotadas em vários países, para lidar e intervir.
E: Disse que o manual não constituía um receituário...
AM: Porque deve ser usado de forma flexível conforme as necessidades dos formadores e dos formandos. Um formador que esteja muito familiarizado com as tecnologias da informação e comunicação (TIC) e as questões da segurança na Internet e vá trabalhar com os jovens que também utilizam as TIC e não tenham necessidade de conhecer os seus conceitos pode passar à frente o respetivo módulo. Se o formador vai trabalhar com pais pode começar diretamente no módulo que lhes é destinado ou aplicar alguma atividade interessante do capítulo dedicado aos jovens mas adaptando-a.
E: Os professores podem usar o manual nas suas aulas?
AM: Um dos capítulos tem mesmo como tema o trabalho com escolas. O objetivo é dar apoio, informação e recursos aos diversos agentes escolares - psicólogos, professores, equipas específicas ligadas a projetos que se desenvolvem nas escolas - para poderem fazer formação sobre cyberbullying. Existem muitas sugestões de atividades no manual que os professores podem desenvolver com os seus alunos.
E: O manual também se destina a trabalhar estas questões com os pais. Até que ponto isso é importante?
AM: É extremamente importante, porque o cyberbullying acompanha as crianças e os jovens até casa, não se circunscreve ao contexto escolar. As situações de cyberbullying estão envoltas em algum secretismo, as vítimas e os agressores não contam a ninguém o que está a acontecer. Mas quando contam, fazem-no aos pais. É muito menos frequente contarem aos professores ou a pessoas da escola. Por isso, os pais têm de saber o que fazer quando se veem confrontados com um filho que diz estar a ser vítima ou a vitimizar outros. E têm também de saber como detetar casos deste género, ou seja, que sinais e sintomas os filhos podem apresentar se estiverem envolvidos em situações deste género.
E: Quais são os sinais mais frequentes?
AM: Alterações bruscas de comportamento relativamente ao uso das tecnologias, estamos a falar de uma criança ou jovem que habitualmente passe muito tempo no computador e de repente o ponha de lado. Ou que se sinta ansioso depois de estar a trabalhar no computador ou de usar o telemóvel. Situações de isolamento em que as crianças ou os jovens evitem o contacto com as outras pessoas. E depois existem sintomas físicos, como a ansiedade, o stress, a dificuldade em ir para a escola, por dores de barriga ou de cabeça.
E: Mas esses são sintomas comuns ao bullying...
AM: Sim, sendo que o aspeto diferenciador são as mudanças de comportamento associadas à utilização das tecnologias.
E: Existem crianças e jovens mais vulneráveis ao cyberbullying?
AM: Há grupos mais vulneráveis, tanto ao cyberbullying como ao bullying, que requerem mais atenção por parte dos adultos. Crianças ou jovens que apresentem algum tipo de deficiência, ou necessidades educativas especiais, que normalmente não "alinham" nos interesses e nas brincadeiras dos colegas, ou seja, que tenham um perfil um pouco diferente e se afastem da corrente principal e grupos minoritários, como os imigrantes.
Fonte: Educare.PT
A intenção pode ser a de agredir, ameaçar ou insultar a vítima. O cyberbullying "é um ato agressivo intencional perpetrado através do recurso a dispositivos eletrónicos de comunicação, como a Internet e o telemóvel", define Armanda Matos, investigadora da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, da Universidade de Coimbra.
Mas algumas situações de cyberbullying podem estar a ser "encaradas com alguma ligeireza", alerta a investigadora que, em Portugal, integra uma equipa que participou na elaboração de um manual europeu sobre esta problemática. "Qualquer suspeita de que possa estar a acontecer um ato de cyberbullying tem de ser levada muito a sério."
"Agir Contra o Cyberbullying", assim se intitula o manual, foi pensado para a formação de formadores que trabalham a problemática com diferentes grupos-alvo: pais, famílias, escolas, jovens e crianças. Inserido no projeto CyberTraining, a criação do manual envolveu oito países: Alemanha (coordenação), Portugal, Espanha, Reino Unido, Irlanda, Bulgária, Suíça e Noruega. E foi apoiado pela Comissão Europeia através do Lifelong Learning Programm e do sub-programa Leonardo da Vinci.
A importância do tema tem suscitado a atenção de Bruxelas. Depois da elaboração do manual, os países envolvidos na iniciativa vão agora desenvolver cursos de formação em dirigidos aos pais. "As situações de cyberbullying estão envoltas em algum secretismo, as vítimas e os agressores não contam a ninguém o que está a acontecer. Mas quando contam, fazem-no aos pais." E, aqui reside, segundo Armanda Matos, a justificação para este novo projeto.
A participação portuguesa no CyberTrainning for Parents fez-se através da mesma equipa da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, da Universidade de Coimbra, que participou na criação do manual. Para além de Armanda Matos, Teresa Pessoa e João Amado compõem o grupo de investigadores portugueses.
Portugal terá a seu cargo a avaliação dos cursos que já estão a ser implementados nos diferentes países envolvidos no projeto. Armanda Matos adianta que estes cursos podem vir a acontecer em sessões presenciais mas também em regime de e-learning. Vão também ser dirigidos a formadores de pais. "Com vista a ter um efeito multiplicador", explica.
Em entrevista ao EDUCARE.PT, Armanda Matos, investigadora na área da educação para os media e das tecnologias da informação e comunicação, lançou algumas pistas para a compreensão do cyberbullying. Um fenómeno desvalorizado que faz da Internet um aliado cruel.
EDUCARE.PT (E): O que é o cyberbullying?
Armanda Matos (AM): É um ato agressivo intencional perpetrado através do recurso a dispositivos eletrónicos de comunicação, como a Internet e o telemóvel. Um dos critérios para se considerar estarmos perante uma situação de cyberbullying é o facto de esses atos acontecerem mais do que uma vez. Essa repetição pode ser quantificada através do número de vezes em que uma mensagem insultuosa ou imagens colocadas online são encaminhadas e visionadas.
E: Uma repetição que sendo feita através da Internet pode ser infinita...
AM: Para além deste aspeto da repetição, há a intenção de agredir, ameaçar ou insultar, enfim, de causar danos à outra pessoa.
E: Que formas assume?
AM: Depende do critério a considerar. Se nos centrarmos nos dispositivos utilizados podemos distinguir entre o cyberbullying cometido através da Internet, dos chats, do e-mail, das redes sociais, ou através do telemóvel, por SMS ou MMS enviados.
Mas podemos falar em diferentes modalidades em função da ação que é exercida. E, nesse caso, podem ser atos que visam o denegrir a imagem do outro, enviando mensagens ou colocando imagens que, de alguma forma, são insultuosas. Podem ser atos que consistam em discussões muito inflamadas no Messenger, ou na violação da privacidade e divulgação de dados ou de informação pessoal.
E existe ainda a despersonificação que é o ato de tomar a identidade da vítima e enviar e-mails ou mensagens fazendo-se passar por ela, dizendo mal dos seus amigos, e colocando-a numa situação muito delicada. Portanto, existem diferentes formas de exercer atos deste género recorrendo às tecnologias da informação e comunicação.
E: Este tipo de atos é mais comum do que se pensa?
AM: É mais comum do que se pensa porque as características do cyberbullying não estão devidamente divulgadas. Por isso, é natural que aconteçam atos deste género em diferentes contextos, mas que não são assim catalogados por não existir essa informação.
Em termos de frequência, há números diversos, porque as investigações partem de diferentes conceitos e instrumentos para medir o cyberbullying. Por exemplo, uma coisa é perguntar se no último ano foi vítima de alguma ação deste género, outra é perguntar se alguma vez foi vítima de uma ação deste género. Isto conduzirá a resultados diferentes.
Mas há vários estudos que apontam para números que rondam os 10%, em diferentes países, sendo que um realizado pela Microsoft, em 2009, refere percentagens bem mais elevadas que rondam os 30%. Em Portugal, estão feitos estudos com amostras relativamente pequenas e que não são representativas, mas que têm apontado para os 6%.
E: De que modo se distingue do bullying?
AM: O cyberbullying tem várias características que lhe são específicas e que estão associadas ao seu impacto. Alguns autores consideram até que há um maior impacto no cyberbullying, embora esta posição não seja consensual. Uma das características é a possibilidade do anonimato, que não acontece sempre, mas verifica-se em muitas situações.
Por um lado, a vítima não sabe quem a está a agredir, a perseguir, a ameaçar ou a denegrir. Por outro lado, o agressor sente que está a atuar num ambiente relativamente protegido, uma vez que não sabem quem ele é. Esta situação deixa as vítimas numa grande vulnerabilidade. Outro aspeto interessante é que no cyberbullying o agressor tem assim poucas possibilidades de perceber as consequências dos seus atos, ou seja, o impacto que pode ter na vítima.
E: Enquanto no bullying o impacto é visível...
AM: E, por isso, a possibilidade de empatia em relação à vítima e de compreensão do seu sofrimento no cyberbulling é menor. Mas para além do anonimato, há outra característica que é particularmente importante: o facto de o cyberbullying poder ocorrer a qualquer hora e em qualquer lugar, ao contrário do que se passa com o bullying, onde há possibilidade de proteção uma vez que acontece nos recreios, nos pátios ou na saída da escola.
E: Para evitar o bullying pode-se mudar o aluno de escola...
AM: O cyberbullying também tem levado a consequências desse género. Mas o que acontece muitas vezes é que os atos de bullying estão associados aos de cyberbullying, ou seja, acontecem simultaneamente.
E: Alguns atos de cyberbullying são desvalorizados por serem vistos como brincadeiras. Isto é grave?
AM: Isso tem a ver com a falta de informação e a necessidade de sensibilização para a gravidade destes casos. Situações que podem ser encaradas com alguma ligeireza não o devem ser. Qualquer suspeita de que possa estar a acontecer um ato de cyberbullying tem de ser levada muito a sério. É obvio que quanta mais consciencialização houver para o problema mais fácil será identificá-lo e apoiar as vítimas.
E: É a pensar na consciencialização que surge o manual europeu "Agir Contra o Cyberbullying".
AM: O manual foi pensado de forma a responder às necessidades dos diferentes grupos-alvo a que se destina. A construção foi fundamentada em dois estudos. O primeiro envolveu uma análise de necessidades de formadores de diferentes países da Europa, e foi conduzido pela equipa portuguesa. O segundo estudo foi conduzido pela equipa alemã, que é a coordenadora do projeto, e juntou diferentes especialistas para conhecer o estado da arte em relação ao problema e as abordagens que têm sido adotadas em vários países, para lidar e intervir.
E: Disse que o manual não constituía um receituário...
AM: Porque deve ser usado de forma flexível conforme as necessidades dos formadores e dos formandos. Um formador que esteja muito familiarizado com as tecnologias da informação e comunicação (TIC) e as questões da segurança na Internet e vá trabalhar com os jovens que também utilizam as TIC e não tenham necessidade de conhecer os seus conceitos pode passar à frente o respetivo módulo. Se o formador vai trabalhar com pais pode começar diretamente no módulo que lhes é destinado ou aplicar alguma atividade interessante do capítulo dedicado aos jovens mas adaptando-a.
E: Os professores podem usar o manual nas suas aulas?
AM: Um dos capítulos tem mesmo como tema o trabalho com escolas. O objetivo é dar apoio, informação e recursos aos diversos agentes escolares - psicólogos, professores, equipas específicas ligadas a projetos que se desenvolvem nas escolas - para poderem fazer formação sobre cyberbullying. Existem muitas sugestões de atividades no manual que os professores podem desenvolver com os seus alunos.
E: O manual também se destina a trabalhar estas questões com os pais. Até que ponto isso é importante?
AM: É extremamente importante, porque o cyberbullying acompanha as crianças e os jovens até casa, não se circunscreve ao contexto escolar. As situações de cyberbullying estão envoltas em algum secretismo, as vítimas e os agressores não contam a ninguém o que está a acontecer. Mas quando contam, fazem-no aos pais. É muito menos frequente contarem aos professores ou a pessoas da escola. Por isso, os pais têm de saber o que fazer quando se veem confrontados com um filho que diz estar a ser vítima ou a vitimizar outros. E têm também de saber como detetar casos deste género, ou seja, que sinais e sintomas os filhos podem apresentar se estiverem envolvidos em situações deste género.
E: Quais são os sinais mais frequentes?
AM: Alterações bruscas de comportamento relativamente ao uso das tecnologias, estamos a falar de uma criança ou jovem que habitualmente passe muito tempo no computador e de repente o ponha de lado. Ou que se sinta ansioso depois de estar a trabalhar no computador ou de usar o telemóvel. Situações de isolamento em que as crianças ou os jovens evitem o contacto com as outras pessoas. E depois existem sintomas físicos, como a ansiedade, o stress, a dificuldade em ir para a escola, por dores de barriga ou de cabeça.
E: Mas esses são sintomas comuns ao bullying...
AM: Sim, sendo que o aspeto diferenciador são as mudanças de comportamento associadas à utilização das tecnologias.
E: Existem crianças e jovens mais vulneráveis ao cyberbullying?
AM: Há grupos mais vulneráveis, tanto ao cyberbullying como ao bullying, que requerem mais atenção por parte dos adultos. Crianças ou jovens que apresentem algum tipo de deficiência, ou necessidades educativas especiais, que normalmente não "alinham" nos interesses e nas brincadeiras dos colegas, ou seja, que tenham um perfil um pouco diferente e se afastem da corrente principal e grupos minoritários, como os imigrantes.
Fonte: Educare.PT
Boca Maldita sedia hoje ação contra o bullying
Você já foi vítima de bullying? Sabe o que é bullying? Sabe como evitar que seu filho faça parte dessa cadeia de violência? São perguntas como estas que os pedestres que circulam pela região da Boca Maldita, no centro de Curitiba, podem ter respostas a partir de hoje, 23 de maio. Um grupo de estudantes realiza, a partir das 15 horas, uma campanha chamada “O terrível valentão”, visando alertar a comunidade para o problema.
A ação faz parte de um projeto iniciado no colégio com palestras e trabalhos, e que já foi levado a outras escolas do bairro pelos próprios estudantes. Durante a ação os pedestres serão incentivados a relatar o seu depoimento pessoal sobre o bullyng, assistir a filmes educativos produzidos pelos próprios estudantes, e ter acesso a folhetos explicativos.
“A violência nas escolas, infelizmente, é um assunto que tomou conta do cotidiano. A regularidade e gravidade destes atos nos assustam. Mas vale também alertar para outros tipos de violência, que muitas vezes não damos tanta importância, mas que vão interferir no aspecto emocional daquela criança por toda a vida”, explica a professora Clarice Schunemmann Cavalcante, coordenadora do projeto.
Ainda de acordo com a coordenadora, os pais precisam aprender a identificar se o filho é vítima ou um promotor do bullying, para que possam procurar ajuda especializada. “Vítima e agressor terão reflexos do comportamento na vida adulta, e é necessário que os estudantes, pais, educadores e a própria sociedade estejam alerta para este mal”, conclui a educadora. [francisleine_matos@hotmail.com]
Fonte: Panashop
A ação faz parte de um projeto iniciado no colégio com palestras e trabalhos, e que já foi levado a outras escolas do bairro pelos próprios estudantes. Durante a ação os pedestres serão incentivados a relatar o seu depoimento pessoal sobre o bullyng, assistir a filmes educativos produzidos pelos próprios estudantes, e ter acesso a folhetos explicativos.
“A violência nas escolas, infelizmente, é um assunto que tomou conta do cotidiano. A regularidade e gravidade destes atos nos assustam. Mas vale também alertar para outros tipos de violência, que muitas vezes não damos tanta importância, mas que vão interferir no aspecto emocional daquela criança por toda a vida”, explica a professora Clarice Schunemmann Cavalcante, coordenadora do projeto.
Ainda de acordo com a coordenadora, os pais precisam aprender a identificar se o filho é vítima ou um promotor do bullying, para que possam procurar ajuda especializada. “Vítima e agressor terão reflexos do comportamento na vida adulta, e é necessário que os estudantes, pais, educadores e a própria sociedade estejam alerta para este mal”, conclui a educadora. [francisleine_matos@hotmail.com]
Fonte: Panashop
Pedagoga ensina como combater o bullying
Em Rio das Pedras, a Secretaria de Educação realizou uma palestra, na última terça-feira, 14, com pais e professores sobre o bullying escolar, tipo de agressão física e psicológica que vem ocorrendo nos espaços escolares. Para ministrar a palestra foi convidada a pedagoga Rosane Maria, que abordou a questão propondo ações que minimizem o efeito bullying dentro da escola.
Entre os tantos desafios da educação escolar, agora os professores tem mais esse obstáculo a ser superado dentro dos estabelecimentos de ensino. Tema que foi discutido nos últimos meses nas diversas mídias, devido ao massacre de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. A partir dos casos graves, o assunto começou a ganhar espaço em estudos desenvolvidos por pedagogos e psicólogos que lidam com Educação.
Durante a sua palestra, Rosane apresentou um dado interessante feito em escolas públicas e particulares na cidade de São José do Rio Preto. De dois mil alunos pesquisados, 49% responderam que já estiveram envolvidos em bullying, sendo que 22% como vítimas, 12% vítimas e agressores e 15% agressores.
A pedagoga ressaltou aos pais e professores alguns sinais que podem ser observados nas vitimas dessa agressão física ou moral, como: isolamento frequente no recreio, dificuldade em falar na sala de aula, mostrando-se uma pessoa insegura ou ansiosa, aspecto triste, aflito, contusões, feridas, arranhões ou roupas rasgadas observadas frequentemente na vitima, bem como ausência frequente nas aulas e perda constante dos pertences.
Rosane também destacou recomendações aos pais, para que a ação do bullying não cause transtornos psicológicos nas vitimas. Entre as recomendações estão: a elevação da auto-estima dos filhos, ressaltando suas qualidades, acompanharem diariamente as atividades escolares e as relações sociais dentro da escola, conhecer os amigos dos filhos e o que eles fazem. Ela ressaltou ainda que na suspeita de violências físicas ou morais os pais devem buscar auxilio de especialistas.
Fonte: A Tribuna
Entre os tantos desafios da educação escolar, agora os professores tem mais esse obstáculo a ser superado dentro dos estabelecimentos de ensino. Tema que foi discutido nos últimos meses nas diversas mídias, devido ao massacre de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. A partir dos casos graves, o assunto começou a ganhar espaço em estudos desenvolvidos por pedagogos e psicólogos que lidam com Educação.
Durante a sua palestra, Rosane apresentou um dado interessante feito em escolas públicas e particulares na cidade de São José do Rio Preto. De dois mil alunos pesquisados, 49% responderam que já estiveram envolvidos em bullying, sendo que 22% como vítimas, 12% vítimas e agressores e 15% agressores.
A pedagoga ressaltou aos pais e professores alguns sinais que podem ser observados nas vitimas dessa agressão física ou moral, como: isolamento frequente no recreio, dificuldade em falar na sala de aula, mostrando-se uma pessoa insegura ou ansiosa, aspecto triste, aflito, contusões, feridas, arranhões ou roupas rasgadas observadas frequentemente na vitima, bem como ausência frequente nas aulas e perda constante dos pertences.
Rosane também destacou recomendações aos pais, para que a ação do bullying não cause transtornos psicológicos nas vitimas. Entre as recomendações estão: a elevação da auto-estima dos filhos, ressaltando suas qualidades, acompanharem diariamente as atividades escolares e as relações sociais dentro da escola, conhecer os amigos dos filhos e o que eles fazem. Ela ressaltou ainda que na suspeita de violências físicas ou morais os pais devem buscar auxilio de especialistas.
Fonte: A Tribuna
segunda-feira, 23 de maio de 2011
BULLYING
Ótima página a do “Em pauta”. Tem discussão teórica com especialista e tem vida prática de possível repressão também em aulas e assembleias da universidade. Normalmente não se liga o tema bullying ao ensino superior.
Para não deixar de cumprir a minha função de “mala”, acho que a reportagem deveria ter tentando ouvir colegas de sala que testemunharam a suposta agressão da professora ao aluno Fernando (nome fictício). Bastava ter ficado mais atento à defesa da acusada: “Os outros 70 alunos presentes na sala podem declarar isso”, diz ela. Nem que fosse em “off” valeria ter buscado essas testemunhas.
Fonte: Jornal do Campus
Para não deixar de cumprir a minha função de “mala”, acho que a reportagem deveria ter tentando ouvir colegas de sala que testemunharam a suposta agressão da professora ao aluno Fernando (nome fictício). Bastava ter ficado mais atento à defesa da acusada: “Os outros 70 alunos presentes na sala podem declarar isso”, diz ela. Nem que fosse em “off” valeria ter buscado essas testemunhas.
Fonte: Jornal do Campus
domingo, 22 de maio de 2011
Escolas recebem projeto da OAB/MS
A Escola Municipal Luiz Cavallon já pode comemorar. Os alunos receberam o Projeto "OAB vai à Escola". O advogado e vice-presidente do Projeto, Venâncio Josiel dos Santos, apresentou a palestra "O bullying e suas implicações" aos alunos do 6º ao 9º ano. Cerca de 130 pessoas, incluindo alunos, quatro estagiárias de Direito, seis professores e a diretora da escola.
Outra escola a receber foi a Escola Municipal Elizabel Maria Gomes Salles também recebeu o Projeto apresentado pela advogada Djanir Corrêa Barbosa Soares. Djanir apresentou noções de cidadania aos alunos de 5º ao 9º ano, no período matutino e vespertino.
Fonte: A Crítica de Campo Grande/MS
Outra escola a receber foi a Escola Municipal Elizabel Maria Gomes Salles também recebeu o Projeto apresentado pela advogada Djanir Corrêa Barbosa Soares. Djanir apresentou noções de cidadania aos alunos de 5º ao 9º ano, no período matutino e vespertino.
Fonte: A Crítica de Campo Grande/MS
CNJ e FMU distribuem cartilhas de combate ao bullying
Em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Complexo Educacional FMU irá distribuir 65 mil cartilhas de orientação sobre o combate ao bullying nas escolas públicas e privadas do Estado de São Paulo. O anúncio será feito em evento na segunda-feira (dia 23), às 19 horas, na capital paulista. O lançamento oficial da cartilha, de autoria da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, foi feito em outubro em Brasília. A publicação traz orientações e textos voltados para gestores escolares, diretores, professores e coordenadores de escolas públicas e privadas.
Na cerimônia, marcada para o auditório da Casa Metropolitana do Direito da FMU, será anunciada ainda a criação do Núcleo Metropolitano de Estudos Interdisciplinares sobre o Bullying, uma iniciativa do Instituto Metropolitano de Altos Estudos (Imae), com apoio das faculdades de Direito e de Psicologia da FMU. O evento contará com a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e do deputado federal Gabriel Chalita (PSB-SP)
Fonte: Diário do Grande ABC
Na cerimônia, marcada para o auditório da Casa Metropolitana do Direito da FMU, será anunciada ainda a criação do Núcleo Metropolitano de Estudos Interdisciplinares sobre o Bullying, uma iniciativa do Instituto Metropolitano de Altos Estudos (Imae), com apoio das faculdades de Direito e de Psicologia da FMU. O evento contará com a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e do deputado federal Gabriel Chalita (PSB-SP)
Fonte: Diário do Grande ABC
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