terça-feira, 15 de maio de 2012

Secretário quer PM na porta das escolas

Proposta visa combater a violência e é discutida com o comando da Polícia Militar  

Cristina Camargo
cristina.camargo@bomdiabauru.com.br

 
A presença de policiais militares nas portas das escolas estaduais é uma das propostas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo para tentar diminuir os casos de violência que já viraram rotina nas unidades educacionais.

O anúncio foi feito ontem em Bauru pelo secretário estadual Herman Voorwald. Ele participou de encontros com prefeitos, diretores, professores e supervisores de 75 cidades da região. Apresentou o plano educacional de sua gestão e ouviu pedidos de prefeitos divididos em grupos para as conversas no Obeid Plaza Hotel.

Além dos policiais, defendeu a presença do Ministério Público nas escolas e maior envolvimento da sociedade.

“São ações que vão minimizar, mas não resolver o problema”, disse. Ele admitiu que o ensino público ainda não está preparado para lidar com o assunto e que a violência está espalhada pelo estado.  

Contou, por exemplo, que equipamentos como extintores de incêndio e câmeras de filmagem são furtados logo após serem instalados nas unidades. 

Na avaliação dele, a violência escolar é consequência da universalização do ensino, que considera uma medida correta, mas que provoca situações ainda difíceis. 

“Hoje toda a sociedade está na escola. Ou seja, todos os problemas da sociedade estão na escola”, afirmou. “A sociedade tem violência e as escolas abriram as portas. Precisamos aprender a lider com isso”. 

O secretário insistiu na parceria com pais de alunos, municípios e outros segmentos como o Ministério Público. Disse que a educação precisa da participação de todos.   

Crítico /Voorwald faz uma avaliação crítica da educação pública no Brasil, inclusive no Estado de São Paulo. Contou que, ao assumir o cargo, disse ao governador Geraldo Alckmin que o estado mais rico do país não pode ter um ensino universitário de qualidade e o básico cheio de deficiências. 

“Educação é questão de segurança nacional”, afirmou. Para o secretário, caso o setor não seja valorizado imediamente, o Brasil precisará importar trabalhadores.

Na audiência com prefeitos,  ouviu pedidos de ampliação de escolas e mais oferta de vagas, por exemplo. 

O prefeito de Agudos, Éverton Octaviani, é um dos que querem mais vagas. 

Ele também é um exemplo de prefeito a fazer parceria com o governo. Instalou câmeras de segurança nas seis escolas estaduais para diminuir os casos de violência. 

O prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho, e a secretária da Educação, Vera Casério, pediram a construção de cinco creches, quatro ônibus e quatro micro-ônibus e contratação de merendeiras. 

A defesa de um plano de carreira para os educadores, o que inclui melhorias salariais, e a valorização das ideias de quem está nas salas de aula foram defendidas pelo secretário como forma de melhorar a situação. 

“A carreira de professor deve atrair jovens. Caso contrário, o país não terá mais professores. O país precisa acordar, mas São Paulo precisa acordar primeiro”, concluiu. 

Fonte: Rede Bom Dia

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