As doenças mentais são as responsáveis pela maior parte de anos de vida perdidos dos brasileiros e até 30% deles já apresentaram sintomas de depressão em algum momento Uma pesquisa publicada esta semana pelo periódico médico Lancet aponta que, no Brasil, as doenças mentais são as responsáveis pela maior parte de anos de vida perdidos devido a doenças crônicas.O estudo leva em consideração uma série de fatores, como a mortalidade causada pelas doenças e suas consequências, como a incapacidade de realizar tarefas do dia a dia e até de trabalhar.
De acordo com a pesquisa, as mudanças no estilo de vida das pessoas contribuíram para este quadro e o que durante muito tempo foi considerado "frescura" ou sintomas isolados, causados por doenças como depressão, hoje, ocupa um lugar de destaque na lista de tratamentos prioritários na saúde pública do País. As pessoas consideravam a depressão um estado de espírito ou uma escolha, mas hoje muitas dessas pessoas que já desdenharam esta doença sabem exatamente o que ela significa, pois ela já devem ter passado por isso ou acompanhado de perto alguém que passou.
O mesmo acontece com o transtorno de ansiedade, com a síndrome do pânico e com tantas outras enfermidades.Os principais vilões desta nova realidade do Brasil são a depressão, as psicoses e a dependência de álcool, respectivamente.
Os pesquisadores afirmam que de 18% a 30% dos brasileiros já apresentaram sintomas de depressão em algum momento da vida. A incidência da doença nas famílias brasileiras foi citada pelo Mogi News na edição de sábado. No Megafone em Seu Bairro - um projeto realizado pelo MN em parceria com a Rádio Metropolitana -, um psicólogo que atende voluntariamente os moradores dos bairros que recebem o programa disse que, na maioria das vezes, ele é procurado por pessoas com sinais de depressão. Esta doença está ganhando espaço nos lares brasileiros e é necessário que o poder público dedique mais atenção para identificá-la e tratá-la, pois ela pode tirar anos de vida de uma pessoa.
Outro fator complicador, citado pela pesquisa, o alcoolismo, está diretamente ligado ao estilo de vida das pessoas. É outra doença que já foi vista com preconceito e ainda é por uma parte - desinformada - da população. Levantamentos recentes do Ministério da Saúde mostram que, em todo o País, está havendo um aumento do consumo abusivo de bebidas.
Até casos de crianças com depressão são comuns nos consultórios. A infância, a mais alegre e marcante fase da vida, para muitos pequenos, já está sendo motivo de preocupação. E os pais devem ficar atentos aos sintomas, para que seus filhos recebam tratamento adequado e se transformem em adultos saudáveis.
David Hornblas, orientador-pedagógico e professor universitário, esteve em Mogi das Cruzes ontem para proferir uma palestra sobre bullying a educadores da cidade. Ele, que é especializado em capacitação de educadores na área de violência escolar e é membro do Centro Britânico de Pesquisas e Apoio às Vítimas de Bullying de Harrogate, explicou, por exemplo, que o caso do massacre em Realengo, no Rio de Janeiro, em que 12 crianças foram assassinadas por Wellington Menezes de Oliveira, teve uma origem psíquica.
Oliveira justificou em vídeos que mataria as crianças por vingança, por ter sido vítima de bullying quando estudava na escola de Realengo. Mas Hornblas afirmou que o problema do atirador só ganhou esta proporção porque ele tinha uma doença de base, uma enfermidade mental, que não foi tratada. O bullying sofrido por ele foi uma "desculpa" para o ato insano que pretendia cometer.
O bullying ganhou destaque no País por causa deste caso e foi importante. As escolas tiveram a chance de melhorar a qualidade de vida de seus alunos e os pais puderam entender alguns comportamentos de seus filhos, como não quererem ir às aulas.
Mas também é fundamental que os pais estejam atentos aos sinais que as doenças mentais e psíquicas podem dar.
Fonte: Mogi News
quarta-feira, 11 de maio de 2011
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