Estudo aponta que as crianças vítimas de agressão verbal, moral ou física têm o dobro do risco de manifestar o sintoma
Você já deve ter ouvido do pediatra: é importante prestar atenção no comportamento do seu filho em casa. Isso porque são nas conversas do dia a dia que a criança pode dar sinais de que está passando por algum problema. Se ela estiver irritada, agitada ou agressiva, buscando ficar sempre sozinha, fique atento. Sintomas como medo ou pânico de ir para a escola e até enurese (xixi na cama) podem significar que ela está sofrendo bullying.
Uma nova pesquisa da Universidade de Pádua, na Itália, reforça que os sinais físicos estão associados ao problema. Os mais comuns, segundo os cientistas, são dores de cabeça e de estômago, dificuldades de respiração, enjoo e tontura. De acordo com o estudo, as crianças que sofrem bullying têm o dobro do risco de manifestarem esses sintomas. Para chegar a essa conclusão, avaliaram trinta outras pesquisas e observaram as informações de 220.000 crianças, de 14 países diferentes.
É claro que uma dor de cabeça não necessariamente significa que seu filho esteja sofrendo bullying. Encare os sintomas listados acima como alertas e passe a ficar mais atento caso sejam recorrentes. Também procure sinais físicos, como hematomas, feridas, dores ou marcas pelo corpo. Mais uma vez: um machucado não é motivo para desespero. Pode ser resultado de uma disputa por brinquedo ou de uma queda no parque.
O importante é que, diante dos sintomas listados, você converse abertamente com a criança. Pergunte a ela se está tudo bem na escola e como se relaciona com os amigos. Pode ser que ela tente omitir o bullying, então preste atenção se o comportamento atípico vai se repetir. Caso você descubra que o seu filho está sendo agredido na escola, converse com os educadores e cobre um trabalho de conscientização dos alunos. Cabe à equipe pedagógica acompanhar de perto o que está acontecendo com a criança no ambiente escolar. E, principalmente, mostre ao seu filho o quanto ele é amado: melhorar a autoestima da vítima é essencial.
Fonte: Revista Crescer
Nenhum comentário:
Postar um comentário