A Secretaria Municipal de Educação reuniu cerca de 250 pessoas nesta quinta-feira(12), no auditório do Colégio Marista Roque, entre professores, pais e alunos, da rede pública e privada de Cachoeira do sul, para debater a violência. Como painelistas participaram o Delegado Regional de Polícia - João Silveira Goulart, a Presidente do Conselho Tutelar - Angelita Pedroso, a Vice-Presidente do Comdica - Ana Lúcia Magalhães e a professora do curso de Psicologia da Ulbra/Cachoeira - Marjane Bernardy Souza, que foi acompanhada por um grupo de acadêmicas. Para a Secretária Municipal de Educação, Professora Ana Margarete Vivian Machado, o encontro foi um momento de reflexão sobre o assunto, destacando a necessidade de cada escola determinar suas normas de conviência no início do ano letivo e fazer com que elas sejam cumpridas.
Angelita destacou as funções do Conselho Tutelar, bem como a importância de limites que devem ser impostos pelos pais para que, a responsabilidade de educar crianças e adolescentes não recaia apenas sobre o professor. Já com relação a escola, a conselheira lembrou que ela tem sim autoridade sobre os estudantes. Já a professora Marjane e suas estagiárias destacaram que o papel do professor é fundamental para a resolução de conflitos dentro do ambiente escolar, onde devem primar pela afetividade e o diálogo. “O professor deve estar preparado e não se sentir intimidado. A escola acaba sendo reflexo do que a sociedade vive nos dias de hoje”, observa a professora. Marjane comentou ainda que não existe fórmula pronta para acabar com a violência.
TRANQUILA – O delegado João Goulart destacou que Cachoeira do Sul vem se mostrando uma cidade tranquila em termos de violência escolar, quando comparada com outro municípios gaúchos. Mas alertou que muitos pais realmente passam para a escola a responsabilidade na educação dos filhos, o que acaba sobrecarregando o professor. Goulart alertou ainda, que todo o ato infracional independente, se cometido por criança e/ou adolescente, deve ser denunciado, para que a Justiça ou o Conselho Tutelar, dependendo da idade do aluno, para que possam tomar as providências necessárias. Já Ana Lúcia, ressaltou a importância dos projetos sociais, que atendem os alunos em turno inverso ao que estão na escola, para que ocupem seu tempo, deixando-os afastados de qualquer ambiente onde possam ser incentivados a violência.
A Secretaria Municipal de Educação não pretende fazer um trabalho isolado sobre o assunto. O bullying, o bullying virtual e a paz serão os próximos temas a serem abordados. Nas reuniões mensais realizadas com os professores e equipes diretivas, estas questões voltarão a ser debatidas. “Vamos orientar as escolas com relação a legislação que ampara os diretores na hora de tomar decisões e fazer o encaminhamento dos estudantes que cometem qualquer ato inadequado. As medidas sócio-educativas, que visam dar limites, também precisam ser revistas e destacadas dentro dos documentos da escola”, explica a Diretora de Educação, professora Silandra Badch Rosa.
Fonte: Rádio Fandango
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