Profissionais das áreas de saúde, psicologia, educação e segurança debateram as práticas, analisando suas causas e conseqüências.
A reunião aconteceu na terça-feira, dia 06, às 19h, no plenário, reunindo profissionais das áreas de saúde, psicologia, educação e segurança. A iniciativa é da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, uma das oito comissões permanentes do Legislativo. O vereador Luiz Carlos Schenlrte (foto) preside a Comissão, que também é integrada por Carmen Ries e Raul Cassel.
Luiz Carlos Schenlrte abriu o debate falando sobre o crack, que definiu como “droga devastadora”, afirmando que o baixo custo do crack e a rápida dependência que provoca entre os usuários são os responsáveis pela sua disseminação. Também falou sobre o bullying, que na sua avaliação ultrapassou a fronteira das escolas. Para ele, é preciso incentivar o respeito entre as pessoas.
Rosângela Scurssel explicou que “o crack é uma conseqüência e tem causas específicas. Ele não vem sozinho. Acompanha o cigarro e o álcool, que são drogas lícitas”. Para ela, “o núcleo em que vive a criança e o jovem tem que dar o exemplo. Quando a criança vê que isso é um hábito na sua casa, ela acha que também pode usar a droga da sua preferência”.
As drogas na visão da polícia
Roberto Leite Pimentel, delegado de Polícia, é diretor da Divisão de Prevenção e Educação do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico. Ele propiciou aos participantes uma visão geral da drogadição, sob o aspecto policial.
Disse ao plenário que para a Organização das Nações Unidas – ONU, o narcotráfico é um mercado que movimenta mais recursos financeiros do que qualquer outra atividade humana, superando o armamento, o petróleo e a alimentação humana. “É um mercado riquíssimo, organizado e nenhum país tem conseguido dar uma resposta à altura para combatê-lo”, explicou.
No Rio Grande do Sul, segundo Pimentel, estima-se em 55 mil o número de dependentes de crack. No Brasil, esse número chega a um milhão. “As escolas são os locais mais vulneráveis e a ausência do Estado e do Município expõem ainda mais a situação de calamidade enfrentada pela sociedade”, mencionou o delegado.
Bullying escolar
Bullying é o conjunto de atitudes agressivas intencionais, repetidas e sem razão aparente, cometidas contra um aluno ou grupo de alunos. Em Novo Hamburgo, o vereador Raul Cassel apresentou projeto sobre isso, que está consagrado na Lei Municipal 2105/2010. A norma recomenda que instituições de ensino públicas e particulares incluam em seu projeto pedagógico medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying escolar.
A psicóloga Luiza de Lima Braga disse que as crianças agressoras são aquelas que, possivelmente, sofrem algum tipo de opressão dentro de casa e que se tornam o espelho dos atos praticados pelos pais. As vítimas, explicou, são crianças com características diferentes das demais – podem ser magras, gordas, altas, baixas ou tímidas. As atitudes agressivas acontecem com maior freqüência no recreio e nas aulas de educação física.
O sintoma, segundo Luiza, é o isolamento da vítima, que prefere ficar na sala de aula e não interagir com os demais colegas. Já as crianças agressoras, continuou a psicóloga, são as que mais se envolvem em atos como fumar, beber e dirigir alcoolizado.
Fonte: Informações de Assessoria de Imprensa Câmara NH
Da Redação redacao@novohamburgo.org
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