quinta-feira, 16 de maio de 2013

Teresina registra em média 15 casos por mês de violência nas escolas


Em 2013 a polícia já registrou 59 ocorrências dentro dos colégios. Diretora reclama da falta de acompanhamento das famílias aos jovens.


Do G1 PI


 É crescente o número de casos de violência contra professores e funcionários de escolas públicas em Teresina. De acordo com a Polícia Militar, no total foram 59 ocorrências, sendo 17% dos casos furtos e 13% desordem dos alunos, além de ameaças e apreensões de menores. A média é de 15 registros por mês, segundo a Companhia de Policiamento Escolar, o dobro do que foi registrado no mesmo período do ano passado.
Diretores e professores relatam casos de ameaças, assédio sexual e até agressões físicas, na maioria das vezes envolvendo alunos na fase da adolescência, o que mostram a fragilidade de segurança nas escolas.
A diretora Ducila Lages, da Unidade Escolar Helena de Carvalho, na Zona Norte da capital, revela que o colégio tem registrado alguns casos de violência. “Um dos nossos ex-alunos chegou a ameaçar professores e foi transferido para outra escola, meses depois ele foi pego pela polícia com drogas e levado para o Centro Educacional Masculino, o CEM”, disse a diretora.
Para o comandante da Companhia Independente de Policiamento Escolar, Tiago Ribeiro, o trabalho da polícia é feito, mas falta ainda a presença das famílias. “Quando atendemos os chamados, na maioria das vezes a direção do colégio não tem conseguido falar com os pais do aluno, nem os familiares acompanham o estudante na escola”, informa Tiago.
Sobre o combate a violência nas escolas, o comandante ressalta que a Polícia Militar realizou várias visitas comunitárias em escolas da rede estadual de ensino, em Teresina. “Já realizamos mais de 50 palestras em mais de 4 mil visitas de acompanhamento às escolas”, revela o comandante.
Para a diretora, o maior problema nesses casos é a falta de acompanhamento familiar. “Os familiares não têm controle dos jovens e esses passam a mostrar isso dentro das escolas, através de ameaças e atos de violência contra os colegas e os professores”, revela Ducila.

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