Adolescentes relatam as agressões que sofrem no ambiente escolar |
Um em cada três adolescentes, com idade entre
12 e 14 anos, já foi vítima de bullying. É isso o que aponta uma
pesquisa realizada pela Secretaria de Juventude de São José dos Campos.
Dentre 800 jovens ouvidos, 33% disseram ter sofrido este tipo de
violência e 24% afirmaram já terem sido vítimas pelo menos uma vez.
“Eles xingam qualquer pessoa e escolhem, principalmente, aqueles que mais se sentem mal com isso”, relata uma estudante. “Nós não podemos fazer para eles o que fazem com a gente. Tentamos não fazer nada para dar bom exemplo, mas eles provocam muito. É difícil aguentar”.
Algumas escolas da cidade promovem atividades para minimizar este problema. O projeto se chama Justiça Restaurativa, e a proposta é que todos possam expor o que estão sentindo.
“As pessoas podem se manifestar e cada um conta o problema se quiser”, explica a diretora de escola, Mônica Delgado. “Reunimos tanto quem sofre o bullying como quem pratica. A ideia é restabelecer e restaurar as relações”.
No ambiente escolar, conflitos já são esperados. Alguns casos, entretanto, são mais difíceis de serem tratados. Nesta semana, a família de um estudante da escola Ruth Nunes, do Parque Interlagos, zona sul de São José, procurou a TV Vanguarda para contar o caso de um aluno do 7º ano.
Ele estava recebendo provocações de um colega mais velho. As ameaças, entretanto, viraram agressões físicas depois de um tempo.
“Ele agarrou meu pescoço, jogou minha cabeça na parede e começou a me dar socos e pontapés”, conta a vítima. “Ele chegou até pegar um compasso para furar o olho de um menino”.
A mãe conta que desde o início do ano estava recebendo as reclamações do filho e, por isso, procurou a direção da escola. Porém, nada foi feito. Depois que o menino foi agredido, veio a decisão de levar o caso adiante.
“Falaram que a única coisa possível de ser feita era pedir a transferência do meu filho. Mas eu não acho justo isto”, diz a mãe. “Depois que agrediram ele, fui no Conselho Tutelar e fiz um boletim de ocorrência contra o agressor”.
O garoto continua na escola, mas se sente inseguro no local. O medo é que novas agressões aconteçam.
A secretaria municipal de educação de São José dos Campos disse, em nota, já ter tomado cuidados e providências com relação ao assunto. A nota diz ainda que os alunos já foram orientados e que os responsáveis pelos envolvidos foram convocados para reuniões. Além disso, o conselho tutelar foi acionado.
Como lidar com o bullying
Mesmo com essas medidas, o bullying continua sendo um desafio para os pais, professores e diretores de escola. Para a psicóloga Keila Saito, o importante nestes casos é trabalhar a autoestima dos adolescentes que são vítimas deste tipo de agressão.
“O prazer de quem pratica o bullying é ver o sofrimento da vítima”, esclarece a profissional. “Quando a criança tem uma autoestima elevada, esses xingamentos não surtirão efeito. Com isso, esse ciclo se encerra”.
A psicóloga ainda ressalta que o agressor também precisa de tratamento. Afinal, ele escolhe as vítimas que julga serem inferiores a ele.
“Quando o adolescente chega ao estágio de agredir um colega, é porque ele se sente muito poderoso. Ele sente que pode fazer isso porque não acontecerá absolutamente nada. A sensação de impunidade é o que gera isso.”
“Eles xingam qualquer pessoa e escolhem, principalmente, aqueles que mais se sentem mal com isso”, relata uma estudante. “Nós não podemos fazer para eles o que fazem com a gente. Tentamos não fazer nada para dar bom exemplo, mas eles provocam muito. É difícil aguentar”.
Algumas escolas da cidade promovem atividades para minimizar este problema. O projeto se chama Justiça Restaurativa, e a proposta é que todos possam expor o que estão sentindo.
“As pessoas podem se manifestar e cada um conta o problema se quiser”, explica a diretora de escola, Mônica Delgado. “Reunimos tanto quem sofre o bullying como quem pratica. A ideia é restabelecer e restaurar as relações”.
No ambiente escolar, conflitos já são esperados. Alguns casos, entretanto, são mais difíceis de serem tratados. Nesta semana, a família de um estudante da escola Ruth Nunes, do Parque Interlagos, zona sul de São José, procurou a TV Vanguarda para contar o caso de um aluno do 7º ano.
Ele estava recebendo provocações de um colega mais velho. As ameaças, entretanto, viraram agressões físicas depois de um tempo.
“Ele agarrou meu pescoço, jogou minha cabeça na parede e começou a me dar socos e pontapés”, conta a vítima. “Ele chegou até pegar um compasso para furar o olho de um menino”.
A mãe conta que desde o início do ano estava recebendo as reclamações do filho e, por isso, procurou a direção da escola. Porém, nada foi feito. Depois que o menino foi agredido, veio a decisão de levar o caso adiante.
“Falaram que a única coisa possível de ser feita era pedir a transferência do meu filho. Mas eu não acho justo isto”, diz a mãe. “Depois que agrediram ele, fui no Conselho Tutelar e fiz um boletim de ocorrência contra o agressor”.
O garoto continua na escola, mas se sente inseguro no local. O medo é que novas agressões aconteçam.
A secretaria municipal de educação de São José dos Campos disse, em nota, já ter tomado cuidados e providências com relação ao assunto. A nota diz ainda que os alunos já foram orientados e que os responsáveis pelos envolvidos foram convocados para reuniões. Além disso, o conselho tutelar foi acionado.
Como lidar com o bullying
Mesmo com essas medidas, o bullying continua sendo um desafio para os pais, professores e diretores de escola. Para a psicóloga Keila Saito, o importante nestes casos é trabalhar a autoestima dos adolescentes que são vítimas deste tipo de agressão.
“O prazer de quem pratica o bullying é ver o sofrimento da vítima”, esclarece a profissional. “Quando a criança tem uma autoestima elevada, esses xingamentos não surtirão efeito. Com isso, esse ciclo se encerra”.
A psicóloga ainda ressalta que o agressor também precisa de tratamento. Afinal, ele escolhe as vítimas que julga serem inferiores a ele.
“Quando o adolescente chega ao estágio de agredir um colega, é porque ele se sente muito poderoso. Ele sente que pode fazer isso porque não acontecerá absolutamente nada. A sensação de impunidade é o que gera isso.”
Fonte: VNews
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