Menina de 6 anos tem sido alvo de comentários cruéis na escola.
Por Liliana Rodrigues
O menino que há dez dias baleou na cabeça Rúben Ralha, de 9 anos, continua sem ir às aulas. Por precaução, a criança, de 12 anos, está a ser mantida em casa, protegida pelos pais – que ainda não foram trabalhar – e pelos familiares mais próximos. Mas tem sido a irmã mais nova de Paulinho, de apenas seis anos, o alvo de comentários cruéis por parte das crianças do estabelecimento de ensino que frequenta. Rúben Ralha mantinha-se este domingo internado em estado crítico, a lutar pela vida, na unidade de Cuidados Intensivos de Pediatria do Hospital de S. João, no Porto, para onde foi transferido horas depois de ter sido baleado na cabeça quando brincava aos polícias e ladrões em casa do tio, em S. Paio de Merelim, Braga. As armas que usaram são verdadeiras e o revólver estava carregado. O dono da arma e tio do menino já foi constituído arguido por posse ilegal de arma, já que o revólver não estava legalizado. A irmã de Paulinho tem sido a única a manter alguma normalidade na rotina diária, desde o fatídico dia em que uma brincadeira de crianças acabou da pior forma e deixou em choque a população de Merelim.
"Há meninos que lhe dizem que se o Rúben morrer, o irmão dela também vai morrer. Alguns passam por ela e fazem gestos com as mãos simulando ser uma arma a disparar. Tem passado um mau bocado a menina", contou ao CM uma encarregada de educação, revoltada com o caso. A família tem recorrido a apoio de especialistas para tentar ultrapassar esta situação. Também os tios de Rúben Ralha, proprietários da arma usada, estão a ser apoiados pela família.
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