quarta-feira, 29 de maio de 2013

Seed leva programa de combate à violência para as escolas


Reunião teve por objetivo traçar uma agenda de reuniões temáticas com pais de alunos das instituições cobertas pelo 5º Batalhão da Polícia Militar.


A Secretaria de Estado da Educação (Seed), através do programa Cidadania e Paz nas Escolas, realizou na manhã desta quinta-feira, 23, no Colégio Estadual Gilberto Freire, localizado no Conjunto Marcos Freire III, município de Nossa Senhora do Socorro, reunião com os diretores de 10 escolas estaduais e cinco municipais, com o comando da 1ª Companhia do 5º Batalhão e Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. A reunião teve por objetivo traçar uma agenda de reuniões temáticas com pais de alunos das instituições cobertas pelo 5º Batalhão da Polícia Militar, tendo como foco o combate à violência nas escolas, bullying e exploração e maus-tratos contra criança e adolescente, entre outros.
Foto: Ascom/Seed
Segundo Maria Angélica Costa, coordenadora do Programa Cidadania e Paz nas Escolas, o objetivo é manter um diálogo entre a escola e a comunidade. “Queremos formar um grupo de integração com os pais dos alunos. Sabemos que a violência é um problema que deve ser enfrentado conjuntamente com todas as esferas, escola, polícia e a comunidade. Esperamos que a comunidade participe, porque estamos todos empenhados em promover uma cultura de paz nas escolas”, disse a coordenadora.

Angélica acrescentou que o Programa Cidadania e Paz nas Escolas vai levar outros projetos, a exemplo do Semeando Verde, para as unidades escolares. “Vamos orientar os alunos e a comunidade sobre a melhor forma de como lidar com problemas como a exploração e abuso sexual, bullying e tantos outros temas que permeiam o ambiente escolar”, acentuou.

O comandante da 1ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia Militar (1ª Cia/5º BPM), capitão José Alves, disse que o Comando já desenvolve na região o policiamento através da ronda escolar. “Há algum tempo desenvolvemos o policiamento nas unidades de ensino da região, através da ronda escolar, e percebemos uma redução de até 80% no número de ocorrências.

“A região como um todo ainda sofre com a violência. Nesse sentido, é preciso reforçar nossas ações e, por isso, estamos nesta parceria com o Programa Cidadania e Paz nas Escolas para atuarmos com a prevenção das ocorrências. Entendemos que a atuação da família é fundamental para coibir a violência de modo geral”, declarou o capitão Alves.

Fátima Fontes, gerente de Ações Temáticas da Secretaria Especial de Política Para Mulheres, disse que a parceria se torna forte, principalmente porque no mês de março o Conselho Estadual de Educação (Consed) homologou a resolução que recomenda a inclusão da temática gênero no currículo escolar da educação básica.

“Acreditamos que estamos pregando uma cultura de paz nas escolas a partir do momento em que passamos a pregar a igualdade entre as pessoas. A discriminação de gêneros reflete a violência em todos os âmbitos da sociedade. E a escola, juntamente com a família, tem um papel importante nesta mudança. Existe uma cultura de violência contra as mulheres. E a partir daí, estamos tentando diminuir essa cultura”, afirmou Fátima Fontes.

Redução da violência

O diretor do Colégio Estadual Gilberto Freire, Liertes Pereira dos Santos,  disse que o objetivo é levar aos pais o conhecimento sobre a violência e outros temas. “Nossa intenção é trazer o Programa Cidadania e Paz para a escola e a Polícia Militar para nos dar todo o suporte. A gente vê que na comunidade a situação é bem difícil. A droga está em todo lugar, mas graças a Deus ela não entrou da nossa escola. Independentemente disso, temos de estar atentos e trabalhar na prevenção”, ressaltou o diretor.

Já a diretora da Escola Estadual Zumbi de Palmares, Ana Lúcia Lopes, falou sobre as mudanças positivas ocorridas na unidade de ensino depois da atuação da ronda escolar. “Antes tínhamos a escola cercada por marginais e nossos alunos aliciados. Depois da ronda escolar, vimos uma mudança significativa. Os marginais se afastaram da escola, mas sabemos que eles continuam por aí e precisamos mobilizar toda a sociedade nesta luta. Espero que esse trabalho que estamos realizado na região seja ampliado a outras escolas. Afinal, a violência  é um problema global”, concluiu Ana Lúcia. 

Fonte: Jornal da Cidade

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