Rainan Nogueira, de 8 anos, ficou mais de um ano sem cortar o cabelo.
Garoto só foi cortar cabelo depois de 1 anos e 2 meses de espera (Foto: Arquivo Pessoal/ Laiza Ferraz)
Com o objetivo de doar o cabelo para crianças internadas do Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (Gpaci) de Sorocaba (SP), Rainan Nogueira, de 8 anos, decidiu deixar o cabelo crescer e não cortá-lo por 1 ano e 2 meses. Além das dificuldades em cuidar do cabelo comprido, o garoto de Itapetininga (SP) relatou, em entrevista ao G1, que precisou superar principalmente o bullying dos colegas da escola.
Rainan estava sem cortar o cabelo desde maio de 2015 e, no dia 15 de julho deste ano, decidiu cortar as mechas em um salão da cidade onde mora acompanhado de uma tia avó e da mãe dele, a educadora Laiza Ferraz. Para Laiza, a ação do filho é motivo de emoção para ela, o marido e o outro filho, de 15 anos.
“Ele mesmo teve a ideia de doar depois de ver um comercial que mostrava uma criança careca e com câncer recebendo uma peruca doada. Para a família toda é um orgulho", diz a mãe.Ainda segundo a mãe de Rainan, as 15 mechas de cabelo para a confecção de uma peruca já foram separadas e a família deve entrar em contato com o hospital segunda-feira (25). “Vamos entregar o cabelo no hospital e ver se é possível conhecermos quem receberá essa peruca. Se não for, vamos querer conhecer como é feito o trabalho deles. Além disso, se precisar de mais mechas eu também corto o próprio cabelo para doar”, afirma.
Bullying
Rainan conta que teve de ser forte para conseguir concluir sua missão. Isso porque muitos colegas de escola começaram a provocar o garoto em ações de bullying. “Me chamavam de menina por causa do cabelo comprido e tiraram muito sarro de mim. Mas pararam depois que minha mãe conversou na escola. Porém, eu não desisti de ajudar alguém por conta disso e não pensei em cortar antes não. Quero muito ajudar as pessoas e essa foi a primeira de muitas vezes que vou doar meu cabelo”, conta.
Rainan conta que teve de ser forte para conseguir concluir sua missão. Isso porque muitos colegas de escola começaram a provocar o garoto em ações de bullying. “Me chamavam de menina por causa do cabelo comprido e tiraram muito sarro de mim. Mas pararam depois que minha mãe conversou na escola. Porém, eu não desisti de ajudar alguém por conta disso e não pensei em cortar antes não. Quero muito ajudar as pessoas e essa foi a primeira de muitas vezes que vou doar meu cabelo”, conta.
Laiza relata que a atitude do filho foi muito nobre. "Principalmente porque ele teve a ideia e cumpriu mesmo tendo sido difícil ao virar alvo de sarro. Ele até já chegou em casa chorando no começo deste ano, mas depois de uma reunião, conversei com os outros pais e então pararam”, afirma.
Agora com o cabelo raspado, Rainan se recorda das dificuldades que teve ao deixar o cabelo comprido e ressalta que valeu a pena superá-las. “A franja ficava indo no olho durante a aula, minha mãe queria pentear todos os dias e minha cabeça ficava dolorida. Confesso que não é muito legal. Mas quero deixar o cabelo grande de novo e cortar só ano que vem para doar de novo e ajudar quem precisa”, finaliza.
Fonte: G1
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