A onda de violência que assombra o país e o mundo, como o caso dos massacres no Realengo e o semelhante ocorrido em um shopping na Holanda, podem estar relacionados – em parte – com a popularização da internet.
Mas esta ferramenta não pode ser culpada se na maioria das vezes seu uso é benéfico para seus usuários.
Os autores destes crimes necessitam de uma audiência que apenas a web pode oferecer para se multiplicarem.
Quem comete tais brutalidades precisa ser herói e exemplo para outros que pensam da mesma forma e que, então, decidem seguir o mesmo caminho.
Precisamos compreender, e aceitar, que algumas pessoas simplesmente gostam e ficam felizes ao ver estes casos já citados.
É duro, mas é importante entendermos como surgem tais ações e não apenas as suas motivações.
Se analisarmos todos os casos de massacres ocorridos recentemente em vários pontos do mundo, será possível observar que cada um deles, sem exceção, estava na web antes de acontecer.
Em textos, áudios ou vídeos.
Enquanto alguns países colocam em prática leis rígidas para a internet, o Brasil ainda caminha vagarosamente neste sentido e procura um horizonte para encontrar o seu caminho.
O país precisa compreender que a construção de legislação específica para a internet é fundamental, onde seus usuários responderiam judicialmente por seus atos.
O monitoramento da web, sem confundir com censura, por órgão dedicado exclusivamente para a internet é importante para evitarmos a ação de anônimos corajosos em busca da fama por crimes como cyberbullying – bullying cometido na web – e atos de racismo étnico, racial, religioso ou sexual tão comuns na rede.
Fora da web é rotina presenciarmos casos de desrespeito ao próximo em bancos, ônibus, pontos culturais, praças e outros espaços públicos.
Pois na internet não poderia ser diferente.
A diferença é que nas ruas estas pessoas são facilmente identificadas, enquanto que na rede acabam camufladas pela falta de fiscalização.
O Brasil precisa estudar soluções para evitar que estes crimes virtuais acabem transpondo a internet para participar do nosso cotidiano.
Resta saber se o país conseguirá, com leis que são desrespeitadas, criar artifícios eficazes para a web.
*Wellington Johann é Jornalista e pós-graduando em Jornalismo Digital
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