terça-feira, 28 de maio de 2013

Violência escolar x leis

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Alunos estão desrespeitosos e educadores não tem autoridade.

Não me sai da memória, a recordação da diretora da escola Conrado Caldeira, Edith Spadoni entrando na sala de aula, e todos nós, alunos, nos levantando em respeito a sua presença. No recreio, meninos brincavam de um lado e meninas de outro.
Não éramos santos. Recordo de um episódio, na 1ª série do Ensino Fundamental, quando um menino, Milton, que ficou batendo com a carteira nas costas de uma amiga, acho que o nome era Lucimara. Eu pedi para ele parar de incomodá-la. Ele não fez. Na saída da escola, acabei dando um soco no rosto dele. Eu tinha mania de defender os amigos. Depois, quase apanhei da turma dele que veio comprar a briga. Fui salvo pelos meninos do meu bairro, Jardim Ciranda, que ficaram do meu lado, e tudo ficou por isto mesmo. Dias depois, pedi desculpa para ele e viramos amigos.
Conto esta história para falar que sempre existiu violência no ambiente escolar. Porém, nunca no nível que agora a coisa está. Brigávamos entre nós, alunos, mas nunca contra professores ou funcionários. E tenho que ressaltar que as serventes, em geral, eram senhoras, mesmo assim, não tínhamos coragem de enfrentá-las. E se fizéssemos algo errado, os pais ficavam sabendo, por consequência, levávamos surras memoráveis de cinto de couro. Não estou defendendo a pedagogia da surra, mas ninguém virou psicopata porque apanhou na infância.
Atualmente, professores e funcionários estão de mãos atadas. Não podem repreender os alunos, sob risco de serem enquadrados no ECA. Pedagogicamente, muitas vezes são estimulados a não reprovar os estudantes. Mas a escola é apenas parte do processo educacional. Crianças e principalmente adolescentes, vêm de casa mal educados. Ou os pais são ausentes, porque trabalham muito, ou não são exemplo moral para os filhos.
A solução para isto não será fácil. Precisa-se reestruturação familiar, rever regras do ECA, restabelecer autoridade dos educadores e fixar pesadas punições aos alunos delinquentes. Mas até que isto dê certo, passara muito tempo e infelizmente, temos de admitir, temos uma geração perdida. Só nos resta rezar para que a maioria não termine na cadeia.
Fonte: Gazeta de Bebedouro

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