Uma série de reflexões sobre este assunto está sendo feita.
Bullying: como agir, reagir, coibir, não fazer? É tentando discutir este tema tão presente nos mais diversos meios de comunicação e na realidade de muitos estudantes que alunos do Ensino Fundamental II realizam, desde o início do ano, uma série de reflexões sobre este assunto. Com a orientação e mediação da professora de Empreendedorismo e Ética, Regina Deamo, cada classe do 6º ao 9º ano produziu cartazes, teatros, slides e vídeos para conscientizar colegas e amigos, com base na análise de manchetes de jornais e elementos do dia a dia.
“O bullying compreende todas as formas de agressividade repetitivas, executadas dentro de uma relação desigual, adotadas por um ou mais estudantes contra outro e causando traumas. É um problema antigo, mas caracterizado como praga moderna há pouco tempo. Inegáveis são as consequências negativas que este comportamento pode ter na vida de um indivíduo ou de uma comunidade inteira. Por isso, intensificamos os trabalhos de discussão e conscientização sobre este tema, tanto nas salas de aula como na capacitação dos educadores”, afirma Joyce Barsotti Cunha, coordenadora pedagógica do Colégio Integrado Monteiro Lobato.
Inúmeros são os casos de bullying. Alguns deles foram apresentados em sala de aula por meio de filmes e textos, além de um bate-papo com a diretora do Itu.com.br, Deborah Dubner, sobre cyberbullying. Um dos elementos mais discutidos pelos estudantes é o receio de pedir ajuda. “A gente percebeu que quem sofre com o bullying fica com medo das consequências de contar aos pais e professores, porque algumas pessoas podem ver aquilo como uma brincadeira boba. As vítimas ainda podem ser chamadas de covardes pelos colegas por terem dito a alguém”, acredita a aluna Valentina Venice Alves de Oliveira. “Pode haver a sensação de injustiça também. Existem casos em que a reação de quem estava sofrendo bullying foi bater. Só que a punição é dada somente a quem bateu, como se agressão física fosse o único problema a ser resolvido”, revela Danny Marmelsztejn Dubner.
Para a coordenadora do Ensino Fundamental II, Claudia Borsari, o bullying é um problema complexo e de causas múltiplas. Segundo ela, a escola deve desenvolver estratégias para inibir da melhor forma esta prática. “Muito mais do que falar sobre bullying, é importante entender o contexto em que os estudantes estão inseridos. Na detecção de um problema como este é fundamental analisar o perfil dos envolvidos: algoz e vítima. A partir daí, envolver educadores e as famílias para desenvolver ações assertivas”.
Alguns adolescentes não viam o bullying como um problema comum e de grandes consequências. “Eu via o bullying como uma coisa séria, mas não sabia que ele pode levar à morte”, diz o estudante Gustavo Levi. “Percebemos que todo mundo já fez isso e está sujeito a fazer e ser vítima dele. E na nossa idade, a insegurança só aumenta a possibilidade de isso acontecer”, argumenta Danny.
Claudia alerta para a importância da prevenção. “A melhor ação preventiva é promover o autoconhecimento. É fundamental proporcionar aos estudantes momentos de profundas reflexões sobre suas inseguranças, carências e frustrações, para que eles entendam as motivações e consequências de suas ações”.
A aluna Maria Rita Vidor acredita que o mais importante é perceber o apoio da escola e da família. “É bom perceber que o Colégio está preparado para conter o bullying, mas conto também com o amor da minha mãe, meu pai, meus irmãos e do meu amigo Gustavo para me fortalecer. São as pessoas com quem conto em todas as ocasiões”.
“A única maneira de se combater o bullying é através da cooperação de todos os envolvidos: educadores, alunos e pais. As medidas tomadas de prevenção e controle deste problema, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de costumes de não violência na sociedade”, acredita Joyce.
Leia mais: www.monteirolobato.net
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