quarta-feira, 9 de maio de 2012

Bullying é objeto de pesquisa nas escolas estaduais de MS


A maior pesquisa já realizada no Brasil sobre bullying e violência nas escolas e em seu entorno começou a ser respondida por professores e alunos das escolas estaduais do Estado. Ao todo, aproximadamente 150 mil pessoas participam desta coleta de dados realizada entre o Núcleo de Pesquisa e Núcleo de Projetos Educacionais da Editora Alvorada e Programa Escola de Conselhos – PREAE/UFMS.

É a primeira vez que o Estado realiza um projeto com tamanha dimensão de amostra e só está sendo possível graças ao “Projeto Tosco em Ação”, desenvolvido desde 2009, através do livro “Tosco”, escrito pelo psicólogo Gilberto Mattje.

De acordo com a coordenadora do núcleo de pesquisa da Editora Alvorada, Fernanda Pimentel F. de Miranda, as informações obtidas com esta pesquisa será a maior amostra no Estado e no País, devido ao tamanho, número de pessoas envolvidas e a tecnologia aplicada. “Queremos compreender a ótica dos professores e alunos sobre este fenômeno dentro e fora das escolas. Este trabalho é pioneiro no Brasil em relação ao tamanho da amostra e complexidade da análise e variáveis envolvidas”, afirmou Fernanda Miranda.

Ela explica ainda que a pesquisa está organizada em dois momentos: a primeira, para ampliar a compreensão do contexto de violência presente na escola e em seus arredores, construindo indicadores que possam subsidiar novas formas de intervenção sobre essa problemática; e posteriormente, avaliar o aproveitamento do projeto nas escolas onde foi utilizado, no intuito de identificar seus impactos, alcances e limites para lidar com a violência no contexto escolar.

Utilizando as facilidades da tecnologia, a coleta dos dados é feita pela internet. Os questionários são acessados e respondidos online pelos professores e alunos que participam do Projeto Tosco em Ação. Além disso, é importante frisar que para chegar até este momento do envio da pesquisa, o projeto realizado nas escolas Estaduais de Mato Grosso do Sul passou por várias etapas. Primeiro foi realizada uma testagem piloto em três escolas regulares e em todas as escolas das Unidades de Internação e Semiliberdade do Estado, seguida da preparação do programa, capacitação dos coordenadores de Língua Portuguesa de cada escola (cerca 350), implementação do projeto com adequação à realidade local, e atualmente, o acompanhamento e suporte das atividades desenvolvidas nas escolas.

Dados parciais da pesquisa

Como o levantamento iniciou recentemente, até o último domingo, dia seis de maio, foram contabilizados mais de sete mil questionários respondidos, entre professores e alunos. Os primeiros dados apontam que 40% dos adolescentes relatam ter presenciado ou vivenciado algum tipo de agressão física, verbal ou psicológica no bairro ou comunidade onde moram.

Entre os quase três mil adolescentes que sofreram ou presenciaram violência no local onde moram, as situações de violência ocorrem com maior frequência na rua (58%), escola (18%), outros locais da comunidade ou vizinhança (13%), em casa (6%), e na balada (5%).

A pesquisadora responsável pela supervisão da pesquisa, professora/Doutora da Escola de Conselhos, Maria de Lourdes Jeffery Contini, reforçou ainda que mesmo acostumados em trabalhar com pesquisas, o alcance deste projeto realmente é grande. “Este amplo panorama pode revelar dados importantes para entender melhor o porquê de algumas questões sobre este fenômeno chamado bullying e violência nas escolas”, finalizou. A previsão é de que pelo menos 40 mil questionários sejam respondidos e que os relatórios primários da amostragem final, sejam divulgados a partir de julho deste ano no site do projeto: www.editoraalvorada.com.br/livrotosco .

Serviço: Projeto já tem mais de 3.500 seguidores na Fan Page: www.facebook.com.br/livrotosco. Diariamente professores e alunos postam suas atividades e compartilham experiências.


Fonte: MS Notícia

Nenhum comentário:

Postar um comentário