Mãe acusa escola municipal de Taubaté de ser omissa e afiram que pretende processar responsáveis
"Mãe luta pelo filho enquanto tiver
forças e é isso que vou fazer pela minha filha". As palavras são da dona
de casa Lisandra Moreira de Jezus, 34 anos, mãe da jovem de 14 anos que
teve que pagar castigo físico por ter ido à escola após o feriado de 1º
de maio, em Taubaté.
A mãe acusa a escola de
omissão, diz que a filha está sofrendo com a gozação dos colegas e, por
esses motivos, pretende processar os responsáveis na Justiça.
O
problema ocorreu um dia após o feriado, poucos estudantes foram à
Escola Municipal Professor Ernani Giannico, na Vila Olimpia. Na turma
do 9º ano, apenas a jovem J.G.M.J, de 14 anos, e mais uma amiga ficaram
para a aula de português.
CASTIGO
A estudante conta que a professora, irritada, chamou as duas de 'trouxas' e ordenou que fizessem 20 flexões, 20 abdominais, 20 pulinhos de galos (pequenos saltos com as pernas flexionadas) e 40 polichinelos. "Ela falou assim: 'Isso é para vocês largarem mão de ser 'trouxas' de virem na escola no feriado. Se alguém vier nos próximos feriados eu vou começar a dar falta'”, conta a estudante.
A estudante conta que a professora, irritada, chamou as duas de 'trouxas' e ordenou que fizessem 20 flexões, 20 abdominais, 20 pulinhos de galos (pequenos saltos com as pernas flexionadas) e 40 polichinelos. "Ela falou assim: 'Isso é para vocês largarem mão de ser 'trouxas' de virem na escola no feriado. Se alguém vier nos próximos feriados eu vou começar a dar falta'”, conta a estudante.
A
menina relata que a professora tentou piorar ainda mais o castigo.
“Primeiro ela pediu pra gente tirar a blusa e depois falou duas vezes
que era para fazer os exercícios físicos. Para ficar mais difícil, ela
ainda segurou a minha perna", disse.
A amiga de J. e sua mãe não quiseram falar sobre o assunto como BOM DIA.
Boa aluna
O boletim escolar de J. mostra que ela é uma boa aluna. Além das notas estarem acima da média, a jovem se prepara para fazer a prova do Colégio Embraer, de São José, e sonha em ser médica.
O boletim escolar de J. mostra que ela é uma boa aluna. Além das notas estarem acima da média, a jovem se prepara para fazer a prova do Colégio Embraer, de São José, e sonha em ser médica.
Porém
agora está com medo e vergonha de continuar frequentando as aulas. "Na
hora que a professora mandou a gente pagar castigo eu me senti muito
humilhada.
Ainda me sinto, é difícil levantar todos os dias e
ter que ir para escola, sempre quando passo por alguém, vejo gente
cochichando e tirando sarro de mim", disse.
E o
pior é que ela passou a ser vítima de bullying. “Os alunos da 7ª série
chegaram a me chamar de 'cadelinha' por causa de um exercício que tive
que fazer. Estou sendo humilhada. Os funcionários sabem, mas não fazem
nada para me ajudar", disse a jovem.
Os pais já encaminharam uma queixa formal à escola e à Diretoria de Ensino e Cultura.
A
mãe chegou a gravar uma conversa com a professora. "Está tudo gravado,
ela confessou que mandou as meninas fazerem os exercícios e ainda disse
que o que estava falando não era grave.”
Professora
pediu licença médica após denúncia O secretário de Educação de Taubaté,
Carlos Roberto Rodrigues, disse que na mesma semana do ocorrido, a
professora tirou licença médica de 20 dias. Após esse prazo, ela será
oficialmente afastada.
"Vamos investigar o
motivo de uma professora de português aplicar 'castigo' e obrigar a
exercer atividades designadas a professores de educação física. Ela
deveria estar na sala. Vamos ouvir as alunas, a professora e outros
funcionários para saber o que realmente aconteceu", disse o secretário.
Uma
sindicância foi aberta para apurar o caso. Em um mês, se comprovado o
erro da professora de português, ela poderá ser advertida ou sofrer
punições como suspensão ou demissão. "Não há explicação lógica, uma
atitude pedagógica que
justifique um ato desse", disse Rodrigues.
A professora não foi localizada para comentar o caso.
Fonte: Diário de São Paulo
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