sexta-feira, 23 de março de 2012

Otoplastia pode evitar bullying

A cirurgia é simples e pode evitar que crianças com orelhas de abano passem por constrangimentos  


A prática do bullying entre crianças na idade escolar pode ser ainda mais intensa se a vítima tiver alguma característica diferente, como as orelhas de abano. A otoplastia, cirurgia de correção das  orelhas, é indicada para elevar a autoestima de crianças e adultos que enfrentam traumas, discriminação e constrangimento relacionados a esse característica física.

“Essa cirurgia é um procedimento meramente estético, não afeta em nada na audição da criança, mas pode influenciar no seu desenvolvimento de maneita positiva”, explica  o cirurgião Mauro André Arguello, da Della Clínica.

Para Arguello, o trauma do bullying, adquirido na infância, pode marcar a vida adulta, ocasionando problemas de comportamento e convívio social. “O procedimento pode ser feito a partir dos sete anos, quando a cartilagem da orelha já está toda formada, mas não é urgente. Cabe aos pais anteciparem ao máximo a operação ou esperar que a criança demonstre essa vontade, seja por ter sofrido bullying ou não.”

Para o especialista, a cirurgia é simples, segura, tem resultados positivos e não deixa cicatrizes perceptíveis. Porém, é uma decisão que deve ser tomada com muito cuidado. “Aos sete anos a criança não tem discernimento para saber se precisa ou não mudar sua aparência. Se não houver uma avaliação psicológica, ela pode adquirir a ideia errada de que a aparência física é essencial na vida social”, diz a psicóloga Adriana Pereira. 

A psicóloga lembra que a ideia de que o bullying vai acabar após a cirurgia é errada. “O bullying vai além de uma característica física, é algo pessoal. Além disso, qualquer outra característica física pode resultar em piadas e brincadeiras. A criança vai mudar a orelha, mas se tiver um cabelo diferente ou se for gordinha ou muito magra, vai continuar sendo alvo de brincadeiras. É preciso que ela saiba lidar com isso de maneira saudável”, completa.

Fonte: Rede Bom Dia

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