sexta-feira, 18 de maio de 2012

Escola ameaça expulsar alunos com Facebook

A diretora de uma escola situada em Queensland, na Austrália, ameaçou expulsar os alunos, com menos de 13 anos, que possuam uma conta na rede social Facebook. 

Leonie Hultgren, diretora da escola do Estado de Harlaxton, escreveu uma carta aos pais a expressar as suas preocupações relativamente aos alunos e à maneira como estes têm usado as redes sociais.

A diretora alertou os pais para os possíveis perigos da utilização imprópria do Facebook, numa tentativa de parar a vaga de "cyber bullying" que acredita estar a acontecer dentro e fora da instituição.

"Tem havido um tráfego considerável nas contas dos alunos no Facebook. Na maioria dos casos, as publicações têm denegrido a imagem de outros alunos tal como o nome da escola e dos seus colaboradores", explicou Leonie Hultgren, ao jornal britânico "The Telegraph".

Na carta que redigiu, a diretora apelou aos encarregados de educação a denunciarem, no Facebook, os filhos como sendo menores de idade e a cancelarem as suas contas.

Leonie Hultgren baseou-se nos termos e condições da rede social, que exigem que os utilizadores tenham mais de 13 anos para poderem criar uma conta. A diretora assegura que os alunos têm mentido para poderem fazê-lo.

"Passámos os últimos cinco anos a ensinar aos nossos alunos tudo sobre o respeito e as relacionamentos. O facto de terem mentido na idade para acederem ao Facebook pode parecer insignificante mas, até que ponto isto pode chegar?", questionou a diretora aos pais.

"Quem tem conta no Facebook não pode estudar nesta escola", frisou ainda, lançando a ameaça.

Um advogado conhecedor do caso acredita que "o controlo sobre os alunos é compreensível uma vez que o que tem vindo a ser dito online pode prejudicar a escola". No entanto, não sabe se a intervenção da diretora estará a ser a mais correta.

Os responsáveis pelo sistema de educação de Harlaxton apoiam a decisão da administração da escola. "A direção deve disciplinar os alunos que usaram a tecnologia de forma errada. Não interessa se foi antes, durante ou depois do horário escolar", reforçaram. 

Fonte: Jornal de Notícias

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