A Delegação da Fundação da Juventude na Madeira realizou ontem uma campanha de sensibilização sobre o bullying, dirigida a alunos da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco.
A acção decorreu nas instalações do Centro Comunitário de São Martinho, no Centro de Segurança Social da Madeira, na Nazaré. Sara André, directora regional da Fundação, disse que esta foi a primeira de uma série de iniciativas do género que a Fundação pretende desenvolver junto de escolas da Região. Intenção que está ainda dependente da candidatura ao Programa Juventude que a Fundação vai apresentar, visto que este ano já não havia verbas para este fim.
A iniciativa de ontem decorreu de uma parceria entre a Fundação e o Centro Comunitário, disse Sara André.
«A Fundação tem como objectivo trabalhar com jovens e a sua reinserção na vida activa, sendo a componente da formação muito importante», adiantou a directora regional da referida instituição. Sará André acrescentou que, sendo o bullying uma questão actual, «é uma problemática que importa a todos combater». A escolha da Escola Gonçalves Zarco ficou a dever-se ao facto de ser o estabelecimento escolar onde estudam muitos dos alunos residentes em São Martinho, explicou Sara André. Conforme acrescentou, este é um projecto feito de jovens para jovens. Os que lá estavam ontem recebem formação nesta área e, depois, transmitem-na aos colegas. Sara André esclareceu que estas acções não se devem ao facto de ter havido um aumento da violência escolar, mas da percepção de novas formas de bullying, como é o caso de alunos que filmam colegas e colocam esses vídeos na internet, para os humilhar. Situação que, como disse, não podemos permitir. Incutir respeito e auto-estima são alguns dos objectivos desta formação, que inclui a família e a comunidade educativa. Por seu turno, Rui Caetano, director da Escola Gonçalves Zarco, disse que este tipo de acção é importante e que se insere no plano da escola em combater a indisciplina e a violência. Admitindo haver alguns casos pontuais de bullying, Rui Caetano disse que não é por isso que o fenómeno deve ser desvalorizado. Outro dos projectos que a escola pensa desenvolver nesta área é envolver os pais dos alunos, docentes e funcionários da escola.
Fonte: Jornal Madeira de Portugal |
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