Durante a palestra, Jandira trouxe vários temas para a discussão, ressaltando que a violência não é de exclusividade da escola, sendo inerente ao ser humano. Segundo a assistente social, todos nós somos reprodutores da violência que tem várias 'faces'. Segundo Jandira, a escola passa por um processo de pouca modificação, inclusive na área de aprendizagem, ela acrescenta que o local precisa se modificar. 'A escola pública, por exemplo, dá pouca oportunidade para os alunos e professores tratarem temas ou participarem de cursos de capacitação. É preciso que se faça algo diferente e que se abra um diálogo constante', explica.
Para a técnica em edificações, Fátima Mendes, que participou das discussões, o problema vai mais além. 'A violência ja está na família, a família é a raiz de tudo. Quando levamos a criança para escola, ela tem que ter uma refêrencia formada dentro de casa. A escola não contribui para isso, a escola só educa. É preciso aliar as duas coisas para não vermos casos de violência gritantes por ai nas escolas', explica. Fátima, que também já foi professora, destacou a importância do papel do professor em sala de aula. 'Já fui professora e lecionei por algum tempo também e percebo que quando a criança não tem amor dentro de casa, ela leva isso para sala e o professor acaba assumindo esse papel. Então, creio que tudo parte de dentro de casa', explica. O comandante da Cipoe, Luís Marcelo, explicou que atualmente o comando atende pelo menos 40 escolas da Região Metropolitana de Belém.
A Fundação Curro Velho atende alunos com idade entre 16 e 60 anos. Os frequentadores são, em grande parte, moradores do entorno da fundação, de bairros como Vila da Barca, Telégrafo, Sacramenta, Barreiro, além de alunos e professores da rede pública de ensino. Entre os temas que serão abordados ao longo do ano pelo projeto estão: Direito da Pessoa Idosa, ECA (Estatuto da Criança e Adolescnte) e acessibilidade.
Redação Portal ORM
Fotos:Bruno Magno (Portal ORM)
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