terça-feira, 15 de maio de 2012

Bullying também pode começar em casa


Mães também podem cometer bullying
Foto/TV Globo

Meiga, sensível, inteligente e com talento para culinária, essas são as qualidades da personagem Ágata, da novela Avenida Brasil. Porém, devido aos maus tratos que sofre da mãe, a vilã Carminha, a menina se tornou insegura, desajeitada e com baixa autoestima.

A relação entre mães e filhas nem sempre é fácil como se imagina. Embora as mulheres tenham muitas coisas em comum e as filhas sejam ótimas companheiras para algumas atividades, a semelhança entre as personalidades femininas e a competitividade natural entre as mulheres, pode gerar conflitos.

A questão é que a mãe, por ser mais velha, deve ter maturidade para ter uma relação saudável, sabendo admirar e valorizar as qualidades das filhas e não o contrário, como o que acontece na novela. Na internet, a opinião pública é unânime ao condenar a personagem da mãe pela atitude com a filha, esquecendo que a personagem da ficção é uma vilã.

Segundo a psicóloga Cybele Micai, relações desse tipo são muito prejudiciais ao emocional das crianças, que são rejeitadas e ridicularizadas pela figura que deveria acolher e proteger, a mãe. O resultado, se sentem constantemente inadequadas para o mundo, tornando-se solitárias e desprotegidas.

"A rebeldia, irritação, agressividade, e em alguns casos, a promiscuidade e delinquência, se tornam consequências dessa educação. Pra que não se sinta rejeitada, a menina cria uma imagem ruim de si, para evitar que as pessoas a amem, porque ela pode se apegar e depois sofrer a perda. Para evitar essa frustração a pessoa se torna anti-social", complementa a especialista.

No futuro, ao ser mãe, a menina pode querer reverter a história e se tornar protetora e amável ou pode ser difícil ela entrar em contato com essa emoção, repetindo o mesmo comportamento com seus filhos. "Acompanhamento profissional é imprescindível nesse caso, terapêutico e medicamentoso, para que ela se liberte das angústias e se fortaleça diante do convívio social e aceite a si mesmo. Em agluns casos, quando descoberto cedo, é necessário separar essa criança da mãe, para que seja menos prejudicial."

Fonte: Terra

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