Para muitos, ir ao colégio demanda valentia. Isso se deve a um tipo de violência que é antiga, mas vem sendo popularizada sob o conceito de bullying – palavra inglesa que significa intimidar e atormentar e vem preocupando cada vez mais as escolas brasileiras. Em âmbito estadual, o deputado Maurício Picarelli (PMDB) elaborou um projeto de lei que obriga as escolas a ter um programa de prevenção e combate a esse tipo de violência.
O programa consiste em capacitar docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação, solução e inclusão de regras contra o bullying no regimento interno das escolas públicas e privadas sul-mato-grossenses.
O projeto foi apresentado pelo parlamentar em novembro do ano passado à Assembleia Legislativa. Agora, aguarda sanção do governo.
Embora não haja números oficiais, a prática de atazanar colegas – muitas vezes confundida por pais e educadores com uma simples brincadeira – já envolve 45% dos estudantes brasileiros, segundo estimativa do Cemeobes (Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar), organização com sede em Brasília (DF). O índice está acima da média mundial, que variaria entre 6% e 40%.
“Essas atitudes podem descambar para a hostilidade sistemática e conduzir alguns alunos ao isolamento dentro da turma e à exclusão de atividades recreativas. Há casos em que a agressão física, em geral por alguém mais forte, passa a ser frequente”, destaca Picarelli.
Para o pediatra e psiquiatra infantil Christian Gauderer, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o bullying é uma situação para a qual muitos pais não estão atentos, mas que pode infernizar a vida do filho, afetar seu relacionamento familiar e causar entraves no aprendizado.
A “praga” do bullying tem tomado proporções gritantes, já que nas escolas públicas, a prevenção é dirigida aos professores, vistos como multiplicadores do saber. Em alguns casos, muitos chegam a ser humilhados em plena sala de aula.
Cyberbullying - O cyberbullying é uma das variantes de bullying que tem dado mais trabalho para escolas, pais e estudantes. Comunidades criadas por alunos no Orkut entram em forma anônima ou não e falam mal de outros, acarretando em um desrespeito pela internet.
De modo geral, alguns colégios particulares vetam o uso de celular em sala de aula - o que evita que se filme alguma cena constrangedora para depois jogá-la na web, um tipo possível de cyberbullying. Sufocar completamente o cyberbullying é, porém, uma missão complexa, porque muitas das agressões virtuais são feitas pelos alunos a partir de suas casas.
fonte: http://www.aquidauananews.com/index.php?action=news_view&news_id=163548
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