sexta-feira, 29 de julho de 2016

Legislativo de Araranguá deverá aprovar a Semana de conscientização contra o bullying

CRICIÚMA NEWS


(fotos: divulgação/CMA)
Entre as propostas que serão apresentadas na próxima sessão da Câmara de Araranguá está o projeto de lei do vereador Rony da Silva, que “dispõe sobre a instituição da semana de conscientização contra o bullying. A matéria será apresentada e depois encaminhada para análise das comissões internas antes de ser submetida a votação.
O projeto de lei estabelece a instituição, nas escolas da rede municipal de ensino, a semana de conscientização contra o bullying. A semana de conscientização será, preferencialmente, realizada na primeira semana do ano letivo. “Na programação de conscientização contra o bullying serão realizadas atividades que promovam, no interior da escola e da sociedade, a discussão e o debate sobre questões relacionadas a esta forma de violência”, disse o vereador.

Prevenção e inclusão

São sugeridas atividades como: palestras, seminários, gincanas, e demais eventos que promovam a interação e a conscientização da comunidade escolar.

De acordo com Rony da Silva, a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil, nas manifestações culturais e, principalmente, nas instituições de ensino e pesquisa. É público e notório que o bullying, um fenômeno antigo que está presente em escolas do mundo todo, causa enormes prejuízos ao processo de aprendizagem de alunos que são vítimas desse tipo de constrangimento”, disse.

Além disso, o vereador Rony ponderou que o bullying causa dano psicológico que em muitas situações gera consequências para o resto da vida, influenciando na formação da cidadania plena e, por conseguinte, em todo o conjunto da sociedade.

N.R.: Em novembro do ano passado a presidente afastada, Dilma Roussef, sancionou normas contra esse tipo de prática no Brasil. Leia: http://www.brasil.gov.br/governo/2015/11/presidenta-dilma-sanciona-lei-de-combate-ao-bullying
(Com informações da Câmara de Vereadores de Araranguá)

Polêmicas e choro com bullying rival: qual Danilinho chega ao Flu?

Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro


O Fluminense apresentou um pacotão de reforços, que aos poucos, vão se integrando ao elenco e recebendo as primeiras oportunidades. Um dos principais nomes que chegou às Laranjeiras é o de Danilinho, conhecido no Brasil por passagem no Atlético-MG. A velocidade e os dribles dentro de campo ficaram tão conhecidos como as polêmicas fora dos gramados. Afinal, qual dessas faces chega ao Tricolor?
Ainda solteiro quando surgiu no Atlético-MG, Danilinho se notabilizou pela frequência em que apreciava as noites mineiras. Por conta disso, sofria com bullying da torcida do Cruzeiro, que cantava música provocativa envolvendo o então cruzeirense e rival Guilherme. A zoação incomodou a ponto do apoiador chorar em campo na final do Mineiro.
Em 2012, inclusive, ele acabou dispensado do Atlético-MG por indisciplina. Isso porque Danilinho chegou atrasado em vários treinamentos da equipe e irritou a diretoria. Na oportunidade, alegou um problema particular com a esposa, mas não convenceu o clube.
No México, uma jovem de 18 anos acusou Danilinho de estupro e ameaça de morte, segundo revelou o jornal "Cancha". Ela cobra que o jogador pague pelo crime de violação, pois foi forçada a ter relações sexuais. Segundo ela, existem cópias das denúncias e provas que comprovam a história.
Esta não foi a única vem que o nome de Danilinho esteve ligado em polêmica fora de campo. Em dezembro de 2011, outra menor de idade acusou o jogador de agressão física após o término de um relacionamento.
A fama é tanta que as polêmicas foram o principal assunto da apresentação de Danilinho.
"Todo mundo fala, mas ninguém sabe a real. Qual jogador que não faz uma festa dentro de casa? Nunca fui de sair para boate. Sempre fazia minhas carnes assadas na minha casa e todo jogador faria isso após uma partida. Venho feliz, com a minha família, minha esposa, meu filho e com outra cabeça. Jogador sabe das responsabilidades do dia a dia", disse Danilinho.
"Estou feliz de voltar ao Brasil, a um time grande como o Fluminense. Venho para ajudar. É um grupo jovem. Todos querem ser titular. Muitos falam de indisciplina. Mas isso não é real", completou o novo atacante do Tricolor que tenta mudar a imagem no Rio de Janeiro.
Evidentemente, o Fluminense conhece o passado de Danilinho e isso não impediu de fazer o investimento. O clube sondou os profissionais próximos do jogador no México e só escutou comentários positivos, o que contribuiu para a contratação. "Ele é um jogador de muita qualidade, estava há nove anos no México. Falamos com alguns treinadores, que nos deram boas referências e acabamos trazendo", afirmou o diretor executivo do Flu, Jorge Macedo.
Regularizado, Danilinho já tem condições legais de estrear pelo Fluminense. O problema é que ele passa por uma espécie de pré-temporada para estar à disposição. Ainda não há uma previsão concreta de quando o apoiador poderá estar em campo com a camisa do Tricolor.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Jennifer Aniston aconselha adolescentes a enfrentarem bullies e fazerem pausa nas redes sociais


Por Life&Style do Publico PT

A actriz discursou para um grupo de jovens no Giffoni Film Festival, onde foi homenageada com o prémio carreira.
Jennifer Aniston criticou recentemente o escrutínio e a pressão feita pelos tablóides às imagens das mulheres numa carta aberta, depois de uma revista especular que estaria grávida. Em Itália, no Giffoni Film Festival, a actriz encorajou as gerações mais novas a unirem-se contra o bullying, falou sobre o papel da mulher em Hollywood e as suas crises de identidade.
“Quando vês um bully tens de o deitar a baixo e não permitir”, disse a actriz a um grupo de crianças e adolescentes, reconhecendo que a Internet tornou a luta contra o bullying mais dificil, uma vez que permite o anonimato enquanto se deita a outra pessoa abaixo. “Eles escondem-se atrás de computadores, por isso isto é sobre não permitir que vos atinja. Guardem os computadores e tenham conversas”, aconselhou.
Um adolescente perguntou à actriz norte-americana se “alguma vez acordou de manhã sem saber quem era”, Aniston emocionou-se e respondeu que já se sentiu assim várias vezes ao longo da vida e que isso não é uma “sensação anormal”. “Saibam que os vossos actores favoritos, ídolos, ícones, o que quer que lhes chamem, já tiveram essa experiência na vida muitas vezes”, realçou, frisando à plateia que “não há nada que nos separe. Todos começamos no mesmo lugar. Todos viemos do nada”.
Tal como o princípe Harry, que realçou a importância de falar abertamente sobre o luto e sobre os sentimentos, num evento no Palácio de Kensignton, em Londres, Jennifer Aniston disse aos jovens para não se castigarem por se sentirem assim e para pedirem ajuda. “Falem com alguém e procurem ajuda ou algo que vos inspire.”
A actriz abordou ainda os tópicos das redes sociais, das selfies, do poder feminino e do papel da mulher em Hollywood. “Penso que precisamos de dar poder às mulheres para não ser só sobre vestidos e beleza e auto-retratos. Precisamos de começar a ter conversas, largar os nossos telemóveis, sair das redes sociais, fazer pausas das redes sociais. É por isso que não vemos as histórias certas a serem contadas. Todos estão presos aos telemóveis”, concluiu Aniston. 

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Garoto some após suposto bullying

Fonte: Diário de Pernambuco
Um adolescente de 15 anos, com suspeita de autismo, desapareceu, na manhã de ontem, de um condomínio residencial no Curado. Segundo a família, Diego Epaminondas Fook Nadu dos Santos estava brincando com os vizinhos na quadra do prédio quando teria sido chamado de “débil mental” e outros termos pejorativos. Nervoso, ele teria tirado a sandália e corrido para rumo desconhecido.

Por trás do residencial onde o adolescente mora fica a Mata do Curado, que permeia o Jardim Botânico. O Corpo de Bombeiros foi acionado e deslocou três viaturas e dez especialistas para as buscas no matagal. A procura se estendeu das 11h às 17h30, mas teve que ser interrompida devido à dificuldade de visibilidade na área. O trabalho será retomado hoje de manhã.

A família acredita que Diego tenha pulado o muro do residencial para escapar das ofensas dos outros meninos. “Eles ficaram fazendo bullying. Diego faz acompanhamento psicológico e deve ter saído desesperado. Tem um muro que cerca o prédio, mas dá para pular”, detalhou a tia Luana Maria dos Santos.

O caso foi registrado no setor de desaparecidos do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) ainda pela manhã. A família pede para quem tiver informações sobre o paradeiro de Diego dos Santos entrar em contato através do número (81) 98476-2667. Diego foi visto pela última vez trajando uma camiseta cinza e um short vermelho.

Priscila Fantin lamenta bullying no filho em razão do cabelo


Priscila brinca com o filho de 5 anos. Foto: TV Globo
Nos bastidores do programa Encontro com Fátima Bernardes, Priscila Fantin contou que o filho, Romeo, de 5 anos, sofre bullying por conta do cabelo que, pela escolha, o menino prefere comprido.
“O cabelo dele está enorme! E ele continua sem querer cortar. Outro dia, conversei com ele para entender se ele sofria, porque muita gente pergunta se ele é uma menina. Queria saber se ele ficava chateado”, disse a atriz na ocasião.
Segundo Priscila, infelizmente, a resposta foi positiva. “Ele disse que sim. Aí, perguntei se ele preferia cortar o cabelo para não acharem isso ou tentar entender que algumas pessoas são bobas. E ele me disse: ‘É, mãe, são pessoas bobas. Não quero cortar o cabelo’. A sociedade é assim, não tem jeito. Se ele quiser, corto”, finalizou Priscila ao mostrar que respeita a decisão do filho.

Atriz de Quixadá hoje mora em Nova York e trabalha para Hollywood

Mey Ferdinand, que já sofreu bullying na infância por ser branca e alta, mostra que não é loucura sonhar com o Oscar

Por Ana Clara Jovino em Cinema 


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Além de atriz, Mey também é modelo e produtora (FOTO: John Casuccio)
Mey Ferdinand, nome artístico de Iara Maria Fernandes de Queiroz, nasceu em Quixadá, no interior do Ceará, foi para o Rio de Janeiro para estudar teatro e hoje grava filme em Hollywood. A menina que era considerada louca por sonhar alto prova que, com incentivo, confiança, persistência e muito esforço, é possível realizar sonhos.
Desde 2012 Mey mora em Nova York. Ela acaba de ir para Los Angeles para gravar o curta-metragem “Thumbs Up”, dirigido pelo argentino Brian F. Visciglia. O filme é uma parceria entre artistas brasileiros e americanos com a produtora Red Line, que tem sedes no Rio de Janeiro, Dublin e Los Angeles.
Aos 11 anos, Mey se mudou para Fortaleza e entrou para o grupo de teatro do colégio. Mais tarde fez o curso preparatório no Theatro José de Alencar. Em 2009, se mudou para o Rio de Janeiro para estudar na Cia de Theatro Contemporâneo.
Participou de montagens como “Arlequim, Servidor de Dois Patrões”, dirigido por Silvia Carvalho; “Bonitinha, mas Ordinária”, dirigido por Dinho Valladares; “Aonde Está Você Agora”, escrito e dirigido por Regiana Antonini, e o musical “Ópera do Malandro”, sucesso de público do Grupo Artear. Antes de se mudar para os Estados Unidos, a atriz integrou o elenco do canal de humor Parafernalha.
Depois de se apaixonar por musicais, quando interpretou Terezinha em “Ópera do Malandro”, ela fez audições para a New York Film Academy e ganhou uma bolsa para o curso de um ano da escola. Lá fez a performance da coreografia original do musical “Chicaco” em 2013, no June Havoc Theater, na Times Square.
Gravou três curtas para a New York Film Academy (“I’m Sorry”, “The Clockwork” e “My Other Half”), coordenou a produção do curta musical “Step Up” e trabalhou no piloto “Big Apple”, projeto brasileiro gravado em NY. Além de estudar atuação para filme e TV no Stella Adler Studios e no Mel Mack Acting Studio.
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Mey Ferdinand atuando em “Thumbs Up” (FOTO: Divulgação)
Além de atriz, Mey também é modelo e em 2015 assinou com as agências Posche Models e Westhaven Management, participando de diversos trabalhos editoriais e do New York Fashion Week 2015. Ficou no Top 10 do concurso Miss Nepal – US Ambassador, dedicado a ajudar as vítimas do terremoto no Nepal.
“Eu sempre sonhei em participar do New York Fashion Week, quando eu estava lá nem acreditava”, declara.
As lembranças de Quixadá são muitas. Mey conta que teve sua infância dividida, entre momentos felizes com a família e momentos não tão bons em que sofreu bullyng na escola, por nunca ter se encaixado, por ser “diferente”. “Eu sofria bullying na escola, pelo que eu aparentava, eu tinha o cabelo cacheado, era muito alta e muito branca”.
Com cinco anos, ela já sabia que queria ser atriz, sempre participava das peças da escola e era algo natural para ela,onde se encontrava. Além de ser apaixonada por cinema, pois cresceu assistindo filmes americanos, então já tinha certeza que queria se dedicar à sétima arte. Ela diz que era considerada louca, por viver no interior do Ceará e ter uma ideia tão grande, por isso demorou a ter confiança, só quando começou a fazer peças profissionais no Rio de Janeiro, Mey percebeu que era uma artista de verdade.
A atriz cearense passou por muitas dificuldades até chegar nos Estados Unidos, por ser de uma cidade pequena, onde as possibilidades eram praticamente impossíveis. Sua mãe foi contra sua vontade de se tornar uma artista, pois achava um sonho impossível e queria protegê-la, já seu pai foi seu maior incentivador. “Meu pai sempre foi meu maior fã, quando todo mundo dizia que seria impossível, ele dizia que eu ia conseguir ser o que eu quisesse”.
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Em 2015, a modelo participou do New York Fashion Week (FOTO: He Square)
O maior desafio que ela enfrentou foi ter que se encaixar no mercado americano, que é muito mais competitivo, por achar que já estava preparada. Ser de um país tão grande e tão diverso como o Brasil, que não existe um papel específico, pois segundo ela é um estereótipo difícil de explicar, é muito difícil. Então, a atriz teve que ser humilde e começar do zero, se adaptar a nova cultura e a como funciona o mercado internacional.
O próximo projeto da atriz é o curta-metragem “Model Life”, onde interpretará a editora-chefe de uma revista de moda de Nova York, além de se dedicar à carreira de modelo.Por enquanto, Mey quer continuar investindo na carreira internacional e diz que praticamente todos os seus sonhos já foram realizados e agora almeja representar o Brasil na cerimônia do Oscar. É o seu maior sonho profissional. Além disso, ela diz que gostaria muito de gravar no Brasil, principalmente no Nordeste. “Eu vejo o cinema nordestino crescendo e me dá muito orgulho. Queria gravar um longa em Quixadá, a cidade onde eu nasci”, afirma a atriz.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Adolescente com suspeita de autismo desaparece após sofrer bullying no Curado

De acordo com a família, Diego dos Santos jogava futebol com as outras crianças do prédio quando foi chamado de débil mental e correu



Diego foi visto pela última vez trajando uma camiseta cinza e um short vermelho. Foto: Acervo de Família/Reprodução
Diego foi visto pela última vez trajando uma camiseta cinza e um short vermelho. Foto: Acervo de Família/Reprodução
Um adolescente de 15 anos, com suspeita de autismo, desapareceu na manhã desta segunda-feira de um conjunto residencial no Curado, Zona Oeste do Recife. Segundo a família, Diego Epaminondas Fook Nadu dos Santos estava brincando com os vizinhos na quadra do prédio quando teria sido chamado de débil mental e outros termos pejorativos. Nervoso, ele teria tirado a sandália e corrido por rumo desconhecido.

Por trás do residencial onde o adolescente mora, fica a mata do Curado, que permeia o Jardim Botânico. O Corpo de Bombeiros foi acionado e deslocou três viaturas e dez especialistas para as buscas no matagal. A procura durou de 11h às 17h30, mas teve que ser interrompida devido à dificuldade de visibilidade na área. O trabalho será retomado nesta terça pela manhã.

A família acredita que Diego tenha pulado o muro do residencial para escapar das ofensas dos outros meninos. "Eles ficaram fazendo bullying. Diego faz acompanhamento psicológico e deve ter saído desesperado. Tem um muro que cerca o prédio, mas dá para pular", detalhou a tia Luana Maria dos Santos.

O desaparecimento do adolescente foi registrado no setor de desaparecidos do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) ainda pela manhã. A família pede para quem tiver informações sobre o paradeiro de Diego dos Santos entrar em contato através do número (81) 9 8476-2667. Diego foi visto pela última vez trajando uma camiseta cinza e um short vermelho.

Depois de sofrer bullying, modelo assume marcas de nascença e dá lição de autoestima

Yulianna Yossef, de 22 anos, já foi chamada de “dálmata” e muitos outros nomes na infância, mas nunca se abalou. Empoderada, ela agora inspira mulheres nas redes sociais a se aceitarem do jeito que são. “Não precisamos nos esconder dos outros”, diz

Por Marie Claire


Yulianna Yossef nasceu com uma condição genética rara chamada Nevo Melanocítico Congênito (Foto: Reprodução Instagram)
Quando Yulianna Yossef, filha de um ucraniano com uma libanesa, nasceu, ela foi imediatamente desacreditada pelos médicos. A pequena recém-nascida foi diagnosticada com Nevo Melanocítico Congênito, uma condição genética rara que desencadeia o aparecimento de uma série de manchas pelo corpo. Na época, os especialistas lhe deram apenas algumas horas de vida.

Apesar de ter desafiado a medicina, Yulianna acabou enfrentando muito bullying na infância por conta de sua condição. “Fui chamada de dálmata na escola, assim como de vaca e girafa", contou na legenda de umas das fotos publicadas no Instagram, onde ela já soma mais de 24 mil seguidores.
Yulianna Yossef tem 22 anos e inspira muitas mulheres a se aceitarem (Foto: Reprodução Instagram)


Mas nada foi capaz de abalar a jovem, que nasceu na Ucrânia, mas vive hoje na Polônia. "Mas eu me mantive sempre otimista e aprendi a lidar com isso”, acrescentou. Agora aos 22 anos, ela faz trabalhos como modelo e inspira cada vez mais mulheres e meninas nas redes sociais a se amarem.

"Eu nasci diferente, você nasceu diferente. Todos nós nascemos diferentes. Não tenha medo de ser você mesma”, diz. “Nossa singularidade, individualidade e experiência de vida nos moldam em criaturas fascinantes. Espero que todos nós aprendamos a nos amarmos, e para criarmos um ambiente de tolerância e compaixão.”
“Fui chamada de dálmata na escola", desabafou Yulianna Yossef nas redes sociais (Foto: Reprodução Instagram)


A jovem conta que já encarou diversos tratamentos, mas nenhum sanou o problema. É possível realizar cirurgias para eliminar as marcas, mas ela precisaria se submeter a 12 operações. “Mas ainda assim ninguém garante que isso não possa agravar minha condição”, contou.

"Eu tento mostrar às pessoas que também têm Nevo Melanocítico Congênito que nós podemos viver uma vida normal, não precisamos nos esconder dos outros. Eu nasci diferente, você nasceu diferente, todos nós nascemos diferente. Mas eu sou uma pessoa feliz, tenho amigos, uma família que me apoia um trabalho ótimo... Eu realmente sou como qualquer pessoa!"

Entre as hashtags usadas por ela está sempre a #bareyourbirthmark (mostre sua marca de nascença), que encoraja as pessoas a fazerem o mesmo.
Nos comentários das fotos que compartilha, além de ser elogiada com frequência, a jovem sempre recebe desabafos de mães cujos filhos também nasceram com marcas e que a agradecem pelo papel que tem desempenhado.
Yulianna Yossef hoje faz trabalhos como modelo (Foto: Reprodução Instagram)

Priscila Fantin conta que o filho sofre bullying por ter cabelos compridos

Redação/RedeTV!
(Foto: reprodução/Instagram FC Priscila Fantin)
Priscila Fantin se derrete pelo filho Romeo, de quase cinco anos, fruto de seu relacionamento com o ator Renan Abreu. A atriz admite que é "coruja" e fez questão de cuidar todo tempo do pequeno nos primeiros momentos da vida do primeiro herdeiro.
"Nos seis primeiros meses do Romeo, eu e meu marido cuidamos sozinhos dele. Tínhamos essa disponibilidade. Quando eu voltei a trabalhar, contamos com algumas ajudas. De vez em quando, tínhamos uma folguista aos fins de semana e a minha sogra ajudava bastante. Demorei para ter uma pessoa regular, mas precisei. Hoje em dia, com a novela, quis esquematizar algo certo, porque é uma logística", contou em entrevista ao site "GShow" nos bastidores do programa "Encontro".
(
Foto: reprodução/Instagram FC Priscila Fantin)
Fantin, que está no ar como Diana na novela "Êta Mundo Bom", destacou que foi muito difícil para ela deixar o filho em casa para voltar ao trabalho.
"Tive uma certa dificuldade em desgarrar dele. Quando o Romeo tinha 10 meses, fiquei em cartaz com uma peça em São Paulo. Sofri muito de saudade. Demorei a enxergá-lo mais indivíduo do que apenas meu filho. Fiz esse exercício, porque é importante ele ter a individualidade dele, ser quem é", explicou.
A atriz falou ainda sobre os longos cabelos do filho e lamentou por muitas pessoas criticarem ou confundirem Romeo com uma menina.
"O cabelo dele está enorme! E ele continua sem querer cortar. Outro dia, conversei com ele para entender se ele sofria, porque muita gente pergunta se ele é uma menina. Queria saber se ele ficava chateado. Ele disse que sim. Aí, perguntei se ele preferia cortar o cabelo para não acharem isso ou tentar entender que algumas pessoas são bobas. E ele me disse: 'É, mãe, são pessoas bobas. Não quero cortar o cabelo'. A sociedade é assim, não tem jeito. Se ele quiser, corto", concluiu.
(Foto: reprodução/Instagram FC Priscila Fantin)

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Vítima de bullying, Jennifer Aniston ameaça com processos

A atriz está cansada de ter de negar uma gravidez

Vítima de bullying, Jennifer Aniston ameaça com processos - Grosby Group

Jennifer Aniston pode começar a processar revistas e tabloides por conta das inúmeras fofocas que inventam sobre ela e que supostamente lhe causam uma certa pressão psicológica.

E o RadarOnline pode ser a primeira publicação na lista da atriz.

Recentemente Aniston desabafou sobre os constantes boatos de gravidez, considerando uma espécia de bullying contra ela.

Esta semana o site americano, propriedade da revista Star, voltou a 'provocar' a atriz, alegando desta vez que ela está escondendo gravidez após negar publicamente que espera um filho com o marido JustinTheroux.

Supostamente os advogados da ex-estrela de Friends entrou em contato com a publicação, ameaçando processá-los se o 'bullying' continua.

Segundo o programa Insider Aniston está realmente farta dessas notícias, como ela mesma disse em seu artigo para o jornal The Huffington Post.

A gestão e seu contrassenso: a injúria racial. Análise de caso numa loja da rede Subway à luz do assédio moral.

Relato de caso à luz do assédio moral por meio da injúria racial sofrida pela ex-funcionária de uma filial da rede de franquias Subway, Rosilene Medeiros de 30 anos.


Ismael Azevedo

A agora ex-funcionária Rosilene Medeiros, 30 anos, denunciou a gerente de uma filial de rede comercial internacional de fast-food, por injúria racial. Uma amiga da denunciante a informou sobre uma foto em que Rosilene aparece limpando o balcão da lanchonete, e na foto, a legenda faz referência a uma personagem, a Escrava Isaura (PORTAL G1, 2016). Esse é um relato que não deveria ser atual, já que a escravidão teve seu primeiro ato de abolição no município de Redenção/CE em 1883, mas o é, e infelizmente é sabido que não é apenas um caso isolado, mas uma gota de injúria nesse mar organizacional que temos no Brasil.
A injúria faz parte de um complexo sistêmico que conhecemos por bullying, ou assédio moral. Sendo bullying muito estudado anteriormente como um fenômeno comum ao ambiente escolar, este ultrapassa as paredes escolares e penetra no cotidiano das relações dos indivíduos que convivem em sociedade, estando presente nos relacionamentos entre familiares, no ambiente de trabalho, no ambiente virtual etc. Para fins desta discussão utilizaremos o termo ‘Assédio Moral’ em detrimento de bullying para facilitar o entendimento com o caso citado.
Entende-se por assédio moral toda e qualquer conduta abusiva que manifesta por comportamentos, palavras agressivas, atos, gestos, escritos que possam trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho (HIRIGOYEN, 2014). O assédio moral tem um grande impacto prejudicial no desenvolvimento biológico e psicossocial dos envolvidos, destacando-se fatores fisiológicos como desordens alimentares e cardíacas, transtorno de sono, tontura, além dos problemas de conduta, baixa autoestima, transtorno de humor e de ansiedade, despersonificação, dentre outros (STEPHAN, Francesca et al., 2013).
Essa guerra psicológica no ambiente de trabalho agrega dois fenômenos em especial (HIRIGOYEN, 2014):
- o abuso de poder, que é rapidamente desmascarado e não é necessariamente aceito pelos empregados.
- a manipulação perversa, que se instala de forma mais insidiosa e que, no entanto, causa devastações muito maiores.
Sendo o caso acima uma manifestação dessa perspectiva de insidiosa manipulação perversa, pois a vítima informa que teve que pedir demissão por não aguentar a pressão e as piadinhas que viraram rotina depois que o caso foi parar na polícia. Não aguentando continuar trabalhando na organização por insistentes humilhações que não afetavam apenas a si, mas outros colegas de trabalho, sendo um colega do gênero masculino comparado a um macaco e que posteriormente fora demitido (PORTAL G1, 2016). Característica da gestão por injúria, que é um comportamento arbitrário de certos gestores despreparados que submetem seus colaboradores a uma pressão terrível com total falta de respeito, insultando ou injuriando (HIRIGOYEN, 2015).
O sofrimento no ambiente de trabalho para a vítima em questão durou poucos dias, a mesma enfrentou seus receios, denunciou, pediu demissão e está aguardando o desenrolar dessa situação. Mas esse momento abre mais uma janela de preocupação para o tema: Quantos brasileiros(as) devem estar sofrendo deste mesmo problema neste momento ou de problemas similares?
Esta violência pode durar de meses até anos, repetitivamente. Portanto toda vítima deve estar atenta para perceber esses fatos, pois, caso o assédio não seja diagnosticado ou percebido precocemente, pode repercutir na vida social e no trabalho, sendo que, uma vez instalado, torna-se difícil de ser controlado e prevenido. Com o passar do tempo, as consequências podem se tornar visíveis e aparentes, tanto no que diz respeito à saúde psicológica quanto em alterações físicas da pessoa: depressão, estresse, cansaço, insônia, diminuição da capacidade de concentração, isolamento social, mudança de personalidade, aumento de peso, distúrbios digestivos, aumento da pressão arterial e tremores (FREITAS; HELOANI; BARRETO, 2008; OLIVEIRA; AGNELLO; NEOFITI, 2008; ANDRADE et. al., 2015).
Sejamos todos vigilantes, nenhum comportamento que tenha o intuito de expor um indivíduo ao ridículo, ou que venha a tornar o ambiente de trabalho um lugar hostil, pode ser aceito pela classe trabalhadora. Todo comportamento de conduta abusiva deve ser investigado e revisto em favor do bem-estar e da qualidade de vida no ambiente de trabalho. Um ambiente psicossocialmente salubre é um fator determinante para o sucesso do gestor, da organização e, sobretudo, do trabalhador que efetivamente põe a “mão na massa”, pois seu desgaste físico já é por si só algo muito difícil de ser superado com 8h de descanso entre uma jornada e outra de trabalho.
Referências
ANDRADE, et al. Assédio moral no trabalho e sua complexidade: revisando as produções científicas. J. res.: fundam. care. v.7, n.3, p. 2761-2773, 2015.
HIRIGOYEN, M. F. Assédio Moral: a violência perversa no cotidiano. 15ªed. Rio de Janeiro (RJ): Bertrand Brasil, 2014.
Freitas ME, Heloani R, Barreto M. (2008). Assédio moral no trabalho. 1ªed. São Paulo (SP): Cengage Learning, 2008. 
Oliveira D, Agnello R, Neofiti RM. Assédio, violência e sofrimento no ambiente de trabalho; 2008. [citado 2 jun 2011]. Disponível em: URL: http://www.saude.gov.br/. 2008

Quem é o atirador que matou 9 pessoas na Alemanha

São Paulo – Um jovem de 18 anos atirou contra a população na noite de ontem, na cidade de , na Alemanha. O ataque deixou nove mortos e 16 feridos, de acordo com as últimas informações oficiais. Segundo as investigações, o atirador se matou logo depois. Por que esse garoto decidiu matar outras pessoas e acabar com a própria vida? A suspeita inicial era de que o atirador tivesse ligação com o grupo terrorista . Porém, a polícia local descartou essa possibilidade. O jovem era um descendente de iranianos que cresceu em Munique e ainda frequentava a escola. As buscas feitas no local onde ele morava não revelaram contato ou interesse por grupos terroristas. Porém, mostraram que o jovem tinha obsessão por assassinatos em massa. No local, reportagens de jornal e livros sobre o tema. Um dos livros intitulado “Why Kids Kill: Inside the Minds of School Shooters” (Em português: “Por que as crianças matam: dentro da mente dos atiradores escolares”). Segundo o jornal alemão , há um vínculo claro entre o ataque de ontem e outro assassinato em massa ocorrido na Noruega há exatos cinco anos, quando o atirador Anders Behring Breivik matou 77 pessoas a tiros. Bullying Segundo o promotor da cidade, Thomas Steinkraus-Koch, o atirador de Munique tinha depressão e estava desequilibrado. O jornal ouviu vizinhos e colegas de escola do jovem, segundo os quais ele era tímido e sofria . “Ele sofria bullying frequentemente e não era popular. Estava acima do peso e andava sempre sozinho, ou no máximo com uma ou duas pessoas. Parecia não ter amigos”, disse um estudante ao jornal. A polícia investiga ainda se o jovem usou o Facebook para atrair as pessoas até o local do crime. A suspeita é que ele tenha hackeado a conta de uma mulher na rede social e postado uma mensagem que dizia. “Darei algo que vocês querem, mas que não é muito caro”, diz o post, . O ataque aconteceu numa unidade do McDonald’s e num shopping center da região. Dentre os mortos, estão cinco adolescentes.

Fonte: http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/quem-e-o-atirador-que-matou-9-pessoas-na-alemanha

Exclusivo para celebridades, Instagram lança recurso pra bloquear usuários

Por Redação

O Instagram decidiu dar mais poder para as celebridades que utilizam a rede social. Agora, a plataforma permite que celebridades poderosas como Taylor Swift, Beyoncé, Kim Kardashian, entre outros, bloqueiem milhares de trolls que possam causar dor de cabeça. 

O novo recurso é uma medida para lutar contra o bullying online, que já forçou várias celebridades a apagarem suas contas em redes sociais como o Twitter. Para evitar que o mesmo aconteça na plataforma de fotos, o Instagram decidiu implementar essa nova tática. 

Recentemente, a ex-cantora country Taylor Swift tem recebido diversos xingamentos e mensagens maldosas em todas as suas redes sociais por conta de uma briga entre ela e Kanye West motivada pelo single mais recente dele, "Famous". A cantora disse que não sabia que ele a chamaria de "vadia" na letra da música, só para depois a esposa de West, Kim Kardashian, postar no Snapchat um vídeo da ligação em que Kanye conta sobre a letra. 

Classificada por muitos como "cobra", a estrela também está tendo suas fotos inundadas de comentários com o emoji de "cobra verde". 

O Instagram não revelou como o recurso será implementado apenas nessas contas. A função está atualmente sendo testada por um grupo VIP de usuários. As especulações é que a ferramenta bloqueará automaticamente qualquer usuário que utilize alguma frase já identificada como ofensiva pelo usuário. 

Embora no momento a ferramenta seja exclusiva de celebridades, ela deve estar disponível para usuários comuns no futuro. Fonte: Telegraph

Matéria completa:
http://canaltech.com.br/noticia/instagram/instagram-introduz-recurso-pra-bloquear-usuarios-exclusivo-para-celebridades-74449/

domingo, 24 de julho de 2016

Bullying escolas privadas são as mais omissas

Por César Fraga 
    Ana Beatriz Barbosa SilvaFoto: Sandra Lopes
    A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva* concedeu entrevista que segue por ocasião de sua passagem por Porto Alegre, no final de agosto, para palestrar no projeto Conversa no Praia, promovido pelo Praia de Belas Shopping e Saraiva Mega Store, onde foi lançado o livro Bullying – Mentes Perigosas nas Escolas, da Editora Fontanar. Ela já havia alcançado notoriedade com o livro Mentes Perigosas – O Psicopata Mora ao Lado, obra que vendeu mais de 400 mil exemplares. No seu novo livro a autora se dedica ao tema bullying, que o Extra Classe de forma pioneira na imprensa gaúcha já aborda há vários anos e que recentemente vem ganhando mais visibilidade. Trata-se da violência física ou psicológica feita com o objetivo de intimidar ou agredir o outro mais frágil, incapaz de se defender, buscando alertar para o problema e ajudar pais, educadores, crianças e adolescentes a superarem esse problema. Quem pratica bullying tem como alvo qualquer outro que fuja do padrão estético/ comportamental imposto por um determinado grupo. Crianças e jovens vítimas de bullying, na maioria das vezes, sofrem calados frente ao comportamento de seus ofensores. As consequências, segundo a psiquiatra, podem ser desastrosas, desde repetência e evasão escolar até o isolamento, depressão e, em casos extremos, suicídio e homicídio.
    Extra Classe – O que motivou a senhora a publicar um livro sobre bullying?
    Ana Beatriz Barbosa Silva – Recebo diariamente em minhas clínicas crianças, adolescentes e adultos que são ou foram vítimas de bullying. Minha motivação maior em escrever sobre o tema foi no sentido de alertar para o problema e ajudar pais, educadores, crianças e adolescentes a superarem um comportamento que pode trazer consequências comportamentais e psíquicas drásticas para a vida inteira. É preciso informar os responsáveis pelos processos educacionais, no sentido de identificar os personagens envolvidos (vítimas, espectadores e agressores), qual é o perfil de cada um nos diversos meios sociais, bem como trazer soluções possíveis para combater algo que não pode mais ser tolerado pela sociedade. A falta de conhecimento sobre a existência, o funcionamento e as consequências do bullying propicia o aumento desordenado no número e na gravidade de novos casos, e nos expõe a situações trágicas isoladas ou coletivas que poderiam ser evitadas.
    EC – Por que o bullying não deve ser encarado apenas como um problema exclusivo da escola?Ana Beatriz – A sociedade contemporânea tornou- se mais individualista e competitiva, o que vem mexendo profundamente com as relações humanas. O cenário que temos hoje é uma sociedade caótica e alienante, com valores éticos absolutamente distorcidos, onde o ter é muito mais importante que o ser. Os responsáveis pelos processos educacionais (pais, instituições escolares e adultos, de forma geral) estão confusos em como transmitir aos nossos jovens experiências afetivas, fraternais, de convivência em grupo ou de respeito às diferenças. Cabe à sociedade como um todo transmitir às novas gerações valores educacionais mais éticos e responsáveis. Auxiliá-los e conduzi-los na construção de uma sociedade mais justa e menos violenta é obrigação de todos. São essas crianças e jovens de hoje que estão delineando a nossa sociedade futura. São eles que em breve abraçarão cargos empresariais, políticos ou até mesmo estarão no comando de um país.
    EC – Como o fenômeno é identificado na sociedade?Ana Beatriz – Brincadeiras saudáveis ocorrem de forma natural e espontânea entre os alunos. Eles colocam apelidos uns nos outros, tiram sarro, dão muitas risadas e se divertem. No entanto, quando as “brincadeiras” são realizadas de forma agressiva, repetitiva e intencional contra um ou mais alunos, recebe o nome de bullying escolar. Brincadeiras saudáveis são aquelas em que todos se divertem, no bullying apenas alguns se divertem à custa de outros que sofrem. Existem diversas formas de bullying: verbal, físico e material, psicológico e moral, sexual, virtual (também chamado de ciberbullying). Os alunos envolvidos neste processo podem ser classificados em três grupos distintos: as vítimas, os agressores (bullies) e os espectadores. Cada personagem dessa trama apresenta um comportamento típico, tanto na escola como em seus lares. Identificar os envolvidos nessa tragédia é de suma importância para que as escolas e as famílias possam elaborar estratégias e traçar ações efetivas contra essa prática. Bullying não é brincadeira, é um ato covarde.
    "Por incrível que pareça, os estudos apontam para uma postura mais efetiva contra o bullying entre as escolas públicas (...). Já nas escolas particulares, os casos tendem a ser abafados, uma vez que eles podem representar um ‘aspecto negativo’ na boa imagem da instituição"
    “Por incrível que pareça, os estudos apontam para uma postura mais efetiva contra o bullying entre as escolas públicas (…). Já nas escolas particulares, os casos tendem a ser abafados, uma vez que eles podem representar um ‘aspecto negativo’ na boa imagem da instituição”
    Foto: Arquivo Pessoal
    EC – Como se dividem os papéis da escola, das famílias e dos estudantes diante deste problema?Ana Beatriz – A escola é corresponsável nos casos de bullying, pois é nela que os comportamentos agressivos e transgressores se evidenciam ou se agravam na maioria das vezes. É ali que os alunos deveriam aprender a conviver em grupo, respeitar as diferenças, entender o verdadeiro sentido da tolerância em seus relacionamentos interpessoais, que os norteiam para uma vida ética e responsável. Infelizmente, a instituição escolar é o cenário principal dessa tragédia endêmica, que por omissão ou conivência, facilita a sua disseminação. Porém, na maioria das vezes, o problema inicia no ambiente doméstico. Para que os filhos possam ser mais empáticos e agir com respeito ao próximo é necessário primeiro rever o que ocorre dentro de casa. Os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas e valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores. O exemplo dentro de casa é fundamental. O ensinamento de ética, solidariedade e altruísmo inicia-se ainda no berço e se estende para o âmbito escolar, onde as crianças e adolescentes passarão grande parte do seu tempo. É muito importante que os responsáveis pelos processos educacionais identifiquem qual é o grupo de agressor que estão lidando, uma vez que existem causas diferenciadas: muitos se comportam assim por uma nítida falta de limites em seus processos educacionais no contexto familiar; outros carecem de um modelo de educação que seja capaz de associar a autorrealização pessoal com atitudes socialmente produtivas e solidárias. Tais agressores procuram nas ações egoístas e maldosas um meio de adquirir poder e status, e reproduzem os paradigmas domésticos na sociedade; existem ainda aqueles que vivenciam dificuldades momentâneas, como a separação dos pais, ausência de recursos financeiros, doenças crônicas ou terminais na família. A violência praticada por esses jovens é um fato novo em seu modo de agir e, portanto, passageiro. E, por fim, nos deparamos com a minoria dos opressores, porém a mais perversa. Trata-se de crianças ou adolescentes que apresentam a transgressão como base estrutural de suas personalidades. Falta-lhes o sentimento essencial para o exercício do altruísmo: a empatia. Esses jovens apresentam traços marcantes de psicopatia, denominado transtorno da conduta, com desejos mórbidos em ver o outro sofrer.
    “Ocorrem duas situações distintas: muitas crianças recebem o diagnóstico errado e são medicadas sem necessidade, enquanto outras que necessitam de tratamento adequado sequer são diagnosticadas “
    EC – Qual o tipo de incidência mais comum nos estabelecimentos privados de ensino? Por quê?Ana Beatriz – Em linhas gerais, se observa a violência física entre meninos, mas isso não significa que seja o mais praticado. É apenas mais visível. Mas todas as formas de violência são executadas: brigas, empurrões, beliscões, roubo de pertences da vítima, xingamentos e apelidos pejorativos, isolamento e exclusão, assédio sexual e as difamações pela internet. O bullying existe em todas as escolas e é praticado de todas as formas. O grande diferencial entre elas é a postura que cada uma tomará frente aos casos de bullying. Por incrível que pareça, os estudos apontam para uma postura mais efetiva contra o bullying entre as escolas públicas, que já contam com uma orientação mais padronizada perante os casos (acionamento dos Conselhos Tutelares, Delegacias da Criança e do Adolescente etc.). Já nas escolas particulares, os casos tendem a ser abafados, uma vez que eles podem representar um “aspecto negativo” na boa imagem da instituição privada de ensino. Admitir que o bullying ocorre em 100% das escolas do mundo todo (públicas ou privadas) é o primeiro passo para o sucesso contra essa prática indecorosa. A boa escola não é aquela onde o bullying não ocorre, mas sim a postura proativa e eficaz que ela tem frente ao problema.
    EC – Em seu livro a senhora cita o caso de Columbine como uma vingança pelo bullying sofrido pelos autores da chacina, um caso extremo. Qual é o padrão de consequências nas escolas que a senhora conhece?Ana Beatriz – As consequências são as mais variadas possíveis e dependem muito de cada indivíduo, da sua estrutura, vivências, predisposição genética, da forma e intensidade das agressões. No entanto, todas as vítimas, sem exceção, sofrem com os ataques de bullying (em maior ou menor proporção). Muitas levarão marcas profundas provenientes das agressões para vida adulta, e necessitarão de apoio psiquiátrico e/ou psicológico para a superação do problema. Os problemas mais comuns que observo em consultório são desinteresse pela escola; problemas psicossomáticos; problemas psíquicos/comportamentais como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros. O bullying também pode agravar problemas preexistentes, devido ao tempo prolongado de estresse que a vítima é submetida. Em casos mais graves, podemos observar quadros de esquizofrenia, homicídio e suicídio. Infelizmente, existem vários exemplos dramáticos descritos no livro Bullying: mentes perigosas nas escolas, que ocorreram também em instituições de ensino brasileiras.
    EC – Onde está a origem do bullying?Ana Beatriz– O bullying escolar sempre existiu e provavelmente sempre existirá, uma vez que o exercício do poder entre pessoas faz parte das relações humanas. A partir das décadas de 70-80, esse comportamento agressivo passou a ser objeto de estudos científicos nos países escandinavos, em função da violência existente entre estudantes e suas consequências no âmbito escolar. No final de 1982, o norte da Noruega foi palco de um acontecimento dramático, onde três crianças com idade entre 10 e 14 anos se suicidaram por terem sofrido maustratos pelos seus colegas de escola. Nessa época, Dan Olweus, pesquisador norueguês, iniciou grandes pesquisas que envolveram alunos de vários níveis escolares, pais e professores, e culminaram em campanhas antibullying em várias partes do mundo.
    EC – Mudando de assunto. Existe atualmente um excesso de patologização dos comportamentos humanos, em específico os infantis, e como resultado disso um excesso de diagnósticos e de medicação para as crianças?Ana Beatriz– Ocorrem duas situações distintas: muitas crianças recebem o diagnóstico errado e são medicadas sem necessidade, enquanto outras que necessitam de tratamento adequado sequer são diagnosticadas. A precocidade da detecção do problema é um grande diferencial para que mantenham uma boa qualidade de vida e exerçam seus talentos. Caso contrário, elas ficarão à mercê de seus transtornos, que irão se agravar e causar prejuízos incalculáveis em todos os setores de sua vida (profissional, acadêmico, familiar, social e afetivo). A psiquiatria juntamente com a neurociência está muito avançada no que tange à identificação de problemas comportamentais/psíquicos e o funcionamento cerebral característico desses transtornos. As pesquisas no campo da farmacologia também estão muito avançadas e disponibilizam uma gama de medicamentos que são eficientes e confortáveis aos pacientes. Em contrapartida, nem todas as crianças que apresentam transtornos comportamentais necessitam de medicação, e sim de tratamento psicológico. Tudo depende da gravidade do problema e se a criança é assistida com especialistas bem preparados.
    EC – Como identificar as crianças que realmente precisam de tratamento e como deve ser a postura de pais e professores tanto para não se omitir diante de problemas reais, quanto para não medicalizar demais os padrões normais?Ana Beatriz – Pais e professores precisam ficar atentos quanto à maneira que cada criança se apresenta. Se ela é distraída demais, agitada em excesso, mais reservada, triste, de poucos amigos, transgressora de regras, com ansiedade excessiva ou medo acima do normal. Mas é muito importante sempre comparar com crianças da mesma faixa etária, se o comportamento diferenciado é persistente e se ocorre em ambientes distintos (em casa e na escola, por exemplo). Professores ao constatar algum problema devem relatar aos pais, de forma tranquila, o que ocorre para que os pais busquem ajuda especializada e tenham a certeza do diagnóstico.
    Livros publica dos :  - Mentes Inquietas – TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade "Publicação revista e ampliada"  - Mentes & Manias  - Sorria, você está sendo filmado (em parceria com o publicitário Eduardo Mello) - Mentes Insaciáveis: anorexia, bulimia e compulsão alimentar  - Mentes com Medo: da compreensão à superação  - Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado  - Bullying: mentes perigosas nas escolas
    Livros publica dos :
    – Mentes Inquietas – TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade “Publicação revista e ampliada”
    – Mentes & Manias
    – Sorria, você está sendo filmado (em parceria com o publicitário Eduardo Mello)
    – Mentes Insaciáveis: anorexia, bulimia e compulsão alimentar
    – Mentes com Medo: da compreensão à superação
    – Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado
    – Bullying: mentes perigosas nas escolas
    Foto: Ana Beatriz Barbosa Silva
    EC – Na questão específica da Ritalina, como a senhora analisa o fenômeno da “droga do bom comportamento” e que consequências pode ter o uso desnecessário em crianças de idade escolar? E no caso de outras drogas?Ana Beatriz – A “droga do bom comportamento” é um grande equívoco. A Ritalina ou metilfenidato (nome do princípio ativo), quando bem administrada por especialistas costuma apresentar ótimos resultados para crianças com transtorno do déficit de atenção (TDAH), pois melhora a concentração dos portadores, e deve ser utilizada para este fim. Além disso, o metilfenidato não é o único medicamento para o tratamento do TDAH, e sim uma das muitas opções que existe. Além disso, nem todos os pacientes se adaptam a essa medicação. Já as crianças que não tem déficit de atenção, mas que por algum motivo a Ritalina foi prescrita, podem apresentar efeitos colaterais diversos como insônia, irritabilidade, entre outros, além de não trazer benefício algum.
    EC – Quais são os transtornos mais comuns em crianças em idade escolar e como identificá-los? Como o professor, pais e a escola podem exercer um papel proativo nesses casos e que cautelas tomar?Ana Beatriz – O transtorno comportamental mais comum em crianças é o TDAH (transtorno do déficit de atenção), tema do livro de minha autoria Mentes Inquietas. Ele se manifesta na infância e se estende para a vida adulta. Estudos revelam que 3 a 7% das crianças em idade escolar são portadoras do TDAH, e que em cada sala de aula existe pelo menos um aluno com o transtorno. O TDAH é um transtorno neurobiológico caracterizado por três sintomas básicos: desatenção (instabilidade de atenção), impulsividade e hiperatividade (inquietação). Muitas crianças e adolescentes apresentam desatenção, inquietude e impulsividade, faz parte da idade. No entanto, algumas delas têm essas características em um grau muito mais elevado que o observado em seus pares da mesma idade. Podemos dizer, então, que essas crianças ou adolescentes são portadoras de TDAH. Trata-se de uma diferença comportamental de aspecto quantitativo e não qualitativo. Professores, ao observar sintomas característicos em algum aluno, devem informar os pais para que procurem especialistas. Ao se certificarem do diagnóstico, o tratamento adequado deve ser iniciado para que não haja prejuízos futuros.
     *”A dra. Ana Beatriz Barbosa Silva é médica graduada pela UERJ com pós-graduação em Psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professora Honoris Causa pela UniFMU (SP), presidente da AEDDA – Associação dos Estudos do Distúrbio do Déficit de Atenção (SP), diretora técnica das clínicas Medicina do Comportamento do Rio de Janeiro e em São Paulo, onde faz atendimento aos pacientes e supervisão dos profissionais de sua equipe. Como escritora, realiza palestras, conferências, consultorias, além de ser fonte recorrente dos veículos de comunicação sobre variados temas do comportamento humano.