segunda-feira, 31 de maio de 2010

Educadores debatem bullying em Curitiba

Seminário foi promovido pela Secretaria Municipal de Educação

O 1º Seminário de Atitudes Cooperativas promovido nesta segunda-feira (31) pela Prefeitura de Curitiba reuniu 400 profissionais da rede municipal de ensino na discussão do bullying e ciberbullying (assédio, pela internet ou outros meios eletrônicos). O encontro no Salão de Atos do Parque Barigui, além de debater formas de violência física e psicológica entre estudantes também serviu a discussão de conceitos de cidadania e ações cooperativas no ambiente educativo.

"O seminário é uma oportunidade para compartilharmos ideias que farão de nossas escolas espaços educativos ainda melhores. As discussões repercutirão em um universo formado por 140 mil crianças e adolescentes, atendidos em nossos equipamentos, além de 15 mil servidores da educação", disse a secretária municipal da Educação , Eleonora Bonato Fruet.

O bullying é caracterizado pela agressão física ou verbal praticado por criança, que ocorre repetidamente contra a mesma vítima. O ciberbullying usa a tecnologia e a internet como meio. Geralmente, as vítimas se diferenciam dos demais colegas de escola pela raça, cor da pele, obesidade, uso de roupas ou objetos, ou ainda, pela situação socioeconômica.

Uma terceira palestra, feita pela especialista em políticas sociais, Márcia Teresinha de Oliveira, abordou a gestão em rede para o fortalecimento de atitudes cooperativas, mesmo nas brincadeiras, que buscam a participação de todos sem excluir ninguém, independente de sua raça, classe social, religião, competências motrizes e habilidades pessoais. As atividades acontecem dentro de um clima cordial, onde as metas do professor e dos estudantes buscam benefícios para todo o grupo.

fonte: jornale

Profissionais da educação debatem bullying e ciberbullying

O 1º Seminário de Atitudes Cooperativas promovido nesta segunda-feira (31) pela Prefeitura de Curitiba reuniu 400 profissionais da rede municipal de ensino na discussão do bullying e ciberbullying (assédio, pela internet ou outros meios eletrônicos). O encontro no Salão de Atos do Parque Barigui, além de debater formas de violência física e psicológica entre estudantes também serviu a discussão de conceitos de cidadania e ações cooperativas no ambiente educativo.

"O seminário é uma oportunidade para compartilharmos idéias que farão de nossas escolas espaços educativos ainda melhores. As discussões repercutirão em um universo formado por 140 mil crianças e adolescentes, atendidos em nossos equipamentos, além de 15 mil servidores da educação", disse a secretária municipal da Educação , Eleonora Bonato Fruet.

A organização do Seminário partiu da possibilidade do ambiente escolar ser tomado de riscos e oportunidades. Abordou o ambiente educativo como espaço onde ocorre a socialização de meninos e meninas, com a manifestação de diversas culturas, a percepção das diferenças, e as ações de solidariedade.

fonte: parana online

Capital de Rondônia é a quinta mais violenta em casos de bullying

O piscóloga Lais Reis enfatizou que Porto Velho é a quinta capital mais violenta em casos de bullying do país, como mostra o estudo do Projeto Amigos da Paz , sobre casos de bullying em Rondônia. Ocorrências de casos de intimidações e humilhações de alunos nas escolas públicas e privadas foi tema de bebate entre especialistas da área educacional e professores, durante audiência pública nesta segunda-feira (31) na Assembléia Legislativa de Rondônia.

Lais Reis baseou no estudo do Projeto Amigos da Paz , que mostra os casos de bullying em Rondônia, com os seguinte conteúdo: definição, tipos, estudos no mundo, principais personagens, reconhecimento dos sinais para identificação dos alvos e agressores, tragédias provocadas por alvos do bullying e a responsabilidade penal e civil.

Para ele este indíce, mostra a necessidade de se combater o problemas, mas observou as dificuldades encontradas para levar este debate para o interior das escolas, diante das reações contrárias de alguns diretores.


A prática do bullying por parte de alunos vem preocupando o sistema educacional, o que motivou o deputado Professor Dantas (PT), a apresentar requerimento, propondo a realização da referida audiência.


Para o promotor Marcelo Lima de Oliveira, de certa forma as autoridades não estão preparadas para reconhecer, lidar e alertar acerca do problema. Ele enfatizou ainda a cultura do trote, que ainda prevalece em várias unidades escolares. Disse o parlamentar da necessidade de se envolver toda a rede escolar, para um combate efetivo ao bullying.


Já a psicóloga Yong Fong de Pontes do Conselho Regional de Psicologia, disse se tratar de um problema antigo, que precisa ser bem entendido, pois às vezes o profissional não sabe como reagir diante destas situações. “Inúmeros fatores influenciam para este comportamento”, complementou.


A delegada Elza Aparecida representando a Secretaria de Segurança Pública, Defesa e Cidania, disse que infelizmente, muito dos casos de bullying acabam sendo encaminhados na Delegacia Especializada da Infância e da Juventude. A presidenta do Conselho Municipal de Educação de Porto Velho, Yeda Maria de Mello Baleeiro defendeu a necessidade de levar este debate para todas as escolas.


A palestrante oficial da audiência pública foi à psicóloga escolar Lais Reis de Castro, autora do Projeto Amigos da Paz, com o tema: “Bullying – brincadeira que machucam a alma. Ela conceituou o bullying como um conjunto de comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos, adotados por um ou mais alunos contra colegas, sem motivação evidente. “A agressão moral, verbal e até corporal sofrida pelo aluno, provocam dor, angústia e sofrimento na vítima”, afirma a palestrante.


Para apoiar uma criança ou jovem alvo de bullying, a psicóloga a psicóloga salientou que os pais devem manter a calma, já que reagir com impulsividade, como por exemplo, invadir a escola para pedir uma explicação poderá ser o pior a fazer. “É importante levar em consideração que a escola pode não saber da intimidação, mas isto não invalida que os pais conversem com os responsáveis, exija responsabilidade e encontrem uma intervenção integrada”. Continuando afirmou que o bullying são formas de maus tratos: físico, verbal, sexual, emocional, homofóbico e racial.


Ela alertou aos pais sobre os principais sinais de quando uma criança ou jovem está sendo vítima de bullying, destacando os seguintes exemplos: apresenta com freqüência desculpas para faltar às aulas; indisposições constantes como dores de cabeça, estômago, diarréias e vômitos; pedido para mudar de sala ou de escola sem apresentar motivos convincentes; volta da escola irritado, triste, machucado, ou com roupas e materiais sujos. Ao final, a psicóloga relatou casos já registrados em Rondônia, como o caso de um adolescente que comprou uma arma para se proteger de brigas em Ji-Paraná e a criação de uma comunidade de Orkut para ofender e ameaçar um professor, caso este acontecido em Cacoal.


A mesa diretora dos trabalhos foi composta pelas seguintes autoridades e personalidades: deputado Professor Dantas que presidiu o evento; promotor Marcelo Lima de Oliveira, da Promotoria da Justiça da Infância e Juventude; Yong de Pontes, coordenadora do Conselho Regional de Psicologia; Lais Reis de Castro, psicóloga escolar; Wanda Fernandes Arruda Braga, representando a seccional de Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil; delegada Elza Aparecida, representando a Secretaria Estadual de Segurança Pública, Defesa e Cidadania; Yeda Maria de Mello Baleeiro, presidenta do Conselho Municipal de Educação de Porto Velho.


Ao final da audiência, o deputado Professor Dantas destacou a importância do evento, por oportunizar o debate, sobre as ocorrências de agressões e sofrimentos cometidas por um aluno - ou grupo em ambiente escolar. Segundo ele, a partir desta encontro, os profissionais da educação certamente irão intensificar o trabalho de prevenção quanto a prática do bullying, conscientizando os estudantes sobre os malefícios deste comportamento que é uma combinação entre a intimidação e a humilhação das pessoas, geralmente mais acomodadas, passivas ou que não possuem condições de exercer o poder sobre alguém ou sobre um grupo. “Em outras palavras, é uma forma de abuso psicológico, físico e social”, salientou.


fonte: Rôndonia Dinâmica

Metade dos alunos é alvo de bullying em São Carlos (SP)

A pesquisa foi realizada em três escolas públicas da cidade, com 239 adolescentes entre 11 e 15 anos

Piadas, xingamentos, humilhações e até mesmo agressão. O bullying, violência repetitiva entre colegas, é cada vez mais frequente nas escolas e, segundo um estudo da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), afeta quase a metade dos alunos.

A pesquisa foi realizada em três escolas públicas da cidade, com 239 adolescentes entre 11 e 15 anos .

Do total de estudantes que responderam ao questionário, 47% afirmaram ser alvos de bullying na escola.

Desse percentual, 26% foram unicamente vítimas, outros 21% foram alvo e também autores e 3% foram classificados como autores.

"É um problema antigo e que tem ganhado maior visibilidade. No entanto, nem escola nem professores conseguem identificar o problema na sala de aula", disse a orientadora do estudo, Lúcia Cavalcanti de Albuquerque.

Para a pesquisadora Ana Carina Stelko Pereira, do Laprev (Laboratório de Análise e Prevenção da Violência) da UFSCar, além da dificuldade na escola, os jovens encontram barreiras em casa.

"A criança ou adolescente demora para contar aos pais porque tem receio do que eles vão achar da situação. Há casos em que a família minimiza o ocorrido e, em outros, tem uma reação exacerbada e até procura o outro aluno para repreendê-lo", disse Pereira.

Segundo a pesquisadora, frases como "não é nada, isso passa" e "vou à escola tirar satisfação" são comuns, mas deveriam ser evitadas porque só agravam o caso. "O ideal seria reconhecer e mostrar que é realmente um problema e que vai ajudar o filho a lidar com a questão."

Como ainda existe dificuldade em se identificar o bullying nas escolas, uma dica para pais e docentes é prestar atenção ao comportamento dos jovens. Crianças que ficam sozinha ou que começam a mostrar resistência para ir à escola, por exemplo, podem revelar indícios de bullying.

fonte: administradores.com.br

Ações de prevenção à violência nas escolas estaduais abordam o bullying no Rio Grande do Sul

As escolas estaduais vêm intensificando trabalhos de prevenção à violência por meio de ações orientadas pela Divisão de Saúde Escolar da Secretaria da Educação. A metodologia, aplicada há três anos, consiste na identificação na sala de aula de atos que reproduzem a violência observada fora dos portões das escolas. Por essa razão, são demandados projetos que atendam às necessidades da comunidade escolar gaúcha, composta atualmente por 2,6 mil instituições de ensino, cerca de 80 mil professores e 1,2 milhão de alunos.

Temáticas como bullying estão pautando diversas ações nas escolas estaduais. O bullying se configura como violência psicológica, intencional e repetitiva, praticada por um indivíduo ou grupo de pessoas com o objetivo de intimidar ou ferir alguém incapaz de se defender. Muitas vezes, provoca atos violentos das vítimas, que quase sempre revidam com mais agreções.

A coordenadora da Divisão de Saúde Escolar, Marta Tellechea, explica que as escolas estão se engajando na elaboração de novos projetos de prevenção. "A Secretaria da Educação estabelece estratégias de enfrentamento aos sintomas sociais, entre eles a violência manifestada em suas várias formas. Por meio de orientações pedagógicas, as escolas identificam deficiências e estabelecem ações preventivas", afirma Marta.

Reforço na prevenção

O secretário estadual da Educação, Ervino Deon, ressaltou que as Coordenadorias Regionais de Educação, responsáveis pela gestão das escolas estaduais no Estado, possuem profissionais que tratam esses temas de forma transversal, como o enfretamento das drogas, a sexualidade e a violência.

Deon destacou, ainda, que, por iniciativa do Governo do Estado, foi aprovado recentemente pela Assembléia Legislativa projeto que autoriza a contratação de orientadores educacionais e supervisores, responsáveis por articular ações pedagógicas e projetos especiais no âmbito do bem-estar da comunidade. "São mil vagas para orientadores e outras mil para supervisores educacionais. Esses profissionais vão auxiliar na condução de projetos de prevenção nas nossas escolas, somando forças ao trabalho da Divisão de Saúde Escolar e buscando agregar a família dos alunos, enfatiza o secretário.

fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul

publicado por: Luana Rodrigues


Alunos elaboram projeto de 'bullying'

É difícil encontrar alguém que não tenha sido alvo de brincadeiras de mau gosto ou recebido os mais variados apelidos dos colegas. O problema é quando isso começa a ser constante e a incomodar o aluno, que muitas vezes deixa de querer ir à escola. Isso pode ser qualificado como bullying, conjunto de comportamentos agressivos, repetitivos, cometidos por uma ou mais pessoas contra outra sem motivo aparente.

Pensando em conscientizar e diminuir esses casos, os alunos do 3º ano do Ensino Médio da EE Professor Casemiro Poffo, em Ribeirão Pires, desenvolveram o projeto Bullying E Se Fosse Com Você?, que deverá ser apresentado dia 9 aos demais estudantes.

Segundo a coordenadora do Ensino Médio, Maria Aparecida Báviro, a iniciativa partiu dos próprios adolescentes. "A Secretaria Estadual de Educação tem um trabalho chamado Prevenção Também se Ensina, que aborda o bullying por meio de um livro que foi trabalhado com os alunos. A partir disso, queríamos desenvolver alguma atividade e os alunos propuseram essa ideia."

Os estudantes estão empenhados com o trabalho e ansiosos com o resultado, porque muitos já tiveram essa experiência. "Quando discutimos o tema em sala foi algo com que a maioria se identificou. Por isso, o desempenho de conscientizar os demais é muito grande", disse Adriana Silva Ferreira, 17 anos,

Para Juliana Alves de Andrade, 17, o bullying é algo comum, mas que passa despercebido. "Muitas vezes sofremos ou até cometemos o ato sem perceber, porque às vezes é sem maldade. O problema são as consequências que podem vir a longo prazo para quem sofre", explicou.

Assim que definiram o projeto, os alunos se dividiram para elaborar as atividades. Teatro, vídeos, dramatização e cartazes são os atrativos para atrair a atenção dos alunos. "O teatro vai contar histórias que são vivenciadas por nós e nem sempre vemos maldade, como os apelidos. Vamos fazer um vídeo com depoimentos dos alunos falando sobre o tema e se já passaram por essas situações, além do bate papo. Por último, quem quiser poderá assinar um termo se comprometendo a não cometer nenhuma atitude como essa com os colegas ", disse Júlia Vasconcelos Sanches, 16 anos.

Para completar a apresentação, os alunos vão vestir camiseta com o nome do projeto e a imagem do personagem Homer, de Os Simpsons. "Elaborei a camiseta e pensei no Homer porque ele demonstra esse comportamento e influencia o filho, que acaba fazendo isso na escola", disse Adriana.

Apelidos e gozações são as agressões mais comuns
Os próprios alunos contam que já passaram por situações ou conhecem alguém que já tenha sofrido bullying. Para eles, tudo vai da interpretação e da liberdade que um tem com o outro.

"Eu tenho dificuldade de interpretação e isso já me deixou mal. Quando a professora explica, geralmente tenho dúvidas, e faço perguntas que para muitos são óbvias. Por isso, me zoam. Mas estou na escola para aprender e tenho certeza de que minhas dúvidas podem ser as de outros que não têm coragem de perguntar", contou Juliana Alves de Andrade, 17 anos.

Bruna Santos Bertacini, 16, diz que apelidos são os mais comuns. "Chamar de nerd, gordinha, negra é comum, mas é algo que magoa."

E não são só os alunos que sofrem. Professores também são alvo de bullying. A coordenadora do Ensino Médio, Maria Aparecida Báviro, disse que ao entrar na escola sofreu com os apelidos. "Começaram a falar ‘olha a bruxa'', ‘caveira''. Continuei dando aula para não demonstrar que estava chateada. Quando cheguei em casa, desabei e pensei em não voltar."

Quem é vítima de humilhações tem de procurar ajuda
Pesquisas apontam que quem comete bullying são geralmente crianças e adolescentes que vivem em ambientes violentos. "Bairros com violência e problemas dentro da própria família podem propiciar atitudes como essas", explicou a psicóloga da USP (Universidade de São Paulo) Leila Tadivo, que acrescenta que a faixa etária comum é entre 11 e 13 anos, tanto em meninos quanto entre meninas.

Para a coordenadora do projeto Comunidade Presente da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), Jurema Reis Correa Panza, o aluno que sofre tem de pedir ajuda e não pode deixar que aquilo se torne algo normal. "Por isso, o programa Prevenção Também se Ensina capacita professores sobre o assunto para orientar os alunos".

Para ela, as vítimas se tornam retraídas ou vingativas. "Acabam se isolando e isso traz consequências para o futuro. Em alguns casos, pode chegar até a suicídio", disse a coordenadora, frisando a importância da ajuda tanto para quem sofre quanto para o autor. "Quem comete quer se autoafirmar ou se inserir em um grupo", concluiu.

O bullying sempre existiu, mas a partir da década de 1970, na Suécia e Dinamarca, e em 1980 na Noruega, o comportamento passou a ser estudado. Há também o cyberbullying, que é feito pela internet, por meio de vídeos e comunidades que denigrem a imagem.

S.Caetano tem lei para combater prática
Para combater o bullying, São Caetano aprovou a lei nº 4.809 em outubro de 2009, intitulada Campanha Permanente Sobre Inclusão de Medidas de Prevenção, Conscientização e Combate ao Bullying Escolar nas escolas de educação básica do município.

Na semana passada, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou por unanimidade projeto que prevê políticas públicas contra o bullying nas escolas de ensino básico e de educação infantil, privadas ou do Estado, em todo o Estado.

A decisão foi motivada pela morte de um adolescente de 15 anos em Porto Alegre, há duas semanas, vítima das agressões de um colega. Ele foi morto a tiros porque reagiu às frequentes humilhações a que era submetido pelos agressores.

fonte: Bruna Gonçalves do Diário do Grande ABC

domingo, 30 de maio de 2010

Audiência pública vai debater intimidações e humilhações de alunos: casos de bullying nas escolas

Professor Dantas que o bullying não é simplesmente a prática de atribuir apelidos pejorativos.

Acontece na próxima segunda-feira (31 de maio) a partir das 9 horas na Assembléia Legislativa, audiência pública com a finalidade de debater a ocorrência de bullying em ambiente escolar. A audiência acontece em atendimento a requerimento de autoria do deputado Professor Dantas (PT). Autoridades, profissionais da educação e a sociedade estarão discutindo casos de intimidações e humilhações de alunos nas escolas públicas e privadas.

Explica o deputado Professor Dantas que o bullying não é simplesmente a prática de atribuir apelidos pejorativos. “Na prática, o bullying se caracteriza por ser algo agressivo e negativo, executado repetidamente e que ocorre quando há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas”, observou.

De acordo com o parlamentar, esta audiência é de grande importancia, pois irá oportunizar o debate, sobre as ocorrências de agressões e sofrimentos cometidas por um aluno - ou grupo.

Ao concluir, afirmou o deputado Professor Dantas: “basicamente, a prática do bullying se concentra na combinação entre a intimidação e a humilhação das pessoas, geralmente mais acomodadas, passivas ou que não possuem condições de exercer o poder sobre alguém ou sobre um grupo. Em outras palavras, é uma forma de abuso psicológico, físico e social”.

fonte: Rondônia Dinâmica

Pesquisa aponta para reflexos do bullying na vida adulta

As consequências do bullying não se restringem à vida escolar. Além da mudança no comportamento e da baixa auto-estima que costuma afetar crianças e adolescentes vítimas dessa prática, os reflexos podem aparecer na vida adulta.

É justamente o que uma nova pesquisa em andamento no Laprev pretende avaliar: as consequências do bullying a longo prazo.

"É um campo muito pouco estudado porque, até então, tudo foi voltado para a questão na infância e na adolescência. O adulto é um outro enfoque sobre o tema", disse a professora Lúcia Cavalcanti de Albuquerque.

A ideia da pesquisa surgiu após um homem ter procurado atendimento na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). Ele relatou que, na infância, tinha sido alvo de violência psicológica na escola.

O novo estudo pretende analisar os efeitos tardios do bullying, fazendo uma retrospectiva da vida escolar.

Como os levantamentos são recentes — no Brasil, os primeiros trabalhos na área são da década de 80 —, pessoas que eram crianças ou adolescentes nessa época podem, hoje, ser adultos que sentem ainda os desdobramentos do que sofreram.


Entre os sintomas da fase adulta, a pesquisadora aponta a baixa auto-estima e também a insegurança.

Fonte: Jornal de Piracicaba

Bullying - espetáculo teatral

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Combate ao bullying pode virar lei em Pernambuco

As escolas públicas e privadas podem ser obrigadas a incluir no projeto pedagógico o combate ao bullying. É o que prevê um projeto de lei.

No meio da rua, no centro do Recife, se compra um game pirata no qual os competidores são estimulados a perseguir os estudantes mais gordinhos ou os chamados nerds e a bater neles.

É o que se chama de bullying, um tipo de agressão gerada pela intolerância, que está nas escolas e agora também nesses jogos eletrônicos.

"Ser valentão estimula essa violência. Vivemos em uma sociedade em que a perversão e o prazer em ver o sofrimento do outro é boa", diz Carlos Brito, psicólogo.

Mas essa violência pode virar caso de polícia. É o que uma turma de direito está estudando.

"Existem medidas sócioeducativas que vai dar advertências, liberdade assistida, prestação de serviços à comunidade, a semiliberdade e o caso excepcional que é a prisão", fala Anabel Pessoa, coordenadora do curso de Direito

As escolas públicas e privadas de Pernambuco podem ser obrigadas a incluir no projeto pedagógico o combate ao bullying. Isso é o que prevê um projeto de lei que está na Assembleia Legislativa.

Se a lei contra o bullying já estivesse em vigor em Pernambuco, provavelmente um rapaz não teria as marcas que tem hoje da perseguição que sofreu. "Você passa a se sentir totalmente diminuído, excluído, você passa a se sentir nada", afirma.

Situação que Humberto Suassuna, estudante, não precisa mais enfrentar. Ele tem síndrome de down. Está no último ano do curso de educação física. Assim que percebeu o comportamento dos colegas dele, a direção da faculdade destacou um monitor para acompanhá-lo todo o tempo.

"Sempre teve essa preocupação de me atender, me acolher, consegui ficar em sala regular e através disso eu vou conquistando a quebra desse paradigma", afirma.

Fonte: Jornal Hoje

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Vale a pena investir em prevenção para evitar o bullying

Indenização em caso mineiro não servirá como reparação. Multa tem função de consolo para a vítima e sua família.

Quando uma pessoa se sente prejudicada pelo ato de outra, uma das formas de ser compensada é por uma indenização financeira, conseguida através do Poder Judiciário. Indenizar quer dizer reparar.

Têm certas coisas que dificilmente vão ser reparadas pelo dinheiro, principalmente quando dizem respeito à esfera moral.

Todo mundo já ouviu falar do bullying, que apesar de ser um fenômeno antigo e permear todos os tipos de relações sociais, parece algo moderno e que se restringe à relação entre alunos de uma escola.

Bullying é um termo usado para descrever a vitimização de uma pessoa por outra, com o intuito de demonstrar seu poder. Pode variar de ofensas verbais até atos físicos violentos.

A vítima geralmente tem características pessoais mais frágeis como, por exemplo, ser tímido ou apresentar algum aspecto físico marcante.

Em Belo Horizonte, um jovem foi condenado a pagar a uma antiga colega de classe o montante de R$ 8 mil por ter, segundo dizem, praticado o bullying.

Há dois anos, colocou-lhe apelidos e fez insinuações maldosas. O juiz considerou que para tudo há um limite. Para os pais do rapaz, suas atitudes não passaram de brincadeira.

A garota também não interpretou assim e recorreu à escola, que disse ter tomado atitudes para mudar o comportamento do aluno, como transferi-lo de sala e repreendê-lo. Porém, as ofensas continuaram, sendo necessária a interferência da Justiça.

Um ato agressivo realmente não pode passar desapercebido. Não acredito que a indenização vá cicatrizar a ferida de um ou transformar a conduta do outro. Apenas servirá para que o sofrimento da garota seja vingado e o comportamento do rapaz punido (a punição será para seus pais).

Mudança efetiva

Esse tipo de violência tem acontecido muito em ambiente escolar. Há versões modernas como o cyberbullying, que são agressões via internet ou celular. Reprimi-lo, como a escola e a Justiça tentaram fazer, terá pouca chance de provocar uma transformação. Na verdade, a repressão impede uma mudança efetiva.

Apesar desses atos serem frequentes, pouco espaço tem existido nas escolas para reflexão, havendo apenas ações repressivas quando eles vêm à tona. Ora, o ser humano tem um lado agressivo e negá-lo ou colocá-lo no fundo de um poço não impedirá sua manifestação. Pelo contrário, poderá dar-lhe forças.

As ações escolares para combater o bullying devem ser no sentido de preveni-lo, onde mais que seguir uma conduta, o aluno possa dar sentido à ela, considerando a si e ao outro parte do mundo. Quando algo é questionado e pensado, propicia a tomada de consciência de sua dimensão e importância. O outro poderá ser visto como alguém que também tem sentimentos.

Um trabalho nesse sentido deve fazer parte do dia a dia de uma escola e envolver a família dos alunos. Muito do que somos e como nos expressamos tem sua origem lá. É necessário que ambos ajudem os jovens a se construir como pessoas, não só no que aprendem, mas como agem.

Provavelmente a indenização não servirá de reparação para nada no caso do acontecimento mineiro. Porém, não deixa de ter a função de consolo para a vítima e sua família. Para outros possíveis casos, vale a pena investir na prevenção.

(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)

fonte: G1

terça-feira, 25 de maio de 2010

o ator Patrick Moraes com a camisa BULLYING

Assembleia aprova projeto antibullying nas escolas gaúchas

Proposta considera bullying toda a violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, que ocorra sem motivação evidente

A Assembleia Legislativa aprovou na tarde desta terça-feira o Projeto de Lei 264/2009 — conhecido como projeto antibullying — que dispõe sobre o combate à prática de bullying nas instituições de ensino e de educação infantil, públicas ou privadas, no Rio Grande do Sul.

A proposta, segundo o site da Assembleia, considera bullying toda a violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, que ocorra sem motivação evidente, praticada por indivíduos contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir fisicamente, isolar ou humilhar, causando dano emocional ou físico à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

Entre práticas de bullying, o projeto cita as ameaças e agressões físicas ou verbais; submissão do outro, pela força, à condição humilhante; envio de fotos ou vídeos constrangedores via Internet ou por celulares e insultos ou atribuição de apelidos constrangedores.

fonte: Zero Hora

segunda-feira, 24 de maio de 2010

o ator Junior Beéfierri com a camisa do BULLYING

Escola precisa rever posturas

Na opinião da filósofa Viviane Mosé, a escola precisa repensar a sua relação com os alunos, fortalecendo a formação ética e revendo o mero repasse de conteúdo. “O que o juiz fez em Belo Horizonte foi correto, puniu o adolescente por algo que ocorre regularmente e pode levar a um crime, como aconteceu em Porto Alegre [no dia 11 um adolescente de 15 anos que era vítima de bullying foi morto com um tiro no peito enquanto esperava o ônibus]. Mas não adianta todos os pais irem à Justiça porque isso só piora o problema”, avalia Viviane. Para ela, é preciso rever metodologias e objetivos pedagógicos. “O modelo escolar deve ser radicalmente revisto, ele faliu. A escola precisa desenvolver um saber vivo, atuante, onde as crianças sejam protagonistas de suas próprias vidas. Hoje ela é lugar de repetição de conhecimento, não de criação, e quando confronta jovens com excessiva vitalidade, que ficam metade do seu dia impedidos de agir. Isso necessariamente vai provocar violência. A violência não vem do bem ou do mal, mas da acumulação. É como uma tsunami”, analisa.

Ela discorda da opinião de quem afirma que a prática sempre existiu e vê o bullying como um fenômeno novo, típico de países em crescimento econômico. “Sempre tivemos um sacaneando o outro, mas este fenômeno é cópia dos filmes americanos, são mazelas do primeiro mundo que estão nos atingindo. O bullying é caracterizado pela falta de respeito humano e uma competitividade sem limite. Não tínhamos essa cultura de uma pessoa no centro e todas ao redor rindo dela, isso é novo”.

A solução para a questão, a seu ver, passa pela reformulação da escola em uma época em que o conhecimento não precisa mais ser armazenado na cabeça das pessoas, devido às novas mídias. E está no ensino médio a necessidade mais urgente. “No ensino médio, o adolescente passa por uma tsunami emocional, que pode desembocar na violência. Mais do que nunca é quando a escola tem de ser viva, levando-o para conhecer museus, praticar esportes, não apenas deixando o adolescente sentado na cadeira”, aponta a filósofa.

fonte: Gazeta do Povo

Vítimas de bullying vão à Justiça

Após a condenação de dois adolescentes agressores, educadores e psicólogos concordam que a solução para pôr fim às humilhações está dentro da escola

A Justiça tem sido a saída das vítimas de bullying para pôr fim às agressões de adolescentes contra colegas nas escolas. Pelo me­­nos em dois casos recentes, essa foi a solução encontrada. Na última quarta-feira, em Belo Hori­zon­­te, os pais de um jovem de 15 anos foram condenados a pagar uma indenização de R$ 8 mil a uma estudante, vítima de agressões morais praticadas pelo filho. Na mesma semana, a Justiça gaúcha estabeleceu indenização de R$ 2 mil a uma professora agredida em sala de aula por um aluno de 13 anos.

No caso mineiro, ocorrido em 2008 no Colégio Santa Dorotéia – de classe média alta –, o aluno foi acusado de intimidar a colega de 7.ª série, considerando-a parte de um suposto “G.E.”, ou “grupo das ex­­cluídas”, taxadas de lésbicas pelo estudante. Ela também foi ofendida ao ser chamada de “prostituta e interesseira”, por namorar um rapaz mais rico, conforme a sentença do juiz Luiz Artur Rocha Hilário, da 27.ª Vara Cível de Belo Horizonte. A decisão é de primeira instância.

Ao fundamentar a decisão, Hi­­lário considerou que “apesar de ser o garoto acusado um adolescente e estar na fase de formação física e moral, há um limite que não deve ser excedido’’. Já a escola foi condenada a pagar parte dos custos processuais e dos honorários advocatícios da parte autora da ação, apesar de ter sido isentada de culpa. O juiz considerou que foram tomadas me­­didas para evitar a perseguição, como mudança dos lugares dentro da sala e reuniões com os envolvidos.

A chegada do bullying à esfera cível é um alerta para que educadores, pais e alunos firmem um no­­vo pacto dentro das escolas, a fim de evitar que situações de humilhação ocorram debaixo das vistas de diretores e professores. Para o mestre em Psicologia da In­­fância e Adolescência pela Uni­­ver­sidade Federal do Paraná (UFPR), Caio Feijó, a decisão poderá resolver o caso em questão, mas também vai fazer com que o próprio agressor assuma o papel de agredido. “Vai servir de exemplo, mas pode haver duas conotações. Ele poderá ser apontado co­­mo ‘o cara’, por ter gerado toda essa ex­­po­­sição, mas também poderá ser obrigado até a sair da escola, de tanto que vão praticar o bullying contra ele, como ‘o con­­denado’, ou ‘o julgado’”, diz Fei­­jó. Ele considera ain­­da que, em face do contexto na­­cional, “o juiz agiu como no futebol, quando expulsa um jogador e retoma as rédeas da partida. Com certeza esse garoto foi um laranja, um bode expiatório, para ver se a si­­­tuação muda um pouco”, analisa.

Acessando a Justiça, o resultado é conseguido pela coerção, segundo o psicólogo. Assim, os pais ameaçam o filho de punição em caso de reincidência, após o prejuízo causado pela indenização. “Mas a coerção também é negativa, pois mostra que somos incompetentes porque não co­­nhecemos outros meios além de ameaçar e punir. A psicologia tem propostas muito consistentes para educação, como o reforço de comportamentos desejados ao invés de punir os indesejados, com foco nos bons comportamentos”, indica. A mudança po­­de ser conseguida por meio da discussão de valores em dinâmicas de grupo, assim que o professor detecte indícios de perseguição contra algum estudante. “Quando os alunos são valorizados eles mudam o comportamento ameaçador do bullying e deixam de praticá-lo”, garante o psicólogo.

No Paraná, não há regras de conduta

A discussão no Paraná ainda é frágil, na avaliação do presidente do Conselho Estadual de Edu­cação, Romeu Gomes de Miranda. Segundo ele, até hoje não chegou nenhum caso de bullying para apreciação do CEE. “Talvez porque aqui as escolas têm um serviço de orientação, então pode ser que eles estejam sendo resolvidos. Ou as vítimas têm pura e simplesmente abandonado as escolas em silêncio. Esta segunda opção deve ser a mais verdadeira”, acredita Miranda. Sem apreciar nenhum caso, é impossível a normatização do tema dentro do Conselho para que sejam estabelecidas regras na hora de lidar com a questão ou como agir para evitar que o bullying cresça dentro do ambiente escolar.

Conforme a Secretaria de Edu­cação do Estado (Seed), o estado tem se focado na reparação dos danos causados pelas agressões. Em nota, a secretaria informou que “as escolas da rede estadual de ensino, quando se deparam com situações de violência, dentre elas o bullying, obrigatoriamente providenciam o encaminhamento ao Conselho Tutelar e/ou às unidades de saúde mais próximos”, as quais fazem as notificações e primeiros atendimentos. “A criança ou adolescente, passa a fazer parte da Rede de Proteção Social. É a forma pela qual a Esco­la aciona a Rede de Proteção So­­cial dos Direitos da Criança e do Ado­­lescente”, informou a Seed.

fonte: Gazeta do Povo

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Juiz de MG condena estudante a indenizar colega por bullying

Pais de adolescente terão de pagar R$ 8 mil. Cabe recurso da decisão de primeira instância.

O juiz Luiz Artur Rocha Hilário, da 27ª Vara Cível de Belo Horizonte, condenou um estudante de 7ª série a indenizar uma colega de classe em R$ 8 mil pela prática de bullying, segundo informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Cabe recurso da decisão.

De acordo com o processo, a estudante ganhou apelidos e começou a ouvir insinuações do colega logo no início do convívio escolar. A menina disse ainda que as “incursões inconvenientes” passaram a ser mais frequentes com o passar do tempo. Segundo a decisão, os pais da garota chegaram a conversar na escola, mas não obtiveram resultados satisfatórios.

Além de indenização por danos morais, a estudante pediu a prestação, pela escola, de uma orientação pedagógica ao adolescente, o que o juiz considerou desnecessário. “O exercício do poder familiar, do qual decorre a obrigação de educar, segundo o artigo 1.634, inciso I, do Código Civil, é atribuição dos pais ou tutores”, disse na decisão.

Ainda de acordo com o processo, o representante do colégio declarou que todas as medidas consideradas pedagogicamente essenciais foram providenciadas.

No processo, os responsáveis pelo estudante disseram que brincadeiras entre jovens não podem ser confundidas com a prática do bullying e afirmaram que o adolescente, após o ajuizamento da ação, começou a ser chamado de “réu” e “processado”, com a pior conotação possível.

Pelas provas, o juiz considerou comprovada a existência do bullying. “O dano moral decorreu diretamente das atitudes inconvenientes do menor estudante, no intento de desprestigiar a estudante no ambiente colegial, com potencialidade de alcançar até mesmo o ambiente extra-colegial”, disse na decisão.

Analisando as atitudes do estudante, o juiz destacou que, apesar de ser um adolescente e estar na fase de formação física e moral, há um limite que não deve ser excedido.

Para ele, as atitudes do estudante “parecem não ter limite”, considerando que, mesmo após ser repreendido na escola, prosseguiu em suas atitudes inconvenientes com a estudante e com outras colegas.

“As brincadeiras de mau gosto do estudante, se assim podemos chamar, geraram problemas à colega e, consequentemente, seus pais devem ser responsabilizados, nos termos da lei civil”, concluiu o juiz.

fonte: G1


domingo, 16 de maio de 2010

De olho no bullying

De olho no bullying

Sinepe cria blog contra o bullying

Preocupado com casos de bullying nas escolas gaúchas, o Sindicato do Ensino Privado (Sinepe) criou um blog para congregar experiências de combate ao problema. A ferramenta surge na semana em que o Estado ficou chocado com o desfecho trágico envolvendo humilhações frequentes a um adolescente na Capital.

O blog idealizado pelo presidente do Sinepe, Osvino Toillier, pretende evitar casos extremos como o ocorrido em Porto Alegre, na terça-feira, com o estudante Matheus Avragov Dalvit, 15 anos. Alvo de gozações de colegas por seu tamanho (1m83cm e 120 quilos), ele acabou morto com um tiro no peito depois de ter reagido às chacotas. O autor do crime, de 14 anos, apresentou-se à polícia.

A repercussão de casos de violência no ambiente escolar motivou a iniciativa, que pretende ter o apoio das instituições e se soma a outras na internet.

– Temos um compromisso indeclinável de combater o bullying e ter uma postura pró-ativa. Não podemos varrer isso para debaixo do tapete – afirma Toillier.

Até ontem, a página tinha apenas dois posts. Um explicando o assunto e outro convocando a rede privada a enviar experiências positivas. Além de relatos de problemas, a expectativa é receber projetos que possam ser replicados em outras instituições. Para o sindicato, os êxitos devem ser divulgados como forma de inspirar ações semelhantes.

Um dos primeiros relatos a ser publicado deve ser o do pastor Júlio Cézar Adam, da Pastoral Escolar da Fundação Evangélica de Novo Hamburgo, que congrega quatro escolas. Na segunda-feira, um texto adaptado por ele motivou debates sobre bullying em salas de aula da 6ª série ao 3° ano.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cerca de 30% dos jovens já sofreram bullying on-line

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo site Read Write Web revelou que 32% dos jovens conectados já sofreram cyberbullying. O levantamento realizado pelo Centro de Pesquisas Pew mostrou ainda que os usuários de redes sociais são os mais suscetíveis a passar pelo problema.

Segundo o estudo, 39% dos internautas que possuem perfis nesses sites já tiveram experiência com o bullying virtual. O levantamento apontou ainda que 15% dos adolescentes on-line tiveram material privado compartilhado sem permissão.

As meninas estão entre os que mais sofrem assédio moral. São 38%, de acordo com a pesquisa. Segundo os dados, 59% dos ataques são feitos pelos próprios adolescentes.

Fonte: http://www.band.com.br/jornalismo/tecnologia/conteudo.asp?ID=300671
por: Bárbara Forte



domingo, 9 de maio de 2010

SP tem o maior número de estudantes vítimas de bullying, diz pesquisa

Uma pesquisa feita em todo o país revelou que 70% dos estudantes já presenciaram cenas de violência física e psicológica entre colegas na escola. O estado de São Paulo foi o que teve mais vítimas. O estudo ouviu estudantes de 10 a 18 anos de que cursam o ensino fundamental em 25 escolas públicas e particulares do Brasil.

A irritação na escola, piora no rendimento escolar ou mudanças de comportamento sem motivo aparente podem ser sinais de que o aluno está sendo vítima de bullying - termo utilizado para descrever qualquer tipo de violência física ou psicológica constante.

O estudo feito com mais de 5 mil alunos em todo país pela ONG Plan - que atua em mais de 60 países - identificou que sete em cada dez estudantes presenciaram cenas de agressões entre colegas no ano passado.

A pesquisa apontou que a maior incidência de bullying é entre adolescentes de 11 a 15 anos de idade e que frequentam o 7º ano do ensino fundamental. Em relação a outros estados brasileiros, São Paulo é o que teve o maior número de vítimas.

Segundo os pesquisadores, discussões sobre tolerância, amizade e paz podem reduzir casos de violência nas escolas. Em um colégio na Zona Sul da capital, o comportamento dos alunos já começou a mudar desde que a direção incluiu no currículo aulas sobre esses temas. “Parei de apelidar os amigos e fui tendo mais amigos por perto”, diz a aluna Ana Clara Nunes Laranjeiras, de 11 anos.

Matheus Garó, também de 11 anos, passou de aluno indisciplinado para guardião da paz na sala onde estuda. “Tem que saber respeitar, tem que saber ter o diálogo certo com a pessoa para que você não possa falar coisas que ofendam ela ou ela falar coisas que te ofendam”, diz ele.

Fonte: G1


Uma Luta Mundial - veja o que alguns países estão fazendo

Diversos países do mundo vêm traçando estratégias para reduzir a agressividade entre estudantes. Confira alguns dos casos considerados mais significativos:

Portugal

- Um estudo indica que 23% das crianças sofrem bullying duas ou três vezes por mês. A Procuradoria-geral da República de Portugal pretende definir o bullying como um crime específico de violência escolar previsto no Código Penal do país. Com isso, passaria a ter um enquadramento penal diferente do que costuma ser aplicado a casos de violência em geral. Além disso, a denúncia de agressões no âmbito escolar passaria a ser obrigatória por parte dos diretores das escolas. A proposta foi encaminhada no final de março para os ministérios da Justiça e da Educação.

Noruega

- As pesquisas sobre os efeitos nocivos do bullying tiveram impulso, no final dos anos 70, graças ao trabalho de estudiosos como o pioneiro Dan Olweus. Ele desenvolveu um questionário capaz de identificar e quantificar os casos de hostilidade entre colegas e permitiu vincular casos de suicídio juvenil com a perseguição sistemática sofrida no ambiente escolar. A Noruega foi um dos primeiros países a lançar um programa nacional antibullying. Ele prevê a adoção de regras de convívio, formação de comitês escolares, treinamento de professores e apoio às vítimas.

Espanha

- Recentemente, uma equipe de pesquisadores da Universidade Complutense de Madri desenvolveu um método aplicado, segundo os responsáveis, com sucesso em escolas espanholas. Utiliza-se um programa de computador em que os alunos identificam, de forma anônima, os colegas de que gostam ou não na turma. Assim, os educadores conseguem descobrir problemas de relacionamento e agir de forma preventiva, antes que o bullying ocorra.

Canadá

- Cerca de 10% a 15% dos estudantes secundários afirmam serem vítimas de violência física ou psicológica ao menos uma vez por semana. O país investe em pesquisa e campanhas de prevenção por meio do Centro Nacional de Prevenção ao Crime. Projetos recebem financiamento a fim de desenvolver ações antiviolência, seja em uma ou poucas escolas, seja com amplitude nacional.

Finlândia

- A Finlândia é um dos poucos países que já especificou, por meio de lei, esse tipo de violência escolar. Quando a intimidação é promovida de forma persistente e intencional – características fundamentais do bullying –, o agressor pode ser punido com penas que vão desde o pagamento de multa até restrição de liberdade. As escolas onde os atos de violência são registrados, caso não tenham se empenhado em preveni-los, ficam sujeitas a processos judiciais por negligência.

Estados Unidos

- Nos Estados Unidos, muitos casos de reações violentas de alunos estão ligadas a histórico de bullying, como o notório massacre de Columbine, em 1999. Como reação aos casos de perseguição escolar, a maior parte dos Estados norte-americanos já aprovou leis para coibir esse tipo de violência e que obrigam as escolas a adotar planos de prevenção e medidas disciplinares para combater as ações de intimidação. A prevenção ao bullying também costuma fazer parte do currículo dos alunos.

República Checa

- Após três episódios dramáticos registrados em 1999, em que uma criança atirou em si mesma, outra teve um colapso nervoso e uma terceira foi ameaçada de afogamento por colegas, o governo checo lançou um projeto piloto para combater o bullying. Colocado em prática em 2002 e 2003, o programa levou à constatação de que uma abordagem ampla – incluindo treinamento de todo o pessoal escolar, educação das famílias, ação conjunta da polícia e de conselhos locais e supervisão das atividades – é capaz de reduzir em até 75% os casos de violência.

Fonte: Zero Hora

Sancionada a lei de combate ao bullying nas escolas de MS

Conforme a publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (7), está em vigor a lei 3.887, que institui o programa de inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying escolar no projeto pedagógico elaborado pelas instituições de ensino de Mato Grosso do Sul. O autor da proposta é o deputado Maurício Picarelli (PMDB).

Embora o projeto tenha sido apresentado pelo parlamentar em novembro do ano passado à Assembleia Legislativa, Picarelli já vinha lutando e realizando palestras de conscientização nas escolas e instituições de ensino superior para intensificar ainda mais a medida proposta.

Conforme o peemedebista, os casos de bullying – intimidação de alunos, através de xingamentos ostensivos e colocação de apelidos, além de força física – nas escolas têm causado preocupação aos diretores, professores, famílias, enfim, à sociedade em geral.

“O bullying tem tomado proporções gritantes, já que nas escolas públicas, a prevenção é dirigida aos professores, vistos como multiplicadores do saber. Em alguns casos, muitos chegam a ser humilhados em plena sala de aula”, adianta o parlamentar.

Pela lei sancionada, o programa consiste na capacitação de docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação, solução e inclusão de regras contra o bullying no regimento interno das escolas públicas e privadas sul-mato-grossenses.

Apesar de não haver números oficiais, a prática de atazanar colegas – muitas vezes confundida por pais e educadores com uma simples brincadeira – já envolve 45% dos estudantes brasileiros, segundo estimativa do Cemeobes (Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar), organização com sede em Brasília (DF). O índice está acima da média mundial, que variaria entre 6% e 40%.

“Essas atitudes podem descambar para a hostilidade sistemática e conduzir alguns alunos ao isolamento dentro da turma e à exclusão de atividades recreativas. Há casos em que a agressão física, em geral por alguém mais forte, passa a ser frequente”, destaca Picarelli.

Cyberbullying - O cyberbullying é uma das variantes de bullying que tem dado mais trabalho para escolas, pais e estudantes. Comunidades criadas por alunos no Orkut entram em forma anônima ou não e falam mal de outros, acarretando em um desrespeito pela internet.

De modo geral, alguns colégios particulares vetam o uso de celular em sala de aula - o que evita que se filme alguma cena constrangedora para depois jogá-la na web, um tipo possível de cyberbullying. Sufocar completamente o cyberbullying é, porém, uma missão complexa, porque muitas das agressões virtuais são feitas pelos alunos a partir de suas casas.

Cipave - Picarelli também é autor da lei 3.364, que cria o programa permanente de prevenção de acidentes e violência nas escolas de Mato Grosso do Sul, através das Cipaves (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar).

Conforme a lei, em cada colégio do estado devem ser instaladas comissões internas para monitorar as condições e situações de risco que os alunos são submetidos, a comissão também pode propor a adoção de medidas que acabem com o problema no contexto escolar. A Cipave precisa ser composta por representantes dos alunos, pais, professores, diretores e funcionários.

fonte: http://www.msnoticias.com.br

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Um repúdio ao bullying


O desespero da mãe de um adolescente de 13 anos que vem sendo vítima de bullying na Capital despertou a solidariedade de gaúchos que passaram pela mesma dor. Muitos suportaram humilhações e ameaças ao lado dos filhos durante anos, sem conseguir uma solução. Outros, com o apoio de amigos, psicólogos e educadores, conseguiram reverter o problema e agora querem contar sua história para ajudar gente como a empresária de 47 anos cuja aflição foi retratada ontem em Zero Hora.

Um desses casos veio à tona em 2009, em uma escola particular de Porto Alegre. A funcionária pública Maristela Aquino, 48 anos, passou a perceber mudanças no comportamento do filho de 11 anos: o menino ficou agressivo e perdeu o interesse pelos estudos. Depois de muita conversa, a mãe descobriu que ele estava sendo humilhado por colegas.

– Meu filho é grande, mas não é obeso. Mesmo assim, começaram a dizer coisas horríveis para ele – disse Maristela.

A gota d’água aconteceu quando o estudante levou um chute. Maristela procurou a direção e teve o problema resolvido na hora – algo que não ocorreu com a mãe do adolescente de 13 anos que relatou a ZH a agonia diante das ameaças sofridas pelo filho. A empresária diz ter procurado a escola várias vezes em busca de providências, mas as intimidações só pioraram. No caso de Maristela, a direção fez reuniões para acalmar os ânimos, e uma psicóloga auxiliou no processo. Até hoje, o filho dela faz terapia para recuperar a autoestima.

– Deve ser terrível pedir apoio e não ver solução.

A mesma sensação de impotência atingiu a família do empresário Rômulo Valente há alguns anos. Aluno de um colégio privado de Porto Alegre, o primo dele se tornou alvo de um colega. O agressor fazia ameaças, desferia tapas e chutes e roubava pertences pessoais do estudante. As coisas só melhoraram quando ele passou a ser acompanhado pelos primos mais velhos, entre eles Valente:

– Acho importante dizer ao filho dessa empresária que não se desespere, porque sempre existe solução.

Os conselhos não param aí. Depois de sofrer por quatro anos ao lado da filha – vítima de bullying na faculdade –, uma desenhista de 50 anos mandou mais um recado para a empresária:

– Não permita que seu filho sofra. Existem colegas muito bons em outras escolas.

Ontem, segundo a empresária, a situação no colégio continuava a mesma. Por meio de uma nota oficial, a escola informou que, “desde que foi notificada, adotou uma série de medidas de proteção e cuidado”.

Fonte: Zero Hora por JULIANA BUBLITZ

MS: projeto quer auxiliar escolas na prevenção ao bullying

Para muitos, ir ao colégio demanda valentia. Isso se deve a um tipo de violência que é antiga, mas vem sendo popularizada sob o conceito de bullying – palavra inglesa que significa intimidar e atormentar e vem preocupando cada vez mais as escolas brasileiras. Em âmbito estadual, o deputado Maurício Picarelli (PMDB) elaborou um projeto de lei que obriga as escolas a ter um programa de prevenção e combate a esse tipo de violência.

O programa consiste em capacitar docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação, solução e inclusão de regras contra o bullying no regimento interno das escolas públicas e privadas sul-mato-grossenses.

O projeto foi apresentado pelo parlamentar em novembro do ano passado à Assembleia Legislativa. Agora, aguarda sanção do governo.

Embora não haja números oficiais, a prática de atazanar colegas – muitas vezes confundida por pais e educadores com uma simples brincadeira – já envolve 45% dos estudantes brasileiros, segundo estimativa do Cemeobes (Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar), organização com sede em Brasília (DF). O índice está acima da média mundial, que variaria entre 6% e 40%.

“Essas atitudes podem descambar para a hostilidade sistemática e conduzir alguns alunos ao isolamento dentro da turma e à exclusão de atividades recreativas. Há casos em que a agressão física, em geral por alguém mais forte, passa a ser frequente”, destaca Picarelli.

Para o pediatra e psiquiatra infantil Christian Gauderer, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o bullying é uma situação para a qual muitos pais não estão atentos, mas que pode infernizar a vida do filho, afetar seu relacionamento familiar e causar entraves no aprendizado.

A “praga” do bullying tem tomado proporções gritantes, já que nas escolas públicas, a prevenção é dirigida aos professores, vistos como multiplicadores do saber. Em alguns casos, muitos chegam a ser humilhados em plena sala de aula.

Cyberbullying - O cyberbullying é uma das variantes de bullying que tem dado mais trabalho para escolas, pais e estudantes. Comunidades criadas por alunos no Orkut entram em forma anônima ou não e falam mal de outros, acarretando em um desrespeito pela internet.

De modo geral, alguns colégios particulares vetam o uso de celular em sala de aula - o que evita que se filme alguma cena constrangedora para depois jogá-la na web, um tipo possível de cyberbullying. Sufocar completamente o cyberbullying é, porém, uma missão complexa, porque muitas das agressões virtuais são feitas pelos alunos a partir de suas casas.

fonte: http://www.aquidauananews.com/index.php?action=news_view&news_id=163548

domingo, 2 de maio de 2010

apresentação SESC Tijuca

Foi excelente a apresentação no SESC Tijuca no Rio de Janeiro, e como tivemos fotos liberadas pelo fotógrafo "Gabiru" um dos alunos participantes do projeto, colocamos no nosso perfil no Orkut. Estamos esperando a liberação das fotos pelo SESC, assim que tivermos em mãos, colocaremos mais por lá.

Foto (esq. p/ dir.) Júnior Beéfierre, Juliana Behla, Juliette Viana e Patrick Moraes. Na palestra depois do espetáculo.

Foi excelente a apresentação no SESC Tijuca no Rio de Janeiro, e como tivemos fotos liberadas pelo fotógrafo "Gabiru" um dos alunos participantes do projeto, colocamos no nosso perfil no Orkut. Estamos esperando a liberação das fotos pelo SESC, assim que tivermos em mãos, colocaremos mais por lá.

Na foto (em pé) Aretha e Amanda (sobrinhas do Diretor), o diretor e um dos autores do texto Mar´Junior, Patrick Moraes, Juliana Behla, Juliette Viana e (agachado) Júnior Beéfierre.

A galera da saúde (SESC) está de parabéns por acreditar que o espetáculo BULLYING, que fala a lingua dos jovens, proporciona aos alunos da rede pública, da região, um comprometimento em acabar com este mal. PARABÉNS!!!

"Aqueles que esperam acontecer, NUNCA terão uma história para contar" Mar´Junior