Silvia Miranda
Oficinas de capacitação sobre mediação de conflitos é o foco do segundo dia de evento
IPATINGA – Educadores e alunos participaram, nessa terça-feira (28), do XI Fórum Regional de Promoção da Paz nas Escolas (Forpaz). O evento, realizado no auditório da sede regional da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), reuniu representantes da comunidade escolar, da Superintendência Regional de Ensino (SRE), poder público e da Subsecretaria de Direitos Humanos ligada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), com a finalidade de debater ações para combater a violência nas unidades escolares. A programação continua na manhã desta quarta-feira (29).
O Fórum de Promoção da Paz Escolar e Articulação em Rede (Forpaz) é uma rede articulada de parceiros engajada na prevenção e enfrentamento da violência nas escolas de Minas Gerais. A iniciativa pretende servir de suporte aos diretores e educadores diante de situações de conflitos no ambiente escolar. Por meio de fóruns regionais, diretores, educadores e secretários municipais de educação são capacitados a identificar os parceiros presentes em sua própria comunidade.
Durante o encontro, especialistas, defensores públicos, representantes das Polícias Militar e Civil, da subsecretaria de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), debateram temas como “Ações de enfrentamento do crack”; “Promoção da paz escolar e articulação em rede”; “Mediação de conflitos como técnica facilitadora do trabalho em rede”; “Políticas de assistência, segurança e prevenção”; e “Garantia dos direitos da criança e do adolescente”.
A superintendente regional de ensino, Maria do Carmo Silvia Melo, destacou que a escola precisa desempenhar, constantemente, ações para a promoção da paz, além de suas atividades curriculares. “O ser humano a todo o momento precisa se recordar dos valores necessários para a sua vida cidadã, porém, também é obrigação da escola, não só ministrar os conteúdos curriculares, como também incentivar a cultura da paz”, defendeu.
Alguns alunos também participaram dos debates, para testemunhar práticas educativas que incentivam a harmonia no ambiente escolar.
Alguns alunos também participaram dos debates, para testemunhar práticas educativas que incentivam a harmonia no ambiente escolar.
Experiências
Nesta quarta-feira (29), segundo dia do encontro, professores e diretores participarão de oficinas de capacitação sobre mediação de conflitos, simulando situações que podem ocorrer no ambiente escolar. O treinamento deve ser ministrado pela defensora pública Francis de Oliveira Rabelo Coutinho, autora do projeto “Mediação Escolar: Paz em Ação”, desenvolvido em escolas de Belo Horizonte e que utiliza a técnica de mediação como instrumento pacificador e minimizador da violência juvenil.
Nesta quarta-feira (29), segundo dia do encontro, professores e diretores participarão de oficinas de capacitação sobre mediação de conflitos, simulando situações que podem ocorrer no ambiente escolar. O treinamento deve ser ministrado pela defensora pública Francis de Oliveira Rabelo Coutinho, autora do projeto “Mediação Escolar: Paz em Ação”, desenvolvido em escolas de Belo Horizonte e que utiliza a técnica de mediação como instrumento pacificador e minimizador da violência juvenil.
Também fazem parte da programação, relatos de experiências de prevenção à violência e desenvolvimento da cultura da paz. Os relatos serão feitos pelas Escolas Estaduais São Sebastião, de Timóteo, e Herbert de Souza, de Santana do Paraíso.
Mediações
Para a técnica da Sedese, Marta Maria Castro Vieira da Silva, o professor é um importante defensor dos direitos da criança e do adolescente. E precisa conhecer a fundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e saber que esta normalização também aponta deveres e limites para as crianças na convivência social. “Por isso, nós trazemos toda uma discussão de uma educação voltada para os direitos humanos porque, aí nós contribuímos com a paz, com o respeito e com o fim da violência”, argumenta.
Para a técnica da Sedese, Marta Maria Castro Vieira da Silva, o professor é um importante defensor dos direitos da criança e do adolescente. E precisa conhecer a fundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e saber que esta normalização também aponta deveres e limites para as crianças na convivência social. “Por isso, nós trazemos toda uma discussão de uma educação voltada para os direitos humanos porque, aí nós contribuímos com a paz, com o respeito e com o fim da violência”, argumenta.
Na opinião de Marta Maria, o professor pode defender seus próprios direitos, sem entrar em conflito com o ECA, recorrendo as normas regimentais das escolas e priorizando o diálogo e a mediação. “Para estabelecer e entender essas regras; sempre dialogar, negociar, se colocar como ouvinte, se colocar na posição do outro e desistir dos preconceitos que, muitas vezes recaem sobre a população”, aconselha.
A técnica informou que em casos de conflitos configurados dentro dos ambientes de educação é dever do município gerenciar as ações e providências a serem tomadas com auxílio de órgãos como centros de referências especializados, conselhos tutelares e conselhos de direitos, ligados ao sistema de garantia de direitos da infância.
Fonte: Diário do Aço
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