A violência nas escolas é tema cada vez mais comum na realidade brasileira. As agressões entre estudantes ou alunos e professores viraram um problema grave e rotineiro. Segundo a pesquisa “Violência nas escolas – O olhar dos professores” recém-divulgada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), 44% dos professores da rede estadual de São Paulo que concederam entrevista admitiram que já sofreram algum tipo de violência escolar e 57% consideram as escolas violentas.
No meio dessa dura realidade surgem alternativas como os cursos de conciliação, que vêm sendo oferecidos no país pelos tribunais de Justiça a representantes de colégios públicos e privados. Essas aulas de paz investem na preparação de pedagogos e dirigentes escolares para lidarem sempre com o diálogo no intuito de resolver os problemas no ambiente escolar. Os cursos também pretendem aproximar os universos dos professores e dos alunos.
O Colégio Teresiano, no Rio de Janeiro, recebeu em 2012 um curso do Tribunal de Justiça para professores e diretores. Em fevereiro deste ano, algumas orientadoras educacionais foram ao tribunal para participarem de uma palestra ministrada por Gail Sadalla, americana especializada em mediações escolares. Segundo Elaine Deccache, orientadora educacional do Teresiano, encontros como esses reúnem representantes de escolas estaduais, municipais e particulares, além de advogados já atuantes na função de mediar conflitos.
“As pessoas mostram interesse e reconhecimento pelo valor da postura mediadora, bem como a disponibilidade de aprender essa habilidade e atuar de forma diferente. Os ensinamentos são úteis no dia a dia, dentro e fora da sala de aula”, conta Elaine.
Segundo os especialistas, é sempre importante lembrar que os conflitos não têm como consequência só ferimentos físicos. Esses tipos de agressões podem gerar depressão, síndrome do pânico e estresse pós-traumático nos professores e alunos. A pesquisa do sindicato paulista mostra também que as brigas diminuem nas escolas que fazem campanhas de conscientização por uma cultura de paz.
Fonte: Super Informativo
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