Proposta visa combater a violência e é discutida com o comando da Polícia Militar
A presença de policiais militares nas
portas das escolas estaduais é uma das propostas da Secretaria da
Educação do Estado de São Paulo para tentar diminuir os casos de
violência que já viraram rotina nas unidades educacionais.
O
anúncio foi feito ontem em Bauru pelo secretário estadual Herman
Voorwald. Ele participou de encontros com prefeitos, diretores,
professores e supervisores de 75 cidades da região. Apresentou o plano
educacional de sua gestão e ouviu pedidos de prefeitos divididos em
grupos para as conversas no Obeid Plaza Hotel.
Além dos policiais, defendeu a presença do Ministério Público nas escolas e maior envolvimento da sociedade.
“São
ações que vão minimizar, mas não resolver o problema”, disse. Ele
admitiu que o ensino público ainda não está preparado para lidar com o
assunto e que a violência está espalhada pelo estado.
Contou,
por exemplo, que equipamentos como extintores de incêndio e câmeras de
filmagem são furtados logo após serem instalados nas unidades.
Na
avaliação dele, a violência escolar é consequência da universalização
do ensino, que considera uma medida correta, mas que provoca situações
ainda difíceis.
“Hoje toda a sociedade está na
escola. Ou seja, todos os problemas da sociedade estão na escola”,
afirmou. “A sociedade tem violência e as escolas abriram as portas.
Precisamos aprender a lider com isso”.
O
secretário insistiu na parceria com pais de alunos, municípios e outros
segmentos como o Ministério Público. Disse que a educação precisa da
participação de todos.
Crítico /Voorwald faz
uma avaliação crítica da educação pública no Brasil, inclusive no
Estado de São Paulo. Contou que, ao assumir o cargo, disse ao governador
Geraldo Alckmin que o estado mais rico do país não pode ter um ensino
universitário de qualidade e o básico cheio de deficiências.
“Educação
é questão de segurança nacional”, afirmou. Para o secretário, caso o
setor não seja valorizado imediamente, o Brasil precisará importar
trabalhadores.
Na audiência com prefeitos, ouviu pedidos de ampliação de escolas e mais oferta de vagas, por exemplo.
O prefeito de Agudos, Éverton Octaviani, é um dos que querem mais vagas.
Ele
também é um exemplo de prefeito a fazer parceria com o governo.
Instalou câmeras de segurança nas seis escolas estaduais para diminuir
os casos de violência.
O prefeito de Bauru,
Rodrigo Agostinho, e a secretária da Educação, Vera Casério, pediram a
construção de cinco creches, quatro ônibus e quatro micro-ônibus e
contratação de merendeiras.
A defesa de um
plano de carreira para os educadores, o que inclui melhorias salariais, e
a valorização das ideias de quem está nas salas de aula foram
defendidas pelo secretário como forma de melhorar a situação.
“A
carreira de professor deve atrair jovens. Caso contrário, o país não
terá mais professores. O país precisa acordar, mas São Paulo precisa
acordar primeiro”, concluiu.
Fonte: Rede Bom Dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário