Da Redação
Mais de mil alunos da Escola Estadual Irene Gomes, em Várzea Grande, foram contemplados com a terceira visita do projeto “Defensoria Vai à Escola”. As palestras, realizadas nos três turnos, foram ministradas pela defensora pública Tânia Regina de Matos e pelo assessor jurídico Alceu Soares Neto. Questões no campo da dignidade humana e sobre os direitos dos cidadãos foram apresentadas.
Dentre os assuntos abordados, a defensora Tânia Regina explicou que os direitos humanos são divididos em quatro gerações. A primeira diz respeito a liberdade, a segunda aos direitos coletivos, a terceira ao desenvolvimento, e a quarta estaria envolvida com a globalização.
Os alunos também foram alertados sobre a prática do bullying. “Muitas crianças e adolescentes acabam sofrendo com o preconceito na escola, apelidos pejorativos, agressões e muitas outras manifestações deste crime’’, disse a defensora pública.
Em separado, após uma das palestras, alguns estudantes pediram mais orientações sobre bullying e receberam instruções de representantes da Defensoria Pública de como agir e para tentar impedir a disseminação desta atitude discriminatória.
A questão de músicas que denigrem a imagem do ser humano, principalmente da mulher, também foi abordada e discutida. “Estar atento ao que uma música quer passar é importante, pois a imagem das pessoas pode ser degradada na emissão da mensagem transmitida por ela. A cultura é um direito, mas tem que ter uma certa qualidade, para que possa provocar a reflexão positiva nas pessoas”, disse Tânia Regina, ao comentar sobre as letras de algumas músicas.
“O projeto vem ao encontro da proposta de educação que pregamos na escola”, reforçou Admilson Mário de Assunção, representante do Centro de Formação e Atualização de Professores (Cefapro). Ele acompanhou todo o evento e garantiu que as palestras terão grande contribuição na formação dos alunos, aguçando o lado crítico.
O reflexo positivo pode ser observado entre os professores e alunos. O professor de Educação Física, Lauro César, ressalta a consequência do projeto “Defensoria vai à Escola”. O educador defende que, por meio destas palestras, tanto os alunos como os professores ficam mais esclarecidos sobre seus direitos e sobre como reivindicá-los.
Após a programação foi aberto um espaço para perguntas. Os estudantes, que de início se sentiram acanhados, aos poucos foram esclarecendo as dúvidas e fazendo questionamentos. A aluna Carolina do Espírito Santo afirmou que tinha uma ideia diferente sobre o que foi abordado. Para ela, a importância do projeto, além do conhecimento dos direitos, é que vai contribuir para sua vida futuramente.
“O projeto, que é um trabalho voluntário, está sendo gratificante pela receptividade. O ‘Defensoria vai à Escola’ é importante para que os jovens e crianças sejam multiplicadores da informação. Os participantes podem passar para os pais, parentes e vizinhos, incentivando as pessoas a buscarem seus direitos”, frisou a defensora pública.
A próxima escola a ser beneficiada será a E.E. Djalma Ferreira de Souza, no bairro Morada do Ouro – Cuiabá, no dia 12 de maio, quinta-feira.
Fonte: O Documento
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