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Crime contra menino deficiente de 11 anos ocorreu na Escola Estadual Salim Felício
Quatro adolescentes entre 13 e 14 anos torturaram, amarram e espancaram um menino de apenas 11 anos, deficiente auditivo, dentro da Escola Estadual Salim Felício, localizada no bairro Parque Cuiabá, na Capital, na manhã desta segunda (26). As agressões só pararam porque o diretor da unidade flagrou o espancamento e interferiu.
Ele também chamou a Polícia Militar e os pais do menino agredido. Aos policiais, o diretor explicou que os quatro agressores levaram a criança para dentro do banheiro. Lá, o amarraram e deram-lhe socos e pontapés, depois de terem enfiado a cabeça do menino em um vaso sanitário.
Surda-muda, a criança se comunica por sinais e por eles indicou aos policiais os quatro rapazes que o atacaram e torturaram. Todos eles foram encaminhados à Central de Flagrantes do bairro Planalto juntamente com os pais. Vão responder por ato infracional de tortura e lesão corporal.
A secretaria estadual de Educação e Lazer (Seduc) condena o ocorrido por meio da assessoria, e classifica o ato como “caso de polícia”. Também apoia a atitude do diretor em, além de interromper a sessão de tortura, chamar a Polícia Militar e o Conselho Tutelar para cuidar do caso.
Ressalta ainda que a pasta promove rotineiramente campanhas e palestras nas escolas para prevenir e conscientizar as pessoas quanto à gravidade do bullying, sempre em parceria com a secretaria de Segurança Pública (Sesp).
Outro caso
Este é o segundo caso de violência contra crianças especiais em menos de 15 dias. Recentemente, a mãe de um menino de oito anos, deficiente mental, denunciou um estupro cometido contra ele por outros meninos da escola estadual onde estuda, em Juína (a 735 km de Cuiabá). A mãe só ficou sabendo do crime porque o Conselho Tutelar da cidade a cientificou disso, após denúncia anônima.
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